Olá amigos leitores do FUTEBOLA!
Aposto que todos já escutaram a frase “O ano só começa após o carnaval”. Bem, o Resende e o Botafogo não pensaram assim. O Resende já havia vencido o Flamengo e aguardava o duelo entre Fluminense e Botafogo para conhecer seu adversário na final da Taça Guanabara. Nesta quarta-feira de cinzas, em um bom jogo, com cara de partida decisiva, o Botafogo venceu o tricolor por 1 a 0 e continua na briga pelo troféu. Vamos aos comentários do “Clássico Vovô”.
MANDOU BEM!
- Até aproximadamente 30 minutos de partida, com exceção de uma chance perdida pelo tricolor Thiago Neves, o Botafogo mandou em campo. Tenho um certo preconceito contra o esquema 3-6-1 adotado pelo treinador Ney Franco, porém todo o time alvi-negro se comportou muito bem ofensivamente durante o 1º tempo. Os destaques nesta etapa foram Reinaldo e Maicosuel. Pode-se dizer que a dupla só não deixou todo o setor defensivo do Fluminense de cabelos em pé, porque o zagueiro tricolor Luiz Alberto é careca. Ora em jogadas individuais, ora em jogadas trabalhadas com seus companheiros, Reinaldo foi um perigo constante para o goleiro adversário. Os gols que não conseguiu marcar foram mais méritos do goleiro Fernando Henrique, que defendeu seus chutes, do que erros seus. Já Maicosuel fez o que dele se espera. Durante os primeiros 45 minutos, tempo em que o Botafogo buscava o ataque, ele não se escondeu. Driblou, chutou, sofreu faltas e deu outra assistência. Em mais um cruzamento seu, o volante Fahel fez mais um gol de cabeça. Esta já é uma jogada a ser estudada com antecedência pelos adversários do Botafogo, assim como a movimentação da dupla Reinaldo/Maicosuel.
MANDOU MAL!
- Não será a primeira vez que vocês me verão criticar um time que assume uma postura completamente defensiva para segurar um resultado que lhe favorece. Por motivos de contusões (o centro-avante Victor Simões não tinha condições de jogo) e opções no elenco, o Botafogo entrou em campo com 3 zagueiros e 3 volantes. Durante a segunda etapa – seria por questões físicas? - a equipe alvi-negra abdicou do ataque e, exceto duas tentativas improdutivos de contra-atacar, nada fez ofensivamente. Desta vez o ferrolho armado pelo treinador Ney Franco deu certo, porém não acredito que esta seja a melhor atitude a se tomar para segurar um resultado.
- No 1º tempo, quando o Botafogo atacava, o Fluminense se defendia mal. No 2º tempo, quando o Botafogo se defendia, o Fluminense atacava mal. Resumo da ópera: o tricolor das Laranjeiras esteve péssimo em campo. Defensivamente, o Fluminense falhou individualmente e coletivamente. Os erros individuais foram vistos, por exemplo, na furada horrorosa de Mariano e no lance do gol, que Edcarlos deixou Fahel se adiantar para cabecear. Já coletivamente a zaga parecia um queijo suço de tanto buraco. Ofensivamente, o time buscava o empate somente na vontade. Thiago Neves cobrava pessimamente os escanteios. Os laterais Mariano e Leandro estiveram improdutivos durante todo o jogo. Como diria um amigo meu sobre os laterais tricolores: “E lembrar que nós tínhamos Júnior César e Gabriel...”. E os chutes de longa distância de Diguinho, Conca e Thiago Neves? Quando apareciam, não assustavam nem os zagueiros alvi-negros, quem dirá o goleiro Renan. O Fluminense demonstrou nesta partida o mesmo que o Flamengo ao longo da Taça Guanabara. Ambos necessitam urgentemente trabalhar jogadas ofensivas e de um “banho de tática”.
ENQUANTO ISSO NA EUROPA...
Neste meio de semana ocorreram os primeiros jogos das oitavas-de-final da UEFA Champions League. Vamos passear pelo “Velho Continente”.
- Espanha, Real Madrid 0 x 1 Liverpool
Quando eu for um daqueles velhinhos com várias histórias para contar, poderei me encher de orgulho e dizer que assisti o Real Madrid de Hierro, Zidane, Figo, Roberto Carlos e Raúl, campeão da Champions League de 2002. Por este motivo, me dá uma tristeza enorme ver a escalação do atual time merengue. O mais estranho de tudo é que falo isso no momento em que a Seleção Espanhola está vivendo uma de suas melhores fases. Contra o Liverpool, a equipe foi de uma falta de criatividade enorme. Exceto algumas arrancadas de Robben, o time nada criava. A defesa mostrou uma habitual falta de segurança e Cannavaro não é nem sombra do monstro que foi na Copa do Mundo de 2006. O Liverpool, mesmo com Gerrard fora de jogo (só entrou nos acréscimos) por contusão e Fernando Torres sendo substituído pelo mesmo motivo, segurou o Real com grande facilidade e venceu a partida por 1 a 0, em pleno Santiago Bernabéu, com um gol de bola parada. Para finalizar, a escalação do time madrileno : Casillas; Sérgio Ramos, Pepe, Cannavaro e Heinze; Diarra, Gago, Marcelo (Guti) e Robben; Raúl e Higuaín.
- Portugal, Sporting Lisboa 0 x 5 Bayern de Munique
Eu sou daqueles que dou à Copa do Mundo uma importância gigante na carreira de um jogador. Na Copa de 2006, a França contava com um meia direita que era desconhecido dos que não acompanhavam a League 1 ( 1ª divisão francesa ). Seu nome? Frank Ribéry. Este jovem francês jogou muita bola neste Mundial e comecei a admirar seu futebol. Atualmente sou um espectador assíduo da Bundesliga ( 1ª divisão alemã ) e posso assisitir de perto suas grandes atuações, atuando pelo Bayern de Munique e, agora, pelo lado esquerdo do campo. Pelo primeiro jogo da fase oitavas-de-final da Champions League, sua equipe enfrentou o Sporting e ele fez de tudo. Dois gols, sendo o primeiro deles um gol raro, passando por entre dois adversários. Duas lindas assistências para aquele que mais se beneficia de sua presença, o goleador Luca Toni. Ainda foi possível ver os habituais dribles e arrancadas. Placar final: Sporting 0 x 5 Bayern Munique. Os jogadores portugueses devem estar paralisados até agora com a atuação de Ribéry.
- Itália, Inter de Milão 0 x 0 Manchester United
O jogo entre Inter de Milão e Manchester United, o primeiro duelo da fase oitavas-de-final, ocorrido em Milão, poderia ser renomeado para Júlio César x Manchester United. Palavras como inacreditável, espetacular ou memorável já não parecem suficientemente grandiosas para adjetivar as atuações do goleiro brasileiro. O português Cristiano Ronaldo – será que ele realmente está deixando de se esconder em grandes jogos? – deve estar se perguntando até agora: “Como Júlio César faz isso?”. Defendeu bolas altas, bolas rasteiras, cabeçadas, chutes colocados, chutes fortes e ainda arrumou um tempinho para, com os pés, roubar uma bola preciosa que chegava ao atacante Rooney. Se o time de Milão ainda tem chances de classificação, após este empate em 0 a 0, deve agradecer ao São Júlio.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Grandes Clássicos - Botafogo x Fluminense 1957
Grandes Clássicos - Botafogo x Fluminense 1957
Olá amigos do FUTEBOLA!
Semana de carnaval e de futebol no Rio de Janeiro. Enquanto de um lado o Flamengo levou uma sacolada do surpreendente Resende em uma das semi-finais da Taça Guanabara, do outro lado vai ocorrer mais um “Clássico Vovô”. Fluminense e Botafogo já duelam faz centenas de anos. São mais de 300 partidas. Entre tantos confrontos especiais, um se sobressai. O jogo da última rodada do Campeonato Carioca de 1957 assombrou o Rio de Janeiro. Um gênio iniciava sua consagração. Um time começava a fazer história.
O Campeonato Carioca de 1957 se apresentava com um equilíbrio gigantesco entre os quatro principais concorrentes ao título. O Vasco levantara o último troféu e contava, em sua defesa, simplesmente com a dupla Bellini e Orlando, os futuros defensores titulares da conquista da Copa do Mundo de 1958 pelo Brasil. A solidez defensiva da equipe contrastava com a mobilidade ofensiva. A velocidade imprimida pelo perigosíssimo ponta Sabará e pelo jovial, genial e genioso Almir Pernambuquinho era incrível. Para finalizar as rápidas jogadas, o time cruzmaltino contava com Pinga, nada menos do que o maior artilheiro da história da Portuguesa (SP). Se o ataque vascaíno era forte, o do Flamengo não ficava nem um pouco atrás. Acompanhem. Na ponta-direita, o cerebral e preciso Joel. Na ponta-esquerda, o inteligente e dinâmico Zagalo. Na armação, o técnico e habilidoso Moacir. Na finalização, o rápido e mortal Dida. Querem uma semelhança entre estes quatro jogadores, além de serem rubro-negros? Todos eles estavam no elenco Campeão Mundial pela Seleção Brasileira, no ano seguinte, na Suécia. Flamengo e Vasco realizaram algumas excelentes atuações no Cariocão de 1957, porém acabaram ficando para trás, terminando, respectivamente, nas terceira e quarta colocações.
Como mais um demonstração do equilíbrio existente entre as equipes, o campeonato chegou até a última rodada sem vencedor. Fluminese e Botafogo ainda possuíam chances de conquistar o caneco e se enfrentariam, em um duelo decisivo, no Maracanã. Por ter um ponto de vantagem, o Fluminense podia apenas empatar a partida para ser campeão. Ao Botafogo só a vitória interessava. Quais eram os pontos fortes das duas equipes? Quais as armas que os fizeram deixar sem chances de conquistas Flamengo e Vasco, que haviam vencido juntos os últimos 5 títulos estaduais ( Vasco em 52 e 56. Flamengo tri-campeão 53/54/55 )?
O Fluminense chegava para a partida, em dezembro, buscando fechar o ano com mais uma conquista importante. Em junho a equipe havia vencido o torneio Rio-São Paulo de maneira avassaladora, sem perder sequer um joguinho. A força da equipe era o conjunto. Como se dizia na época: “A equipe tricolor não tem cobras”. Mas era um conjunto de qualidade incrível, treinado pelo excelente Pirillo, que tem no currículo a honra de ser o primeiro treinador da Selação Brasileira a convocar Pelé. Se todo grande time começa por um grande goleiro, o Fluminense começava da melhor maneira. Defendendo a meta tricolor, ninguém menos que Castilho. Muitos diziam ser, o goleiro, um santo, tamanho os milagres que ele realizava e sua sorte. Quando ele não conseguia defender o indefensável, a trave sempre estava do seu lado. Se fosse possível entrevistar uma baliza, tenho certeza que ela responderia ser Castilho seu melhor amigo. Além de sua qualidade, ele contava também com um amor incondicional pelo Fluminense. A história mais famosa de sua paixão pelo tricolor ocorreu em 1959. Irritado por uma lesão crônica no dedo mínimo da mão esquerda, ele foi conversar com o médico do clube. Após o bate-papo com o doutor, descobriu que a melhor solução para retornar rapidamente aos campos era a amputação de parte do dedo. Castilho não pensou nem duas vezes e seguiu o conselho do médico. À frente de Castilho, uma muralha. Antes de ficar cara a cara com o goleiro tricolor, era necessário passar pelo defensor Pinheiro. O experiente ( havia sido titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1954 ), forte e viril zagueiro era a segurança em pessoa.
O sistema ofensivo tricolor possuía dois comandantes. Na organização das jogadas, Telê Santana mostrava que a ponta-direita era sua posição apenas no papel. Na finalização das jogadas, Waldo parecia um exército de um homem só, tamanho o seu poderio ofensivo. Com o maior orgulho do mundo, deixarei as palavras com Nélson Rodrigues e Mário Filho, os dois irmãos que são os mais importantes nomes da história do jornalismo esportivo do país.
“Telê trouxe uma nova medida do tempo para o futebol. É, de algum modo, o ponteiro dos segundos, o que não pára. Os outros são, quando são, o ponteiro dos minutos...Telê não cansa. E o espantoso é que não cansa nunca, esse fiapo de jogador que não para nem quando a bola está fora.” – Mário Filho no livro “O Sapo de Arubinha”.
“Tremendo esse Waldo! Muitos craques brasileiros sofrem, no estrangeiro, de tremendo descontrole emocional e jogam pedrinhas. Waldo, não. Em Niterói, na Patagônia ou na Groenlândia, é o mesmíssimo monstro do gol.” – Nélson Rodrigues no livro “O berro impresso das manchetes”.
Acredito que, após as palavras destes dois gênios da literatura, a força ofensiva tricolor está perfeitamente explicada. Telê tentava de todas as maneiras possíveis e impossíveis preparar a redonda para Waldo só ter o trabalho de empurrar para o fundo do gol. Assim o Fluminense havia conquistado o Rio-São Paulo. Assim o Fluminense chegava para o jogo decisivo contra o Botafogo.
O Botafogo confiava, para esta decisão, no que se tornaria um dos maiores trios da história do futebol mundial. Em cada setor do campo o Botafogo tinha um jogador do mais alto nível. Na defesa Nílton “Enciclopédia” Santos, para muitos o maior lateral-esquerdo que o mundo já viu. Neste time botafoguense de 1957, Nílton era a voz da experiência. Poucos sabem que na fatídica derrota do Brasil para o Uruguai na Copa do Mundo de 1950, conhecida como Maracanazzo, ele fazia parte do elenco brasileiro. Ou seja, desde o início da década já era figurinha da Seleção Brasileira. E sobre sua técnica? Fica difícil até arrumar palavras para descrever. Sua tranquilidade e categoria eram tão grandes que, se tivesse que ir a um casamento após um jogo, poderia jogar de terno e gravata e, após o apito final, ir direto para a igreja. Roubava bolas sem precisar de carrinhos, malabarismos ou afobação. Na verdade, deveria sempre jogar de trajes finos, tamanha sua elegância. Sua qualidade não o deixava ficar preso na defesa e muitas vezes partia para o ataque, mostrando ser realmente um jogador único naquele tempo onde laterais não ultrapassavam a linha central. No meio campo, o alvi-negro possuía técnica, classe, distinção, visão de jogo, passe perfeito e chute indefensável. Sabe o que é mais incrível? Todas estas qualidades pertenciam a apenas um jogador. No mundo inteiro era difícil encontrar alguém com tantos atributos quanto o “Príncipe Etíope” Didi. Alguns torcedores, principalmente dos outros clubes, diziam que ele não corria muito em campo e confundiam sua calma com falta de garra. A sua tranquilidade não o impedia de ser um jogador raçudo e decisivo, como mostrou ser inúmeras vezes, seja no clube ou na seleção.
No ataque botafoguense, mais especificamente pela ponta-direita, encontrava-se aquele que talvez seja o jogador mais querido da história do futebol. Nada poderia o definir melhor do que “A Alegria do Povo”. Falo de Manoel dos Santos. Falo de Garrincha. É importante ressaltar que, naquele ano de 1957, Garrincha ainda não tinha todo o status e importância que o coloca entre os maiores jogadores de todos os tempos. Naquele ano, não eram raros os jornalistas, treinadores e torcedores que o consideravam muito individualista e irresponsável. Na verdade, os que criticavam o Mané eram, em sua maioria, aqueles que ainda estavam assustados com o que ele fazia em campo. Garrincha era diferente de tudo que fora visto em mais de 50 anos de futebol no país. Nunca ninguém havia feito nada semelhante ao que ele mostrava nas quatro linhas. Como alguém era capaz de aplicar o mesmo drible dezenas de vezes e não perder a bola? Como um zagueiro alto, forte e privilegiado fisicamente poderia ser ultrapassado seguidamente por um jogador com as pernas tortas? Se muitos duvidavam dele, o lendário treinador João Saldanha estava cheio de otimismo e confiança por tê-lo na equipe.
João Saldanha era dirigente botafoguense até as vésperas do início do Campeonato Carioca de 1957, quando assumiu o cargo de treinador da equipe. Durante o tempo que trabalhou como técnico alvi-negro, sempre teve que enfrentar o problema do pequeno período para treinos. O Botafogo era um time requisitado para amistosos internacionais, se tornando mais famoso ainda após a Seleção Brasileira conquistar a Copa do Mundo de 1958, e se existiu um treinador que soube contornar este problema foi João Saldanha. Todos que conheceram seu trabalho dizem que suas orientações, para seus jogadores, eram as mais simples possíveis, sem nunca embolar a cabeça dos seus orientados. Para este duelo final contra o Fluminense, João foi direto: bolas para Garrincha na direita e todos na área para concluir os cruzamentos do Mané. Você deve estar pensando que João Saldanha era apenas um técnico comum, já que uma orientação desta qualquer um faria. A genialidade do treinador foi mostrada com outra ordem. Ordem também simples, porém, muito estranha. O grande atacante e goleador Quarentinha (se tornaria no futuro o maior artilheiro da história do Botafogo) teria a missão de grudar em Telê Santana. Saldanha sabia que o Fluminense era uma máquina onde a peça principal era Telê, que precisaria ser anulado em campo. Com esta tarefa defensiva que Quarentinha deveria exercer, as finalizações das jogadas ofensivas do Botafogo seriam realizadas, principalmente, pelo outro atacante, o valente Paulo Valentim. Seria Quarentinha capaz de marcar um jogador tão dinâmico como Telê Santana? Garrincha sentiria a responsabilidade de ter um time todo dependendo de suas jogadas? Com Quarentinha preso por tarefas defensivas, Paulinho Valentim seria capaz de fazer os gols necessários para sua equipe conquistar a vitória? Só o apito final do juiz responderia estas perguntas.
O dia 20 de dezembro de 1957 estava prestes a entrar para história. O Maracanã lotado de torcedores ansiava conhecer o novo Campeão Estadual. Dez entre dez presentes ao estádio esperavam um jogo equilibradíssimo. Tanto o mais fanático botafoguense, quanto o mais fervoroso tricolor, aguardava o apito inicial com os nervos a flor da pele. O jogo começa e, surpreendentemente, com menos de três minutos, após um bate-rebate na área tricolor, Paulo Valentim empurra a bola para as redes. Fogão 1 a 0. Apesar do gol inicial, a partida seguia dura. Ora era uma bela defesa do goleiro alvi-negro Adalberto, ora um milagre de Castilho. Se ambos os torcedores não tinham mais unhas para roer, os tricolores ganharam motivos de sobra para arrancar os cabelos. Após cruzamento de Garrincha, Paulo Valentim marca seu segundo gol aos 30 minutos. Acabando o primeiro tempo, os tricolores tinham a esperança de que o treinador Pirilo consertaria tudo no vestiário. A esperança não duraria muito. Faltando três minutinhos para o intervalo, Nílton Santos faz um perfeito cruzamento para área e Paulo Valentim mostrou que era iluminado. O atacante alvi-negro, em uma linda bicicleta, coloca a bola no fundo das redes de Castilho. Inacreditável. 3 a 0! Garrincha estava intocável, impecável, inexplicável. Paulo Valentim mostrava, além da sua habitual garra, um repertório de finalizações de encantar. E o jogo estava apenas na metade.
O segundo tempo iniciou e logo o Fluminense diminuiu o marcador com Escurinho. Seria o gol da reação? Menos de 5 minutos se passaram e Paulo Valentim, uma vez mais, provou que não ao marcar mais um tento. O Botafogo colocava a segunda mão no troféu, com o placar mostrando 4 a 1. Pouco após este quarto gol marcado pelo alvi-negro, uma cena histórica ocorreu. Telê Santana apareceu no jogo. Não, ele não fez uma boa jogada. Quarentinha não deixava-o tocar na bola. Telê apareceu ao trocar agressões com seu ex-companheiro de Fluminense Didi, no círculo central. O motivo das agressões o própio Telê contaria, anos mais tarde, em relato ao escritor Roberto Porto, no livro “Didi”: “Realmente nós nos desentendemos por causa do Garrincha. Eu tinha dito ao crioulo (Didi) que o jogo já tinha acabado, que o Botafogo era o campeão e tal e coisa, mas que ele chamasse urgentemente o Nílton Santos e os dois fossem conversar com Garrincha. O Mané estava impossível, dando um baile em Altair e Clóvis e em quem mais aparecesse. Eu queria que os dois, com a banca que tinha, fossem até ele, Garrincha, e mandassem que ele parasse com o espetáculo. Ele estava desmoralizando nosso time... Mas parece que Didi e Nílton Santos não deram bola para o que eu pedira. Foi aí que nos desentendemos, mas foi coisa rápida e que em nada abalou nossa longa amizade. Naquele dia, ninguém conseguiria evitar que Garrincha fizesse o que bem entendesse com a bola. Para mim ele ganhou o jogo... ”. Para ilustrar tudo que Telê falou sobre Garrincha, nos resta falar que aos 15 minutos ele marcou o seu gol e, aos 23, após lindos dribles pela ponta, dá mais uma assistência para Paulo Valentim fazer seu quinto gol e o sexto do Botafogo. O tricolor ainda reduziria a diferença no placar com Waldo. Este gol, porém, só serviu para a torcida alvi-negra ter uma rima perfeita ao cantar: “É 6 a 2 no Pó-de-arroz!!! É 6 a 2 no Pó-de-arroz!!! ”.
O fim do jogo marcou o início de um período de glórias para o Botafogo. Tanto para o clube, quanto para seus jogadores, uma fase de glórias estava se iniciando. O Botafogo se tornaria um dos poucos times brasileiros a duelar, em iguais condições, com o Santos de Pelé. O clube se tornaria um dos principas símbolos do futebol arte no mundo. Todos queriam ver os jogadores alvi-negros. Em amistosos pelo mundo ou compondo a Seleção Brasileira, eles eram idolatrados. Quarentinha, como já foi citado, tornaria-se o maior artilheiro da história do Botafogo. Paulo Valentim se consagraria na Argentina como um dos maiores ídolos do Boca Juniors, conquistando dois Campeonatos Argentinos ( 62 e 64 ) e três artilharias nacionais ( 61, 62 e 64 ). Já Garrincha... Bem, o Mané se transformaria em um personagem tão importante do nosso país, que sua vida deveria ser matéria obrigatória em nossas escolas. E tudo começou no dia 20 de dezembro de 1957.
Botafogo 6 x 2 Fluminense
20 de dezembro de 1957
Maracanã – Público: 89100 torcedores
Gols: 1º tempo: Paulo Valentim ( Bot ) aos 3´, Paulo Valentim ( Bot ) aos 30´ e Paulo Valentim ( Bot ) aos 42´; 2º tempo: Escurinho ( Flu ) aos 5´, Paulo Valentim ( Bot ) aos 9´, Garrincha ( Bot) aos 15´, Paulo Valentim ( Bot ) aos 23´ e Waldo ( Flu ) aos 39´.
Botafogo: Adalberto; Beto e Tomé; Servílio, Pampolini e Nílton Santos; Garrincha, Didi, Paulo Valentim, Edson e Quarentinha
Fluminense: Castilho; Cacá e Pinheiro; Jair Santana, Clóvis e Altair; Telê Santana, Jair Francisco, Waldo, Robson e Escurinho.
Olá amigos do FUTEBOLA!
Semana de carnaval e de futebol no Rio de Janeiro. Enquanto de um lado o Flamengo levou uma sacolada do surpreendente Resende em uma das semi-finais da Taça Guanabara, do outro lado vai ocorrer mais um “Clássico Vovô”. Fluminense e Botafogo já duelam faz centenas de anos. São mais de 300 partidas. Entre tantos confrontos especiais, um se sobressai. O jogo da última rodada do Campeonato Carioca de 1957 assombrou o Rio de Janeiro. Um gênio iniciava sua consagração. Um time começava a fazer história.
O Campeonato Carioca de 1957 se apresentava com um equilíbrio gigantesco entre os quatro principais concorrentes ao título. O Vasco levantara o último troféu e contava, em sua defesa, simplesmente com a dupla Bellini e Orlando, os futuros defensores titulares da conquista da Copa do Mundo de 1958 pelo Brasil. A solidez defensiva da equipe contrastava com a mobilidade ofensiva. A velocidade imprimida pelo perigosíssimo ponta Sabará e pelo jovial, genial e genioso Almir Pernambuquinho era incrível. Para finalizar as rápidas jogadas, o time cruzmaltino contava com Pinga, nada menos do que o maior artilheiro da história da Portuguesa (SP). Se o ataque vascaíno era forte, o do Flamengo não ficava nem um pouco atrás. Acompanhem. Na ponta-direita, o cerebral e preciso Joel. Na ponta-esquerda, o inteligente e dinâmico Zagalo. Na armação, o técnico e habilidoso Moacir. Na finalização, o rápido e mortal Dida. Querem uma semelhança entre estes quatro jogadores, além de serem rubro-negros? Todos eles estavam no elenco Campeão Mundial pela Seleção Brasileira, no ano seguinte, na Suécia. Flamengo e Vasco realizaram algumas excelentes atuações no Cariocão de 1957, porém acabaram ficando para trás, terminando, respectivamente, nas terceira e quarta colocações.
Como mais um demonstração do equilíbrio existente entre as equipes, o campeonato chegou até a última rodada sem vencedor. Fluminese e Botafogo ainda possuíam chances de conquistar o caneco e se enfrentariam, em um duelo decisivo, no Maracanã. Por ter um ponto de vantagem, o Fluminense podia apenas empatar a partida para ser campeão. Ao Botafogo só a vitória interessava. Quais eram os pontos fortes das duas equipes? Quais as armas que os fizeram deixar sem chances de conquistas Flamengo e Vasco, que haviam vencido juntos os últimos 5 títulos estaduais ( Vasco em 52 e 56. Flamengo tri-campeão 53/54/55 )?
O Fluminense chegava para a partida, em dezembro, buscando fechar o ano com mais uma conquista importante. Em junho a equipe havia vencido o torneio Rio-São Paulo de maneira avassaladora, sem perder sequer um joguinho. A força da equipe era o conjunto. Como se dizia na época: “A equipe tricolor não tem cobras”. Mas era um conjunto de qualidade incrível, treinado pelo excelente Pirillo, que tem no currículo a honra de ser o primeiro treinador da Selação Brasileira a convocar Pelé. Se todo grande time começa por um grande goleiro, o Fluminense começava da melhor maneira. Defendendo a meta tricolor, ninguém menos que Castilho. Muitos diziam ser, o goleiro, um santo, tamanho os milagres que ele realizava e sua sorte. Quando ele não conseguia defender o indefensável, a trave sempre estava do seu lado. Se fosse possível entrevistar uma baliza, tenho certeza que ela responderia ser Castilho seu melhor amigo. Além de sua qualidade, ele contava também com um amor incondicional pelo Fluminense. A história mais famosa de sua paixão pelo tricolor ocorreu em 1959. Irritado por uma lesão crônica no dedo mínimo da mão esquerda, ele foi conversar com o médico do clube. Após o bate-papo com o doutor, descobriu que a melhor solução para retornar rapidamente aos campos era a amputação de parte do dedo. Castilho não pensou nem duas vezes e seguiu o conselho do médico. À frente de Castilho, uma muralha. Antes de ficar cara a cara com o goleiro tricolor, era necessário passar pelo defensor Pinheiro. O experiente ( havia sido titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1954 ), forte e viril zagueiro era a segurança em pessoa.
O sistema ofensivo tricolor possuía dois comandantes. Na organização das jogadas, Telê Santana mostrava que a ponta-direita era sua posição apenas no papel. Na finalização das jogadas, Waldo parecia um exército de um homem só, tamanho o seu poderio ofensivo. Com o maior orgulho do mundo, deixarei as palavras com Nélson Rodrigues e Mário Filho, os dois irmãos que são os mais importantes nomes da história do jornalismo esportivo do país.
“Telê trouxe uma nova medida do tempo para o futebol. É, de algum modo, o ponteiro dos segundos, o que não pára. Os outros são, quando são, o ponteiro dos minutos...Telê não cansa. E o espantoso é que não cansa nunca, esse fiapo de jogador que não para nem quando a bola está fora.” – Mário Filho no livro “O Sapo de Arubinha”.
“Tremendo esse Waldo! Muitos craques brasileiros sofrem, no estrangeiro, de tremendo descontrole emocional e jogam pedrinhas. Waldo, não. Em Niterói, na Patagônia ou na Groenlândia, é o mesmíssimo monstro do gol.” – Nélson Rodrigues no livro “O berro impresso das manchetes”.
Acredito que, após as palavras destes dois gênios da literatura, a força ofensiva tricolor está perfeitamente explicada. Telê tentava de todas as maneiras possíveis e impossíveis preparar a redonda para Waldo só ter o trabalho de empurrar para o fundo do gol. Assim o Fluminense havia conquistado o Rio-São Paulo. Assim o Fluminense chegava para o jogo decisivo contra o Botafogo.
O Botafogo confiava, para esta decisão, no que se tornaria um dos maiores trios da história do futebol mundial. Em cada setor do campo o Botafogo tinha um jogador do mais alto nível. Na defesa Nílton “Enciclopédia” Santos, para muitos o maior lateral-esquerdo que o mundo já viu. Neste time botafoguense de 1957, Nílton era a voz da experiência. Poucos sabem que na fatídica derrota do Brasil para o Uruguai na Copa do Mundo de 1950, conhecida como Maracanazzo, ele fazia parte do elenco brasileiro. Ou seja, desde o início da década já era figurinha da Seleção Brasileira. E sobre sua técnica? Fica difícil até arrumar palavras para descrever. Sua tranquilidade e categoria eram tão grandes que, se tivesse que ir a um casamento após um jogo, poderia jogar de terno e gravata e, após o apito final, ir direto para a igreja. Roubava bolas sem precisar de carrinhos, malabarismos ou afobação. Na verdade, deveria sempre jogar de trajes finos, tamanha sua elegância. Sua qualidade não o deixava ficar preso na defesa e muitas vezes partia para o ataque, mostrando ser realmente um jogador único naquele tempo onde laterais não ultrapassavam a linha central. No meio campo, o alvi-negro possuía técnica, classe, distinção, visão de jogo, passe perfeito e chute indefensável. Sabe o que é mais incrível? Todas estas qualidades pertenciam a apenas um jogador. No mundo inteiro era difícil encontrar alguém com tantos atributos quanto o “Príncipe Etíope” Didi. Alguns torcedores, principalmente dos outros clubes, diziam que ele não corria muito em campo e confundiam sua calma com falta de garra. A sua tranquilidade não o impedia de ser um jogador raçudo e decisivo, como mostrou ser inúmeras vezes, seja no clube ou na seleção.
No ataque botafoguense, mais especificamente pela ponta-direita, encontrava-se aquele que talvez seja o jogador mais querido da história do futebol. Nada poderia o definir melhor do que “A Alegria do Povo”. Falo de Manoel dos Santos. Falo de Garrincha. É importante ressaltar que, naquele ano de 1957, Garrincha ainda não tinha todo o status e importância que o coloca entre os maiores jogadores de todos os tempos. Naquele ano, não eram raros os jornalistas, treinadores e torcedores que o consideravam muito individualista e irresponsável. Na verdade, os que criticavam o Mané eram, em sua maioria, aqueles que ainda estavam assustados com o que ele fazia em campo. Garrincha era diferente de tudo que fora visto em mais de 50 anos de futebol no país. Nunca ninguém havia feito nada semelhante ao que ele mostrava nas quatro linhas. Como alguém era capaz de aplicar o mesmo drible dezenas de vezes e não perder a bola? Como um zagueiro alto, forte e privilegiado fisicamente poderia ser ultrapassado seguidamente por um jogador com as pernas tortas? Se muitos duvidavam dele, o lendário treinador João Saldanha estava cheio de otimismo e confiança por tê-lo na equipe.
João Saldanha era dirigente botafoguense até as vésperas do início do Campeonato Carioca de 1957, quando assumiu o cargo de treinador da equipe. Durante o tempo que trabalhou como técnico alvi-negro, sempre teve que enfrentar o problema do pequeno período para treinos. O Botafogo era um time requisitado para amistosos internacionais, se tornando mais famoso ainda após a Seleção Brasileira conquistar a Copa do Mundo de 1958, e se existiu um treinador que soube contornar este problema foi João Saldanha. Todos que conheceram seu trabalho dizem que suas orientações, para seus jogadores, eram as mais simples possíveis, sem nunca embolar a cabeça dos seus orientados. Para este duelo final contra o Fluminense, João foi direto: bolas para Garrincha na direita e todos na área para concluir os cruzamentos do Mané. Você deve estar pensando que João Saldanha era apenas um técnico comum, já que uma orientação desta qualquer um faria. A genialidade do treinador foi mostrada com outra ordem. Ordem também simples, porém, muito estranha. O grande atacante e goleador Quarentinha (se tornaria no futuro o maior artilheiro da história do Botafogo) teria a missão de grudar em Telê Santana. Saldanha sabia que o Fluminense era uma máquina onde a peça principal era Telê, que precisaria ser anulado em campo. Com esta tarefa defensiva que Quarentinha deveria exercer, as finalizações das jogadas ofensivas do Botafogo seriam realizadas, principalmente, pelo outro atacante, o valente Paulo Valentim. Seria Quarentinha capaz de marcar um jogador tão dinâmico como Telê Santana? Garrincha sentiria a responsabilidade de ter um time todo dependendo de suas jogadas? Com Quarentinha preso por tarefas defensivas, Paulinho Valentim seria capaz de fazer os gols necessários para sua equipe conquistar a vitória? Só o apito final do juiz responderia estas perguntas.
O dia 20 de dezembro de 1957 estava prestes a entrar para história. O Maracanã lotado de torcedores ansiava conhecer o novo Campeão Estadual. Dez entre dez presentes ao estádio esperavam um jogo equilibradíssimo. Tanto o mais fanático botafoguense, quanto o mais fervoroso tricolor, aguardava o apito inicial com os nervos a flor da pele. O jogo começa e, surpreendentemente, com menos de três minutos, após um bate-rebate na área tricolor, Paulo Valentim empurra a bola para as redes. Fogão 1 a 0. Apesar do gol inicial, a partida seguia dura. Ora era uma bela defesa do goleiro alvi-negro Adalberto, ora um milagre de Castilho. Se ambos os torcedores não tinham mais unhas para roer, os tricolores ganharam motivos de sobra para arrancar os cabelos. Após cruzamento de Garrincha, Paulo Valentim marca seu segundo gol aos 30 minutos. Acabando o primeiro tempo, os tricolores tinham a esperança de que o treinador Pirilo consertaria tudo no vestiário. A esperança não duraria muito. Faltando três minutinhos para o intervalo, Nílton Santos faz um perfeito cruzamento para área e Paulo Valentim mostrou que era iluminado. O atacante alvi-negro, em uma linda bicicleta, coloca a bola no fundo das redes de Castilho. Inacreditável. 3 a 0! Garrincha estava intocável, impecável, inexplicável. Paulo Valentim mostrava, além da sua habitual garra, um repertório de finalizações de encantar. E o jogo estava apenas na metade.
O segundo tempo iniciou e logo o Fluminense diminuiu o marcador com Escurinho. Seria o gol da reação? Menos de 5 minutos se passaram e Paulo Valentim, uma vez mais, provou que não ao marcar mais um tento. O Botafogo colocava a segunda mão no troféu, com o placar mostrando 4 a 1. Pouco após este quarto gol marcado pelo alvi-negro, uma cena histórica ocorreu. Telê Santana apareceu no jogo. Não, ele não fez uma boa jogada. Quarentinha não deixava-o tocar na bola. Telê apareceu ao trocar agressões com seu ex-companheiro de Fluminense Didi, no círculo central. O motivo das agressões o própio Telê contaria, anos mais tarde, em relato ao escritor Roberto Porto, no livro “Didi”: “Realmente nós nos desentendemos por causa do Garrincha. Eu tinha dito ao crioulo (Didi) que o jogo já tinha acabado, que o Botafogo era o campeão e tal e coisa, mas que ele chamasse urgentemente o Nílton Santos e os dois fossem conversar com Garrincha. O Mané estava impossível, dando um baile em Altair e Clóvis e em quem mais aparecesse. Eu queria que os dois, com a banca que tinha, fossem até ele, Garrincha, e mandassem que ele parasse com o espetáculo. Ele estava desmoralizando nosso time... Mas parece que Didi e Nílton Santos não deram bola para o que eu pedira. Foi aí que nos desentendemos, mas foi coisa rápida e que em nada abalou nossa longa amizade. Naquele dia, ninguém conseguiria evitar que Garrincha fizesse o que bem entendesse com a bola. Para mim ele ganhou o jogo... ”. Para ilustrar tudo que Telê falou sobre Garrincha, nos resta falar que aos 15 minutos ele marcou o seu gol e, aos 23, após lindos dribles pela ponta, dá mais uma assistência para Paulo Valentim fazer seu quinto gol e o sexto do Botafogo. O tricolor ainda reduziria a diferença no placar com Waldo. Este gol, porém, só serviu para a torcida alvi-negra ter uma rima perfeita ao cantar: “É 6 a 2 no Pó-de-arroz!!! É 6 a 2 no Pó-de-arroz!!! ”.
O fim do jogo marcou o início de um período de glórias para o Botafogo. Tanto para o clube, quanto para seus jogadores, uma fase de glórias estava se iniciando. O Botafogo se tornaria um dos poucos times brasileiros a duelar, em iguais condições, com o Santos de Pelé. O clube se tornaria um dos principas símbolos do futebol arte no mundo. Todos queriam ver os jogadores alvi-negros. Em amistosos pelo mundo ou compondo a Seleção Brasileira, eles eram idolatrados. Quarentinha, como já foi citado, tornaria-se o maior artilheiro da história do Botafogo. Paulo Valentim se consagraria na Argentina como um dos maiores ídolos do Boca Juniors, conquistando dois Campeonatos Argentinos ( 62 e 64 ) e três artilharias nacionais ( 61, 62 e 64 ). Já Garrincha... Bem, o Mané se transformaria em um personagem tão importante do nosso país, que sua vida deveria ser matéria obrigatória em nossas escolas. E tudo começou no dia 20 de dezembro de 1957.
Botafogo 6 x 2 Fluminense
20 de dezembro de 1957
Maracanã – Público: 89100 torcedores
Gols: 1º tempo: Paulo Valentim ( Bot ) aos 3´, Paulo Valentim ( Bot ) aos 30´ e Paulo Valentim ( Bot ) aos 42´; 2º tempo: Escurinho ( Flu ) aos 5´, Paulo Valentim ( Bot ) aos 9´, Garrincha ( Bot) aos 15´, Paulo Valentim ( Bot ) aos 23´ e Waldo ( Flu ) aos 39´.
Botafogo: Adalberto; Beto e Tomé; Servílio, Pampolini e Nílton Santos; Garrincha, Didi, Paulo Valentim, Edson e Quarentinha
Fluminense: Castilho; Cacá e Pinheiro; Jair Santana, Clóvis e Altair; Telê Santana, Jair Francisco, Waldo, Robson e Escurinho.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
SEMI-FINAL DA TAÇA GUANABARA - FLAMENGO X RESENDE
Olá amigos leitores do FUTEBOLA!
Neste sábado de carnaval o Flamengo enfrentou o Resende pela semi-final da Taça Guanabara. Pode-se dizer que o carnaval vai ter menos folia para os torcedores rubro-negros. Com uma atuação convincente, o Resende mostrou um futebol superior ao do Flamengo e venceu a partida por 3 a 1. O time do interior aguarda agora o vencedor de Fluminense x Botafogo que duelam na quarta-feira de cinzas.
MANDOU BEM!
- O treinador Antonio Carlos Roy, comandante do Resende, soube armar muito bem o seu time. Durante toda a 1ª etapa sua equipe mostrou maior organização em campo do que o Flamengo, criando maior número de oportunidades de gols e saindo para o intervalo com a vantagem de 1 a 0 no placar. Seu outro mérito foi ter corrigido, rapidamente, um erro que cometeu. Logo após seu zagueiro Leandro ter sido expulso no segundo tempo, para dar maior solidez ao seu sistema defensivo, ele trocou o Fabiano, um jogador de frente, pelo volante Beto. Com esta alteração o seu time recuou muito e o Flamengo passou a dominar todas as ações ofensivas. Quando reparou que sua equipe estava sendo muito sufocada, Roy colocou o atacante Hiroshi em campo, sacando o volante Márcio Gomes. Com esta alteração o Resende voltou a apresentar perigosos contra-ataques e criou excelentes chances de gols. A entrada de Hiroshi se mostrou mais acertada ao notarmos que, além do golaço que marcou, ele ainda participou do terceiro gol que sacramentou a vitória do Resende.
- Alguns fatores como a falta de costume com decisões, enfrentar um gigante do futebol carioca como o Flamengo e ansiedade em decidir a partida que, surpreendentemente, se desenhava fácil, devem ter afetado a capacidade de finalização dos jogadores do Resende. O enorme número de gols perdidos pelo Resende, porém, só existiu devido ao número de oportunidades que a equipe criou. Não importa se o Flamengo tinha onze, dez ou nove homens em campo, a equipe do treinador Roy sempre foi mais perigosa ofensivamente. O habilidoso meia Léo, o reserva e decisivo atacante Hiroshi e o artilheiro do campeonato Bruno Meneghel, deixaram todo o sistema defensivo do Flamengo perdido. O volante rubro-negro Willians se desdobrava para tentar contê-los, correndo por todo o campo. Se o Resende demonstrar essa capacidade de criar chances de gols e seus homens de frente calibrarem os pés, o seu adversário na final precisará tomar muito cuidado.
MANDOU MAL!
- Desde a primeira rodada do Campeonato Carioca 2009 tenho feito, em meus comentários, algumas críticas ao Flamengo. O que o time fez de errado para merecer a derrota para o Resende? Tudo e mais um pouco. Erros antigos ocorreram e novos apareceram. Como de costume vimos uma atuação abaixo da crítica de Obina, não conseguindo sequer criar um lance de perigo para seu time. Uma vez mais a equipe não mostrou nenhum padrão tático e, quando o time possuía apenas 9 homens em campo, os jogadores que ficaram desistiram completamente de tentar achar um padrão de jogo. Se as jogadas pelos lados do campo são o ponto forte do Flamengo, Léo Moura não foi uma vez sequer até a linha de fundo e Juan sentiu muita falta da companhia de Ronaldo Angelim. Cuca novamente não obteve êxito em suas substituições. A entrada de Kléberson para dar estabilidade defensiva para equipe em nenhum momento surtiu efeito. Nesta partida contra o Resende, um novo problema deu as caras no Flamengo. As duas expulsões ocorridas no 1º tempo ( Aírton e Fábio Luciano ), além das constantes reclamações com o árbitro, mostrou uma imaturidade que o Flamengo não costuma mostrar em partidas do Campeonato Carioca, onde sempre se mostrou muito seguro. Se a crise no clube era grande, a bola de neve cresce mais a cada dia.
ENQUANTO ISSO EM MINAS GERAIS...
- Ao final do Campeonato Brasileiro de 2008, entrei na onda dos veículos esportivos e montei a minha seleção do torneio. De toda a equipe que escalei, três nomes não receberam nenhum apoio. O zagueiro gremista Réver, o volante, ex-Botafogo, Diguinho e o centro-avante Kléber. Em todas as partidas que assisti do Palmeiras no ano passado, um fato se mostrou sempre presente. Não existe bola perdida para Kléber. O atacante possui ótimos atributos como saber usar bem o porte físico e um excelente chute, porém, sua característica que mais me agrada é a vontade que demonstra em campo. Esta garra, que fez o apelidarem de “Gladiador”, em muitas vezes o faz ser punido pela arbitragem. Após um início de ano sem saber se iria atuar por Palmeiras ou Corinthians, Kléber foi parar no Cruzeiro. Estréia do Cruzeiro na Taça Libertadores contra o chatíssimo Estudiantes (ARG). O jogo estava perfeito para os argentinos que conseguiram impor a partida um ritmo de câmera lenta e o placar permanecia em branco. Eis que a torcida pede Kléber.O treinador escuta a galera. Kléber entra aos 15 minutos da segunda etapa e permanece apenas 14 minutos em campo. Este foi o tempo suficiente para mostrar suas características e levar seu time a vitória por 3 a 0. Brigou por todas as bolas, marcou dois gols com finalizações milimétricas, levou cartão amarelo ao levantar a camisa em uma das comemorações e ganhou um cartão vermelho após dar uma entrada por trás em Verón no meio de campo. Parece que o Cruzeiro ganhou o “pacote Kléber” completinho, porém, é mais fácil disciplinar um ótimo jogador do que ensinar futebol para um monge.
Neste sábado de carnaval o Flamengo enfrentou o Resende pela semi-final da Taça Guanabara. Pode-se dizer que o carnaval vai ter menos folia para os torcedores rubro-negros. Com uma atuação convincente, o Resende mostrou um futebol superior ao do Flamengo e venceu a partida por 3 a 1. O time do interior aguarda agora o vencedor de Fluminense x Botafogo que duelam na quarta-feira de cinzas.
MANDOU BEM!
- O treinador Antonio Carlos Roy, comandante do Resende, soube armar muito bem o seu time. Durante toda a 1ª etapa sua equipe mostrou maior organização em campo do que o Flamengo, criando maior número de oportunidades de gols e saindo para o intervalo com a vantagem de 1 a 0 no placar. Seu outro mérito foi ter corrigido, rapidamente, um erro que cometeu. Logo após seu zagueiro Leandro ter sido expulso no segundo tempo, para dar maior solidez ao seu sistema defensivo, ele trocou o Fabiano, um jogador de frente, pelo volante Beto. Com esta alteração o seu time recuou muito e o Flamengo passou a dominar todas as ações ofensivas. Quando reparou que sua equipe estava sendo muito sufocada, Roy colocou o atacante Hiroshi em campo, sacando o volante Márcio Gomes. Com esta alteração o Resende voltou a apresentar perigosos contra-ataques e criou excelentes chances de gols. A entrada de Hiroshi se mostrou mais acertada ao notarmos que, além do golaço que marcou, ele ainda participou do terceiro gol que sacramentou a vitória do Resende.
- Alguns fatores como a falta de costume com decisões, enfrentar um gigante do futebol carioca como o Flamengo e ansiedade em decidir a partida que, surpreendentemente, se desenhava fácil, devem ter afetado a capacidade de finalização dos jogadores do Resende. O enorme número de gols perdidos pelo Resende, porém, só existiu devido ao número de oportunidades que a equipe criou. Não importa se o Flamengo tinha onze, dez ou nove homens em campo, a equipe do treinador Roy sempre foi mais perigosa ofensivamente. O habilidoso meia Léo, o reserva e decisivo atacante Hiroshi e o artilheiro do campeonato Bruno Meneghel, deixaram todo o sistema defensivo do Flamengo perdido. O volante rubro-negro Willians se desdobrava para tentar contê-los, correndo por todo o campo. Se o Resende demonstrar essa capacidade de criar chances de gols e seus homens de frente calibrarem os pés, o seu adversário na final precisará tomar muito cuidado.
MANDOU MAL!
- Desde a primeira rodada do Campeonato Carioca 2009 tenho feito, em meus comentários, algumas críticas ao Flamengo. O que o time fez de errado para merecer a derrota para o Resende? Tudo e mais um pouco. Erros antigos ocorreram e novos apareceram. Como de costume vimos uma atuação abaixo da crítica de Obina, não conseguindo sequer criar um lance de perigo para seu time. Uma vez mais a equipe não mostrou nenhum padrão tático e, quando o time possuía apenas 9 homens em campo, os jogadores que ficaram desistiram completamente de tentar achar um padrão de jogo. Se as jogadas pelos lados do campo são o ponto forte do Flamengo, Léo Moura não foi uma vez sequer até a linha de fundo e Juan sentiu muita falta da companhia de Ronaldo Angelim. Cuca novamente não obteve êxito em suas substituições. A entrada de Kléberson para dar estabilidade defensiva para equipe em nenhum momento surtiu efeito. Nesta partida contra o Resende, um novo problema deu as caras no Flamengo. As duas expulsões ocorridas no 1º tempo ( Aírton e Fábio Luciano ), além das constantes reclamações com o árbitro, mostrou uma imaturidade que o Flamengo não costuma mostrar em partidas do Campeonato Carioca, onde sempre se mostrou muito seguro. Se a crise no clube era grande, a bola de neve cresce mais a cada dia.
ENQUANTO ISSO EM MINAS GERAIS...
- Ao final do Campeonato Brasileiro de 2008, entrei na onda dos veículos esportivos e montei a minha seleção do torneio. De toda a equipe que escalei, três nomes não receberam nenhum apoio. O zagueiro gremista Réver, o volante, ex-Botafogo, Diguinho e o centro-avante Kléber. Em todas as partidas que assisti do Palmeiras no ano passado, um fato se mostrou sempre presente. Não existe bola perdida para Kléber. O atacante possui ótimos atributos como saber usar bem o porte físico e um excelente chute, porém, sua característica que mais me agrada é a vontade que demonstra em campo. Esta garra, que fez o apelidarem de “Gladiador”, em muitas vezes o faz ser punido pela arbitragem. Após um início de ano sem saber se iria atuar por Palmeiras ou Corinthians, Kléber foi parar no Cruzeiro. Estréia do Cruzeiro na Taça Libertadores contra o chatíssimo Estudiantes (ARG). O jogo estava perfeito para os argentinos que conseguiram impor a partida um ritmo de câmera lenta e o placar permanecia em branco. Eis que a torcida pede Kléber.O treinador escuta a galera. Kléber entra aos 15 minutos da segunda etapa e permanece apenas 14 minutos em campo. Este foi o tempo suficiente para mostrar suas características e levar seu time a vitória por 3 a 0. Brigou por todas as bolas, marcou dois gols com finalizações milimétricas, levou cartão amarelo ao levantar a camisa em uma das comemorações e ganhou um cartão vermelho após dar uma entrada por trás em Verón no meio de campo. Parece que o Cruzeiro ganhou o “pacote Kléber” completinho, porém, é mais fácil disciplinar um ótimo jogador do que ensinar futebol para um monge.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
PRIMEIRA RODADA DA COPA DO BRASIL - PARTE 1
Olá amigos!
Foi realizada nesta quarta-feira a primeira rodada da Copa do Brasil 2009. Todas as equipes do Rio de Janeiro que entraram em campo conseguiram vencer seus respectivos jogos. Consegui assistir aos jogos Flamengo (PI) x Vasco e Nacional ( PB ) x Fluminense, que serã analisados logo abaixo. Alguns resultados desta rodada, porém, não podem passar despercebidos. Vamos a eles:
- O Americano conseguiu vencer sua partida diante do Santa Cruz, em Campos, por 2 a 0. Os gols foram marcados pelo bom Éberson. Se souber explorar os contra-ataques no Nordeste, assim como fez contra o Vasco na estréia do Campeonato Carioca, o time campista tem tudo para passar de fase.
- O Atlético Mineiro passou facilmente pelo Itabaiana no Sergipe. Com uma goleada de 5 a 0, uma vez mais com a marca de Diego Tardelli, o Galo passou de fase. A maior importância do resultado é que o time se recupera rapidamente da derrota diante o Cruzeiro no domingo, pelo Campeonato Mineiro.
- Inacreditável. Será que já vai pintar a primeira zebrinha da Copa do Brasil 2009? O Internacional, favoritíssimo ao título do torneio, foi derrotado, por 1 a 0, pelo União Rondonópolis, no Mato Grosso. O colorado podia começar a temporada sem essa.
Vamos então aos comentários sobre os jogos:
Flamengo (PI) 1 x 4 Vasco – Teresina
Nacional (PB) 0 x 1 Fluminense – João Pessoa
MANDOU BEM!
-O Fluminense iniciou o jogo um pouco assustado com a correria imposta pelo time do Nacional, porém, com aproximadamente 15 minutos de jogo passou a ter o domínio das ações ofensivas. Thiago Neves e Everton Santos fizeram uma boa 1ª etapa e foram os principais contribuidores para o ataque tricolor funcionar. Everton, além de marcar o gol que deu a vitória ao Fluminense, correu muito durante os primeiros 45 minutos. Já o meia Thiago Neves está voltando a se soltar mais em campo. Todos os lances de perigo do ataque tricolor, no primeiro tempo, passaram por seus pés. Repetindo um comentário que eu havia feito a cerca de uma semana, o que mais impressiona em Thiago Neves é a vontade que tem demonstrado para atuar. Realmente estou boquiaberto com o jogador que a cerca de 20 dias estava encostado em Hamburgo, na Alemanha, e exigiu que o treinador o escalasse para atuar na Paraíba.
- O Flamengo (PI) mostrou na partida contra o Vasco ser uma equipe de baixíssimo nível técnico. Com exceção de um gol marcado, uma vez mais por falha da defesa vascaína, o time da casa nada fez. A equipe carioca fez o suficiente para conseguir seu objetivo de vencer por mais de um gol de diferença e descartar o jogo de volta. Dois jogadores podem ser citados como destaques do Vasco. Uma vez mais o lateral-direito Paulo Sérgio teve excelente atuação. Nesta partida, como o lateral-esquerdo Ramón estava tímido ofensivamente, Paulo Sérgio foi muito utilizado. Sua presença constante no ataque lhe rendeu mais uma assistência ( para o gol de Élton, o segundo do Vasco ) e um golaço de falta no momento em que a equipe mais precisava, quando o placar apontava 2 a 1 e o time buscava a diferença para evitar o segundo jogo. A novidade nos destaques positivos foi a boa atuação do centroavante Élton. Com dois belíssimos gols ele vem mostrando ser o melhor finalizador dentre os atacantes presentes no elenco e parece estar perto de conseguir sua vaga na equipe.
MANDOU MAL!
- Uma vez mais o Fluminense sai para o intervalo do jogo vencendo e volta para segurar o resultado. A equipe já havia utilizado esta estratégia em partidas do Campeonato Carioca, na derrota para o Duque de Caxias e no jogo contra o Americano, quando conseguiu a vitória nos acréscimos. Podemos falar que desta vez a tática deu certo pois a equipe conseguiu segurar o placar? Não. O objetivo do time era conseguir uma vitória por mais de um gol de diferença, porém, a equipe não demonstrou ofensividade para realizar tal tarefa em nenhum momento da segunda etapa. Faltando 15 minutos para o final do jogo, o Nacional teve um jogador expulso. Mesmo com um homem a mais em campo o Fluminense não criou uma única chance clara para marcar o segundo gol. Sei que existem problemas físicos, principalmente com os já citados Thiago Neves e Everton Santos, que não atuam desde o início da temporada, porém, não acredito que este seja o motivo para os recuos do tricolor.
- Muito estranho a queda de rendimento do Conca após o retorno do Thiago Neves. Durante todo o primeiro semestre de 2008 a parceria entre eles era um dos principais motivos da força do tricolor. Os dois sabiam a hora de trocar de lado, a hora em que um avançava mais e o outro recuava, qual cobrança de bola parada era de um e qual era do outro, além de outras afinidades. Desde o retorno de Thiago, porém, Conca não aparece mais nas partidas. Alguns podem dizer que ele está mais recuado para qualificar a saída de bola da equipe, algo semelhante ao que Ibson as vezes realiza no Flamengo, mas nem isso estamos vendo da parte do argentino. Acho até que estou exagerando um pouco ao critíca-lo, pois qualquer jogador pode ter o seu mês de má fase. Como dizem por aí: “Mais se espera de quem mais tem qualidade”.
- Rodrigo Pimpão tem se mostrado um jogador muito determinado em campo. Ele corre, marca, briga pela bola e briga com a bola. Dorival Junior precisa utilizar esta determinação de Rodrigo, nos treinamentos. O atacante vascaíno está perdendo, quase sempre, dois gols claros por partida. Não pode um jogador de frente desperdiçar tantas oportunidades. O que fazer para melhorar? Simples. Quem vai nos contar é o lendário Dadá Maravilha, em entrevista realizada para o livro “Dadá Maravilha”, do autor Lúcio Flávio Machado: “...não dava menos de 150 cabeçadas e 200 chutes por dia. Não tinha goleiro para me acompanhar. Sozinho, eu colocava uma camisa no travessão, um palmo da trave do lado direito e um palmo do lado esquerdo e chutava até a exaustão, procurando acertar a camisa.”. Será que valeu a pena? Bom, acredito que sim. Dadá marcou mais de 900 gols na carreira.
Foi realizada nesta quarta-feira a primeira rodada da Copa do Brasil 2009. Todas as equipes do Rio de Janeiro que entraram em campo conseguiram vencer seus respectivos jogos. Consegui assistir aos jogos Flamengo (PI) x Vasco e Nacional ( PB ) x Fluminense, que serã analisados logo abaixo. Alguns resultados desta rodada, porém, não podem passar despercebidos. Vamos a eles:
- O Americano conseguiu vencer sua partida diante do Santa Cruz, em Campos, por 2 a 0. Os gols foram marcados pelo bom Éberson. Se souber explorar os contra-ataques no Nordeste, assim como fez contra o Vasco na estréia do Campeonato Carioca, o time campista tem tudo para passar de fase.
- O Atlético Mineiro passou facilmente pelo Itabaiana no Sergipe. Com uma goleada de 5 a 0, uma vez mais com a marca de Diego Tardelli, o Galo passou de fase. A maior importância do resultado é que o time se recupera rapidamente da derrota diante o Cruzeiro no domingo, pelo Campeonato Mineiro.
- Inacreditável. Será que já vai pintar a primeira zebrinha da Copa do Brasil 2009? O Internacional, favoritíssimo ao título do torneio, foi derrotado, por 1 a 0, pelo União Rondonópolis, no Mato Grosso. O colorado podia começar a temporada sem essa.
Vamos então aos comentários sobre os jogos:
Flamengo (PI) 1 x 4 Vasco – Teresina
Nacional (PB) 0 x 1 Fluminense – João Pessoa
MANDOU BEM!
-O Fluminense iniciou o jogo um pouco assustado com a correria imposta pelo time do Nacional, porém, com aproximadamente 15 minutos de jogo passou a ter o domínio das ações ofensivas. Thiago Neves e Everton Santos fizeram uma boa 1ª etapa e foram os principais contribuidores para o ataque tricolor funcionar. Everton, além de marcar o gol que deu a vitória ao Fluminense, correu muito durante os primeiros 45 minutos. Já o meia Thiago Neves está voltando a se soltar mais em campo. Todos os lances de perigo do ataque tricolor, no primeiro tempo, passaram por seus pés. Repetindo um comentário que eu havia feito a cerca de uma semana, o que mais impressiona em Thiago Neves é a vontade que tem demonstrado para atuar. Realmente estou boquiaberto com o jogador que a cerca de 20 dias estava encostado em Hamburgo, na Alemanha, e exigiu que o treinador o escalasse para atuar na Paraíba.
- O Flamengo (PI) mostrou na partida contra o Vasco ser uma equipe de baixíssimo nível técnico. Com exceção de um gol marcado, uma vez mais por falha da defesa vascaína, o time da casa nada fez. A equipe carioca fez o suficiente para conseguir seu objetivo de vencer por mais de um gol de diferença e descartar o jogo de volta. Dois jogadores podem ser citados como destaques do Vasco. Uma vez mais o lateral-direito Paulo Sérgio teve excelente atuação. Nesta partida, como o lateral-esquerdo Ramón estava tímido ofensivamente, Paulo Sérgio foi muito utilizado. Sua presença constante no ataque lhe rendeu mais uma assistência ( para o gol de Élton, o segundo do Vasco ) e um golaço de falta no momento em que a equipe mais precisava, quando o placar apontava 2 a 1 e o time buscava a diferença para evitar o segundo jogo. A novidade nos destaques positivos foi a boa atuação do centroavante Élton. Com dois belíssimos gols ele vem mostrando ser o melhor finalizador dentre os atacantes presentes no elenco e parece estar perto de conseguir sua vaga na equipe.
MANDOU MAL!
- Uma vez mais o Fluminense sai para o intervalo do jogo vencendo e volta para segurar o resultado. A equipe já havia utilizado esta estratégia em partidas do Campeonato Carioca, na derrota para o Duque de Caxias e no jogo contra o Americano, quando conseguiu a vitória nos acréscimos. Podemos falar que desta vez a tática deu certo pois a equipe conseguiu segurar o placar? Não. O objetivo do time era conseguir uma vitória por mais de um gol de diferença, porém, a equipe não demonstrou ofensividade para realizar tal tarefa em nenhum momento da segunda etapa. Faltando 15 minutos para o final do jogo, o Nacional teve um jogador expulso. Mesmo com um homem a mais em campo o Fluminense não criou uma única chance clara para marcar o segundo gol. Sei que existem problemas físicos, principalmente com os já citados Thiago Neves e Everton Santos, que não atuam desde o início da temporada, porém, não acredito que este seja o motivo para os recuos do tricolor.
- Muito estranho a queda de rendimento do Conca após o retorno do Thiago Neves. Durante todo o primeiro semestre de 2008 a parceria entre eles era um dos principais motivos da força do tricolor. Os dois sabiam a hora de trocar de lado, a hora em que um avançava mais e o outro recuava, qual cobrança de bola parada era de um e qual era do outro, além de outras afinidades. Desde o retorno de Thiago, porém, Conca não aparece mais nas partidas. Alguns podem dizer que ele está mais recuado para qualificar a saída de bola da equipe, algo semelhante ao que Ibson as vezes realiza no Flamengo, mas nem isso estamos vendo da parte do argentino. Acho até que estou exagerando um pouco ao critíca-lo, pois qualquer jogador pode ter o seu mês de má fase. Como dizem por aí: “Mais se espera de quem mais tem qualidade”.
- Rodrigo Pimpão tem se mostrado um jogador muito determinado em campo. Ele corre, marca, briga pela bola e briga com a bola. Dorival Junior precisa utilizar esta determinação de Rodrigo, nos treinamentos. O atacante vascaíno está perdendo, quase sempre, dois gols claros por partida. Não pode um jogador de frente desperdiçar tantas oportunidades. O que fazer para melhorar? Simples. Quem vai nos contar é o lendário Dadá Maravilha, em entrevista realizada para o livro “Dadá Maravilha”, do autor Lúcio Flávio Machado: “...não dava menos de 150 cabeçadas e 200 chutes por dia. Não tinha goleiro para me acompanhar. Sozinho, eu colocava uma camisa no travessão, um palmo da trave do lado direito e um palmo do lado esquerdo e chutava até a exaustão, procurando acertar a camisa.”. Será que valeu a pena? Bom, acredito que sim. Dadá marcou mais de 900 gols na carreira.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
PAPO CABEÇA - Êxodo de jovens jogadores
Olá amigos leitores do FUTEBOLA!
Como esta é a primeira vez que publico a coluna “Papo Cabeça”, explicarei o que pretendo. Este é um espaço onde vocês terão a oportunidade de saber minhas opiniões sobre assuntos extra-campo. Aqui não serão analisados jogos nacionais ou internacionais, mas sim assuntos importantes para entendermos o momento do nosso futebol. Exemplos? Vários. Limitar a convocação de jogadores que atuam fora do país para a Seleção Brasileira. Treinadores completamente sem experiência no trabalho que assumem importantes seleções nacionais. Adequação do calendário futebolístico brasileiro ao europeu. Entre outros.
Para esta primeira coluna irei utilizar um tema comentado pelo meu amigo Gabriel Coêlho em uma de minhas postagens anteriores. Seria a solução mais adequada para os problemas finaceiros dos grandes clubes brasileiros a venda de jovens promessas? Em minha opinião existem dois diferentes casos que simbolizam a saída de jovens jogadores do nosso país. A divisão chega a ser simples: casos evitáveis e inevitáveis.
Alexandre Pato havia atuado apenas 10 partidas pelo Internacional, e conquistado um Mundial de Clubes, quando o Milan demostrou interesse em sua contratação. Antes de completar 18 anos, Pato tinha em suas mãos a chance de atuar por um dos maiores clubes do planeta. O Internacional e o empresário do atacante dividiram ( desconheço a fatia que cada parte tinha direito ) a fortuna de 20 milhões de dólares. O Milan, por um dinheiro que em nada afetaria suas finanças, compraria um diamante que, mesmo não lapidado, já brilhava incessantemente. Existe algum motivo para o negócio não ser fechado? Não consigo encontrar. Para não ser repetitivo, vou ser mais sucinto ao dar o exemplo de Robinho. Robinho, aos 21 anos, já era um jogador bi-campeão brasileiro quando o Real Madrid, para muitos o maior clube da história do futebol, apresentou uma proposta de 30 milhões de dólares ao seu clube, o Santos. Óbvio que a tranferência foi concretizada. E todos saíram da mesa de negócios com um sorriso de uma orelha até a outra.
Não considero as transferências citadas acima como culpadas pelo fraco nível técnico visto em nossos gramados. O problema está presente nas negociações de jogadores das divisões de base, estas sim evitáveis. Os clubes brasileiros possuem todo o direito de limitar as ações de empresários em suas dependências. Os clubes brasileiros podem fixar multas rescisórias altas, nos contratos, para diminuir o assédio dos dólares. Os clubes brasileiros, ao invés de repatriar alguns jogadores à peso de ouro, podem pagar salários mais pomposos aos jovens jogadores que acreditam ser qualificados. Vamos então dar nomes aos bois.
Um dos exemplos citados por Gabriel, que inspirou esta coluna, foi a venda do atacante flamenguista Pedro Beda. O jogador que vinha se destacando nas divisões de base do clube foi vendido à Traffic por, tenho até vergonha de citar o valor, 1,2 milhões de reais. Não passem batidos pela moeda, o valor é mesmo em reais. A Traffic repassou o jogador ao Heerenveen da Holanda. Sem nem tocar no assunto dos valores irresponsáveis do negócio, faço outra interrogação. Será que o Flamengo não poderia utilizar o jogador aos poucos antes de vendê-lo? O próprio Pedro Beda, em entrevista ao site globoesporte.com, nos responde: "Eu não guardo mágoa do Flamengo, mas não vou esconder que gostaria de ter jogado no profissional. Fiquei sete anos na base e não tive oportunidade de mostrar meu futebol. Mas a minha vinda para cá foi boa, foi uma decisão melhor para a minha família". Continuando no futebol carioca, mais um triste exemplo. O lateral esquerdo Marcelo chegou ao Real Madrid, em janeiro de 2007, vendido por 7 milhões de euros pelo Fluminense. O jovem lateral não havia realizado 30 jogos pelo tricolor e foi negociado por uma quantia razoável para os nossos padrões. Porém, em 2008, o Fluminense vende para o Manchester United os gêmeos Rafael e Fábio, laterais direito e esquerdo, respectivamente, por 4 milhões de euros. Isso mesmo. Parece até promoção. Compre um e ganhe outro igualzinho. Duas jóias raras vendidas de graça, se é que existe este termo “vender de graça”. Será que os dirigentes tricolores são tão incompetentes que não tiveram a idéia de conversar com a patrocinadora Unimed para manter os garotos por mais tempo? Será que entre as contratações de Leandro Amaral, Washington e Dodô, uma não poderia ser sacrificada em prol das promessas?
Existem até situações mais graves, como a venda da promessa vascaína Philippe Coutinho por 3,8 milhões de euros para a Inter de Milão. A atitude de Eurico ao vender o jovem jogador, foi apenas para prejudicar a diretoria que estava prestes a assumir o poder. O agora ex-vice-presidente de marketing vascaíno José Henrique Coelho foi perfeito em sua explicação do caso. A venda de Philippe Coutinho pelo Eurico foi semelhante à Nero colocando fogo em Roma. Já no Botafogo, durante a presidência de Bebeto de Freitas, as divisões de base do clube foram ignoradas. Nem jogador para atrair os dólares e euros o clube conseguia produzir, tamanho desleixo da diretoria perante às categorias inferiores.
Não sou contra a idéia de o clube vender um atleta, muito pelo contrário. A realização de uma negociação inteligente pode ajudar, e muito, um clube brasileiro. Com finanças vindas da venda de jogadores, São Paulo, Santos e Internacional conseguiram evoluir em nível estrutural. Construções de centros de treinamento e melhorias nos estádios são apenas dois exemplos do que fazer com o dinheiro obtido em transferências. É praticamente um ciclo. Quanto mais você investe em estrutura, mais jogadores são revelados. Quanto mais bem sucedida for a negociação de um jogador, mais dinheiro será obtido. Quanto mais dinheiro o clube possuir, mais investirá em sua estrutura. Simples não? Parece que não, para dirigentes como Márcio Braga, Kléber Leite, Roberto Horcades e Bebeto de Freitas.
Como esta é a primeira vez que publico a coluna “Papo Cabeça”, explicarei o que pretendo. Este é um espaço onde vocês terão a oportunidade de saber minhas opiniões sobre assuntos extra-campo. Aqui não serão analisados jogos nacionais ou internacionais, mas sim assuntos importantes para entendermos o momento do nosso futebol. Exemplos? Vários. Limitar a convocação de jogadores que atuam fora do país para a Seleção Brasileira. Treinadores completamente sem experiência no trabalho que assumem importantes seleções nacionais. Adequação do calendário futebolístico brasileiro ao europeu. Entre outros.
Para esta primeira coluna irei utilizar um tema comentado pelo meu amigo Gabriel Coêlho em uma de minhas postagens anteriores. Seria a solução mais adequada para os problemas finaceiros dos grandes clubes brasileiros a venda de jovens promessas? Em minha opinião existem dois diferentes casos que simbolizam a saída de jovens jogadores do nosso país. A divisão chega a ser simples: casos evitáveis e inevitáveis.
Alexandre Pato havia atuado apenas 10 partidas pelo Internacional, e conquistado um Mundial de Clubes, quando o Milan demostrou interesse em sua contratação. Antes de completar 18 anos, Pato tinha em suas mãos a chance de atuar por um dos maiores clubes do planeta. O Internacional e o empresário do atacante dividiram ( desconheço a fatia que cada parte tinha direito ) a fortuna de 20 milhões de dólares. O Milan, por um dinheiro que em nada afetaria suas finanças, compraria um diamante que, mesmo não lapidado, já brilhava incessantemente. Existe algum motivo para o negócio não ser fechado? Não consigo encontrar. Para não ser repetitivo, vou ser mais sucinto ao dar o exemplo de Robinho. Robinho, aos 21 anos, já era um jogador bi-campeão brasileiro quando o Real Madrid, para muitos o maior clube da história do futebol, apresentou uma proposta de 30 milhões de dólares ao seu clube, o Santos. Óbvio que a tranferência foi concretizada. E todos saíram da mesa de negócios com um sorriso de uma orelha até a outra.
Não considero as transferências citadas acima como culpadas pelo fraco nível técnico visto em nossos gramados. O problema está presente nas negociações de jogadores das divisões de base, estas sim evitáveis. Os clubes brasileiros possuem todo o direito de limitar as ações de empresários em suas dependências. Os clubes brasileiros podem fixar multas rescisórias altas, nos contratos, para diminuir o assédio dos dólares. Os clubes brasileiros, ao invés de repatriar alguns jogadores à peso de ouro, podem pagar salários mais pomposos aos jovens jogadores que acreditam ser qualificados. Vamos então dar nomes aos bois.
Um dos exemplos citados por Gabriel, que inspirou esta coluna, foi a venda do atacante flamenguista Pedro Beda. O jogador que vinha se destacando nas divisões de base do clube foi vendido à Traffic por, tenho até vergonha de citar o valor, 1,2 milhões de reais. Não passem batidos pela moeda, o valor é mesmo em reais. A Traffic repassou o jogador ao Heerenveen da Holanda. Sem nem tocar no assunto dos valores irresponsáveis do negócio, faço outra interrogação. Será que o Flamengo não poderia utilizar o jogador aos poucos antes de vendê-lo? O próprio Pedro Beda, em entrevista ao site globoesporte.com, nos responde: "Eu não guardo mágoa do Flamengo, mas não vou esconder que gostaria de ter jogado no profissional. Fiquei sete anos na base e não tive oportunidade de mostrar meu futebol. Mas a minha vinda para cá foi boa, foi uma decisão melhor para a minha família". Continuando no futebol carioca, mais um triste exemplo. O lateral esquerdo Marcelo chegou ao Real Madrid, em janeiro de 2007, vendido por 7 milhões de euros pelo Fluminense. O jovem lateral não havia realizado 30 jogos pelo tricolor e foi negociado por uma quantia razoável para os nossos padrões. Porém, em 2008, o Fluminense vende para o Manchester United os gêmeos Rafael e Fábio, laterais direito e esquerdo, respectivamente, por 4 milhões de euros. Isso mesmo. Parece até promoção. Compre um e ganhe outro igualzinho. Duas jóias raras vendidas de graça, se é que existe este termo “vender de graça”. Será que os dirigentes tricolores são tão incompetentes que não tiveram a idéia de conversar com a patrocinadora Unimed para manter os garotos por mais tempo? Será que entre as contratações de Leandro Amaral, Washington e Dodô, uma não poderia ser sacrificada em prol das promessas?
Existem até situações mais graves, como a venda da promessa vascaína Philippe Coutinho por 3,8 milhões de euros para a Inter de Milão. A atitude de Eurico ao vender o jovem jogador, foi apenas para prejudicar a diretoria que estava prestes a assumir o poder. O agora ex-vice-presidente de marketing vascaíno José Henrique Coelho foi perfeito em sua explicação do caso. A venda de Philippe Coutinho pelo Eurico foi semelhante à Nero colocando fogo em Roma. Já no Botafogo, durante a presidência de Bebeto de Freitas, as divisões de base do clube foram ignoradas. Nem jogador para atrair os dólares e euros o clube conseguia produzir, tamanho desleixo da diretoria perante às categorias inferiores.
Não sou contra a idéia de o clube vender um atleta, muito pelo contrário. A realização de uma negociação inteligente pode ajudar, e muito, um clube brasileiro. Com finanças vindas da venda de jogadores, São Paulo, Santos e Internacional conseguiram evoluir em nível estrutural. Construções de centros de treinamento e melhorias nos estádios são apenas dois exemplos do que fazer com o dinheiro obtido em transferências. É praticamente um ciclo. Quanto mais você investe em estrutura, mais jogadores são revelados. Quanto mais bem sucedida for a negociação de um jogador, mais dinheiro será obtido. Quanto mais dinheiro o clube possuir, mais investirá em sua estrutura. Simples não? Parece que não, para dirigentes como Márcio Braga, Kléber Leite, Roberto Horcades e Bebeto de Freitas.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
SÉTIMA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009
Madureira 0 x 3 Vasco – Engenhão
Fluminense 4 x 0 Tigres – São Januário
Resende 3 x 1 Americano – Resende
Cabofriense 2 x 2 Duque de Caxias – Duque de Caxias
Botafogo 1 x 1 Flamengo – Maracanã
Macaé 4 x 0 Friburguense – Araruama
Volta Redonda 2 x 1 Mesquita – Volta Redonda
Boavista 0 x 2 Bangu - Saquarema
Olá amigos leitores do FUTEBOLA.
Antes de iniciarmos, uma observação: vou fazer todas as análises considerando que, até o momento, o Vasco perdeu 6 pontos no tribunal. O que irá ocorrer após o julgamento, só saberemos na terça-feira pela tarde.
Última rodada sensacional da fase de grupos da Taça Guanabara.
O Resende que havia iniciado a rodada em quinto lugar, fez o seu papel batendo o Americano e contou com ajuda dos deuses para se classificar. O artilheiro Bruno Meneghel, apesar de nada ter feito quando enfrentou as equipes “grandes”, vai virar herói na cidade. Já o Americano foi, nesta Taça Guanabara, o sinônimo perfeito de cavalo paraguaio.
A ajuda divina que o Resende recebeu veio direto de Cabo Frio. Mesmo atuando fora de casa o Duque de Caxias, que já havia mostrado uma força de vontade sobrenatural contra o Fluminense, buscou um empate após estar perdendo por 2 a 0 para o Cabofriense. O time da região dos lagos teve a vaga na mão para a fase final, porém, lamentará um bom tempo o empate cedido.
O Fluminense em uma recuperação incrível garantiu sua classificação. Thiago Neves cada vez mais se torna ídolo da torcida. No dia de sua chegada, o tricolor havia levado uma histórica virada do Duque de Caxias, ficando em complicada situação no torneio. Após sua estréia, foram 7 pontos em 3 jogos e a classificação para a próxima fase. Quem o enfrentar na semi-final pode ter a certeza de que irá duelar contra um time, e uma torcida, completamente empolgados.
Sobre o Vasco só falarei o seguinte: O time do competente técnico Dorival Junior pode perder a vaga na fase final por culpa de sua incompetente diretoria.
Bom, como vocês sabem os jogos ocorreram todos ao mesmo horário. Paulo Vinícius Coelho, comentarista genial da ESPN Brasil, tem a capacidade de analisar dois jogos ao mesmo tempo. Como ainda não conto com esta experiência comentarei apenas sobre Flamengo x Botafogo, o jogo que assisiti. Vamos aos destaques.
MANDOU BEM!
- Dois atacantes estiveram com tudo no clássico. Pelo lado rubro-negro, Josiel deve ter garantido sua vaga de titular na equipe, para o restante do campeonato. Uma vez mais o jogador, que parece um homem das cavernas, entrou em campo para decidir. Josiel esteve participativo na linha de frente e levou trabalho a defesa botafoguense. No final do jogo, já aos 46 minutos, o atacante mostrou todo seu oportunismo ao empatar a partida. Sou completamente a favor da teoria de que o psicológico influencia, e muito, no futebol. Um centroavante precisa muito de confiança e, no momento, confiança parece ser o sobrenome de Josiel. Trocando de uniforme, o alvi-negro Reinaldo foi o outro que jogou um bolão. O atacante botafoguense mostrou o que é ser profissional e respeito à camisa. Assumidamente flamenguista, e de família flamenguista, Reinaldo não parou de correr no jogo e tentou, a todo instante, dar a vitória ao seu time. O jogador parece estar voltando a sua boa forma apresentando a velocidade que sempre teve. Mesmo pecando em finalizações, não só neste jogo mas ao longo do torneio, Reinaldo está provando ser peça essencial neste novo Botafogo.
- Uma vez mais a raça dos jogadores rubro-negros deve ser elogiada. O time, mesmo estando completamente desorganizado em campo, tentava a vitória com uma vontade impressionante. E desta vez teve um agravante. O jogo era comentado, no canal PFC, pelo ex-treinador Valdir Espinosa que, presente ao estádio, disse estar a torcida do Flamengo em silêncio. Mesmo sem o apoio das arquibancadas, os jogadores não pararam em campo. Se faltam tática e técnica, ao menos o time vai na garra. Será que é lição do Campeonato Brasileiro de 2008? Será que o orgulho dos jogadores ficou ferido após alguns vexames do ano passado?
- Se existe um jogador que a torcida botafoguense deve aplaudir, pelo respeito ao clube, este é Leandro Guerreiro. Mesmo com a debandada geral ao fim de 2008, pelos salários atrasados, ele resolveu permanecer. Assumo que nunca fui fã do seu futebol, achando-o um jogador no máximo comum. Nesta Taça Guanabara, porém, estou mudando minha opinião. Seja jogando de zagueiro pela esquerda ou jogando na sobra ( quando Juninho não está em campo ) Leandro vem tendo boas atuações. Mesmo não sendo infalível, vem mostrando uma segurança que está ajudando a equipe. No clássico ele esteve bem ajudando até na saída de bola, antes de o Botafogo decidir recuar por completo para tentar segurar o placar.
MANDOU MAL!
- A situação de Obina ficou complicada. Mais uma péssima atuação e mais um pênalti perdido. No momento, chego a afirmar que sua escassez de gols está atrapalhando mais a equipe do que o jejum de um atacante deveria. O cobrador oficial de pênaltis do Flamengo não é Obina. Tenho dúvidas se é Ibson ou Léo Moura, mas sei que não é Obina. Por não ter feito nenhum golzinho em toda Taça Guanabara, o atacante está sedento por desencantar e, mesmo sem ter qualidade, quer se encarregar das cobranças de penalidades. Os outros jogadores da equipe, talvez por amizade, o deixam cobrar o pênalti e o time acaba sendo prejudicado.
- A desorganização tática do Flamengo é algo que salta aos olhos. Por duas vezes o lateral Léo Moura estava com a bola pelo lado direito e puxou a jogada para o meio. Após centralizar ele tentou abrir o jogo com um passe na ponta direita, porém, ninguém havia no local. Eu sei que é normal o jogador buscar seu espaço em campo, mas não pode ser de qualquer maneira. Não pode Zé Roberto rodar por três posições do ataque ( ponta-direita, meia de ligação e centroavante ) a seu bem querer, Ibson em um lance recuar para buscar a bola e em outro não, nem Léo Moura virar meia quando der na telha. Hoje em dia o futebol exige muita movimentação, porém, o Flamengo quer ser um carrossel sem passar pela etapa de ser um time de totó, com cada jogador conhecendo seu devido lugar.
- Do time do Botafogo de 2007/2008, montado pelo Cuca, existem muitas virtudes que a atual equipe alvi-negra poderia absorver e alguns defeitos com os quais deveria aprender. Como já citei acima, ao falar de Josiel, acredito que o psicológico é de extrema importância em todos os esportes. O número de cartões amarelos levados pela equipe ao longo do torneio e as reclamações com o árbitro durante o clássico não deveriam constar no roteiro do Botafogo. Um lance apenas para exemplificar: em uma falta cometida por Fahel ao agarrar, claramente, o jogador flamenguista na entrada da área, mais de meio time alvi-negro foi cercar o juiz para reclamar. Eles reclamavam com a maior certeza do mundo de que a falta não havia ocorrido. Situações como esta desestabilizam a equipe. O técnico Ney Franco deve mostrar toda sua capacidade de tranquilizar o elenco agora, ou depois pode ser tarde demais.
ENQUANTO ISSO NA ALEMANHA...
A Bundesliga está mais equilibrada que apresentação de trapezista do Cirque du Soleil. Na 20ª rodada do torneio ocorreram dois jogos sensacionais, ambos duelos pela parte de cima da tabela.
- Na sexta-feira o líder Hoffeinhein recebeu o Bayer Leverkusen. Esperava assistir neste jogo um duelo brazuca de altíssimo nível entre Carlos Eduardo ( ex-Grêmio e atualmente Hoffenheim ) e Renato Augusto ( ex-Flamengo e atualmente Bayer Leverkusen ). Os dois jovens jogadores estão demonstrando um futebol de altíssimo nível ao longo da temporada e são peças fundamentais para suas respectivas equipes. Neste confronto, porém, ambos estiveram apagados e apenas uma assistência de Renato Augusto deve ser destacada. O nome da partida foi o centroavante do Bayer, Helmes. O jovem alemão, que já está aparecendo em convocações para a seleção, possui um chute primoroso. Em duas conclusões de primeira ( o “primeira” serve para adjetivar a qualidade do chute e que ele não dominou a bola antes da finalização ) ele marcou dois golaços para seu time. O placar final de 4 a 1 foi assombroso afinal, o Hoffenheim era o líder até o início da rodada e não havia perdido uma partida em casa.
- No sábado o Bayern de Munique tinha tudo para assumir a liderança do torneio. O time dos brasileiros Lúcio e Zé Roberto enfrentaria, fora de casa, o Hertha Berlim que, acreditem, também chegaria a liderança em caso de vitória. Um jogo onde o vencedor assume a ponta da tabela, não deve apresentar um favoritismo tão marcante para um dos lados. Por qual motivo então, eu disse que o Bayern tinha tudo para ganhar os 3 pontos? Pelo fato de Pantelic´ e Cícero, dois dos mais importantes jogadores do time de Berlim, estarem fora da partida. O atacante croata Pantelic´ é a referência da equipe. Com muita movimentação e ótimas finalizações, praticamente todas as jogadas ofensivas passam por sua assinatura. Início de jogo e tudo que era esperado não ocorreu. Um Bayern de Munique completamente ineficiente no ataque com Ribéry, Zé Roberto, Schwainsteinger e Lahn improdutivos, passou a sofrer mais ainda quando Luca Toni saiu de campo contundido. A defesa do Hertha era uma verdadeira muralha raramente ultrapassada. Quando após muito esforço o Bayern passava pela defesa do time da casa, o goleiro Drobny operava milagres. O time de Berlim na garra de seus jogadores, no grito da torcida e na qualidade de Voronin, venceu o jogo. O ucraniano Voronin marcou dois gols em finalizações que devem estar em qualquer dvd que ensine a fazer gols. Placar final: Hertha Berlim 2 x 1 Bayern de Munique. Você deve estar se perguntando como o Bayern fez um gol. Eu respondo. Após duas sensacionais defesas de Drobny a bola sobrou para Klose quase na linha do gol. Aquela lá nem o muro de Berlim impediria.
ENQUANTO ISSO NA ITÁLIA...
- Assisto futebol europeu já faz um bom tempo e vou admitir para vocês que não me recordo de ter visto o que ocorreu no clássico Inter x Milan. Todos os cinco brasileiros que estavam em campo, tiveram excelentes atuações. Todos eles! A vitória por 2 a 1 da Inter foi um jogo foi de tão alto nível que também foi possível assistir belas atuações de outros atletas. O goleiro rubro-negro Abbiati fez ótimas defesas, mantendo o jogo em aberto até o final. Ibrahimovic, em alguns lampejos, mostrou toda sua habilidade. Em um lance, ele puxou o contra-ataque de seu time com um toque de calcanhar pelo alto, no mínimo, brilhante. O zagueiro romeno Chivu, pela Inter, atuou com uma segurança de encher os olhos. Mas os brasileiros realmente foram demais. Para fazer justiça à todos eles, falarei de um por vez.
Júlio César - Cada vez mais o goleiro se coloca entre os melhores do mundo. A segurança que ele possui, tanto de baixo das traves quanto nas saídas para cortar os cruzamentos, é impressionante. Ele está se tornando um goleiro que não apenas defende todas as bolas possíveis, mas também algumas impossíveis. Estaríamos nós diante de um dos maiores goleiros brasileiros de todos os tempos? O tempo e uma Copa do Mundo responderão.
Maicon – Existia na década de 60, um lateral-direito brasileiro chamado Fidélis. Jogador que atuou com destaque por Bangu e Vasco, participou até da Copa do Mundo de 1966. Seu físico privilegiado o fez receber o apelido de “Touro Sentado”. Estou falando dele pois Maicon também parece um touro jogando. O lateral-direito da Inter possui um vigor físico impressionante, porém, por sua força ofensiva e velocidade, nunca poderíamos chamá-lo de “Touro Sentado”. Quando ele arrancava com a bola em velocidade, ninguém o parava. Ambrosini até que tentava, mas claro que sempre chegava atrasado. O lateral-esquerdo rubro-negro Jankulovski nem a sombra do brasileiro conseguia alcançar. O apelido que em minha opinião simboliza Maicon é “Touro Indomável”.
Adriano – Por um tempo, confesso que tive dúvidas se José Mourinho iria conseguir fazer Adriano voltar a jogar futebol. O Imperador tem qualidade para ser um dos atacantes de ponta do futebol mundial. Sua principal virtude é a força física, que o faz desmontar qualquer defesa e chutar com uma potência impressionante. Adriano portanto, é um jogador que para estar em alto nível necessita treinar, treinar e treinar e parece que Mourinho está conseguindo colocar isso em sua cabeça. Além do gol marcado no clássico ( que achei legal, pois ele estava de olhos fechados e abriu os braços apenas por motivos de impulsão ), o atacante brazuca mostrou arrancadas, bons chutes e muita vontade.
Ronaldinho – A criatividade e visão de jogo do Gaúcho parecem ilimitadas. Mesmo sem ter uma participação constante na partida, quase todas as bolas que passavam por seus pés resultavam em lindos e açucarados passes. A jogada do gol do Milan iniciou-se após uma assistência sua, com a bola passando milimetricamente entre um mar de jogadores rivais. Durante toda a partida ele contribuiu com quase uma dezena de passes que furavam a defesa da Inter, mas seus companheiros não os aproveitaram. Concordo que sua atuação esteve longe do que esperamos de quem foi o maior jogador do planeta, porém, ele tentou muito ajudar sua equipe e mostrou ótimo futebol. A dupla que transmitiu o jogo pela ESPN, João Palomino e Sílvio Lancelotti, estava com uma má vontade impressionante com Ronaldinho. Eles pegam no pé do Gaúcho com a mesma facilidade que elogiam o Pato.
Alexandre Pato – O jovem brasileiro já deixou, faz tempo, de ser mais um no elenco do Milan. Atualmente o time perde muito com sua ausência, pois ele virou um dos pilares da equipe. É impressionante um garoto com sua idade, mostrar tanta intimidade com a situação de ser o único atacante do time. Jogando sozinho entre defesas sólidas, Pato tem se movimentado e buscado jogo com uma qualidade rara. Seja caindo pelos lados ou recuando para o meio, ele em nenhum momento se omite da partida. Sobre sua habilidade, acho que todos já a conhecem. Não importa quem esteja em sua frente, a chance de ficar para trás é enorme. E tem mais. A tranquilidade que tem demonstrado para fazer gols é de deixar muito artilheiro batendo palmas.
Fluminense 4 x 0 Tigres – São Januário
Resende 3 x 1 Americano – Resende
Cabofriense 2 x 2 Duque de Caxias – Duque de Caxias
Botafogo 1 x 1 Flamengo – Maracanã
Macaé 4 x 0 Friburguense – Araruama
Volta Redonda 2 x 1 Mesquita – Volta Redonda
Boavista 0 x 2 Bangu - Saquarema
Olá amigos leitores do FUTEBOLA.
Antes de iniciarmos, uma observação: vou fazer todas as análises considerando que, até o momento, o Vasco perdeu 6 pontos no tribunal. O que irá ocorrer após o julgamento, só saberemos na terça-feira pela tarde.
Última rodada sensacional da fase de grupos da Taça Guanabara.
O Resende que havia iniciado a rodada em quinto lugar, fez o seu papel batendo o Americano e contou com ajuda dos deuses para se classificar. O artilheiro Bruno Meneghel, apesar de nada ter feito quando enfrentou as equipes “grandes”, vai virar herói na cidade. Já o Americano foi, nesta Taça Guanabara, o sinônimo perfeito de cavalo paraguaio.
A ajuda divina que o Resende recebeu veio direto de Cabo Frio. Mesmo atuando fora de casa o Duque de Caxias, que já havia mostrado uma força de vontade sobrenatural contra o Fluminense, buscou um empate após estar perdendo por 2 a 0 para o Cabofriense. O time da região dos lagos teve a vaga na mão para a fase final, porém, lamentará um bom tempo o empate cedido.
O Fluminense em uma recuperação incrível garantiu sua classificação. Thiago Neves cada vez mais se torna ídolo da torcida. No dia de sua chegada, o tricolor havia levado uma histórica virada do Duque de Caxias, ficando em complicada situação no torneio. Após sua estréia, foram 7 pontos em 3 jogos e a classificação para a próxima fase. Quem o enfrentar na semi-final pode ter a certeza de que irá duelar contra um time, e uma torcida, completamente empolgados.
Sobre o Vasco só falarei o seguinte: O time do competente técnico Dorival Junior pode perder a vaga na fase final por culpa de sua incompetente diretoria.
Bom, como vocês sabem os jogos ocorreram todos ao mesmo horário. Paulo Vinícius Coelho, comentarista genial da ESPN Brasil, tem a capacidade de analisar dois jogos ao mesmo tempo. Como ainda não conto com esta experiência comentarei apenas sobre Flamengo x Botafogo, o jogo que assisiti. Vamos aos destaques.
MANDOU BEM!
- Dois atacantes estiveram com tudo no clássico. Pelo lado rubro-negro, Josiel deve ter garantido sua vaga de titular na equipe, para o restante do campeonato. Uma vez mais o jogador, que parece um homem das cavernas, entrou em campo para decidir. Josiel esteve participativo na linha de frente e levou trabalho a defesa botafoguense. No final do jogo, já aos 46 minutos, o atacante mostrou todo seu oportunismo ao empatar a partida. Sou completamente a favor da teoria de que o psicológico influencia, e muito, no futebol. Um centroavante precisa muito de confiança e, no momento, confiança parece ser o sobrenome de Josiel. Trocando de uniforme, o alvi-negro Reinaldo foi o outro que jogou um bolão. O atacante botafoguense mostrou o que é ser profissional e respeito à camisa. Assumidamente flamenguista, e de família flamenguista, Reinaldo não parou de correr no jogo e tentou, a todo instante, dar a vitória ao seu time. O jogador parece estar voltando a sua boa forma apresentando a velocidade que sempre teve. Mesmo pecando em finalizações, não só neste jogo mas ao longo do torneio, Reinaldo está provando ser peça essencial neste novo Botafogo.
- Uma vez mais a raça dos jogadores rubro-negros deve ser elogiada. O time, mesmo estando completamente desorganizado em campo, tentava a vitória com uma vontade impressionante. E desta vez teve um agravante. O jogo era comentado, no canal PFC, pelo ex-treinador Valdir Espinosa que, presente ao estádio, disse estar a torcida do Flamengo em silêncio. Mesmo sem o apoio das arquibancadas, os jogadores não pararam em campo. Se faltam tática e técnica, ao menos o time vai na garra. Será que é lição do Campeonato Brasileiro de 2008? Será que o orgulho dos jogadores ficou ferido após alguns vexames do ano passado?
- Se existe um jogador que a torcida botafoguense deve aplaudir, pelo respeito ao clube, este é Leandro Guerreiro. Mesmo com a debandada geral ao fim de 2008, pelos salários atrasados, ele resolveu permanecer. Assumo que nunca fui fã do seu futebol, achando-o um jogador no máximo comum. Nesta Taça Guanabara, porém, estou mudando minha opinião. Seja jogando de zagueiro pela esquerda ou jogando na sobra ( quando Juninho não está em campo ) Leandro vem tendo boas atuações. Mesmo não sendo infalível, vem mostrando uma segurança que está ajudando a equipe. No clássico ele esteve bem ajudando até na saída de bola, antes de o Botafogo decidir recuar por completo para tentar segurar o placar.
MANDOU MAL!
- A situação de Obina ficou complicada. Mais uma péssima atuação e mais um pênalti perdido. No momento, chego a afirmar que sua escassez de gols está atrapalhando mais a equipe do que o jejum de um atacante deveria. O cobrador oficial de pênaltis do Flamengo não é Obina. Tenho dúvidas se é Ibson ou Léo Moura, mas sei que não é Obina. Por não ter feito nenhum golzinho em toda Taça Guanabara, o atacante está sedento por desencantar e, mesmo sem ter qualidade, quer se encarregar das cobranças de penalidades. Os outros jogadores da equipe, talvez por amizade, o deixam cobrar o pênalti e o time acaba sendo prejudicado.
- A desorganização tática do Flamengo é algo que salta aos olhos. Por duas vezes o lateral Léo Moura estava com a bola pelo lado direito e puxou a jogada para o meio. Após centralizar ele tentou abrir o jogo com um passe na ponta direita, porém, ninguém havia no local. Eu sei que é normal o jogador buscar seu espaço em campo, mas não pode ser de qualquer maneira. Não pode Zé Roberto rodar por três posições do ataque ( ponta-direita, meia de ligação e centroavante ) a seu bem querer, Ibson em um lance recuar para buscar a bola e em outro não, nem Léo Moura virar meia quando der na telha. Hoje em dia o futebol exige muita movimentação, porém, o Flamengo quer ser um carrossel sem passar pela etapa de ser um time de totó, com cada jogador conhecendo seu devido lugar.
- Do time do Botafogo de 2007/2008, montado pelo Cuca, existem muitas virtudes que a atual equipe alvi-negra poderia absorver e alguns defeitos com os quais deveria aprender. Como já citei acima, ao falar de Josiel, acredito que o psicológico é de extrema importância em todos os esportes. O número de cartões amarelos levados pela equipe ao longo do torneio e as reclamações com o árbitro durante o clássico não deveriam constar no roteiro do Botafogo. Um lance apenas para exemplificar: em uma falta cometida por Fahel ao agarrar, claramente, o jogador flamenguista na entrada da área, mais de meio time alvi-negro foi cercar o juiz para reclamar. Eles reclamavam com a maior certeza do mundo de que a falta não havia ocorrido. Situações como esta desestabilizam a equipe. O técnico Ney Franco deve mostrar toda sua capacidade de tranquilizar o elenco agora, ou depois pode ser tarde demais.
ENQUANTO ISSO NA ALEMANHA...
A Bundesliga está mais equilibrada que apresentação de trapezista do Cirque du Soleil. Na 20ª rodada do torneio ocorreram dois jogos sensacionais, ambos duelos pela parte de cima da tabela.
- Na sexta-feira o líder Hoffeinhein recebeu o Bayer Leverkusen. Esperava assistir neste jogo um duelo brazuca de altíssimo nível entre Carlos Eduardo ( ex-Grêmio e atualmente Hoffenheim ) e Renato Augusto ( ex-Flamengo e atualmente Bayer Leverkusen ). Os dois jovens jogadores estão demonstrando um futebol de altíssimo nível ao longo da temporada e são peças fundamentais para suas respectivas equipes. Neste confronto, porém, ambos estiveram apagados e apenas uma assistência de Renato Augusto deve ser destacada. O nome da partida foi o centroavante do Bayer, Helmes. O jovem alemão, que já está aparecendo em convocações para a seleção, possui um chute primoroso. Em duas conclusões de primeira ( o “primeira” serve para adjetivar a qualidade do chute e que ele não dominou a bola antes da finalização ) ele marcou dois golaços para seu time. O placar final de 4 a 1 foi assombroso afinal, o Hoffenheim era o líder até o início da rodada e não havia perdido uma partida em casa.
- No sábado o Bayern de Munique tinha tudo para assumir a liderança do torneio. O time dos brasileiros Lúcio e Zé Roberto enfrentaria, fora de casa, o Hertha Berlim que, acreditem, também chegaria a liderança em caso de vitória. Um jogo onde o vencedor assume a ponta da tabela, não deve apresentar um favoritismo tão marcante para um dos lados. Por qual motivo então, eu disse que o Bayern tinha tudo para ganhar os 3 pontos? Pelo fato de Pantelic´ e Cícero, dois dos mais importantes jogadores do time de Berlim, estarem fora da partida. O atacante croata Pantelic´ é a referência da equipe. Com muita movimentação e ótimas finalizações, praticamente todas as jogadas ofensivas passam por sua assinatura. Início de jogo e tudo que era esperado não ocorreu. Um Bayern de Munique completamente ineficiente no ataque com Ribéry, Zé Roberto, Schwainsteinger e Lahn improdutivos, passou a sofrer mais ainda quando Luca Toni saiu de campo contundido. A defesa do Hertha era uma verdadeira muralha raramente ultrapassada. Quando após muito esforço o Bayern passava pela defesa do time da casa, o goleiro Drobny operava milagres. O time de Berlim na garra de seus jogadores, no grito da torcida e na qualidade de Voronin, venceu o jogo. O ucraniano Voronin marcou dois gols em finalizações que devem estar em qualquer dvd que ensine a fazer gols. Placar final: Hertha Berlim 2 x 1 Bayern de Munique. Você deve estar se perguntando como o Bayern fez um gol. Eu respondo. Após duas sensacionais defesas de Drobny a bola sobrou para Klose quase na linha do gol. Aquela lá nem o muro de Berlim impediria.
ENQUANTO ISSO NA ITÁLIA...
- Assisto futebol europeu já faz um bom tempo e vou admitir para vocês que não me recordo de ter visto o que ocorreu no clássico Inter x Milan. Todos os cinco brasileiros que estavam em campo, tiveram excelentes atuações. Todos eles! A vitória por 2 a 1 da Inter foi um jogo foi de tão alto nível que também foi possível assistir belas atuações de outros atletas. O goleiro rubro-negro Abbiati fez ótimas defesas, mantendo o jogo em aberto até o final. Ibrahimovic, em alguns lampejos, mostrou toda sua habilidade. Em um lance, ele puxou o contra-ataque de seu time com um toque de calcanhar pelo alto, no mínimo, brilhante. O zagueiro romeno Chivu, pela Inter, atuou com uma segurança de encher os olhos. Mas os brasileiros realmente foram demais. Para fazer justiça à todos eles, falarei de um por vez.
Júlio César - Cada vez mais o goleiro se coloca entre os melhores do mundo. A segurança que ele possui, tanto de baixo das traves quanto nas saídas para cortar os cruzamentos, é impressionante. Ele está se tornando um goleiro que não apenas defende todas as bolas possíveis, mas também algumas impossíveis. Estaríamos nós diante de um dos maiores goleiros brasileiros de todos os tempos? O tempo e uma Copa do Mundo responderão.
Maicon – Existia na década de 60, um lateral-direito brasileiro chamado Fidélis. Jogador que atuou com destaque por Bangu e Vasco, participou até da Copa do Mundo de 1966. Seu físico privilegiado o fez receber o apelido de “Touro Sentado”. Estou falando dele pois Maicon também parece um touro jogando. O lateral-direito da Inter possui um vigor físico impressionante, porém, por sua força ofensiva e velocidade, nunca poderíamos chamá-lo de “Touro Sentado”. Quando ele arrancava com a bola em velocidade, ninguém o parava. Ambrosini até que tentava, mas claro que sempre chegava atrasado. O lateral-esquerdo rubro-negro Jankulovski nem a sombra do brasileiro conseguia alcançar. O apelido que em minha opinião simboliza Maicon é “Touro Indomável”.
Adriano – Por um tempo, confesso que tive dúvidas se José Mourinho iria conseguir fazer Adriano voltar a jogar futebol. O Imperador tem qualidade para ser um dos atacantes de ponta do futebol mundial. Sua principal virtude é a força física, que o faz desmontar qualquer defesa e chutar com uma potência impressionante. Adriano portanto, é um jogador que para estar em alto nível necessita treinar, treinar e treinar e parece que Mourinho está conseguindo colocar isso em sua cabeça. Além do gol marcado no clássico ( que achei legal, pois ele estava de olhos fechados e abriu os braços apenas por motivos de impulsão ), o atacante brazuca mostrou arrancadas, bons chutes e muita vontade.
Ronaldinho – A criatividade e visão de jogo do Gaúcho parecem ilimitadas. Mesmo sem ter uma participação constante na partida, quase todas as bolas que passavam por seus pés resultavam em lindos e açucarados passes. A jogada do gol do Milan iniciou-se após uma assistência sua, com a bola passando milimetricamente entre um mar de jogadores rivais. Durante toda a partida ele contribuiu com quase uma dezena de passes que furavam a defesa da Inter, mas seus companheiros não os aproveitaram. Concordo que sua atuação esteve longe do que esperamos de quem foi o maior jogador do planeta, porém, ele tentou muito ajudar sua equipe e mostrou ótimo futebol. A dupla que transmitiu o jogo pela ESPN, João Palomino e Sílvio Lancelotti, estava com uma má vontade impressionante com Ronaldinho. Eles pegam no pé do Gaúcho com a mesma facilidade que elogiam o Pato.
Alexandre Pato – O jovem brasileiro já deixou, faz tempo, de ser mais um no elenco do Milan. Atualmente o time perde muito com sua ausência, pois ele virou um dos pilares da equipe. É impressionante um garoto com sua idade, mostrar tanta intimidade com a situação de ser o único atacante do time. Jogando sozinho entre defesas sólidas, Pato tem se movimentado e buscado jogo com uma qualidade rara. Seja caindo pelos lados ou recuando para o meio, ele em nenhum momento se omite da partida. Sobre sua habilidade, acho que todos já a conhecem. Não importa quem esteja em sua frente, a chance de ficar para trás é enorme. E tem mais. A tranquilidade que tem demonstrado para fazer gols é de deixar muito artilheiro batendo palmas.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Grandes Clássicos - Flamengo x Botafogo 1995
Grandes Clássicos - Flamengo x Botafogo 1995
Olá pessoal!
Como vocês já estão se acostumando, semana de clássico no campo é semana de clássico no seu monitor. Neste domingo, Flamengo e Botafogo se enfrentarão. O jogo não tem caráter decisivo, visto que ambos já estão classificados para a fase semi-final do torneio. História diferente foi presenciada em 1995, quando o glorioso e o rubro-negro da Gávea se enfrentaram, decidindo o título da Taça Guanabara em um jogo onde a principal atração era o duelo de dois gênios da bola.
O ano de 1995 era especial para o Flamengo, pois o clube estava completando nada menos que 100 anos. Como presente para a torcida e com o objetivo de acabar com a hegemonia do tri-campeão Vasco, o presidente rubro-negro Kléber Leite contratou, simplesmente, o melhor jogador do mundo na época. Chegava ao Flamengo, após bem sucedida passagem pela Europa, o grande artilheiro Romário. Talvez no seu período de melhor equilíbrio físico/técnico, Romário conseguia aliar uma grande velocidade, demonstrada em arrancadas imparáveis, com a capacidade de finalização que o tornou um dos maiores centroavantes da história do futebol. E tem mais. Se esquecermos a parte técnica do baixinho e pensarmos na parte psicológica, ele estava nas nuvens. Não havia momento melhor para retornar ao Brasil. Romário voltava ao país mais ídolo do que nunca, logo após se sagrar campeão da Copa do Mundo de 1994. Sua participação no torneio foi de tão grande importância que alguns a comparam com a de Maradona em 1986 e de Garrincha em 1962.
Quem teria a missão e o privilégio de ser o parceiro de Romário no ataque? Vindo das divisões de base do clube, Sávio foi o escolhido para fazer dupla com o baixinho. Completamente adorado pela nação rubro-negra, um pouco até por sua semelhança física com Zico, Sávio tinha tudo pra ser o companheiro de ataque ideal de Romário. O tempo mostraria que o ego de Romário e a timidez de Sávio não foram feitos um para o outro, porém, o início da parceria trazia infinitas esperanças para o torcedor flamenguista. Claramente o ponto forte da equipe rubro-negra era o ataque, mas o time contava ainda com jogadores de muita experiência, que, comandados pelo já vitorioso Vanderlei Luxemburgo, formavam uma equipe competitiva. O sóbrio zagueiro Jorge Luís, o raçudo volante Charles Guerreiro e o extremamente técnico centrocampista Válber são exemplos desta experiente base rubro-negra.
Se 1995 era histórico para o Flamengo pelo seu centenário, os botafoguenses que tiveram o desejo de que o ano durasse para sempre, já que em dezembro, conquistariam pela primeira vez o Campeonato Brasileiro. O alvi-negro contava com uma das melhores espinhas da história clube e do futebol carioca, com Wilson Gottardo, Sérgio Manoel e Túlio Maravilha. Se o Maracanã fosse uma cidadezinha do velho oeste, poderíamos dizer que Wilson Gottardo seria o xerife, Sérgio Manoel o mensageiro e Túlio Maravilha o matador, o que torna até cômico o fato de, ao longo do ano, Túlio e Gottardo se desentenderem fora de campo. Wilson Gottardo era o tipo de zagueiro que dava segurança a toda equipe. Qualquer atacante, antes mesmo de a bola rolar, ao vê-lo tirar cara-ou-coroa, já devia ficar intimidado com sua autoridade. Sérgio Manoel era o responsável pela comunicação entre defesa e ataque. Sua ausência seria sentida tanto pelo setor defensivo, que sofreria ao tentar sair para o jogo, quanto pelo setor ofensivo, que não receberia as bolas redondas fornecidas pelo meia.
Túlio Maravilha é certamente um jogador especial. Seu carisma é tão grande que, no início de 1995, mesmo tendo conquistado apenas um tricampeonato goiano, ele rivalizava pelo posto de “Rei do Rio” com os multi-campeões Romário e Renato Gaúcho. Claro que não era só por ser extrovertido que Túlio era ídolo. Se os títulos eram raros em suas prateleiras, não se podia falar o mesmo em relação aos prêmios por artilharias. Duas vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro ( em 1989 pelo Goiás e em 1994 pelo Botafogo ) ele sabia, como poucos, balançar as redes. Duas qualidades imprescindíveis para ser goleador ele possuía nos mais altos níveis: posicionamento dentro da área e finalização certeira.
O Campeonato Carioca de 1995 teve um fórmula de disputa complexa. Os 16 clubes foram divididos em 2 grupos onde jogariam entre si em dois turnos. Os 4 primeiros de cada grupo passariam para a fase final, sendo que o maior pontuador de cada grupo, em cada turno, receberia um ponto de bônus para essa última fase. Ao final dos dois turnos, Flamengo e Botafogo lideravam seus respectivos grupos e fariam a decisão da Taça Guanabara. Ao vencedor, além do troféu, mais um ponto de bônus na disputa da fase final. Nada simples, não é?
No dia 23 de março de 1995, o Maracanã seria palco de um jogo que envolvia, além dos dois gigantes Flamengo e Botafogo, dois dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro. A idolatria da torcida flamenguista por Romário e da botafoguense por Túlio naquele momento era algo extraordinário.
O juiz apita o início do jogo. Os torcedores alvi-negros não imaginavam o tamanho do pesadelo que teriam durante a 1ª etapa da partida. Era dia de Romário e, quando o dia é dele, nada há para o adversário fazer. Com menos de 10 minutos, o baixinho entra na área e Gottardo só lhe consegue roubar a bola com uma rasteira. Falta. Pênalti. Gol de Romário. O Flamengo abre o placar e não recua. Aos 22 minutos, após jogada pela esquerda, o meia rubro-negro William cruza perfeita bola para uma, mais perfeita ainda, cabeçada de Romário. 2 a 0 Flamengo, e o Botafogo ainda sofreria mais no 1º tempo. Não mais um gol. Pior. Em uma discussão entre o zagueiro flamenguista Agnaldo e Túlio, ambos recebem o cartão vermelho. O Flamengo perdia um jogador e o Botafogo “o jogador”.
O jogo volta do intervalo e o torcedor botafoguense não sabia onde buscar esperanças. Sem Túlio em campo e, perdendo por 2 a 0, é provável que muito torcedores alvi-negros tivessem abandonado o estádio. Aqueles, porém, que sabem que futebol nunca termina no intervalo, permaneceram e viram o jovem meia Adriano, que havia substituído o também jovial Beto, colocar fogo na partida. Adriano era a esperança que o torcedor do Botafogo procurava. Aos 28 minutos ele, chutando de fora da área, diminuiu a vantagem rubro-negra. Apenas 6 minutos depois, em cobrança de pênalti, ele igualou o placar e colocou fogo no jogo.
Tudo estava indefinido, entretanto, não podemos esquecer do que já foi falado neste texto. Era dia de Romário. O narrador do famoso programa “Canal 100”, define com perfeitas palavras o que se sucedeu: “O Maracanã enlouquece, qualquer lance pode decidir a partida. Em um momento mágico, a bola procura Romário e o maior jogador do mundo, num chute furioso, faz o gol da vitória.”. O momento mágico é realmente inesquecível. Após um lançamento para frente, o zagueiro botafoguense Márcio Theodoro tenta recuar uma bola para o goleiro Wagner. A genialidade de Romário o faz perceber a tentativa do defensor. A qualidade de Romário o faz decidir o jogo. 3 a 2 Flamengo, o campeão da Taça Guanabara de 1995. O torcedor alvi-negro, a partir deste jogo, pensaria várias vezes antes de cantar “Urubu otário...Quem tem o Túlio não precisa do Romário...”, e a torcida flamenguista, com toda a alegria do mundo gritava “Márcio te adoro!!! Márcio te adoro!!!”.
Flamengo 3 x 2 Botafogo
23 de março de 1995
Maracanã – Público: 50865 torcedores
Gols: 1º tempo: Romário ( Fla ) aos 7’ e Romário ( Fla ) aos 22’; 2º tempo: Adriano ( Bot ) aos 28’, Adriano ( Bot ) aos 34’ e Romário ( Fla ) aos 37’.
Flamengo: Emerson; Fabinho, Jorge Luís, Agnaldo e Marcos Adriano; Charles Guerreiro, Válber, Marquinhos e William ( Nélio ); Sávio ( Mazinho ) e Romário
Botafogo: Wágner; Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Márcio Theodoro e Jefferson; Jamir ( Guga ), Moisés, Beto ( Adriano ) e Sérgio Manoel; Narcízio e Túlio
Olá pessoal!
Como vocês já estão se acostumando, semana de clássico no campo é semana de clássico no seu monitor. Neste domingo, Flamengo e Botafogo se enfrentarão. O jogo não tem caráter decisivo, visto que ambos já estão classificados para a fase semi-final do torneio. História diferente foi presenciada em 1995, quando o glorioso e o rubro-negro da Gávea se enfrentaram, decidindo o título da Taça Guanabara em um jogo onde a principal atração era o duelo de dois gênios da bola.
O ano de 1995 era especial para o Flamengo, pois o clube estava completando nada menos que 100 anos. Como presente para a torcida e com o objetivo de acabar com a hegemonia do tri-campeão Vasco, o presidente rubro-negro Kléber Leite contratou, simplesmente, o melhor jogador do mundo na época. Chegava ao Flamengo, após bem sucedida passagem pela Europa, o grande artilheiro Romário. Talvez no seu período de melhor equilíbrio físico/técnico, Romário conseguia aliar uma grande velocidade, demonstrada em arrancadas imparáveis, com a capacidade de finalização que o tornou um dos maiores centroavantes da história do futebol. E tem mais. Se esquecermos a parte técnica do baixinho e pensarmos na parte psicológica, ele estava nas nuvens. Não havia momento melhor para retornar ao Brasil. Romário voltava ao país mais ídolo do que nunca, logo após se sagrar campeão da Copa do Mundo de 1994. Sua participação no torneio foi de tão grande importância que alguns a comparam com a de Maradona em 1986 e de Garrincha em 1962.
Quem teria a missão e o privilégio de ser o parceiro de Romário no ataque? Vindo das divisões de base do clube, Sávio foi o escolhido para fazer dupla com o baixinho. Completamente adorado pela nação rubro-negra, um pouco até por sua semelhança física com Zico, Sávio tinha tudo pra ser o companheiro de ataque ideal de Romário. O tempo mostraria que o ego de Romário e a timidez de Sávio não foram feitos um para o outro, porém, o início da parceria trazia infinitas esperanças para o torcedor flamenguista. Claramente o ponto forte da equipe rubro-negra era o ataque, mas o time contava ainda com jogadores de muita experiência, que, comandados pelo já vitorioso Vanderlei Luxemburgo, formavam uma equipe competitiva. O sóbrio zagueiro Jorge Luís, o raçudo volante Charles Guerreiro e o extremamente técnico centrocampista Válber são exemplos desta experiente base rubro-negra.
Se 1995 era histórico para o Flamengo pelo seu centenário, os botafoguenses que tiveram o desejo de que o ano durasse para sempre, já que em dezembro, conquistariam pela primeira vez o Campeonato Brasileiro. O alvi-negro contava com uma das melhores espinhas da história clube e do futebol carioca, com Wilson Gottardo, Sérgio Manoel e Túlio Maravilha. Se o Maracanã fosse uma cidadezinha do velho oeste, poderíamos dizer que Wilson Gottardo seria o xerife, Sérgio Manoel o mensageiro e Túlio Maravilha o matador, o que torna até cômico o fato de, ao longo do ano, Túlio e Gottardo se desentenderem fora de campo. Wilson Gottardo era o tipo de zagueiro que dava segurança a toda equipe. Qualquer atacante, antes mesmo de a bola rolar, ao vê-lo tirar cara-ou-coroa, já devia ficar intimidado com sua autoridade. Sérgio Manoel era o responsável pela comunicação entre defesa e ataque. Sua ausência seria sentida tanto pelo setor defensivo, que sofreria ao tentar sair para o jogo, quanto pelo setor ofensivo, que não receberia as bolas redondas fornecidas pelo meia.
Túlio Maravilha é certamente um jogador especial. Seu carisma é tão grande que, no início de 1995, mesmo tendo conquistado apenas um tricampeonato goiano, ele rivalizava pelo posto de “Rei do Rio” com os multi-campeões Romário e Renato Gaúcho. Claro que não era só por ser extrovertido que Túlio era ídolo. Se os títulos eram raros em suas prateleiras, não se podia falar o mesmo em relação aos prêmios por artilharias. Duas vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro ( em 1989 pelo Goiás e em 1994 pelo Botafogo ) ele sabia, como poucos, balançar as redes. Duas qualidades imprescindíveis para ser goleador ele possuía nos mais altos níveis: posicionamento dentro da área e finalização certeira.
O Campeonato Carioca de 1995 teve um fórmula de disputa complexa. Os 16 clubes foram divididos em 2 grupos onde jogariam entre si em dois turnos. Os 4 primeiros de cada grupo passariam para a fase final, sendo que o maior pontuador de cada grupo, em cada turno, receberia um ponto de bônus para essa última fase. Ao final dos dois turnos, Flamengo e Botafogo lideravam seus respectivos grupos e fariam a decisão da Taça Guanabara. Ao vencedor, além do troféu, mais um ponto de bônus na disputa da fase final. Nada simples, não é?
No dia 23 de março de 1995, o Maracanã seria palco de um jogo que envolvia, além dos dois gigantes Flamengo e Botafogo, dois dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro. A idolatria da torcida flamenguista por Romário e da botafoguense por Túlio naquele momento era algo extraordinário.
O juiz apita o início do jogo. Os torcedores alvi-negros não imaginavam o tamanho do pesadelo que teriam durante a 1ª etapa da partida. Era dia de Romário e, quando o dia é dele, nada há para o adversário fazer. Com menos de 10 minutos, o baixinho entra na área e Gottardo só lhe consegue roubar a bola com uma rasteira. Falta. Pênalti. Gol de Romário. O Flamengo abre o placar e não recua. Aos 22 minutos, após jogada pela esquerda, o meia rubro-negro William cruza perfeita bola para uma, mais perfeita ainda, cabeçada de Romário. 2 a 0 Flamengo, e o Botafogo ainda sofreria mais no 1º tempo. Não mais um gol. Pior. Em uma discussão entre o zagueiro flamenguista Agnaldo e Túlio, ambos recebem o cartão vermelho. O Flamengo perdia um jogador e o Botafogo “o jogador”.
O jogo volta do intervalo e o torcedor botafoguense não sabia onde buscar esperanças. Sem Túlio em campo e, perdendo por 2 a 0, é provável que muito torcedores alvi-negros tivessem abandonado o estádio. Aqueles, porém, que sabem que futebol nunca termina no intervalo, permaneceram e viram o jovem meia Adriano, que havia substituído o também jovial Beto, colocar fogo na partida. Adriano era a esperança que o torcedor do Botafogo procurava. Aos 28 minutos ele, chutando de fora da área, diminuiu a vantagem rubro-negra. Apenas 6 minutos depois, em cobrança de pênalti, ele igualou o placar e colocou fogo no jogo.
Tudo estava indefinido, entretanto, não podemos esquecer do que já foi falado neste texto. Era dia de Romário. O narrador do famoso programa “Canal 100”, define com perfeitas palavras o que se sucedeu: “O Maracanã enlouquece, qualquer lance pode decidir a partida. Em um momento mágico, a bola procura Romário e o maior jogador do mundo, num chute furioso, faz o gol da vitória.”. O momento mágico é realmente inesquecível. Após um lançamento para frente, o zagueiro botafoguense Márcio Theodoro tenta recuar uma bola para o goleiro Wagner. A genialidade de Romário o faz perceber a tentativa do defensor. A qualidade de Romário o faz decidir o jogo. 3 a 2 Flamengo, o campeão da Taça Guanabara de 1995. O torcedor alvi-negro, a partir deste jogo, pensaria várias vezes antes de cantar “Urubu otário...Quem tem o Túlio não precisa do Romário...”, e a torcida flamenguista, com toda a alegria do mundo gritava “Márcio te adoro!!! Márcio te adoro!!!”.
Flamengo 3 x 2 Botafogo
23 de março de 1995
Maracanã – Público: 50865 torcedores
Gols: 1º tempo: Romário ( Fla ) aos 7’ e Romário ( Fla ) aos 22’; 2º tempo: Adriano ( Bot ) aos 28’, Adriano ( Bot ) aos 34’ e Romário ( Fla ) aos 37’.
Flamengo: Emerson; Fabinho, Jorge Luís, Agnaldo e Marcos Adriano; Charles Guerreiro, Válber, Marquinhos e William ( Nélio ); Sávio ( Mazinho ) e Romário
Botafogo: Wágner; Wilson Goiano, Wilson Gottardo, Márcio Theodoro e Jefferson; Jamir ( Guga ), Moisés, Beto ( Adriano ) e Sérgio Manoel; Narcízio e Túlio
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
SEXTA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009
Mesquita 4 x 2 Macaé – Mesquita
Bangu 2 x 0 Volta Redonda – Moça Bonita
Vasco 0 x 0 Cabofriense – São Januário
Flamengo 2 x 2 Boavista – Maracanã
Duque de Caxias 1 x 1 Madureira - Duque de Caxias
Tigres 1 x 3 Resende – Xerém
Americano 1 x 2 Fluminense – Campos
Friburguense 1 x 5 Botafogo - Friburgo
Olá amigos do FUTEBOLA!
Penúltima rodada da primeira fase da Taça Guanabara e, como era de se esperar, completamente nada definido no grupo A. Em dois jogos mais do que dramáticos, o Vasco não garantiu sua classificação e o Fluminense se colocou na briga. Pelo grupo B, o Flamengo conseguiu um pontinho que o garante, momentaneamente, na liderança e o Botafogo, com uma bela goleada, ainda briga pelo primeiro lugar. Vamos destacar então o que ocorreu nesta importante rodada do Campeonato Carioca de 2009.
MANDOU BEM!
- O setor de criação do Vasco deu um show contra o Cabofriense. A dupla de laterais Paulo Sérgio e Ramón, junto com o meia Carlos Alberto, criaram aproximadamente 15 chances de gols para sua equipe. Se o time não soube transformar essas chances em gols, é um outro problema, que digamos é um problemão, porém, é melhor criar as oportunidades de gols e desperdiçá-las, do que não criá-las. Não será esta a primeira vez que elogio os três citados jogadores. Paulo Sérgio, que se destaca nas bolas paradas, tem chegado muito bem ao ataque, também, com a bola rolando. Alterna momentos em que vai, literalmente, até a linha de fundo, com jogadas onde o cruzamento sai mais de trás. Ramón tem mostrado um fôlego impressionante, levando vantagem na maioria das vezes que aposta corrida com seus marcadores. Além fazer belas jogadas ofensivas, também trabalha defensivamente, mas, seu grande teste na marcação, ainda não ocorreu. Vamos ficar de olho para ver como ele irá se sair contra os laterais-direito Léo Moura ( Flamengo ) ou Alessandro ( Botafogo ), por exemplo. Carlos Alberto, definitivamente, está com vontade de jogar bola. Dentro de campo, ele permanece penando com as inúmeras faltas sofridas, que sempre o atormentaram. Quando não é parado com infração, tem conseguido criar boas jogadas e, está aparecendo para o jogo durante todo o tempo.
- Se o maior problema do Vasco, em seu jogo, foram as conclusões, o Botafogo nem de longe sofreu deste mal contra o Friburguense. Até marcar o seu quinto gol, o time de General Severiano havia criado exatas 5 chances de gols. Nenhuma oportunidade criada pelo time havia sido desperdiçada. O nome do jogo foi Maicosuel, que foi muito bem auxiliado por Fahel, com dois belos gols de cabeça e, Reinaldo, com boa movimentação e um gol de oportunismo. Maicosuel, entretanto, estava impossível. Toda vez que ele pegava na bola uma jogada de gol era preparada. Córner batido por ele e gol de Fahel. Pênalti sofrido por ele e gol dele mesmo. Outro córner batido por ele e outro gol de Fahel. Mais um gol de Maicosuel após entrar costurando na área adversária. E por último, fez a jogada mais linda da noite ao, pelo lado da área, entortar o marcador e dar linda assistência para Reinaldo. Mesmo com sua infantil expulsão após este show, esta foi uma das grandes atuações individuais do torneio até o momento.
- Dois jogadores dos considerados times “pequenos”, uma vez mais atuaram de maneira destacada contra os “grandes”. O atacante Tony do Boavista, havia feito um partidaço, enfrentando o Botafogo, na estréia do campeonato. Contra o Flamengo, nesta rodada, mesmo sem ter uma atuação espetacular, participou diretamente dos dois gols da sua equipe e mostrou qualidade com a bola nos pés. O goleiro Flávio, do Cabofriense, havia fechado o gol, na vitória do seu time sobre o Fluminense, na primeira rodada do torneio. Contra o Vasco nesta quarta-feira, uma vez mais foi responsável por um resultado positivo da sua equipe, com uma grande atuação e inúmeras defesas. Se continuar assim, é favorito ao posto de melhor goleiro do Cariocão.
MANDOU MAL!
- Não sou contra, em casos de partidas tranquilas, o treinador decidir poupar alguns jogadores, entretanto, vejamos o exemplo do Flamengo. Já classificado para a próxima fase da Taça Guanabara, Cuca decidiu fazer, contra o Boavista, experiências na equipe e, colocou em campo, nada menos do que 6 reservas. Aí sim deixo de concordar com o treinador. Como observar a atuação de um jogador em uma equipe que nunca atuou junta? Será que em alguma situação ao longo do ano, Cuca precisará contar com aqueles 11 jogadores em campo? O que acrescentou à preparação da equipe, entrar em campo com o time misto? Cuca deveria se importar com situações que podem ocorrer ao longo da temporada, como por exemplo Léo Moura ser suspenso ou Marcelinho Paraíba não poder atuar. Que colocasse em campo apenas Éverton Silva e Jônatas, e mantivesse os outros 9 titulares. Trocar meio time não. O resultado de seu teste foi um Flamengo completamente sem criatividade, levando perigo, na maioria das vezes, em bolas alçadas para a área adversária.
- Se fosse eu Dorival Júnior, os atacantes do Vasco ganhariam, no nínimo, um mês de treinamentos intensivos de chutes ao gol. É inconcebível o setor de criação proporcionar ao time mais de uma dezena de oportunidades de gols, como foi contra o Cabofriense, e o placar terminar em branco. Élton, Faioli e Rodrigo Pimpão perderam tantos gols, que alguns torcedores devem ter sentido falta de Alan Kardec, que está longe de ser a solução para este problema vascaíno. É fato que os outros jogadores, que não os atacantes, também tiveram chances, porém, a crítica maior deve ser sobre os chamados homens-gol. Esquecendo este problema no tribunal, que acredito em nada resultará, o Vasco deixou de ganhar preciosos pontos e não pode nem pensar em perder seu jogo, contra o Madureira, na próxima rodada.
- Não é de hoje que o Botafogo vem recebendo muitos cartões em suas partidas. No duelo contra o Friburguense, um jogo que se desenhou fácil, o alvi-negro recebeu 6 cartões amarelos e um vermelho, sendo alguns destes, aplicados após o placar apontar 5 a 1 para o Fogão. Este comportamento da equipe merece urgentemente um sermão do treinador Ney Franco, pois já acarreta em sérios problemas. Com o jogo decidido, em um momento de total despreparo, Maicosuel, que vinha fazendo uma apresentação espetacular, perdeu a cabeça e agrediu o defensor adversário sendo expulso de campo. Esta expulsão não somente manchou sua atuação como o tirou do clássico de domingo, contra o Flamengo, que valerá a liderança do grupo.
- Vejam vocês a situação. Ao comentar a quinta rodada, critiquei, e muito, a atitude do Bangu de, após fazer um gol, pensar somente em se defender. Por ser um time fraco tecnicamente é até possível entender a atitude do time alvi-rubro. O Fluminense, porém, se utilizar deste recurso é uma incompetência das grandes. Contra o Duque de Caxias, pela 4ª rodada, o tricolor levou uma virada após estar vencendo por 2 a 0, justamente por esta atitude. Nesta rodada, contra o Americano, o mesmo quase ocorreu. Após abrir o marcador, a equipe treinada por René Simões se fechou em seu campo e desistiu totalmente do ataque. Em uma surtada do goleiro Fernando Henrique, que fez um pênalti tolo, o time de Campos empatou a partida. O Fluminense, nos últimos 5 minutos do jogo, decidiu fazer o que não fez em todo o 2º tempo, ou seja, atacar. Por sorte, numa jogada fortuita, Fernando Henrique ( isso mesmo, o goleiro ) sofreu um pênalti e garantiu os 3 pontos para o time das Laranjeiras. Existem várias maneiras de segurar um resultado, e o Fluminense não pode utilizar a pior delas.
ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA...
- Jogando praticamente em casa, já que o Emirates Stadium é o palco que mais recebe a Seleção Brasileira atualmente, a equipe do técnico Dunga realizou uma boa apresentação. No 1º tempo, o Brasil soube trocar bons passes, valorizou a posse de bola e envolveu a marcação italiana. Ainda senti falta dos laterais brasileiros avançando. Maicon e Marcelo, apesar da boa atuação, poderiam ser mais agressivos. O resultado desta falta de jogadas pelas laterais, foi a fraca atuação de Adriano, que pouquíssimas vezes recebeu a bola. Ainda não me entra na cabeça, jogadores como Marcelo, Gilberto Silva, Felipe Melo e Elano estarem na seleção, porém, desta vez, eles estão de parabéns pela boa atuação. A 2ª etapa da partida, aí sim, teve cara de amistoso. Muitas substituições e o Brasil tocando a bola sem nenhuma objetividade. A Itália ainda tentou explorar a entrada de Luca Toni, mas Júlio César mostrou toda sua qualidade. A ausência da dupla Del Piero e Totti mostrou que, além de deixar a "Azzurra" mais fraca ofensivamente, a deixa mais sem graça.
Bangu 2 x 0 Volta Redonda – Moça Bonita
Vasco 0 x 0 Cabofriense – São Januário
Flamengo 2 x 2 Boavista – Maracanã
Duque de Caxias 1 x 1 Madureira - Duque de Caxias
Tigres 1 x 3 Resende – Xerém
Americano 1 x 2 Fluminense – Campos
Friburguense 1 x 5 Botafogo - Friburgo
Olá amigos do FUTEBOLA!
Penúltima rodada da primeira fase da Taça Guanabara e, como era de se esperar, completamente nada definido no grupo A. Em dois jogos mais do que dramáticos, o Vasco não garantiu sua classificação e o Fluminense se colocou na briga. Pelo grupo B, o Flamengo conseguiu um pontinho que o garante, momentaneamente, na liderança e o Botafogo, com uma bela goleada, ainda briga pelo primeiro lugar. Vamos destacar então o que ocorreu nesta importante rodada do Campeonato Carioca de 2009.
MANDOU BEM!
- O setor de criação do Vasco deu um show contra o Cabofriense. A dupla de laterais Paulo Sérgio e Ramón, junto com o meia Carlos Alberto, criaram aproximadamente 15 chances de gols para sua equipe. Se o time não soube transformar essas chances em gols, é um outro problema, que digamos é um problemão, porém, é melhor criar as oportunidades de gols e desperdiçá-las, do que não criá-las. Não será esta a primeira vez que elogio os três citados jogadores. Paulo Sérgio, que se destaca nas bolas paradas, tem chegado muito bem ao ataque, também, com a bola rolando. Alterna momentos em que vai, literalmente, até a linha de fundo, com jogadas onde o cruzamento sai mais de trás. Ramón tem mostrado um fôlego impressionante, levando vantagem na maioria das vezes que aposta corrida com seus marcadores. Além fazer belas jogadas ofensivas, também trabalha defensivamente, mas, seu grande teste na marcação, ainda não ocorreu. Vamos ficar de olho para ver como ele irá se sair contra os laterais-direito Léo Moura ( Flamengo ) ou Alessandro ( Botafogo ), por exemplo. Carlos Alberto, definitivamente, está com vontade de jogar bola. Dentro de campo, ele permanece penando com as inúmeras faltas sofridas, que sempre o atormentaram. Quando não é parado com infração, tem conseguido criar boas jogadas e, está aparecendo para o jogo durante todo o tempo.
- Se o maior problema do Vasco, em seu jogo, foram as conclusões, o Botafogo nem de longe sofreu deste mal contra o Friburguense. Até marcar o seu quinto gol, o time de General Severiano havia criado exatas 5 chances de gols. Nenhuma oportunidade criada pelo time havia sido desperdiçada. O nome do jogo foi Maicosuel, que foi muito bem auxiliado por Fahel, com dois belos gols de cabeça e, Reinaldo, com boa movimentação e um gol de oportunismo. Maicosuel, entretanto, estava impossível. Toda vez que ele pegava na bola uma jogada de gol era preparada. Córner batido por ele e gol de Fahel. Pênalti sofrido por ele e gol dele mesmo. Outro córner batido por ele e outro gol de Fahel. Mais um gol de Maicosuel após entrar costurando na área adversária. E por último, fez a jogada mais linda da noite ao, pelo lado da área, entortar o marcador e dar linda assistência para Reinaldo. Mesmo com sua infantil expulsão após este show, esta foi uma das grandes atuações individuais do torneio até o momento.
- Dois jogadores dos considerados times “pequenos”, uma vez mais atuaram de maneira destacada contra os “grandes”. O atacante Tony do Boavista, havia feito um partidaço, enfrentando o Botafogo, na estréia do campeonato. Contra o Flamengo, nesta rodada, mesmo sem ter uma atuação espetacular, participou diretamente dos dois gols da sua equipe e mostrou qualidade com a bola nos pés. O goleiro Flávio, do Cabofriense, havia fechado o gol, na vitória do seu time sobre o Fluminense, na primeira rodada do torneio. Contra o Vasco nesta quarta-feira, uma vez mais foi responsável por um resultado positivo da sua equipe, com uma grande atuação e inúmeras defesas. Se continuar assim, é favorito ao posto de melhor goleiro do Cariocão.
MANDOU MAL!
- Não sou contra, em casos de partidas tranquilas, o treinador decidir poupar alguns jogadores, entretanto, vejamos o exemplo do Flamengo. Já classificado para a próxima fase da Taça Guanabara, Cuca decidiu fazer, contra o Boavista, experiências na equipe e, colocou em campo, nada menos do que 6 reservas. Aí sim deixo de concordar com o treinador. Como observar a atuação de um jogador em uma equipe que nunca atuou junta? Será que em alguma situação ao longo do ano, Cuca precisará contar com aqueles 11 jogadores em campo? O que acrescentou à preparação da equipe, entrar em campo com o time misto? Cuca deveria se importar com situações que podem ocorrer ao longo da temporada, como por exemplo Léo Moura ser suspenso ou Marcelinho Paraíba não poder atuar. Que colocasse em campo apenas Éverton Silva e Jônatas, e mantivesse os outros 9 titulares. Trocar meio time não. O resultado de seu teste foi um Flamengo completamente sem criatividade, levando perigo, na maioria das vezes, em bolas alçadas para a área adversária.
- Se fosse eu Dorival Júnior, os atacantes do Vasco ganhariam, no nínimo, um mês de treinamentos intensivos de chutes ao gol. É inconcebível o setor de criação proporcionar ao time mais de uma dezena de oportunidades de gols, como foi contra o Cabofriense, e o placar terminar em branco. Élton, Faioli e Rodrigo Pimpão perderam tantos gols, que alguns torcedores devem ter sentido falta de Alan Kardec, que está longe de ser a solução para este problema vascaíno. É fato que os outros jogadores, que não os atacantes, também tiveram chances, porém, a crítica maior deve ser sobre os chamados homens-gol. Esquecendo este problema no tribunal, que acredito em nada resultará, o Vasco deixou de ganhar preciosos pontos e não pode nem pensar em perder seu jogo, contra o Madureira, na próxima rodada.
- Não é de hoje que o Botafogo vem recebendo muitos cartões em suas partidas. No duelo contra o Friburguense, um jogo que se desenhou fácil, o alvi-negro recebeu 6 cartões amarelos e um vermelho, sendo alguns destes, aplicados após o placar apontar 5 a 1 para o Fogão. Este comportamento da equipe merece urgentemente um sermão do treinador Ney Franco, pois já acarreta em sérios problemas. Com o jogo decidido, em um momento de total despreparo, Maicosuel, que vinha fazendo uma apresentação espetacular, perdeu a cabeça e agrediu o defensor adversário sendo expulso de campo. Esta expulsão não somente manchou sua atuação como o tirou do clássico de domingo, contra o Flamengo, que valerá a liderança do grupo.
- Vejam vocês a situação. Ao comentar a quinta rodada, critiquei, e muito, a atitude do Bangu de, após fazer um gol, pensar somente em se defender. Por ser um time fraco tecnicamente é até possível entender a atitude do time alvi-rubro. O Fluminense, porém, se utilizar deste recurso é uma incompetência das grandes. Contra o Duque de Caxias, pela 4ª rodada, o tricolor levou uma virada após estar vencendo por 2 a 0, justamente por esta atitude. Nesta rodada, contra o Americano, o mesmo quase ocorreu. Após abrir o marcador, a equipe treinada por René Simões se fechou em seu campo e desistiu totalmente do ataque. Em uma surtada do goleiro Fernando Henrique, que fez um pênalti tolo, o time de Campos empatou a partida. O Fluminense, nos últimos 5 minutos do jogo, decidiu fazer o que não fez em todo o 2º tempo, ou seja, atacar. Por sorte, numa jogada fortuita, Fernando Henrique ( isso mesmo, o goleiro ) sofreu um pênalti e garantiu os 3 pontos para o time das Laranjeiras. Existem várias maneiras de segurar um resultado, e o Fluminense não pode utilizar a pior delas.
ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA...
- Jogando praticamente em casa, já que o Emirates Stadium é o palco que mais recebe a Seleção Brasileira atualmente, a equipe do técnico Dunga realizou uma boa apresentação. No 1º tempo, o Brasil soube trocar bons passes, valorizou a posse de bola e envolveu a marcação italiana. Ainda senti falta dos laterais brasileiros avançando. Maicon e Marcelo, apesar da boa atuação, poderiam ser mais agressivos. O resultado desta falta de jogadas pelas laterais, foi a fraca atuação de Adriano, que pouquíssimas vezes recebeu a bola. Ainda não me entra na cabeça, jogadores como Marcelo, Gilberto Silva, Felipe Melo e Elano estarem na seleção, porém, desta vez, eles estão de parabéns pela boa atuação. A 2ª etapa da partida, aí sim, teve cara de amistoso. Muitas substituições e o Brasil tocando a bola sem nenhuma objetividade. A Itália ainda tentou explorar a entrada de Luca Toni, mas Júlio César mostrou toda sua qualidade. A ausência da dupla Del Piero e Totti mostrou que, além de deixar a "Azzurra" mais fraca ofensivamente, a deixa mais sem graça.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
QUINTA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009 - FLUMINENSE X VASCO
Olá amigos do FUTEBOLA.
Após assistir, na íntegra, ao clássico Fluminense x Vasco, me sinto confortável para opinar. Como dito antes, devido a chuva que caiu durante o jogo, não consegui assistir ao primeiro tempo, ao vivo, pois o sinal da trasmissão caiu. Graças ao reprise, podemos ir ao que interessa e falar da partida.
MANDOU BEM!
- Os laterais vascaínos fizeram excelente partida, tanto defensiva quanto ofensivamente. Paulo Sérgio, pela direita, esteve bem, como de costume, nas bolas paradas e correu demais. Pelo lado esquerdo, Ramón se destacou ao ponto de ser o melhor homem em campo. Após fazer uma bela primeira etapa, voltou para o segundo tempo voando. Se Alex Teixeira não tivesse sido expulso no início do 2º tempo, talvez a participação ofensiva do lateral-esquerdo vascaíno fosse ainda melhor. O que tenho percebido, porém, é que tanto Paulo Sérgio quanto Ramón, estão sem companhia, conseguindo as jogadas quase sempre na individualidade.
- Dois volantes tiveram boas atuações no clássico. Pelo lado tricolor Diguinho e pelo lado vascaíno Nílton. Diguinho, que até no banco já foi colocado por René Simões, enfim mostrou um pouco de sua qualidade. Sempre presente na marcação, ao roubar uma bola em seu campo ele não utiliza o famoso e inútil chutão para frente. No Botafogo ele era excelente para fazer o papel de transição defesa-ataque, e nesta partida, mostrou que pode fazer isso pelo Fluminense também. Já o cruzmaltino Nílton manteve a média de boas apresentações. Assim como toda sua equipe, ele mostrou muita raça e é raro vê-lo perder uma dividida. Em suas boas atuações, estou sentindo falta apenas de seus potentes chutes longos.
- Muito legal a atitude do Thiago Neves. Claramente fora de forma e de ritmo de jogo, ele poderia passar uma ou duas semaninhas treinando antes de entrar em campo, porém, mostrou vontade de ajudar ao participar de mais da metade do clássico. Sua atuação não foi destacada, mas, sua inteligência e pensamento rápido foram vistos em alguns esporádicos lances. Esta vontade, aliada a sua qualidade técnica, será muito útil na formação desta nova equipe tricolor. O problema é que ele ficará por pouco tempo e o time pode sofrer depois, assim como o Flamengo em 2008, que após se estruturar, perdeu seus atacantes. O rubro-negro, no caso, demorou cerca de 2 meses para encontrar novamente o equilíbrio. Ainda é cedo, mas seria bom o Fluminense pensar nas opções para suprir a ausência de Thiago.
MANDOU MAL!
- Leandro Amaral sofreu, durante todo o primeiro tempo do clássico, marcação individual de seu xará, o volante Amaral. O atacante quase nada pode criar pelo simples fato de que, a cada bola recebida, sofria uma falta. Em casos assim que me vem a mente a idéia de limitar o número de faltas por cada atleta. É inadmissível o Amaral cometer o número de faltas que cometeu e sair de campo impune. Ao sair para o intervalo da partida, Leandro foi entrevistado com um visível arranhão no pescoço. Ossos do ofício? Não deveria ser para um jogador de futebol.
- Se, pela atuação na partida, os laterais do Vasco estão de parabéns, os do Fluminense merecem puxões de orelha. Uma vez mais Leandro passou longe de ser aquele jogador útil dos tempos de Palmeiras. Sua falta de ofensividade está limitando até a atuação do Conca. O meia argentino tem enorme facilidade de usar os avanços dos laterias para fazer jogadas, mas Leandro, até agora, parece estar se escondendo. Quanto à Wellington Monteiro, parece que até René Simões se cansou. O lateral-direito tricolor tem falhado constantemente ao longo do campeonato e nada, absolutamente nada, de útil faz no ataque. No início da 2ª etapa do clássico, o vascaíno Ramón o deixou duas vezes comendo poeira em apenas 8 minutos. Aos 9 minutos, René percebeu que a situação estava difícil e o substituiu por Mariano., que se não foi espetacular, esteve longe da péssima atuação de Wellington.
Após assistir, na íntegra, ao clássico Fluminense x Vasco, me sinto confortável para opinar. Como dito antes, devido a chuva que caiu durante o jogo, não consegui assistir ao primeiro tempo, ao vivo, pois o sinal da trasmissão caiu. Graças ao reprise, podemos ir ao que interessa e falar da partida.
MANDOU BEM!
- Os laterais vascaínos fizeram excelente partida, tanto defensiva quanto ofensivamente. Paulo Sérgio, pela direita, esteve bem, como de costume, nas bolas paradas e correu demais. Pelo lado esquerdo, Ramón se destacou ao ponto de ser o melhor homem em campo. Após fazer uma bela primeira etapa, voltou para o segundo tempo voando. Se Alex Teixeira não tivesse sido expulso no início do 2º tempo, talvez a participação ofensiva do lateral-esquerdo vascaíno fosse ainda melhor. O que tenho percebido, porém, é que tanto Paulo Sérgio quanto Ramón, estão sem companhia, conseguindo as jogadas quase sempre na individualidade.
- Dois volantes tiveram boas atuações no clássico. Pelo lado tricolor Diguinho e pelo lado vascaíno Nílton. Diguinho, que até no banco já foi colocado por René Simões, enfim mostrou um pouco de sua qualidade. Sempre presente na marcação, ao roubar uma bola em seu campo ele não utiliza o famoso e inútil chutão para frente. No Botafogo ele era excelente para fazer o papel de transição defesa-ataque, e nesta partida, mostrou que pode fazer isso pelo Fluminense também. Já o cruzmaltino Nílton manteve a média de boas apresentações. Assim como toda sua equipe, ele mostrou muita raça e é raro vê-lo perder uma dividida. Em suas boas atuações, estou sentindo falta apenas de seus potentes chutes longos.
- Muito legal a atitude do Thiago Neves. Claramente fora de forma e de ritmo de jogo, ele poderia passar uma ou duas semaninhas treinando antes de entrar em campo, porém, mostrou vontade de ajudar ao participar de mais da metade do clássico. Sua atuação não foi destacada, mas, sua inteligência e pensamento rápido foram vistos em alguns esporádicos lances. Esta vontade, aliada a sua qualidade técnica, será muito útil na formação desta nova equipe tricolor. O problema é que ele ficará por pouco tempo e o time pode sofrer depois, assim como o Flamengo em 2008, que após se estruturar, perdeu seus atacantes. O rubro-negro, no caso, demorou cerca de 2 meses para encontrar novamente o equilíbrio. Ainda é cedo, mas seria bom o Fluminense pensar nas opções para suprir a ausência de Thiago.
MANDOU MAL!
- Leandro Amaral sofreu, durante todo o primeiro tempo do clássico, marcação individual de seu xará, o volante Amaral. O atacante quase nada pode criar pelo simples fato de que, a cada bola recebida, sofria uma falta. Em casos assim que me vem a mente a idéia de limitar o número de faltas por cada atleta. É inadmissível o Amaral cometer o número de faltas que cometeu e sair de campo impune. Ao sair para o intervalo da partida, Leandro foi entrevistado com um visível arranhão no pescoço. Ossos do ofício? Não deveria ser para um jogador de futebol.
- Se, pela atuação na partida, os laterais do Vasco estão de parabéns, os do Fluminense merecem puxões de orelha. Uma vez mais Leandro passou longe de ser aquele jogador útil dos tempos de Palmeiras. Sua falta de ofensividade está limitando até a atuação do Conca. O meia argentino tem enorme facilidade de usar os avanços dos laterias para fazer jogadas, mas Leandro, até agora, parece estar se escondendo. Quanto à Wellington Monteiro, parece que até René Simões se cansou. O lateral-direito tricolor tem falhado constantemente ao longo do campeonato e nada, absolutamente nada, de útil faz no ataque. No início da 2ª etapa do clássico, o vascaíno Ramón o deixou duas vezes comendo poeira em apenas 8 minutos. Aos 9 minutos, René percebeu que a situação estava difícil e o substituiu por Mariano., que se não foi espetacular, esteve longe da péssima atuação de Wellington.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
QUINTA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009
Madureira 1 x 1 Americano – Édson Passos
Macaé 1 x 2 Flamengo – Volta Redonda
Cabofriense 4 x 1 Tigres – Cabo Frio
Resende 1 x 2 Duque de Caxias – Resende
Botafogo 4 x 1 Bangu – Engenhão
Boavista 1 x 1 Mesquita – Saquarema
Volta Redonda 2 x 3 Friburguense – Volta Redonda
Fluminense 0 x 0 Vasco - Maracanã
Olá amigos!
Infelizmente, pelos famosos motivos técnicos, não consegui acompanhar o primeiro tempo do clássico Fluminense x Vasco. Começou a chover imediatamente junto com o jogo e fiquei sem o sinal da transmissão. Assisiti toda a 2ª etapa, porém prefiro esperar o reprise da partida ( ocorrerá hoje as 23h ) para poder comentar com melhor embasamento. Portanto, terça-feira à tarde, no máximo, estarão aqui minhas opiniões sobre o empate no Maracanã.
A quinta rodada, porém, não foi apenas de clássico. O Flamengo, uma vez mais, precisou suar a camisa até o final para obter os três pontos e o Botafogo, teve tranquilidade e bom futebol para vencer o Bangu em um jogo que se desenhava difícil. Vamos ver então quem vai pra galera e quem merece aquela vaia nesta quinta rodada do Cariocão 2009.
MANDOU BEM!
- Não está, ainda, no ponto de exigir sua titularidade, porém, Jônatas está jogando um bolão. No jogo passado contra o Mesquita, seu primeiro toque na bola foi um golaço de primeira. Nesta rodada, contra o Macaé, uma vez mais ele entrou bem na segunda etapa. Sua visão de jogo é algo raro de se encontrar no futebol brasileiro. O que gera um certo preconceito contra ele, é seu porte em campo. Longe de querer comparar tecnicamente, Ademir da Guia sofria muito com isso nas décadas de 60 e 70. É o chamado falso lento. Contra o Macaé, praticamente todas as jogadas da equipe passaram por seus pés enquanto esteve em campo. O Flamengo sufocou até conseguir a vitória aos 41 minutos. Se perguntarmos aos zagueiros do macaé se o Flamengo estava lento em campo, eles responderão negativamente. Pena que dificilmente Ibson permanecerá para o segundo semestre pois, se os dois se entrosassem, o Flamengo teria uma bela dupla de meias.
- Se na partida contra o Volta Redonda disse, aqui mesmo, que o Cuca tinha errado ao tirar Aírton e Éverton e colocar, respectivamente, Maxi e Josiel, deixando o Flamengo apenas com Ibson e Marcelinho no meio, contra o Macaé o técnico esteve ótimo. Sem cometer nenhuma loucura ele conseguiu deixar o time mais ofensivo e incisivo. Por cerca de 10 minutos ele manteve Obina e Josiel e, ao ver que não estava dando certo, Maxi entrou no lugar de Obina. Abrir Zé Roberto pela esquerda não deve ser considerado uma loucura, pois a tempos que quem atua pela ala-esquerda do Flamengo tem total liberdade ofensiva. Resumindo, o time terminou a partida com a defesa armada e o ataque pressionando. E pontos também por ele acreditar na estrela de Zé Roberto, deixando o jogador em campo até o fim.
- O Botafogo esteve ótimo ofensivamente contra o Bangu. Reinaldo não parou em campo e criou lindas oportunidades, porém infelizmente não era seu dia de “balançar o véu da noiva”. Se Maicosuel esteve menos presente que Reinaldo, quando apareceu foi decisivo. Com lindos passes e jogadas de muita criatividade, colocou mais duas assistências em seu currículo e ajudou muito o time. Ainda que eu acredite que os alas Thiaguinho e Alessandro devessem aparecer mais ofensivamente, ambos estiveram bem, assim como o volante Fahel que até gol marcou. Falando em Fahel, ele participou do lance mais bonito da rodada. Não tenho dúvidas em afirmar que se a jogada terminasse em gol, seria o mais bonito, até aqui, do torneio. Uma tabelinha pelo alto simplesmente espetacular com o centroavante, onde este finalizou de primeira, sem deixar a bola cair. O centroavante? Victor Simões. Concorrente fortíssimo ao prêmio de melhor jogador do campeonato. Se contra o Volta Redonda ele criou, praticamente sozinho, todas as jogadas do Botafogo e o time não venceu, desta vez, contra o Bangu, manteve o mesmo ímpeto ofensivo e tudo deu certo. Jogador de porte físico privilegiado, Victor não faz o estilo “robô”. Sua técnica, principalmente nos arremates, é muito boa e sempre que sai da área para buscar jogo, sabe o que está fazendo. Quem não viu o seu segundo gol contra o Bangu, trate de ver. Um balaço digno de Adriano na Copa das Confederações de 2005.
- Quando falei para ficarmos de olho em Bruno Meneghel, do Resende, acabei secando o garoto. Nos jogos de seu time contra Vasco e Fluminense ele criou pouquíssimas chances de gols e não “sacudiu o filó”nenhuma vez. Agora chegou a vez de falar de Anselmo Ramón, junto com Victor Simões, artilheiro do campeonato. O atacante do Cabofriense meteu 4 gols no Tigres e enfrentará o Vasco na próxima rodada. Jogo morno? Nunquinha. Se o time de Cabo frio vencer, se iguala ao Vasco com 10 pontos e afunda mais ainda o Fluminense.
MANDOU MAL!
- Na partida contra o Macaé, em nenhum momento Obina teve uma clara chance de gol. Mas o time rubro-negro não pode, nem poderá, jogar em função de Obina. O Flamengo é um time com muitos recursos ofensivos e não pode ser para Obina o que foi, por exemplo, o Santos de 2008 para Kléber Pereira. Imaginem Léo Moura, Juan, Ibson, Marcelinho e Zé Roberto apenas com a função de servir o centroavante. Apesar de participar bem em alguns lances da partida, dificilmente se confundindo na hora das tabelinhas, o “xodó” não pode passar a partida inteira sem finalizar perigosamente. E já são 5 jogos sem gols.
- Defensivamente, dois jogadores estiveram péssimos nesta rodada. Juninho pelo lado do Botafogo e Aírton pelo lado do Flamengo. Se Juninho não falhou constantemente, no lance do gol do Bangu ele teve grande parcela de culpa. O goleiro Renan errou junto com ele, porém, ele não pode ficar para trás toda vez que estiver marcando um jogador veloz. Já Aírton tomou um baile do veterano Roma. Em toda partida, o jovem rubro-negro ganhou apenas uma bola do baixinho. Em um dos dribles que levou, uma linda gauchinha, Roma passou a bola para Jackson sofrer o pênalti cometido por Willians. Que Aírton fique de olhos bem abertos, pois daqui pouco terá que marcar Conca, Maicosuel, Carlos Alberto, e aí vai ser mais complicado.
- A situação está ficando crítica para o Bangu. Único time que ainda não venceu no torneio, o torcedor alvi-rubro não tem em que se agarrar para ter esperanças. Comentendo o mesmo erro que a maioria dos times “pequenos”, o Bangu, contra o Flamengo e contra o Botafogo, abriu o marcador e recuou completamente. É o problema de acreditar que defender é apenas colocar os 10 jogadores em seu próprio campo, o que é completamente errado. Jogar na defesa exige qualidade e muito treinamento, não apenas disposição. Veremos se com a contratação do bom jogador Tiano ( quase que ele tem nome de craque ein? Hahahaha ), que marcou 2 gols em sua estréia contra o Friburguense e mostrou qualidade contra o Botafogo, o time consegue fazer o suficiente para não ficar entre os dois últimos colocados.
ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA...
- Rodada de muitos clássicos no Brasil e também na terra da rainha. Apenas recentemente, após a chegada de Roman Abramovich, o Chelsea passou a figurar entre os grandes times da Europa. Em Londres, o principal clássico é Arsenal x Tottenham. Querem uma prova? No site oficial do Arsenal, existe uma sessão, na parte da história do clube, apenas com os recordes sobre o Tottenham e nada específico contra o Chelsea. Bom, falei disso para poder comentar sobre o jogo ocorrido domingo entre estes grandes rivais londrinos. Estádio lotado, volta do ídolo Robbie Keane para o Tottenham e o recém-contratado Arshavin no banco do Arsenal. O jogo teve mesmo cara de decisão. O Arsenal teve Adebayour se machucando, Eboué expulso e Clichy com um corte na cabeça assustador como problemas. Jogando na casa do adversário escolheu por, após perder Eboué, recuar e atuar nos contra-ataques, porém sem Fábregas, contundido, esta tática perde muito a sua força. O Tottenham esteve mais presente no campo ofensivo, porém Pavlyuchenko, Keane e o bom meia Modric´ não estavam com a pontaria em dia. O jogo foi uma impressionante demonstração de raça por ambas as equipes e nos últimos 15 minutos qualquer uma poderia ter vencido, mas no final, o placar mostrou um empate sem gols. Apesar de não ajudar nem um pouco na tabela de classificação, onde ainda se encontra em 5º, a 5 pontos da zona de classificação para a Champions League, o empate foi melhor para o Arsenal pelas situações adversas do jogo. A estréia do russo Arshavin, que encantou todos na Eurocopa, não ocorreu. Na próxima partida do Arsenal estarei novamente de cara na tv, esperando-o entrar em campo.
Macaé 1 x 2 Flamengo – Volta Redonda
Cabofriense 4 x 1 Tigres – Cabo Frio
Resende 1 x 2 Duque de Caxias – Resende
Botafogo 4 x 1 Bangu – Engenhão
Boavista 1 x 1 Mesquita – Saquarema
Volta Redonda 2 x 3 Friburguense – Volta Redonda
Fluminense 0 x 0 Vasco - Maracanã
Olá amigos!
Infelizmente, pelos famosos motivos técnicos, não consegui acompanhar o primeiro tempo do clássico Fluminense x Vasco. Começou a chover imediatamente junto com o jogo e fiquei sem o sinal da transmissão. Assisiti toda a 2ª etapa, porém prefiro esperar o reprise da partida ( ocorrerá hoje as 23h ) para poder comentar com melhor embasamento. Portanto, terça-feira à tarde, no máximo, estarão aqui minhas opiniões sobre o empate no Maracanã.
A quinta rodada, porém, não foi apenas de clássico. O Flamengo, uma vez mais, precisou suar a camisa até o final para obter os três pontos e o Botafogo, teve tranquilidade e bom futebol para vencer o Bangu em um jogo que se desenhava difícil. Vamos ver então quem vai pra galera e quem merece aquela vaia nesta quinta rodada do Cariocão 2009.
MANDOU BEM!
- Não está, ainda, no ponto de exigir sua titularidade, porém, Jônatas está jogando um bolão. No jogo passado contra o Mesquita, seu primeiro toque na bola foi um golaço de primeira. Nesta rodada, contra o Macaé, uma vez mais ele entrou bem na segunda etapa. Sua visão de jogo é algo raro de se encontrar no futebol brasileiro. O que gera um certo preconceito contra ele, é seu porte em campo. Longe de querer comparar tecnicamente, Ademir da Guia sofria muito com isso nas décadas de 60 e 70. É o chamado falso lento. Contra o Macaé, praticamente todas as jogadas da equipe passaram por seus pés enquanto esteve em campo. O Flamengo sufocou até conseguir a vitória aos 41 minutos. Se perguntarmos aos zagueiros do macaé se o Flamengo estava lento em campo, eles responderão negativamente. Pena que dificilmente Ibson permanecerá para o segundo semestre pois, se os dois se entrosassem, o Flamengo teria uma bela dupla de meias.
- Se na partida contra o Volta Redonda disse, aqui mesmo, que o Cuca tinha errado ao tirar Aírton e Éverton e colocar, respectivamente, Maxi e Josiel, deixando o Flamengo apenas com Ibson e Marcelinho no meio, contra o Macaé o técnico esteve ótimo. Sem cometer nenhuma loucura ele conseguiu deixar o time mais ofensivo e incisivo. Por cerca de 10 minutos ele manteve Obina e Josiel e, ao ver que não estava dando certo, Maxi entrou no lugar de Obina. Abrir Zé Roberto pela esquerda não deve ser considerado uma loucura, pois a tempos que quem atua pela ala-esquerda do Flamengo tem total liberdade ofensiva. Resumindo, o time terminou a partida com a defesa armada e o ataque pressionando. E pontos também por ele acreditar na estrela de Zé Roberto, deixando o jogador em campo até o fim.
- O Botafogo esteve ótimo ofensivamente contra o Bangu. Reinaldo não parou em campo e criou lindas oportunidades, porém infelizmente não era seu dia de “balançar o véu da noiva”. Se Maicosuel esteve menos presente que Reinaldo, quando apareceu foi decisivo. Com lindos passes e jogadas de muita criatividade, colocou mais duas assistências em seu currículo e ajudou muito o time. Ainda que eu acredite que os alas Thiaguinho e Alessandro devessem aparecer mais ofensivamente, ambos estiveram bem, assim como o volante Fahel que até gol marcou. Falando em Fahel, ele participou do lance mais bonito da rodada. Não tenho dúvidas em afirmar que se a jogada terminasse em gol, seria o mais bonito, até aqui, do torneio. Uma tabelinha pelo alto simplesmente espetacular com o centroavante, onde este finalizou de primeira, sem deixar a bola cair. O centroavante? Victor Simões. Concorrente fortíssimo ao prêmio de melhor jogador do campeonato. Se contra o Volta Redonda ele criou, praticamente sozinho, todas as jogadas do Botafogo e o time não venceu, desta vez, contra o Bangu, manteve o mesmo ímpeto ofensivo e tudo deu certo. Jogador de porte físico privilegiado, Victor não faz o estilo “robô”. Sua técnica, principalmente nos arremates, é muito boa e sempre que sai da área para buscar jogo, sabe o que está fazendo. Quem não viu o seu segundo gol contra o Bangu, trate de ver. Um balaço digno de Adriano na Copa das Confederações de 2005.
- Quando falei para ficarmos de olho em Bruno Meneghel, do Resende, acabei secando o garoto. Nos jogos de seu time contra Vasco e Fluminense ele criou pouquíssimas chances de gols e não “sacudiu o filó”nenhuma vez. Agora chegou a vez de falar de Anselmo Ramón, junto com Victor Simões, artilheiro do campeonato. O atacante do Cabofriense meteu 4 gols no Tigres e enfrentará o Vasco na próxima rodada. Jogo morno? Nunquinha. Se o time de Cabo frio vencer, se iguala ao Vasco com 10 pontos e afunda mais ainda o Fluminense.
MANDOU MAL!
- Na partida contra o Macaé, em nenhum momento Obina teve uma clara chance de gol. Mas o time rubro-negro não pode, nem poderá, jogar em função de Obina. O Flamengo é um time com muitos recursos ofensivos e não pode ser para Obina o que foi, por exemplo, o Santos de 2008 para Kléber Pereira. Imaginem Léo Moura, Juan, Ibson, Marcelinho e Zé Roberto apenas com a função de servir o centroavante. Apesar de participar bem em alguns lances da partida, dificilmente se confundindo na hora das tabelinhas, o “xodó” não pode passar a partida inteira sem finalizar perigosamente. E já são 5 jogos sem gols.
- Defensivamente, dois jogadores estiveram péssimos nesta rodada. Juninho pelo lado do Botafogo e Aírton pelo lado do Flamengo. Se Juninho não falhou constantemente, no lance do gol do Bangu ele teve grande parcela de culpa. O goleiro Renan errou junto com ele, porém, ele não pode ficar para trás toda vez que estiver marcando um jogador veloz. Já Aírton tomou um baile do veterano Roma. Em toda partida, o jovem rubro-negro ganhou apenas uma bola do baixinho. Em um dos dribles que levou, uma linda gauchinha, Roma passou a bola para Jackson sofrer o pênalti cometido por Willians. Que Aírton fique de olhos bem abertos, pois daqui pouco terá que marcar Conca, Maicosuel, Carlos Alberto, e aí vai ser mais complicado.
- A situação está ficando crítica para o Bangu. Único time que ainda não venceu no torneio, o torcedor alvi-rubro não tem em que se agarrar para ter esperanças. Comentendo o mesmo erro que a maioria dos times “pequenos”, o Bangu, contra o Flamengo e contra o Botafogo, abriu o marcador e recuou completamente. É o problema de acreditar que defender é apenas colocar os 10 jogadores em seu próprio campo, o que é completamente errado. Jogar na defesa exige qualidade e muito treinamento, não apenas disposição. Veremos se com a contratação do bom jogador Tiano ( quase que ele tem nome de craque ein? Hahahaha ), que marcou 2 gols em sua estréia contra o Friburguense e mostrou qualidade contra o Botafogo, o time consegue fazer o suficiente para não ficar entre os dois últimos colocados.
ENQUANTO ISSO NA INGLATERRA...
- Rodada de muitos clássicos no Brasil e também na terra da rainha. Apenas recentemente, após a chegada de Roman Abramovich, o Chelsea passou a figurar entre os grandes times da Europa. Em Londres, o principal clássico é Arsenal x Tottenham. Querem uma prova? No site oficial do Arsenal, existe uma sessão, na parte da história do clube, apenas com os recordes sobre o Tottenham e nada específico contra o Chelsea. Bom, falei disso para poder comentar sobre o jogo ocorrido domingo entre estes grandes rivais londrinos. Estádio lotado, volta do ídolo Robbie Keane para o Tottenham e o recém-contratado Arshavin no banco do Arsenal. O jogo teve mesmo cara de decisão. O Arsenal teve Adebayour se machucando, Eboué expulso e Clichy com um corte na cabeça assustador como problemas. Jogando na casa do adversário escolheu por, após perder Eboué, recuar e atuar nos contra-ataques, porém sem Fábregas, contundido, esta tática perde muito a sua força. O Tottenham esteve mais presente no campo ofensivo, porém Pavlyuchenko, Keane e o bom meia Modric´ não estavam com a pontaria em dia. O jogo foi uma impressionante demonstração de raça por ambas as equipes e nos últimos 15 minutos qualquer uma poderia ter vencido, mas no final, o placar mostrou um empate sem gols. Apesar de não ajudar nem um pouco na tabela de classificação, onde ainda se encontra em 5º, a 5 pontos da zona de classificação para a Champions League, o empate foi melhor para o Arsenal pelas situações adversas do jogo. A estréia do russo Arshavin, que encantou todos na Eurocopa, não ocorreu. Na próxima partida do Arsenal estarei novamente de cara na tv, esperando-o entrar em campo.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Grandes Clássicos - Fluminense x Vasco 1976
Grandes Clássicos - Fluminense x Vasco 1976
Olá amigos!
Chegamos enfim ao primeiro clássico do Campeonato Carioca 2009. Diferente do ano passado quando os clássicos nada valiam na fase de grupos, desta vez o jogo é quente. Vasco x Fluminense farão um jogo importante para suas pretensões no torneio.
Semana de clássico é semana de reviver clássicos no FUTEBOLA. Em 1976 a decisão do título estadual foi sensacional, daquelas que provam que o jogo só termina quando o juiz apita. Contarei agora para vocês como foi esta inesquecível partida.
O tricolor das Laranjeiras contava, em 1976, com um elenco que se participasse de uma Copa do Mundo, entraria como um dos favoritos à conquista. Era a segunda versão da lendária “Máquina Tricolor”. Digo segunda versão pois, com o famoso troca-troca realizado pelo presidente tricolor Fancisco Horta, o time era muito diferente do que conquistara o Campeonato Carioca de 1975. Duas histórias ilustram a força desta verdadeira seleção de três cores. A primeira ocorreu em Paris durante o mês de junho de 1976, em um torneio que contaria com Fluminense, Seleção Brasileira olímpica, PSG e um combinado europeu. Este combinado europeu contaria com os melhores jogadores do continente, segundo a revista France Football. Entre os destaques europeus, os mais extraordinários eram Acimovic, capitão da Seleção Iuguslava e o holândes vice-campeão mundial em 1974, Rensenbrink. Não teve pra ninguém. O Fluzão ficou com a Taça, uma miniatura da Torre Eiffel, que já vi pessoalmente e é, realmente, uma das mais lindas taças já feita. Na vitória final contra o combinado do velho continente por 3 a 1 a torcida aplaudia até os raros lançamentos errados de Rivelino, tamanho era o show proporcionado pelo tricolor.
Já pelo Campeonato Carioca de 1976, tivemos uma cômica história ocorrida no jogo Fluminense x Goytacaz no Maracanã. O tricolor dava um baile no time de Campos e havia acabado de colocar 9 a 0 no placar quando os auto-falantes do estádio anunciaram: “A SUDERJ informa: o marcador não tem 10”. Claro que todo o estádio inteiro caiu em risadas. O placar não deu problemas pois o jogo terminou mesmo no 9 a 0.
Imaginem o que passa pelas cabeças dos defensores que entravam em campo para enfrentar o ataque tricolor. Comecemos por Paulo César Caju e um fato irá adjetivar sua categoria. Um dos maiores jogos da história das Copas do Mundo foi Brasil 1 x 0 Inglaterra, em 1970. Jogo duríssimo contra os “pais do futebol”. Sabem quem foi eleito o melhor jogador em campo na nossa vitória? Pois é, Paulo César Caju. Além desta fera, havia também a velocidade de Gil, conhecido como “Búfalo Gil” tamanha sua força ofensiva, o dinamismo de Dirceu que não parava de se movimentar um minuto em campo e o oportunismo do galã argentino Doval, que possuía, na mesma proporção, raça, técnica e faro de gol. Acabou? Ainda não. “Só” falta um dos maiores jogadores do mundo. Neste time tão estrelado havia sim uma estrela maior. Era Rivelino. Não é possível identificar sua maior qualidade. Como dizer que é o chute depois de ver seu elástico sobre o vascaíno Alcir Portela? Como dizer que é o drible após ver seus gols de falta? Eram tantas qualidades que se uma imagem vale como mil palavras, precisaremos de mil imagens para descrever Rivelino. Muitos jornalistas falaram neste início de 2009 que a contratação de Ronaldo pelo Corinthians foi a maior da história do Brasil e eu discordo completamente. Nenhuma transferência no cenário nacional se compara com a chegada de Riva ao Fluminense, vindo do Corinthians. Mas será que com tantos jogadores ofensivos o time não era frágil em sua defesa? A dupla de zaga contava com ninguém menos que o “Capita” Carlos Alberto Torres e o ex-vascaíno Miguel ( adquirido a peso de ouro, na transação onde o Vasco recebeu, por ele, Abel, Marco Antônio e Zé Mário ) e esta dupla ainda era protegida por Carlos Alberto Pintinho. Nada frágil né?
O Estadual de 1976 contou com 3 turnos e uma fase final. Vasco ( vencedor do 1º), Botafogo ( vencedor do 2º ), Fluminense ( vencedor do 3º ) e América ( vencedor da repescagem ) chegaram a fase final. Após todos os 4 se enfrentarem, Vasco e Fluminense terminaram com o mesmo número de pontos e ainda empataram em 2 a 2 nesta fase. Com o que o Vasco contava para se encontrar em nível tão parelho com a constelação tricolor? Simples. Com um jovem jogador que aos 20 anos já havia se sagrado campeão e artilheiro do Campeonato Brasileiro em 1974. Seu nome? Roberto. O apelido? Dinamite. Uma das provas da qualidade gigantesca de Dinamite ocorreu neste mesmo carioca de 1976 do qual falamos. Pelo primeiro turno ( Taça Guanabara ), ele fez um dos gols mais belos da história do Maracanã, ao, contra o Botafogo, matar a bola no peito, aplicar um lençol espetacular no zagueiro Osmar e concluir de virada para o gol.
Não poderíamos falar que o Vasco era um time de estrelas, mas era sim uma ótima equipe. O goleiro Mazarópi era excelente nos pênaltis e já havia mostrado isso na decisão da Taça Guanabara contra o Flamengo quando defendeu cobranças de Zico e Geraldo, dando o título do turno ao time de São Januário. Na zaga Abel jogava com duas estrelas no peito. Uma era a cruz de malta, a outra, aquela que todo xerife possui, tamanha sua autoridade e liderança. No meio de campo, Zé Mário era o motor do time. Zé não parava de correr um minuto, e quando tinha a bola nos pés sabia muito bem o que fazer. Além da qualidade, ele possuía a experiência de ter conquistado os dois últimos Campeonatos Estaduais. Em 1974 pelo Flamengo e em 1975 pelo Fluminense.
Domingo, dia 3 de outubro de 1976 estes gigantes cariocas se enfrentaram. O Maracanã contava com mais de 120 mil torcedores, em sua maioria tricolores. O Fluminense, apesar do favoritismo sabia que não podia bobear, principalmente com Dinamite. Talvez por este motivo o time tenha entrado em campo totalmente concentrado. Com apenas 10 minutos de jogo Rivelino já havia colocado uma bola na trave. A superioridade tricolor era grande e ficou mais visível ainda no 2º tempo. Durante a etapa final o Fluminense criou várias chances e jogava o mesmo futebol ofensivo que encantou os europeus. Velocidade nas pontas, tabelinhas pelo meio e chutes longos. O time tentava de tudo mas a bola não entrava. Chegou a prorrogação e, talvez com medo de enfrentar Mazarópi nos pênaltis, o tricolor não parava de atacar. O Vasco era até valente, porém, apenas se defendia. Dizem que um time de estrelas não tem gana, raça, garra, vontade. Tudo isto o Fluminense teve, o tempo todo. A prova é que aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, após um cruzamento de Paulo César Caju, Doval de orelha colocou a bola na rede. Gol de artilheiro. Gol do artilheiro do campeonato. Gol do título. Mais um título para o Fluminese. Mais um título para Rivelino, que havia saído do Corinthians por não conquistar troféus. Agora ídolo tricolor, ele manda sua mensagem ao presidente de seu antigo time: “E o senhor, seu Matheus ( Vicente Matheus, lendário presidente corintiano ), vai continuar na fila guardando esse rico dinheirinho?”. Nota: O Corinthians não conquistava o Campeonato Paulista desde 1954.
Fluminense 1 x 0 Vasco
3 de outubro de 1976
Maracanã – Público: 127052 torcedores
Gol: 2º tempo da prorrogação: Doval ( Flu ) aos 13´
Fluminense: Renato; Rubens Galaxe, Carlos Alberto, Miguel e Rodrigues Neto; Carlos Alberto Pintinho, Paulo César caju e Rivelino; Gil, Doval e Dirceu
Vasco: Mazarópi; Toninho, Abel, Renê e Luiz Augusto; Zé Mário, Gaúcho e Luiz Carlos; Dé ( Luís Fumanchu ), Roberto Dinamite e Galdino
Olá amigos!
Chegamos enfim ao primeiro clássico do Campeonato Carioca 2009. Diferente do ano passado quando os clássicos nada valiam na fase de grupos, desta vez o jogo é quente. Vasco x Fluminense farão um jogo importante para suas pretensões no torneio.
Semana de clássico é semana de reviver clássicos no FUTEBOLA. Em 1976 a decisão do título estadual foi sensacional, daquelas que provam que o jogo só termina quando o juiz apita. Contarei agora para vocês como foi esta inesquecível partida.
O tricolor das Laranjeiras contava, em 1976, com um elenco que se participasse de uma Copa do Mundo, entraria como um dos favoritos à conquista. Era a segunda versão da lendária “Máquina Tricolor”. Digo segunda versão pois, com o famoso troca-troca realizado pelo presidente tricolor Fancisco Horta, o time era muito diferente do que conquistara o Campeonato Carioca de 1975. Duas histórias ilustram a força desta verdadeira seleção de três cores. A primeira ocorreu em Paris durante o mês de junho de 1976, em um torneio que contaria com Fluminense, Seleção Brasileira olímpica, PSG e um combinado europeu. Este combinado europeu contaria com os melhores jogadores do continente, segundo a revista France Football. Entre os destaques europeus, os mais extraordinários eram Acimovic, capitão da Seleção Iuguslava e o holândes vice-campeão mundial em 1974, Rensenbrink. Não teve pra ninguém. O Fluzão ficou com a Taça, uma miniatura da Torre Eiffel, que já vi pessoalmente e é, realmente, uma das mais lindas taças já feita. Na vitória final contra o combinado do velho continente por 3 a 1 a torcida aplaudia até os raros lançamentos errados de Rivelino, tamanho era o show proporcionado pelo tricolor.
Já pelo Campeonato Carioca de 1976, tivemos uma cômica história ocorrida no jogo Fluminense x Goytacaz no Maracanã. O tricolor dava um baile no time de Campos e havia acabado de colocar 9 a 0 no placar quando os auto-falantes do estádio anunciaram: “A SUDERJ informa: o marcador não tem 10”. Claro que todo o estádio inteiro caiu em risadas. O placar não deu problemas pois o jogo terminou mesmo no 9 a 0.
Imaginem o que passa pelas cabeças dos defensores que entravam em campo para enfrentar o ataque tricolor. Comecemos por Paulo César Caju e um fato irá adjetivar sua categoria. Um dos maiores jogos da história das Copas do Mundo foi Brasil 1 x 0 Inglaterra, em 1970. Jogo duríssimo contra os “pais do futebol”. Sabem quem foi eleito o melhor jogador em campo na nossa vitória? Pois é, Paulo César Caju. Além desta fera, havia também a velocidade de Gil, conhecido como “Búfalo Gil” tamanha sua força ofensiva, o dinamismo de Dirceu que não parava de se movimentar um minuto em campo e o oportunismo do galã argentino Doval, que possuía, na mesma proporção, raça, técnica e faro de gol. Acabou? Ainda não. “Só” falta um dos maiores jogadores do mundo. Neste time tão estrelado havia sim uma estrela maior. Era Rivelino. Não é possível identificar sua maior qualidade. Como dizer que é o chute depois de ver seu elástico sobre o vascaíno Alcir Portela? Como dizer que é o drible após ver seus gols de falta? Eram tantas qualidades que se uma imagem vale como mil palavras, precisaremos de mil imagens para descrever Rivelino. Muitos jornalistas falaram neste início de 2009 que a contratação de Ronaldo pelo Corinthians foi a maior da história do Brasil e eu discordo completamente. Nenhuma transferência no cenário nacional se compara com a chegada de Riva ao Fluminense, vindo do Corinthians. Mas será que com tantos jogadores ofensivos o time não era frágil em sua defesa? A dupla de zaga contava com ninguém menos que o “Capita” Carlos Alberto Torres e o ex-vascaíno Miguel ( adquirido a peso de ouro, na transação onde o Vasco recebeu, por ele, Abel, Marco Antônio e Zé Mário ) e esta dupla ainda era protegida por Carlos Alberto Pintinho. Nada frágil né?
O Estadual de 1976 contou com 3 turnos e uma fase final. Vasco ( vencedor do 1º), Botafogo ( vencedor do 2º ), Fluminense ( vencedor do 3º ) e América ( vencedor da repescagem ) chegaram a fase final. Após todos os 4 se enfrentarem, Vasco e Fluminense terminaram com o mesmo número de pontos e ainda empataram em 2 a 2 nesta fase. Com o que o Vasco contava para se encontrar em nível tão parelho com a constelação tricolor? Simples. Com um jovem jogador que aos 20 anos já havia se sagrado campeão e artilheiro do Campeonato Brasileiro em 1974. Seu nome? Roberto. O apelido? Dinamite. Uma das provas da qualidade gigantesca de Dinamite ocorreu neste mesmo carioca de 1976 do qual falamos. Pelo primeiro turno ( Taça Guanabara ), ele fez um dos gols mais belos da história do Maracanã, ao, contra o Botafogo, matar a bola no peito, aplicar um lençol espetacular no zagueiro Osmar e concluir de virada para o gol.
Não poderíamos falar que o Vasco era um time de estrelas, mas era sim uma ótima equipe. O goleiro Mazarópi era excelente nos pênaltis e já havia mostrado isso na decisão da Taça Guanabara contra o Flamengo quando defendeu cobranças de Zico e Geraldo, dando o título do turno ao time de São Januário. Na zaga Abel jogava com duas estrelas no peito. Uma era a cruz de malta, a outra, aquela que todo xerife possui, tamanha sua autoridade e liderança. No meio de campo, Zé Mário era o motor do time. Zé não parava de correr um minuto, e quando tinha a bola nos pés sabia muito bem o que fazer. Além da qualidade, ele possuía a experiência de ter conquistado os dois últimos Campeonatos Estaduais. Em 1974 pelo Flamengo e em 1975 pelo Fluminense.
Domingo, dia 3 de outubro de 1976 estes gigantes cariocas se enfrentaram. O Maracanã contava com mais de 120 mil torcedores, em sua maioria tricolores. O Fluminense, apesar do favoritismo sabia que não podia bobear, principalmente com Dinamite. Talvez por este motivo o time tenha entrado em campo totalmente concentrado. Com apenas 10 minutos de jogo Rivelino já havia colocado uma bola na trave. A superioridade tricolor era grande e ficou mais visível ainda no 2º tempo. Durante a etapa final o Fluminense criou várias chances e jogava o mesmo futebol ofensivo que encantou os europeus. Velocidade nas pontas, tabelinhas pelo meio e chutes longos. O time tentava de tudo mas a bola não entrava. Chegou a prorrogação e, talvez com medo de enfrentar Mazarópi nos pênaltis, o tricolor não parava de atacar. O Vasco era até valente, porém, apenas se defendia. Dizem que um time de estrelas não tem gana, raça, garra, vontade. Tudo isto o Fluminense teve, o tempo todo. A prova é que aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, após um cruzamento de Paulo César Caju, Doval de orelha colocou a bola na rede. Gol de artilheiro. Gol do artilheiro do campeonato. Gol do título. Mais um título para o Fluminese. Mais um título para Rivelino, que havia saído do Corinthians por não conquistar troféus. Agora ídolo tricolor, ele manda sua mensagem ao presidente de seu antigo time: “E o senhor, seu Matheus ( Vicente Matheus, lendário presidente corintiano ), vai continuar na fila guardando esse rico dinheirinho?”. Nota: O Corinthians não conquistava o Campeonato Paulista desde 1954.
Fluminense 1 x 0 Vasco
3 de outubro de 1976
Maracanã – Público: 127052 torcedores
Gol: 2º tempo da prorrogação: Doval ( Flu ) aos 13´
Fluminense: Renato; Rubens Galaxe, Carlos Alberto, Miguel e Rodrigues Neto; Carlos Alberto Pintinho, Paulo César caju e Rivelino; Gil, Doval e Dirceu
Vasco: Mazarópi; Toninho, Abel, Renê e Luiz Augusto; Zé Mário, Gaúcho e Luiz Carlos; Dé ( Luís Fumanchu ), Roberto Dinamite e Galdino
QUARTA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009
Cabofriense 1 x 1 Americano – Cabo Frio
Tigres 2 x 0 Madureira – Xerém
Boavista 1 x 1 Macaé – Saquarema
Flamengo 4 x 1 Mesquita – Maracanã
Resende 1 x 3 Vasco – Volta Redonda
Bangu 3 x 3 Friburguense – Moça Bonita
Duque de Caxias 3 x 2 Fluminese – Xerém
Botafogo 1 x 2 Volta Redonda - Engenhão
Olá amigos do FUTEBOLA. Como é bom presenciar a história acontecendo. Quando iríamos imaginar que em uma mesma rodada do Campeonato Carioca, em um mesmo dia, Flamengo e Vasco venceriam com gols de goleiro? Mas se a quarta-feira foi dos sonhos para os times “grandes”, a quinta-feira foi de pesadelos para Botafogo e Fluminense. Foram de encher os olhos as demostrações de garra de Volta Redonda e Duque de Caxias. Vamos então aos fatos marcantes desta quarta rodada do Campeonato Carioca de 2009.
MANDOU BEM!
- Impossível não começar os destaques positivos da rodada com eles: Bruno e Tiago. Se existe uma coisa diferente de se ver em um jogo de futebol, esta é gol de goleiro. Talvez só a torcida do São Paulo esteja acostumada já que Rogério Ceni tem quase uma centena de gols. Estava no Maracanã quando Bruno marcou seu primeiro gol de falta com a camisa rubro-negra, contra o Coronel Bolognesi ( Per ), pela Copa Libertadores. É realmente empolgante ver o goleiro correndo o campo todo com a torcida gritando seu nome. Ele sabe que o estádio inteiro está olhando ele, afinal, a bola está parada na sua frente e não tem mais para onde se olhar. Não é como um camisa 10 cobrando, é diferente. Existem dez jogadores no seu time que passam a semana inteira com a bola nos pés enquanto ele trabalha com as mãos e, de repente, lá está ele para fazer o que tem obrigação de evitar. Alguns jornalista dizem não existir golaço de falta. Discordo completamente. Contra o Mesquita, quarta-feira, Bruno fez um golaço com todas as letras. Se existe uma definição para “tapa na bola”, ela está a mostra no gol do camisa 1 rubro-negro. O gol de Tiago, goleiro do Vasco, contra o Resende, pode não ter sido tão mágico quanto o do rival flamenguista. Lembremos porém o seguinte, neste mesmo torneio os atacantes Obina ( Flamengo ) e Reinaldo ( Botafogo ) já disperdiçaram cobranças de pênaltis. Quando Rodrigo Pimpão foi derrubado na área pelo defensor do Resende e a torcida vascaína começou a gritar “Ti-a-go...Ti-a-go...Ti-a-go...” o goleiro não fugiu da responsabilidade e com muita categoria cobrou a penalidade máxima.
- Flamengo x Mesquita. Uma vez mais o rubro-negro estava tendo dificuldades para vencer a partida, já que, no intervalo, o placar apontava 1 a 1. Uma vez mais Ibson voltou para decidir. Não sei se é por motivos físicos, já que a temporada acabou de começar, que o meia fica acanhado nos primeiros 45 minutos e volta voando para a etapa final. O fato é que em todos os jogos do Flamengo até o momento, suas atuações após o intervalo dos jogos são destacadas. Concordo que Cuca esteve perfeito nas substituições e Éverton e Jônatas entraram muito bem, assim como a atuação de Léo Moura foi digna do melhor lateral-direito do país, porém, o ritmo do time inteiro muda junto com a evolução de Ibson. Suas arrancadas são impagáveis e imparáveis. Quando ele pega a bola no seu próprio campo e começa a correr podem ter certeza que, ou sairá um jogada boa, ou ele receberá a falta. Seu chute no travessão, neste último jogo, mostra como ele está ligado e com vontade de jogar. Ibson está se tornando cada vez mais essencial para o Flamengo e, novamente escrevo isto, é bom a diretoria se mexer para ele não ir embora em abril.
- Assim como o Flamengo que só conseguiu decidir sua partida na segunda etapa, o Vasco só garantiu os três pontos, contra o Resende, pela atuação na metade final da partida. O time vascaíno realizou um fraco primeiro tempo sentindo muito a falta de Carlos Alberto, já que seu substituto Fernandinho não ajudava em nada na criação. De útil apenas o gol de Nílton de cabeça, novamente em cruzamento de Paulo Sérgio, que empatou o jogo, no fim da primeira etapa, e deu tranquilidade para o time voltar do intervalo com uma atitude completamente diferente. A entrada de Élton no lugar de Fernandinho melhorou muito o time que ganhou um jogador mais participativo. Cresceram em campo também Alex Teixeira e Rodrigo Pimpão. Com boa movimentação ofensiva a equipe cruzmaltina conquistou a vitória, manteve o posto de melhor ataque da competição e Rodrigo Pimpão está nos braços da galera. Com a torcida cantando que quem tem Pimpão não precisa de Leandro Amaral, o garoto vai entrar voando domingo no Maracanã, pois algo que não falta para ele é raça. Ex-estudante de odontologia, sua comemoração fingindo que cuidava dos dentes de Ramón foi hilária.
- Desta vez o destaque dos times “pequenos” não serão individuais. Toda equipe do Duque de Caxias e do Volta Redonda estão de parabéns. Contra o Fluminense, o Duque de Caxias que saiu para o intervalo perdendo por 2 a 0 tinha tudo para desistir da partida. Era o lanterninha do campeonato, perdia por 2 gols para um Fluminense que precisava da vitória e o principal, tinha uma péssima atuação. Eis então que o time volta com tudo para o 2º tempo. Com raça e velocidade, pressionou durante quase toda a etapa e conquistou, com a ajuda da péssima atuação do sistema defensivo tricolor, uma histórica virada. E que estrela tem o autor do gol da vitória Deni. A vitória do Volta Redonda sobre o Botafogo foi uma outra história. Quando o time da “cidade do aço” colocou 2 a 1 no placar aos 10 minutos do segundo tempo, não tardou a recuar e armar uma muralha defensiva. Foi mais de meia hora de ataque botafoguense. O trio defensivo do Volta Redonda teve atuação para ficar na história do clube. Se Dedé e Arlindo estavam excelentes, o zagueiro da sobra era ninguém menos que Júnior Baiano. Não me lembro de tê-lo visto perder uma bola aérea todo o jogo e teve uma atuação merecedora de muitos aplausos.
MANDOU MAL!
- Da atuação do Fluminense no segundo tempo da partida contra o Duque de Caxias não se salva ninguém. A começar pelo técnico René Simões que decidiu poupar o Conca achando que a vitória estava decidida. Fernando Henrique cometeu o pênalti que originou o primeiro gol do adversário de maneira completamente precipitada. Se o lateral-esquerdo Leandro quase nada fez de útil, Wellington Monteiro mais uma vez apareceu falhando defensivamente. E foi uma falha daquelas. A dupla de zaga estava completamente insegura, com o experiente Luiz Alberto cometendo erros dignos de sub-17. Após mais um erro do técnico René ao tirar Leandro Bonfim, o meio de campo não conseguiu durante um minuto sequer controlar a posse de bola e por consequência o jogo. Se no primeiro tempo Leandro Amaral se movimentou melhor que nas últimas partidas e Roger fez dois gols, no segundo tempo ambos fizeram apenas número em campo. Resumo da ópera: foi a pior etapa do Fluminense em todo o campeonato.
- O Botafogo tentou a vitória até o fim contra o Volta Redonda, porém, esbarrou na defesa adversária e em sua própria desorganização. Se o time taticamente esteve péssimo, tecnicamente pode-se falar o mesmo. Com Fahel e Túlio Souza de volantes, já era provável que a criação do time estivesse debilitada e, como Maicosuel parece não ter entrado em campo a situação foi pior ainda. Victor Simões foi o único que buscou o jogo, tanto na criação quanto na conclusão, sendo o único do time a merecer aplausos. O goleiro Renan falhou grosseiramente no lance do gol da virada do Volta Redonda e mostra, cada vez mais, que está apenas guardando a posição para o Castillo voltar. Voltemos ao Maicosuel. Ele, em minha opinião, é o que merece o maior puxão de orelhas do time alvi-negro. Com a qualidade técnica que possui não pode se esconder do jogo. Após pintar na estréia, contra o Boavista, como um dos prováveis destaques do torneio, ele esteve longe de uma atuação digna de craque do campeonato. Ney Franco tem o trabalho de colocar em sua cabeça que o time depende, e muito, de uma boa atuação sua para render em campo.
Tigres 2 x 0 Madureira – Xerém
Boavista 1 x 1 Macaé – Saquarema
Flamengo 4 x 1 Mesquita – Maracanã
Resende 1 x 3 Vasco – Volta Redonda
Bangu 3 x 3 Friburguense – Moça Bonita
Duque de Caxias 3 x 2 Fluminese – Xerém
Botafogo 1 x 2 Volta Redonda - Engenhão
Olá amigos do FUTEBOLA. Como é bom presenciar a história acontecendo. Quando iríamos imaginar que em uma mesma rodada do Campeonato Carioca, em um mesmo dia, Flamengo e Vasco venceriam com gols de goleiro? Mas se a quarta-feira foi dos sonhos para os times “grandes”, a quinta-feira foi de pesadelos para Botafogo e Fluminense. Foram de encher os olhos as demostrações de garra de Volta Redonda e Duque de Caxias. Vamos então aos fatos marcantes desta quarta rodada do Campeonato Carioca de 2009.
MANDOU BEM!
- Impossível não começar os destaques positivos da rodada com eles: Bruno e Tiago. Se existe uma coisa diferente de se ver em um jogo de futebol, esta é gol de goleiro. Talvez só a torcida do São Paulo esteja acostumada já que Rogério Ceni tem quase uma centena de gols. Estava no Maracanã quando Bruno marcou seu primeiro gol de falta com a camisa rubro-negra, contra o Coronel Bolognesi ( Per ), pela Copa Libertadores. É realmente empolgante ver o goleiro correndo o campo todo com a torcida gritando seu nome. Ele sabe que o estádio inteiro está olhando ele, afinal, a bola está parada na sua frente e não tem mais para onde se olhar. Não é como um camisa 10 cobrando, é diferente. Existem dez jogadores no seu time que passam a semana inteira com a bola nos pés enquanto ele trabalha com as mãos e, de repente, lá está ele para fazer o que tem obrigação de evitar. Alguns jornalista dizem não existir golaço de falta. Discordo completamente. Contra o Mesquita, quarta-feira, Bruno fez um golaço com todas as letras. Se existe uma definição para “tapa na bola”, ela está a mostra no gol do camisa 1 rubro-negro. O gol de Tiago, goleiro do Vasco, contra o Resende, pode não ter sido tão mágico quanto o do rival flamenguista. Lembremos porém o seguinte, neste mesmo torneio os atacantes Obina ( Flamengo ) e Reinaldo ( Botafogo ) já disperdiçaram cobranças de pênaltis. Quando Rodrigo Pimpão foi derrubado na área pelo defensor do Resende e a torcida vascaína começou a gritar “Ti-a-go...Ti-a-go...Ti-a-go...” o goleiro não fugiu da responsabilidade e com muita categoria cobrou a penalidade máxima.
- Flamengo x Mesquita. Uma vez mais o rubro-negro estava tendo dificuldades para vencer a partida, já que, no intervalo, o placar apontava 1 a 1. Uma vez mais Ibson voltou para decidir. Não sei se é por motivos físicos, já que a temporada acabou de começar, que o meia fica acanhado nos primeiros 45 minutos e volta voando para a etapa final. O fato é que em todos os jogos do Flamengo até o momento, suas atuações após o intervalo dos jogos são destacadas. Concordo que Cuca esteve perfeito nas substituições e Éverton e Jônatas entraram muito bem, assim como a atuação de Léo Moura foi digna do melhor lateral-direito do país, porém, o ritmo do time inteiro muda junto com a evolução de Ibson. Suas arrancadas são impagáveis e imparáveis. Quando ele pega a bola no seu próprio campo e começa a correr podem ter certeza que, ou sairá um jogada boa, ou ele receberá a falta. Seu chute no travessão, neste último jogo, mostra como ele está ligado e com vontade de jogar. Ibson está se tornando cada vez mais essencial para o Flamengo e, novamente escrevo isto, é bom a diretoria se mexer para ele não ir embora em abril.
- Assim como o Flamengo que só conseguiu decidir sua partida na segunda etapa, o Vasco só garantiu os três pontos, contra o Resende, pela atuação na metade final da partida. O time vascaíno realizou um fraco primeiro tempo sentindo muito a falta de Carlos Alberto, já que seu substituto Fernandinho não ajudava em nada na criação. De útil apenas o gol de Nílton de cabeça, novamente em cruzamento de Paulo Sérgio, que empatou o jogo, no fim da primeira etapa, e deu tranquilidade para o time voltar do intervalo com uma atitude completamente diferente. A entrada de Élton no lugar de Fernandinho melhorou muito o time que ganhou um jogador mais participativo. Cresceram em campo também Alex Teixeira e Rodrigo Pimpão. Com boa movimentação ofensiva a equipe cruzmaltina conquistou a vitória, manteve o posto de melhor ataque da competição e Rodrigo Pimpão está nos braços da galera. Com a torcida cantando que quem tem Pimpão não precisa de Leandro Amaral, o garoto vai entrar voando domingo no Maracanã, pois algo que não falta para ele é raça. Ex-estudante de odontologia, sua comemoração fingindo que cuidava dos dentes de Ramón foi hilária.
- Desta vez o destaque dos times “pequenos” não serão individuais. Toda equipe do Duque de Caxias e do Volta Redonda estão de parabéns. Contra o Fluminense, o Duque de Caxias que saiu para o intervalo perdendo por 2 a 0 tinha tudo para desistir da partida. Era o lanterninha do campeonato, perdia por 2 gols para um Fluminense que precisava da vitória e o principal, tinha uma péssima atuação. Eis então que o time volta com tudo para o 2º tempo. Com raça e velocidade, pressionou durante quase toda a etapa e conquistou, com a ajuda da péssima atuação do sistema defensivo tricolor, uma histórica virada. E que estrela tem o autor do gol da vitória Deni. A vitória do Volta Redonda sobre o Botafogo foi uma outra história. Quando o time da “cidade do aço” colocou 2 a 1 no placar aos 10 minutos do segundo tempo, não tardou a recuar e armar uma muralha defensiva. Foi mais de meia hora de ataque botafoguense. O trio defensivo do Volta Redonda teve atuação para ficar na história do clube. Se Dedé e Arlindo estavam excelentes, o zagueiro da sobra era ninguém menos que Júnior Baiano. Não me lembro de tê-lo visto perder uma bola aérea todo o jogo e teve uma atuação merecedora de muitos aplausos.
MANDOU MAL!
- Da atuação do Fluminense no segundo tempo da partida contra o Duque de Caxias não se salva ninguém. A começar pelo técnico René Simões que decidiu poupar o Conca achando que a vitória estava decidida. Fernando Henrique cometeu o pênalti que originou o primeiro gol do adversário de maneira completamente precipitada. Se o lateral-esquerdo Leandro quase nada fez de útil, Wellington Monteiro mais uma vez apareceu falhando defensivamente. E foi uma falha daquelas. A dupla de zaga estava completamente insegura, com o experiente Luiz Alberto cometendo erros dignos de sub-17. Após mais um erro do técnico René ao tirar Leandro Bonfim, o meio de campo não conseguiu durante um minuto sequer controlar a posse de bola e por consequência o jogo. Se no primeiro tempo Leandro Amaral se movimentou melhor que nas últimas partidas e Roger fez dois gols, no segundo tempo ambos fizeram apenas número em campo. Resumo da ópera: foi a pior etapa do Fluminense em todo o campeonato.
- O Botafogo tentou a vitória até o fim contra o Volta Redonda, porém, esbarrou na defesa adversária e em sua própria desorganização. Se o time taticamente esteve péssimo, tecnicamente pode-se falar o mesmo. Com Fahel e Túlio Souza de volantes, já era provável que a criação do time estivesse debilitada e, como Maicosuel parece não ter entrado em campo a situação foi pior ainda. Victor Simões foi o único que buscou o jogo, tanto na criação quanto na conclusão, sendo o único do time a merecer aplausos. O goleiro Renan falhou grosseiramente no lance do gol da virada do Volta Redonda e mostra, cada vez mais, que está apenas guardando a posição para o Castillo voltar. Voltemos ao Maicosuel. Ele, em minha opinião, é o que merece o maior puxão de orelhas do time alvi-negro. Com a qualidade técnica que possui não pode se esconder do jogo. Após pintar na estréia, contra o Boavista, como um dos prováveis destaques do torneio, ele esteve longe de uma atuação digna de craque do campeonato. Ney Franco tem o trabalho de colocar em sua cabeça que o time depende, e muito, de uma boa atuação sua para render em campo.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
TERCEIRA RODADA DA TAÇA GUANABARA 2009
Vasco 3 x 1 Duque de Caxias - São Januário
Madureira 2 x 1 Cabofriense - Édson Passos
Fluminense 3 x 0 Resende - Maracanã
Americano 0 x 0 Tigres - Campos
Macaé 1 x 0 Bangu - Araruama
Friburguense 1 x 3 Boavista - Friburgo
Volta Redonda 0 x 1 Flamengo - Volta Redonda
Mesquita 0 x 2 Botafogo - Xerém
Realmente a Taça Guanabara é um torneio muito rápido. Em menos de 10 dias cada time já entrou em campo 3 vezes. Nesta terceira rodada tivemos pela primeira vez a vitória dos 4 “grandes”. O Americano daria um passo gigantesco para a classificação se vencesse, em casa, o Tigres. Com o empate, todo o grupo A está embolado. Vamos então ao que de bom e ruim ocorreu nesta rodada.
MANDOU BEM!
- Mesmo que muito pequena, já é possível notar uma evolução no Vasco. Nílton, desde que entrou no 2o tempo contra o Americano, mostrou que deve ser titular neste, ainda em formação, time vascaíno. Seu toque de bola ajuda a diminuir o número de chutões para a frente dados por Fernando, e até agora foi o único que aproveitou os cruzamentos de Paulo Sérgio, marcando dois gols de cabeça no torneio. Algumas jogadas como a bola parada do Paulo Sérgio, os avanços do lateral-esquerdo Ramón e a velocidade de Rodrigo Pimpão começam a aparecer. Carlos Alberto está mostrando que realmente vai ser o dono do time, participando muito da partida e, que a cada 3 jogos, ele terá uma folga, pois continua tomando um cartão amarelo por jogo. Vale ressaltar também que o nível do adversário, o Duque de Caxias, é fraquíssimo e, talvez, por este motivo que foi possível notar algumas qualidades vascaínas.
- Pelo segundo jogo seguido, Maicon e Tartá deram nova cara ao Fluminese após saírem do banco. Se contra o Madureira não conseguiram, apesar da boa atuação, dar a vitória ao tricolor das Laranjeiras, contra o Resende foi diferente. Mesmo com um jogador a mais desde os 27 minutos do 1o tempo ( Fabinho, do Fluminense, foi expulso ) o Resende ameaçava muito pouco, e o Fluminese, apesar de melhor, não fazia por merecer a vitória. Aos 15 e 22 minutos do 2o tempo entraram em campo, respectivamente, Tartá e Maicon e com a expulsão de Bruno Leite, do Resende, o Fluminense foi com tudo em busca da vitória. Os garotos de Xerém deixam o Fluminense com um estilo de jogo mais veloz. Se Wellington Monterio nada faz ofensivamente pelo lado direito, Maicon transforma o lado em um pandemônio para a defesa adversária. Se Leandro Amaral está em má fase e não consegue acertar uma jogada individual, não se pode dizer o mesmo de Tartá, que só é parado com faltas. Desta vez, os meninos decidiram para o Flu.
- Alguns jogadores rubro-negros estão atuando bem neste início de temporada. O zagueiro Ronaldo Angelim mantém o mesmo bom nível faz tempo e é ótima opção ofensiva pela esquerda e nas bolas aéreas. Willians parece não estar em início de temporada e corre como se estivesse com 100% da forma física. O volante além de bom marcador, tem ajudado bastante ofensivamente. O argentino Maxi sempre que entra durante o jogo faz o papel que Léo Moura não tem feito, por falta de condições físicas, de chegar literalmente até a linha de fundo. Tem sido muito útil e é peça importante no elenco. O melhor jogador do time neste início de ano, porém, é Íbson. Com a vontade que a torcida o cobrou durante um tempo em 2008, o meia tem evoluído de forma visível. Contra o Volta Redonda, mostrou como sua lucidez é essencial para a equipe. Com uma determinação impressionante roubava bolas na defesa e as levava ao ataque com qualidade. Jogando com essa raça, não deve, em nada, aos melhores jogadores do Brasil.
- No sábado Duque de Caxias e Resende tiveram fracas atuações contra, respectivamente, Vasco e Fluminense. O Volta Redonda deu algum trabalho para o Flamengo conseguir a vitória, porém ofensivamente teve apenas o atacante Zambi como destaque. Jogando sozinho na frente durante todo o primeiro tempo, o atacante fez o que pode com muita movimentação. Nesta rodada porém, o time “pequeno” a se destacar é o Mesquita. O técnico Rubens Filho merece os parabéns pela armação da equipe. O Mesquita passou toda a primeira etapa sem dar um chutão para frente. Os laterais quando avançavam eram bem protegidos e o time explorava muito bem os chutes de fora da área. O volante Haroldo, ex-Vasco, com sua careca e cavanhaque lembrava o Verón. Brincadeiras a parte, Haroldo esteve presente em praticamente todas as saídas de bola da equipe. Recebia a pelota dos zagueiros e levava ao ataque. Foi uma enormidade o número de passes que ele acertou, e mesmo que não sejam passes longos, são essenciais e deixam o jogo muito mais bonito de se ver. Uma falha bizonha da defesa, no fim do primeiro tempo, deu a vitória parcial ao Botafogo, que soube controlar e concretizar a vitória na segunda etapa.
MANDOU MAL!
- Parece que uma vaguinha na sessão dos destaques negativos ficará ocupada por muito tempo pelo sistema defensivo vascaíno. A furada de Amaral no lance do gol do Duque de Caxias é cômica. O Fernando também deu uma pixotada do mesmo nível, porém, como não terminou em gol, não foi tão marcante. Individualmente o trio Fernando, Titi e Amaral é fraquíssimo e não acredito que coletivamente eles possam passar segurança para laterais avançarem e meias terem mais liberdade.
- Mais desprazeroso do que ler sobre arbitragens ruins é escrever sobre o assunto. Fico muito triste com o nível da arbitragem do Campeonato Carioca 2009. O criticado da vez é Luiz Antônio Silva dos Santos, árbitro de Fluminense x Resende. O juiz, que já possui uma certa experiência, esteve completamente perdido em campo. A expulsão de Fabinho foi seu erro principal, porém seu descontrole deixou uma impressão pior.
- O Flamengo, pela terceira vez seguida, venceu o jogo no sacrifício. Na primeira etapa da partida, o Volta Redonda esteve melhor em campo e o Flamengo criou ofensivamente apenas duas jogadas com o volante Willians. Apesar de estar no início do trabalho, o Cuca tem feito alterações na equipe as quais não concordo. É louvável sua atitude de querer vencer o jogo, mas o Flamengo terminou a partida apenas com Íbson e Marcelinho no meio de campo, já que Willians fazia o papel de terceiro zagueiro. Será que em um futuro duelo contra, por exemplo, São Paulo ou Internacional, o treinador fará estas modificações? Não seria melhor ter um sistema ofensivo mais consistente como opção para vencer o jogo? A formação que o Flamengo terminou o jogo foi treinada durante a semana?
- A postura de Leandro Amaral ao ser substituído foi patética. O experiente jogador, que ainda deve uma atuação digna de sua qualidade, deveria sair de campo dando apoio para a entrada do jovem Tartá. O que fez Leandro? Mesmo sabendo que inúmeras câmeras estavam apontadas para ele, caminha fazendo sinais negativos com a cabeça e cara de poucos amigos. Sua reação é uma falta de respeito com o companheiro que entrou e com o treinador.
ENQUANTO ISSO NA ALEMANHA...
- Iniciou-se sexta-feira passada o 2o turno do Campeonato Alemão. Uma notícia ruim para os amantes do futebol. O Hoffeinheim, campeão do 1o turno, provavelmente só contará com Ibisevic ao final da temporada, por motivo de contusão. O Bósnio foi o melhor jogador e artilheiro da primeira metade do campeonato com incríveis 18 gols e 7 assistências em 17 jogos. Pelas oportunidades que o vi atuar, posso afirmar, sem dúvidas, que ofensivamente ele é o perigo em pessoa. A notícia boa foi o jogão de reestréia do certame entre Hamburgo x Bayern de Munique, em Hamburgo. Tecnicamente o jogo não foi de alto nível, mas a emoção durou do apito inicial ao final. Quem não acompanha o Campeonato Alemão poderá observar na seleção da Alemanha o meia esquerda Trochowski. Tecnicamente muito bom, tem nos chutes longos sua principal qualidade e ajuda muito na marcação. O jogo foi para o intervalo com 1 a 0 para o Hamburgo e o segundo tempo pegou fogo. Com cerca de 15 chances de gols criadas, a partida foi equilibrada até os 15 minutos finais quando o time da casa decidiu recuar. O centroavante italiano do Bayern Luca Toni cria e perde muitas oportunidades ao longo do jogo. Desta vez, criou 5 ou 6 chances de gols, perdeu um gol na linha e infelizmente o árbitro errou ao anular um gol legal seu. Placar final: Hamburgo 1 x 0 Bayern de Munique. Com este revés e a vitória do Hertha Berlim sobre o Frankfurt, o time de Munique caiu para a quarta colocação.
Madureira 2 x 1 Cabofriense - Édson Passos
Fluminense 3 x 0 Resende - Maracanã
Americano 0 x 0 Tigres - Campos
Macaé 1 x 0 Bangu - Araruama
Friburguense 1 x 3 Boavista - Friburgo
Volta Redonda 0 x 1 Flamengo - Volta Redonda
Mesquita 0 x 2 Botafogo - Xerém
Realmente a Taça Guanabara é um torneio muito rápido. Em menos de 10 dias cada time já entrou em campo 3 vezes. Nesta terceira rodada tivemos pela primeira vez a vitória dos 4 “grandes”. O Americano daria um passo gigantesco para a classificação se vencesse, em casa, o Tigres. Com o empate, todo o grupo A está embolado. Vamos então ao que de bom e ruim ocorreu nesta rodada.
MANDOU BEM!
- Mesmo que muito pequena, já é possível notar uma evolução no Vasco. Nílton, desde que entrou no 2o tempo contra o Americano, mostrou que deve ser titular neste, ainda em formação, time vascaíno. Seu toque de bola ajuda a diminuir o número de chutões para a frente dados por Fernando, e até agora foi o único que aproveitou os cruzamentos de Paulo Sérgio, marcando dois gols de cabeça no torneio. Algumas jogadas como a bola parada do Paulo Sérgio, os avanços do lateral-esquerdo Ramón e a velocidade de Rodrigo Pimpão começam a aparecer. Carlos Alberto está mostrando que realmente vai ser o dono do time, participando muito da partida e, que a cada 3 jogos, ele terá uma folga, pois continua tomando um cartão amarelo por jogo. Vale ressaltar também que o nível do adversário, o Duque de Caxias, é fraquíssimo e, talvez, por este motivo que foi possível notar algumas qualidades vascaínas.
- Pelo segundo jogo seguido, Maicon e Tartá deram nova cara ao Fluminese após saírem do banco. Se contra o Madureira não conseguiram, apesar da boa atuação, dar a vitória ao tricolor das Laranjeiras, contra o Resende foi diferente. Mesmo com um jogador a mais desde os 27 minutos do 1o tempo ( Fabinho, do Fluminense, foi expulso ) o Resende ameaçava muito pouco, e o Fluminese, apesar de melhor, não fazia por merecer a vitória. Aos 15 e 22 minutos do 2o tempo entraram em campo, respectivamente, Tartá e Maicon e com a expulsão de Bruno Leite, do Resende, o Fluminense foi com tudo em busca da vitória. Os garotos de Xerém deixam o Fluminense com um estilo de jogo mais veloz. Se Wellington Monterio nada faz ofensivamente pelo lado direito, Maicon transforma o lado em um pandemônio para a defesa adversária. Se Leandro Amaral está em má fase e não consegue acertar uma jogada individual, não se pode dizer o mesmo de Tartá, que só é parado com faltas. Desta vez, os meninos decidiram para o Flu.
- Alguns jogadores rubro-negros estão atuando bem neste início de temporada. O zagueiro Ronaldo Angelim mantém o mesmo bom nível faz tempo e é ótima opção ofensiva pela esquerda e nas bolas aéreas. Willians parece não estar em início de temporada e corre como se estivesse com 100% da forma física. O volante além de bom marcador, tem ajudado bastante ofensivamente. O argentino Maxi sempre que entra durante o jogo faz o papel que Léo Moura não tem feito, por falta de condições físicas, de chegar literalmente até a linha de fundo. Tem sido muito útil e é peça importante no elenco. O melhor jogador do time neste início de ano, porém, é Íbson. Com a vontade que a torcida o cobrou durante um tempo em 2008, o meia tem evoluído de forma visível. Contra o Volta Redonda, mostrou como sua lucidez é essencial para a equipe. Com uma determinação impressionante roubava bolas na defesa e as levava ao ataque com qualidade. Jogando com essa raça, não deve, em nada, aos melhores jogadores do Brasil.
- No sábado Duque de Caxias e Resende tiveram fracas atuações contra, respectivamente, Vasco e Fluminense. O Volta Redonda deu algum trabalho para o Flamengo conseguir a vitória, porém ofensivamente teve apenas o atacante Zambi como destaque. Jogando sozinho na frente durante todo o primeiro tempo, o atacante fez o que pode com muita movimentação. Nesta rodada porém, o time “pequeno” a se destacar é o Mesquita. O técnico Rubens Filho merece os parabéns pela armação da equipe. O Mesquita passou toda a primeira etapa sem dar um chutão para frente. Os laterais quando avançavam eram bem protegidos e o time explorava muito bem os chutes de fora da área. O volante Haroldo, ex-Vasco, com sua careca e cavanhaque lembrava o Verón. Brincadeiras a parte, Haroldo esteve presente em praticamente todas as saídas de bola da equipe. Recebia a pelota dos zagueiros e levava ao ataque. Foi uma enormidade o número de passes que ele acertou, e mesmo que não sejam passes longos, são essenciais e deixam o jogo muito mais bonito de se ver. Uma falha bizonha da defesa, no fim do primeiro tempo, deu a vitória parcial ao Botafogo, que soube controlar e concretizar a vitória na segunda etapa.
MANDOU MAL!
- Parece que uma vaguinha na sessão dos destaques negativos ficará ocupada por muito tempo pelo sistema defensivo vascaíno. A furada de Amaral no lance do gol do Duque de Caxias é cômica. O Fernando também deu uma pixotada do mesmo nível, porém, como não terminou em gol, não foi tão marcante. Individualmente o trio Fernando, Titi e Amaral é fraquíssimo e não acredito que coletivamente eles possam passar segurança para laterais avançarem e meias terem mais liberdade.
- Mais desprazeroso do que ler sobre arbitragens ruins é escrever sobre o assunto. Fico muito triste com o nível da arbitragem do Campeonato Carioca 2009. O criticado da vez é Luiz Antônio Silva dos Santos, árbitro de Fluminense x Resende. O juiz, que já possui uma certa experiência, esteve completamente perdido em campo. A expulsão de Fabinho foi seu erro principal, porém seu descontrole deixou uma impressão pior.
- O Flamengo, pela terceira vez seguida, venceu o jogo no sacrifício. Na primeira etapa da partida, o Volta Redonda esteve melhor em campo e o Flamengo criou ofensivamente apenas duas jogadas com o volante Willians. Apesar de estar no início do trabalho, o Cuca tem feito alterações na equipe as quais não concordo. É louvável sua atitude de querer vencer o jogo, mas o Flamengo terminou a partida apenas com Íbson e Marcelinho no meio de campo, já que Willians fazia o papel de terceiro zagueiro. Será que em um futuro duelo contra, por exemplo, São Paulo ou Internacional, o treinador fará estas modificações? Não seria melhor ter um sistema ofensivo mais consistente como opção para vencer o jogo? A formação que o Flamengo terminou o jogo foi treinada durante a semana?
- A postura de Leandro Amaral ao ser substituído foi patética. O experiente jogador, que ainda deve uma atuação digna de sua qualidade, deveria sair de campo dando apoio para a entrada do jovem Tartá. O que fez Leandro? Mesmo sabendo que inúmeras câmeras estavam apontadas para ele, caminha fazendo sinais negativos com a cabeça e cara de poucos amigos. Sua reação é uma falta de respeito com o companheiro que entrou e com o treinador.
ENQUANTO ISSO NA ALEMANHA...
- Iniciou-se sexta-feira passada o 2o turno do Campeonato Alemão. Uma notícia ruim para os amantes do futebol. O Hoffeinheim, campeão do 1o turno, provavelmente só contará com Ibisevic ao final da temporada, por motivo de contusão. O Bósnio foi o melhor jogador e artilheiro da primeira metade do campeonato com incríveis 18 gols e 7 assistências em 17 jogos. Pelas oportunidades que o vi atuar, posso afirmar, sem dúvidas, que ofensivamente ele é o perigo em pessoa. A notícia boa foi o jogão de reestréia do certame entre Hamburgo x Bayern de Munique, em Hamburgo. Tecnicamente o jogo não foi de alto nível, mas a emoção durou do apito inicial ao final. Quem não acompanha o Campeonato Alemão poderá observar na seleção da Alemanha o meia esquerda Trochowski. Tecnicamente muito bom, tem nos chutes longos sua principal qualidade e ajuda muito na marcação. O jogo foi para o intervalo com 1 a 0 para o Hamburgo e o segundo tempo pegou fogo. Com cerca de 15 chances de gols criadas, a partida foi equilibrada até os 15 minutos finais quando o time da casa decidiu recuar. O centroavante italiano do Bayern Luca Toni cria e perde muitas oportunidades ao longo do jogo. Desta vez, criou 5 ou 6 chances de gols, perdeu um gol na linha e infelizmente o árbitro errou ao anular um gol legal seu. Placar final: Hamburgo 1 x 0 Bayern de Munique. Com este revés e a vitória do Hertha Berlim sobre o Frankfurt, o time de Munique caiu para a quarta colocação.
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