Olá amigos do FUTEBOLA!
Antes de começar a explicar o motivo pelo qual adjetivei o nosso treinador Pentacampeão do Mundo, gostaria de dizer que o estou utilizando como figura símbolo de uma das piores marcas que o esporte atual possui, mas que o Felipão não é o único adepto. Estou falando do “vencer a qualquer custo”, ou, se você preferir, do maquiavélico “os fins justificam os meios”.
Estou cada vez mais impressionado com o que jogadores, técnicos, dirigentes e outros fazem para poder obter ou justificar uma vitória. Aposto que você já viu um jogador marcar um gol com a mão e, mesmo sabendo que inúmeras câmeras estão provando que o gol foi irregular, afirmar que foi de cabeça. Ou, por exemplo, aquele técnico que já sabe que o juiz acertou em determinado lance de pênalti ou impedimento, tendo sido avisado por um auxiliar ou um repórter, e mesmo assim continua reclamando tentando colocar um peso na cabeça do árbitro. No entanto, meus amigos, o que o Felipão e a diretoria do Palmeiras estão fazendo no momento é algo sujo. Muito sujo! Vejam do que estou falando.
Quarta-feira passada Palmeiras e Atlético Mineiro se enfrentavam pela Copa Sul-Americana na Arena do Jacaré em Minas Gerais. O Verdão vencia por 1 x 0 quando o meia Lincoln arrancou com a pelota, entrou na área atleticana e foi derrubado em claro lance de pênalti que foi marcado pelo juiz Marcelo de Lima Henrique. No entanto, após a marcação da penalidade, o auxiliar Erich Bandeira assinalou impedimento do Lincoln no início da jogada. Não se sabe ainda se o auxiliar foi avisado por algum repórter, cinegrafista ou pelo quarto árbitro, para marcar a irregularidade segundos depois, porém não é neste ponto que quero chegar. Nem mesmo quero tocar no assunto da falta de qualidade da arbitragem, que minutos depois deste lance assinalaria um pênalti inexiste no Obina e o Galo Mineiro empataria a partida.
“Onde você quer chegar então?” – o amigo deve estar se perguntando. Pois respondo. No dia seguinte ao jogo, o Palmeiras enviou um protesto para a Conmebol com reclamações da arbitragem e o pedido de que o trio que atuou nesta partida seja proibído de apitar outros jogos do Verdão. De acordo com o diário Lance!, o protesto possui três páginas e todas elas foram redigidas pelo treinador Luís Felipe Scolari. Jogadores, dirigentes e – Pasmem! – jornalistas, comentam que ao voltar atrás o árbitro prejudicou o Palmeiras. Não é possível que ninguém tenha parado e pensado que o Lincoln estava IMPEDIDO no início da jogada. Se não é permitido por regra que a arbitragem utilize recursos externos, isso não interfere no fato de que os palmeirenses estão reclamando pelo fato de o juiz ter anulado o que poderia ser um gol irregular.
É triste esta constatação, mas é a pura verdade: Felipão e companhia verde não estão nem aí para o fato de o Lincoln estar impedido. O que vale é vencer. Mesmo sabendo que a vitória viria de um lance irregular. E eu ainda sou obrigado a ler um cronista do Lance! escrevendo que “ (oresultado) poderia ter sido bem melhor se ele (Palmeiras) fizesse ainda outro (gol), em pênalti que não foi batido” e um comentarista da Joven Pan online afirmar com todas as palavras que “o Palmeiras trouxe um bom resultado de Sete Lagoas, mas deveria ser melhor. [...] Primeiro porque se anulou um pênalti marcado para o Palmeiras de maneira absurdamente estranha”. E TODOS sabendo que o Lincoln estava IMPEDIDO no início da jogada e o gol seria IRREGULAR.
É, amigos... É triste...
sábado, 30 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 32ª RODADA
Flamengo 1 X 1 Corinthians
Quinta-feira, 28 de outubro
Atlético-GO X Ceará
Fluminense X Grêmio
São Paulo X Atlético-PR
Sábado, 30 de outubro
Vitória X Vasco
Internacional X Santos
Atlético-MG X Botafogo
Palmeiras X Goiás
Prudente X Cruzeiro
Avaí X Guarani
Flamengo 1 x 1 Corinthians – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
No jogo que abriu a 32ª rodada do Brasileirão, Flamengo e Corinthians empataram em 1 x 1. O resultado foi ruim para os dois clubes, pois o Corinthians pode se distanciar da liderança e o Flamengo, com seu 15º empate na competição, pode ficar bem próximo da zona de rebaixamento.
Antes mesmo do apito inicial, ainda na escalação das equipes, o Flamengo já era assunto. O motivo? A decisão de Vanderlei Luxemburgo de barrar o Kléberson e escalar a equipe com três atacantes. Isso mesmo, com bastante ousadia Luxa mandou o tripé Diego Maurício, Diogo e Deivid para o campo. No entanto, os primeiro minutos do duelo provaram aquela velha máxima que diz que um time cheio de atacantes não é necessariamente ofensivo. Com Diego Maurício aberto pela direita, Deivid pela esquerda e Diogo mais centralizado, e até recuando um pouco para tentar iniciar as jogadas, o Flamengo não conseguia furar o sistema defensivo corintiano. E os principais culpados não eram os três atacantes, mas sim o meio-campo e os laterais, como Willians e Juan, que erravam passes em demasia e dificultavam qualquer trama ofensiva. O resultado foi um Flamengo que trocava passes para o lado e quando tentava algo mais elaborado não obtinha sucesso. Já o Corinthians, mesmo sem ter o controle da posse de bola, se mostrava mais perigoso, pois sabia aproveitar os numerosos passes errados e o buraco no meio-campo do adversário. Em 30 minutos, enquanto o Flamengo havia conseguido apenas um chute longo com o Renato, o Timão levou perigo em arremate do volante Ralf após linda tabelinha com o Ronaldo, em cobrança de falta com o Roberto Carlos e abriu o placar com o Fenômeno depois de perfeita assistência de Bruno César. Realmente não se deve deixar o Ronaldo receber a redonda sozinho.
Para o 2º tempo, Luxemburgo realizou uma alteração sem abandonar o tripé ofensivo: saiu Deivid e entrou Marquinhos. Nem mesmo o mais otimista dos torcedores rubronegros esperava uma resposta tão rápida, todavía, aos 2 minutinhos, Marquinhos cobrou córner, Renato desviou no primeiro pau e Diogo livre, leve e solto completou para marcar seu primeiro gol com a camisa do Mengão. Daí em diante o duelo se transformou em um verdadeiro ataque versus defesa, com o Flamengo atuando até o apito final em cima do Timão, que chegou perto – bem perto, diga-se de passagem – do gol defendido por Marcelo Lomba apenas uma vez, em cobrança de falta do Bruno César no travessão. Fora esse lance, a etapa foi toda do Rubronegro, que mostrava maior poder de penetração pelos lados do campo com o Marquinhos aparecendo bem pela esquerda. Aos 14 minutos, o Fla até chegou perto de virar o escore com um chute do Diego Maurício que o goleiro Júlio César defendeu sem dificuldades por estar bem posicionado, contudo os passes errados ainda dificultavam muito qualquer tentativa do Flamengo de iniciar uma pressão. Os erros eram tantos que aos 17 minutos Luxemburgo não aguentou e trocou Willians por Correa. A situação rubronegra melhorou um pouco, mas não o suficiente para furar a retranca paulista. Principalmente depois que o Tite decidiu trocar Iarley e Bruno César por Danilo e Paulinho, ou seja, sacou os dois homens que deveriam abastecer o já isolado Ronaldo para colocar um meia que cadencia o jogo e um quarto volante, já que o Corinthians tinha Ralf, Jucilei e Elias em campo. Confesso que já havia achado muito equivocada a postura excessivamente defensiva do Corinthians na vitória de 1 x 0 diante do Palmeiras no último domingo, porém desta vez o Tite exagerou. Resta saber de onde ele tirou a idéia de que, nesta reta final da competição, empatar é um bom resultado.
Voltando ao jogo, o Flamengo só iria conseguir superar a muralha do Timão aos 47 minutos, em ótima jogada de Diego Maurício e arremate do Renato que desviou no Chicão e foi parar nas mãos do Júlio César. Sendo assim, o placar terminou com um nada positivo empate de 1 x 1.
Quinta-feira, 28 de outubro
Atlético-GO X Ceará
Fluminense X Grêmio
São Paulo X Atlético-PR
Sábado, 30 de outubro
Vitória X Vasco
Internacional X Santos
Atlético-MG X Botafogo
Palmeiras X Goiás
Prudente X Cruzeiro
Avaí X Guarani
Flamengo 1 x 1 Corinthians – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
No jogo que abriu a 32ª rodada do Brasileirão, Flamengo e Corinthians empataram em 1 x 1. O resultado foi ruim para os dois clubes, pois o Corinthians pode se distanciar da liderança e o Flamengo, com seu 15º empate na competição, pode ficar bem próximo da zona de rebaixamento.
Antes mesmo do apito inicial, ainda na escalação das equipes, o Flamengo já era assunto. O motivo? A decisão de Vanderlei Luxemburgo de barrar o Kléberson e escalar a equipe com três atacantes. Isso mesmo, com bastante ousadia Luxa mandou o tripé Diego Maurício, Diogo e Deivid para o campo. No entanto, os primeiro minutos do duelo provaram aquela velha máxima que diz que um time cheio de atacantes não é necessariamente ofensivo. Com Diego Maurício aberto pela direita, Deivid pela esquerda e Diogo mais centralizado, e até recuando um pouco para tentar iniciar as jogadas, o Flamengo não conseguia furar o sistema defensivo corintiano. E os principais culpados não eram os três atacantes, mas sim o meio-campo e os laterais, como Willians e Juan, que erravam passes em demasia e dificultavam qualquer trama ofensiva. O resultado foi um Flamengo que trocava passes para o lado e quando tentava algo mais elaborado não obtinha sucesso. Já o Corinthians, mesmo sem ter o controle da posse de bola, se mostrava mais perigoso, pois sabia aproveitar os numerosos passes errados e o buraco no meio-campo do adversário. Em 30 minutos, enquanto o Flamengo havia conseguido apenas um chute longo com o Renato, o Timão levou perigo em arremate do volante Ralf após linda tabelinha com o Ronaldo, em cobrança de falta com o Roberto Carlos e abriu o placar com o Fenômeno depois de perfeita assistência de Bruno César. Realmente não se deve deixar o Ronaldo receber a redonda sozinho.
Para o 2º tempo, Luxemburgo realizou uma alteração sem abandonar o tripé ofensivo: saiu Deivid e entrou Marquinhos. Nem mesmo o mais otimista dos torcedores rubronegros esperava uma resposta tão rápida, todavía, aos 2 minutinhos, Marquinhos cobrou córner, Renato desviou no primeiro pau e Diogo livre, leve e solto completou para marcar seu primeiro gol com a camisa do Mengão. Daí em diante o duelo se transformou em um verdadeiro ataque versus defesa, com o Flamengo atuando até o apito final em cima do Timão, que chegou perto – bem perto, diga-se de passagem – do gol defendido por Marcelo Lomba apenas uma vez, em cobrança de falta do Bruno César no travessão. Fora esse lance, a etapa foi toda do Rubronegro, que mostrava maior poder de penetração pelos lados do campo com o Marquinhos aparecendo bem pela esquerda. Aos 14 minutos, o Fla até chegou perto de virar o escore com um chute do Diego Maurício que o goleiro Júlio César defendeu sem dificuldades por estar bem posicionado, contudo os passes errados ainda dificultavam muito qualquer tentativa do Flamengo de iniciar uma pressão. Os erros eram tantos que aos 17 minutos Luxemburgo não aguentou e trocou Willians por Correa. A situação rubronegra melhorou um pouco, mas não o suficiente para furar a retranca paulista. Principalmente depois que o Tite decidiu trocar Iarley e Bruno César por Danilo e Paulinho, ou seja, sacou os dois homens que deveriam abastecer o já isolado Ronaldo para colocar um meia que cadencia o jogo e um quarto volante, já que o Corinthians tinha Ralf, Jucilei e Elias em campo. Confesso que já havia achado muito equivocada a postura excessivamente defensiva do Corinthians na vitória de 1 x 0 diante do Palmeiras no último domingo, porém desta vez o Tite exagerou. Resta saber de onde ele tirou a idéia de que, nesta reta final da competição, empatar é um bom resultado.
Voltando ao jogo, o Flamengo só iria conseguir superar a muralha do Timão aos 47 minutos, em ótima jogada de Diego Maurício e arremate do Renato que desviou no Chicão e foi parar nas mãos do Júlio César. Sendo assim, o placar terminou com um nada positivo empate de 1 x 1.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 9ª RODADA
RESULTADOS
Tottenham 1 - 1 Everton
Birmingham 2 - 0 Blackpool
Chelsea 2 - 0 Wolverhampton
Sunderland 1 - 0 Aston Villa
West Bromwich 2 - 1 Fulham
Wigan 1 - 1 Bolton
West Ham 1 - 2 Newcastle
Stoke City 1 - 2 Manchester United
Liverpool 2 - 1 Blackburn
Manchester City 0 - 3 Arsenal
ARTILHEIROS
Carlos Tévez (Manchester City) – 7 gols
Florent Malouda (Chelsea) – 7 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United) – 6 gols
Didier Drogba (Chelsea) – 6 gols
COMENTÁRIOS
Manchester City 0 x 3 Arsenal – City of Manchester Stadium
Em visita a Manchester, o Arsenal triturou o City por 3 x 0 e alcançou a 2ª colocação da tabela. Com menos de um minutinho de partida, Carlitos Tévez arrancou pela direita, deixou o zagueiro Djourou para trás, deu assistência para David Silva finalizar de letra e o goleiro Fabianski realizar difícil defesa. Como D. Silva vem realizando boa temporada e Tévez talvez seja o melhor jogador do Campeonato até o momento, ficou difícil não imaginar uma grande atuação do City. No entanto, a história do jogo se redefiniu três minutos depois quando o zagueiro do City Boyata impediu o atacante Chamakh de sair na cara do gol com uma dura falta e foi expulso. A partir daí, o panorama do jogo era de um Arsenal que trabalhava bem a posse de bola no campo de ataque e um City que sabia como aproveitar a fragilidade defensiva do rival. Assim as oportunidades de gols foram criadas aos montes e por ambos os lados. Pelo City, um arremate fraco do Tévez, um chute torto do lateral Richards e uma cabeçada do zagueiro Kompany são os lances dignos de nota. Já o Arsenal, mais organizado e produtivo, conseguiu uma perigosa cabeçada com o Djourou, um lindo gol com o Nasri após tabela com Arshavin e um pênalti sofrido e desperdiçado pelo Fábregas. Um outro fato que chamou a atenção na 1ª etapa foi o número de faltas duras, com o juiz aplicando cinco amarelos além de um vermelho. Os primeiros 15 minutos do 2º tempo apresentaram a mesma cara de antes do intervalo, com ambas as equipes criando chances de sacudir o filó. Fábregas, em troca de passes com Nasri, quase ampliou o escore, enquanto o City chegou perto do empate em arremate cruzado do D. Silva, que Joe Hart voou para buscar, e cabeçada do Adebayor, substituindo o contundido Tévez. Contudo, dos 15 minutos até o apito final, o Arsenal, com maior participação da dupla de volantes Denílson e Song e a qualidade técnica do meia francês Nasri, dominou o City por completo. Os “Gunners” criaram boas chances com Arshavin, Chamakh e Sagna, e sacudiram o barbante duas vezes, com Song em passe de Fábregas e Bendtner em passe de Nasri, aos 20 e 43 minutos, respectivamente. Ausente da Seleção Francesa na última Copa do Mundo, o meia Nasri é um dos poucos grandes jogadores franceses no momento e o considero essencial para sua Seleção voltar a apresentar um bom futebol. O apito final deixou o Arsenal, o Manchester City e o Manchester United empatados com 17 pontos, todos atrás do Chelsea, que lidera com 22. Ainda é cedo para qualquer afirmação, mas que o Chelsea está abrindo uma boa vantagem, isso é inegável.
COMENTÁRIOS
Manchester City 0 x 3 Arsenal – City of Manchester Stadium
Em visita a Manchester, o Arsenal triturou o City por 3 x 0 e alcançou a 2ª colocação da tabela. Com menos de um minutinho de partida, Carlitos Tévez arrancou pela direita, deixou o zagueiro Djourou para trás, deu assistência para David Silva finalizar de letra e o goleiro Fabianski realizar difícil defesa. Como D. Silva vem realizando boa temporada e Tévez talvez seja o melhor jogador do Campeonato até o momento, ficou difícil não imaginar uma grande atuação do City. No entanto, a história do jogo se redefiniu três minutos depois quando o zagueiro do City Boyata impediu o atacante Chamakh de sair na cara do gol com uma dura falta e foi expulso. A partir daí, o panorama do jogo era de um Arsenal que trabalhava bem a posse de bola no campo de ataque e um City que sabia como aproveitar a fragilidade defensiva do rival. Assim as oportunidades de gols foram criadas aos montes e por ambos os lados. Pelo City, um arremate fraco do Tévez, um chute torto do lateral Richards e uma cabeçada do zagueiro Kompany são os lances dignos de nota. Já o Arsenal, mais organizado e produtivo, conseguiu uma perigosa cabeçada com o Djourou, um lindo gol com o Nasri após tabela com Arshavin e um pênalti sofrido e desperdiçado pelo Fábregas. Um outro fato que chamou a atenção na 1ª etapa foi o número de faltas duras, com o juiz aplicando cinco amarelos além de um vermelho. Os primeiros 15 minutos do 2º tempo apresentaram a mesma cara de antes do intervalo, com ambas as equipes criando chances de sacudir o filó. Fábregas, em troca de passes com Nasri, quase ampliou o escore, enquanto o City chegou perto do empate em arremate cruzado do D. Silva, que Joe Hart voou para buscar, e cabeçada do Adebayor, substituindo o contundido Tévez. Contudo, dos 15 minutos até o apito final, o Arsenal, com maior participação da dupla de volantes Denílson e Song e a qualidade técnica do meia francês Nasri, dominou o City por completo. Os “Gunners” criaram boas chances com Arshavin, Chamakh e Sagna, e sacudiram o barbante duas vezes, com Song em passe de Fábregas e Bendtner em passe de Nasri, aos 20 e 43 minutos, respectivamente. Ausente da Seleção Francesa na última Copa do Mundo, o meia Nasri é um dos poucos grandes jogadores franceses no momento e o considero essencial para sua Seleção voltar a apresentar um bom futebol. O apito final deixou o Arsenal, o Manchester City e o Manchester United empatados com 17 pontos, todos atrás do Chelsea, que lidera com 22. Ainda é cedo para qualquer afirmação, mas que o Chelsea está abrindo uma boa vantagem, isso é inegável.
CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 31ª RODADA
Botafogo 1 x 0 Vitória
Guarani 0 x 1 Atlético-GO
Corinthians 1 x 0 Palmeiras
Ceará 0 x 2 São Paulo
Goiás 1 x 0 Avaí
Atlético-PR 2 x 2 Fluminense
Vasco 1 x 1 Flamengo
Santos 2 x 3 Grêmio Prudente
Cruzeiro 3 x 4 Atlético-MG
Grêmio 2 x 2 Internacional
Vasco 1 x 1 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Vasco e Flamengo realizaram um agitado “Clássico dos Milhões” no Engenhão, que ficou indefinido até o apito final. O empate em 1 x 1 foi pior para o Vasco, que em caso de vitória ganharia três posições e se encontraria a apenas 4 pontos do G4.
De maneira muito surpreendente o treinador vascaíno PC Gusmão iniciou a partida com o Felipe sendo responsável por organizar as tramas ofensivas, Zé Roberto e Éder Luís de pontas e o Nunes de centroavante, abandonando assim o seu teu característico esquema com três volantes. E nos primeiros 15 minutos de partida essa ofensividade vascaína conseguiu se impor diante do Flamengo e o Cruzmaltino assustou o goleiro rubronegro Marcelo Lomba por duas vezes, em cabeçada do Dedé após cruzamento do Fágner e em chute longo do Éder Luís. No entanto, num estalo de dedos, o domínio do jogo trocou de lado quando o meia Kléberson e o atacante Diego Maurício começaram a comandar o Flamengo. Entre 15 e 25 minutos, o Fla mostrou um belo futebol pelo lado direito do seu ataque e criou três boas oportunidades de gols. Primeiro Kléberson finalizou de peixinho uma jogaça do Léo Moura, que havia deixado o goleiro Fernando Prass deitado no chão, mas o estreante lateral-esquerdo Diogo salvou o Vasco em cima da linha. Depois foi a vez de Renato chutar torto após bela troca de passes de Diego Maurício e Kléberson. Por fim, o infernal Diego Maurício realizou grande jogada individual pela direita e cruzou para Deivid cabecear para fora. E foi neste panorama de um Flamengo melhor postado ofensivamente que o Vasco conseguiu abrir o placar. O relógio marcava 26 minutos quando Zé Roberto arrancou pela direita, cruzou a redonda na área, a defesa do Fla deu tilte com o zagueiro Welington chutando a bola em cima de Juan e, após a pelota acertar a trave, o zagueiro vascaíno Cesinha, que havia iniciado a jogada, sacudiu o filó. Além de ter marcado o gol que abriu o placar, vale também ressaltar a boa atuação defensiva do Cesinha na 1ª etapa, assim como a de seu companheiro Dedé. Antes do intervalo, o Vasco quase ampliou em cobrança de falta do Dedé e o Fla teve chance de empatar em cabeçada fraca do Deivid depois de cruzamento do Kléberson.
Para a 2ª etapa, Luxemburgo decidiu sacar Kléberson e colocar Petkovic em campo. Concordo que o Kléberson não estava tendo uma atuação primorosa, mas ele esteve presente em três das quatro melhores tramas ofensivas criadas pelo Rubronegro no 1º tempo e, a meu ver, não merecia ser substituído. O primeiro lance de perigo ocorrido após o intervalo foi do Vasco, um chute longo do Felipe. Contudo, enganou-se quem acreditou que por ter chegado primeiro perto do gol na 2ª etapa o “Gigante da Colina” iria permanecer atacando o Flamengo. Como já virou praxe neste Brasileirão, basta o Vasco sair ganhando para recuar demasiadamente e buscar apenas os contra-ataques. Se aproveitando dessa postura equivocada da equipe vascaína e Flamengo se colocou mais ofensivamente e foi ganhando cada vez mais espaço em campo. Aos 16 minutos, Luxemburgo resolveu colocar sua equipe mais para frente e trocou Deivid e Juan por Diogo e Marquinhos, tornando o Flamengo mais forte pelos lados do campo. E se a situação do Vasco começava a se mostrar ruim quando o Fla quase empatou com o Diogo segundos após sua entrada, em outra boa jogada do Diego Maurício, ela piorou de vez com a expulsão do zagueiro Dedé, aos 19 minutos, por entrada criminosa no volante Willians. O mais intrigante é que os jogadores vascaínos e o treinador PC Gusmão reclamaram exageradamente do árbitro, como se o Dedé não tivesse feito absolutamente nada.
Após a expulsão, a partida se transformou num verdadeiro ataque x defesa, com o Fla quase empatando em jogada individual de Diego Maurício. A pressão rubronegra, todavía, só deu resultado aos 36 minutos, quando Renato desviou cruzamento de Marquinhos e empatou o escore. Daí até o final o Flamengo não desistiu de buscar o empate, atacando com tudo e com todos, enquanto o Vasco se defendeu com unhas e dentes. Já nos acréscimos, depois de linda jogada de Willians pela direita, Diego Maurício quase virou o jogo e coroou sua grande atuação, mas Fernando Prass, o melhor em campo junto ao atacante rubronegro, salvou sua equipe com uma grande defesa.
Em sua época de cronista esportivo, o genial Nelson Rodrigues escreveu: “Ora, o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas”. Pois para a tristeza dos torcedores cariocas em geral, pela nona vez em 11 jogos um clássico do Rio terminou empatado neste Brasileirão.
TRÊS TOQUES!
- Êta Campeonato embolado! Dos 11 primeiros colocados no início da rodada, apenas o Corinthians e o Botafogo conseguiram sair de campo com a vitória. E estas vitórias foram de grande valia para ambos, pois o Timão está apenas um pontinho atrás do líder Fluminense e o Fogão voltou ao G4.
- Que domingo pro Atlético Mineiro! Se para o Galo vencer o Cruzeiro já é bom, tirar o rival da liderança, escapar da zona da degola e ver Obina balançar as redes três vezes é ainda mais saboroso. É inegável os méritos do Dorival Junior na recuperação do Galo. Assim como também é inegável que o Obina é um bom centroavante.
- Se vencesse o lanterna Prudente, o Santos ficaria a apenas três pontos da liderança. Jogando na Vila Belmiro, o Peixe abriu 2 x 0 e, acreditem, permitiu a virada. Vai entender...
Guarani 0 x 1 Atlético-GO
Corinthians 1 x 0 Palmeiras
Ceará 0 x 2 São Paulo
Goiás 1 x 0 Avaí
Atlético-PR 2 x 2 Fluminense
Vasco 1 x 1 Flamengo
Santos 2 x 3 Grêmio Prudente
Cruzeiro 3 x 4 Atlético-MG
Grêmio 2 x 2 Internacional
Vasco 1 x 1 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Vasco e Flamengo realizaram um agitado “Clássico dos Milhões” no Engenhão, que ficou indefinido até o apito final. O empate em 1 x 1 foi pior para o Vasco, que em caso de vitória ganharia três posições e se encontraria a apenas 4 pontos do G4.
De maneira muito surpreendente o treinador vascaíno PC Gusmão iniciou a partida com o Felipe sendo responsável por organizar as tramas ofensivas, Zé Roberto e Éder Luís de pontas e o Nunes de centroavante, abandonando assim o seu teu característico esquema com três volantes. E nos primeiros 15 minutos de partida essa ofensividade vascaína conseguiu se impor diante do Flamengo e o Cruzmaltino assustou o goleiro rubronegro Marcelo Lomba por duas vezes, em cabeçada do Dedé após cruzamento do Fágner e em chute longo do Éder Luís. No entanto, num estalo de dedos, o domínio do jogo trocou de lado quando o meia Kléberson e o atacante Diego Maurício começaram a comandar o Flamengo. Entre 15 e 25 minutos, o Fla mostrou um belo futebol pelo lado direito do seu ataque e criou três boas oportunidades de gols. Primeiro Kléberson finalizou de peixinho uma jogaça do Léo Moura, que havia deixado o goleiro Fernando Prass deitado no chão, mas o estreante lateral-esquerdo Diogo salvou o Vasco em cima da linha. Depois foi a vez de Renato chutar torto após bela troca de passes de Diego Maurício e Kléberson. Por fim, o infernal Diego Maurício realizou grande jogada individual pela direita e cruzou para Deivid cabecear para fora. E foi neste panorama de um Flamengo melhor postado ofensivamente que o Vasco conseguiu abrir o placar. O relógio marcava 26 minutos quando Zé Roberto arrancou pela direita, cruzou a redonda na área, a defesa do Fla deu tilte com o zagueiro Welington chutando a bola em cima de Juan e, após a pelota acertar a trave, o zagueiro vascaíno Cesinha, que havia iniciado a jogada, sacudiu o filó. Além de ter marcado o gol que abriu o placar, vale também ressaltar a boa atuação defensiva do Cesinha na 1ª etapa, assim como a de seu companheiro Dedé. Antes do intervalo, o Vasco quase ampliou em cobrança de falta do Dedé e o Fla teve chance de empatar em cabeçada fraca do Deivid depois de cruzamento do Kléberson.
Para a 2ª etapa, Luxemburgo decidiu sacar Kléberson e colocar Petkovic em campo. Concordo que o Kléberson não estava tendo uma atuação primorosa, mas ele esteve presente em três das quatro melhores tramas ofensivas criadas pelo Rubronegro no 1º tempo e, a meu ver, não merecia ser substituído. O primeiro lance de perigo ocorrido após o intervalo foi do Vasco, um chute longo do Felipe. Contudo, enganou-se quem acreditou que por ter chegado primeiro perto do gol na 2ª etapa o “Gigante da Colina” iria permanecer atacando o Flamengo. Como já virou praxe neste Brasileirão, basta o Vasco sair ganhando para recuar demasiadamente e buscar apenas os contra-ataques. Se aproveitando dessa postura equivocada da equipe vascaína e Flamengo se colocou mais ofensivamente e foi ganhando cada vez mais espaço em campo. Aos 16 minutos, Luxemburgo resolveu colocar sua equipe mais para frente e trocou Deivid e Juan por Diogo e Marquinhos, tornando o Flamengo mais forte pelos lados do campo. E se a situação do Vasco começava a se mostrar ruim quando o Fla quase empatou com o Diogo segundos após sua entrada, em outra boa jogada do Diego Maurício, ela piorou de vez com a expulsão do zagueiro Dedé, aos 19 minutos, por entrada criminosa no volante Willians. O mais intrigante é que os jogadores vascaínos e o treinador PC Gusmão reclamaram exageradamente do árbitro, como se o Dedé não tivesse feito absolutamente nada.
Após a expulsão, a partida se transformou num verdadeiro ataque x defesa, com o Fla quase empatando em jogada individual de Diego Maurício. A pressão rubronegra, todavía, só deu resultado aos 36 minutos, quando Renato desviou cruzamento de Marquinhos e empatou o escore. Daí até o final o Flamengo não desistiu de buscar o empate, atacando com tudo e com todos, enquanto o Vasco se defendeu com unhas e dentes. Já nos acréscimos, depois de linda jogada de Willians pela direita, Diego Maurício quase virou o jogo e coroou sua grande atuação, mas Fernando Prass, o melhor em campo junto ao atacante rubronegro, salvou sua equipe com uma grande defesa.
Em sua época de cronista esportivo, o genial Nelson Rodrigues escreveu: “Ora, o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas”. Pois para a tristeza dos torcedores cariocas em geral, pela nona vez em 11 jogos um clássico do Rio terminou empatado neste Brasileirão.
TRÊS TOQUES!
- Êta Campeonato embolado! Dos 11 primeiros colocados no início da rodada, apenas o Corinthians e o Botafogo conseguiram sair de campo com a vitória. E estas vitórias foram de grande valia para ambos, pois o Timão está apenas um pontinho atrás do líder Fluminense e o Fogão voltou ao G4.
- Que domingo pro Atlético Mineiro! Se para o Galo vencer o Cruzeiro já é bom, tirar o rival da liderança, escapar da zona da degola e ver Obina balançar as redes três vezes é ainda mais saboroso. É inegável os méritos do Dorival Junior na recuperação do Galo. Assim como também é inegável que o Obina é um bom centroavante.
- Se vencesse o lanterna Prudente, o Santos ficaria a apenas três pontos da liderança. Jogando na Vila Belmiro, o Peixe abriu 2 x 0 e, acreditem, permitiu a virada. Vai entender...
sábado, 23 de outubro de 2010
PARABÉNS!
No meado desta semana que está terminando, participei de um belíssimo seminário sobre a história do Jornal do Brasil e os motivos que o levaram ao fim de sua circulação em papel desde o final de agosto. Entre diversas e valiosas palavras de todos os participantes, um importante e já veterano jornalista criticou, de maneira até contundente, o fato de um jornal de grande circulação ter dedicado considerável espaço ao aniversário de 60 anos de Chico Buarque, celebrado em 2004. Seu argumento era o de que todo dia alguém faz 60 anos e que, independente de ser famoso ou não, a comemoração de um aniversário não é uma informação relevante para ser divulgada em um jornal. A meu ver, e sem entrar nos méritos de Chico Buarque, até porque meu gosto musical é bastante peculiar, é inquestionável o papel do cantor/compositor como ídolo de milhões de brasileiros e, assim como qualquer personalidade relevante do nosso país, merece sim ser festejado. Como hoje o FUTEBOLA festeja o aniversário de 70 anos do mais importante símbolo de todo o nosso país, o homem que foi chamado de Rei pelo monarca espanhol Juan Carlos, o homem que já parou uma guerra, o homem para o qual Ronald Reagan disse: “Oi, eu sou o presidente dos Estados Unidos. Você não precisa se identificar. Todo mundo sabe quem é Pelé”.
Poderia gastar linhas e linhas apresentando dados que provassem a superioridade de Pelé em relação aos outros gênios do futebol mundial. Todavía, e desculpem-me a franqueza, considero o Rei tão superior a qualquer outro mortal que já pisou em um gramado de futebol que seria uma maldade menosprezar tantos craques ao tentar colocá-los no mesmo patamar de Pelé. Poderia, também, descrever os gols do Pelé – não todos, pois assim só conseguiria terminar a tarefa na comemoração dos seus 80 anos. O nosso Rei é tão importante mundialmente que eu poderia destacar aqui frases ditas nos mais remotos cantos e nas mais diversas datas provando o quanto ele é querido e idolatrado. No entanto, meu objetivo, pelo menos hoje, não é contar sobre Pelé, falar sobre Pelé ou elogiar Pelé. Queria apenas agradecer ao Pelé. Em menor porte queria agradecê-lo por eu poder dizer que sou o melhor de todos naquilo que eu mais gosto, afinal o futebol é minha vida e graças ao Pelé ninguém pode questionar que eu vivo no país do futebol. Contudo, meus agradecimentos maiores são por Pelé conseguir passar toda a sua vida sendo considerado o sinônimo de Brasil e nunca, em nenhum minuto sequer, ter tomado uma atitude que manchasse a imagem do nosso país. É inacreditável como alguém consegue ser uma bandeira de uma nação durante tanto tempo e só proporcionar para esta frutos positivos. É por este motivo que hoje, todos os brasileiros deveriam, antes de dormir, bater palmas e desejar feliz aniversário à esta figura sensacional.
PARABÉNS, MINHA MAJESTADE! E MUITO OBRIGADO!
Poderia gastar linhas e linhas apresentando dados que provassem a superioridade de Pelé em relação aos outros gênios do futebol mundial. Todavía, e desculpem-me a franqueza, considero o Rei tão superior a qualquer outro mortal que já pisou em um gramado de futebol que seria uma maldade menosprezar tantos craques ao tentar colocá-los no mesmo patamar de Pelé. Poderia, também, descrever os gols do Pelé – não todos, pois assim só conseguiria terminar a tarefa na comemoração dos seus 80 anos. O nosso Rei é tão importante mundialmente que eu poderia destacar aqui frases ditas nos mais remotos cantos e nas mais diversas datas provando o quanto ele é querido e idolatrado. No entanto, meu objetivo, pelo menos hoje, não é contar sobre Pelé, falar sobre Pelé ou elogiar Pelé. Queria apenas agradecer ao Pelé. Em menor porte queria agradecê-lo por eu poder dizer que sou o melhor de todos naquilo que eu mais gosto, afinal o futebol é minha vida e graças ao Pelé ninguém pode questionar que eu vivo no país do futebol. Contudo, meus agradecimentos maiores são por Pelé conseguir passar toda a sua vida sendo considerado o sinônimo de Brasil e nunca, em nenhum minuto sequer, ter tomado uma atitude que manchasse a imagem do nosso país. É inacreditável como alguém consegue ser uma bandeira de uma nação durante tanto tempo e só proporcionar para esta frutos positivos. É por este motivo que hoje, todos os brasileiros deveriam, antes de dormir, bater palmas e desejar feliz aniversário à esta figura sensacional.
PARABÉNS, MINHA MAJESTADE! E MUITO OBRIGADO!
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
UMA IMAGEM...
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 8ª RODADA
RESULTADOS
Arsenal 2 - 1 Birmingham
Bolton 2 - 1 Stoke City
Fulham 1 - 2 Tottenham
Manchester United 2 - 2 West Bromwich
Newcastle 2 - 2 Wigan
Wolverhampton 1 - 1 West Ham
Aston Villa 0 - 0 Chelsea
Everton 2 - 0 Liverpool
Blackpool 2 - 3 Manchester City
Blackburn 0 - 0 Sunderland
ARTILHEIROS
Carlos Tévez (Manchester City) – 7 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United) – 6 gols
Florent Malouda (Chelsea) – 6 gols
Didier Drogba (Chelsea) – 6 gols
COMENTÁRIOS
Everton 2 x 0 Liverpool – Goodford Park
No clássico da “Terra dos Beatles” o Everton venceu o Liverpool por 2 x 0 e afundou ainda mais o rival, agora 19º colocado na competição. Pode-se dizer que o duelo foi um espelho da situação vivida pelo Liverpool. E não estou falando só do que ocorre fora de campo, com o conturbado processo de venda do clube, mas também do que se passa dentro das quatro-linhas. Adoto a teoria de que o bom desempenho de uma equipe se sustenta sobre quatro pilares – físico, técnico, tático e psicológico, sendo que os “Reds” estão pecando em todos eles. Como exemplo da fragilidade física temos Fernando Torres, que é um baita centroavante mas está claramente fora de sua melhor forma. Tecnicamente a equipe encontra seu principal ponto fraco pelos lados do campo. Neste clássico em especial, os laterais Carragher e Konchesky foram peças nulas ofensivamente, enquanto os meias abertos Joe Cole e Maxi Rodríguez estiveram abaixo da crítica, não causando nenhum problema aos laterais do Everton. No plano tático a equipe se apresentou a maior parte do tempo em um congelado 4-5-1, que dependeu em excesso do meia Gerrard para organizar o trabalho de buscar a redonda com a defesa e levá-la até o ataque, já que pelo lado do campo o terreno se mostrou infértil. Por fim, no entanto não menos importante, temos o psicológico do time que está completamente destruído, com técnico, jogadores e torcedores sem uma gotinha de confiança. Diante de um adversário tão debilitado, o Everton encontrou espaço para apresentar um bom jogo ofensivo, quando foi necessário, e defensivo no momento em que o Liverpool partiu em busca do empate na base do abafa. Ofensivamente os destaques do Everton foram o autraliano autor do primeiro gol Tim Cahill, o segundo seria marcado pelo meia espanhol Arteta, e o “Tanque” nigeriano Yakubu, que deu bastante trabalho à perdida defesa dos “Reds”. Já na retaguarda, o ponto positivo ficou com o zagueirão francês Distin que esteve impecável pelo alto e por baixo. A vitória no clássico pode ser o ponto de partida para o Everton subir na tabela, pois não tem elenco para brigar na zona de rebaixamento. Assim como o Liverpool também não tem. Porém estamos carecas de saber que no futebol não se ganha só com elenco.
Arsenal 2 - 1 Birmingham
Bolton 2 - 1 Stoke City
Fulham 1 - 2 Tottenham
Manchester United 2 - 2 West Bromwich
Newcastle 2 - 2 Wigan
Wolverhampton 1 - 1 West Ham
Aston Villa 0 - 0 Chelsea
Everton 2 - 0 Liverpool
Blackpool 2 - 3 Manchester City
Blackburn 0 - 0 Sunderland
ARTILHEIROS
Carlos Tévez (Manchester City) – 7 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United) – 6 gols
Florent Malouda (Chelsea) – 6 gols
Didier Drogba (Chelsea) – 6 gols
COMENTÁRIOS
Everton 2 x 0 Liverpool – Goodford Park
No clássico da “Terra dos Beatles” o Everton venceu o Liverpool por 2 x 0 e afundou ainda mais o rival, agora 19º colocado na competição. Pode-se dizer que o duelo foi um espelho da situação vivida pelo Liverpool. E não estou falando só do que ocorre fora de campo, com o conturbado processo de venda do clube, mas também do que se passa dentro das quatro-linhas. Adoto a teoria de que o bom desempenho de uma equipe se sustenta sobre quatro pilares – físico, técnico, tático e psicológico, sendo que os “Reds” estão pecando em todos eles. Como exemplo da fragilidade física temos Fernando Torres, que é um baita centroavante mas está claramente fora de sua melhor forma. Tecnicamente a equipe encontra seu principal ponto fraco pelos lados do campo. Neste clássico em especial, os laterais Carragher e Konchesky foram peças nulas ofensivamente, enquanto os meias abertos Joe Cole e Maxi Rodríguez estiveram abaixo da crítica, não causando nenhum problema aos laterais do Everton. No plano tático a equipe se apresentou a maior parte do tempo em um congelado 4-5-1, que dependeu em excesso do meia Gerrard para organizar o trabalho de buscar a redonda com a defesa e levá-la até o ataque, já que pelo lado do campo o terreno se mostrou infértil. Por fim, no entanto não menos importante, temos o psicológico do time que está completamente destruído, com técnico, jogadores e torcedores sem uma gotinha de confiança. Diante de um adversário tão debilitado, o Everton encontrou espaço para apresentar um bom jogo ofensivo, quando foi necessário, e defensivo no momento em que o Liverpool partiu em busca do empate na base do abafa. Ofensivamente os destaques do Everton foram o autraliano autor do primeiro gol Tim Cahill, o segundo seria marcado pelo meia espanhol Arteta, e o “Tanque” nigeriano Yakubu, que deu bastante trabalho à perdida defesa dos “Reds”. Já na retaguarda, o ponto positivo ficou com o zagueirão francês Distin que esteve impecável pelo alto e por baixo. A vitória no clássico pode ser o ponto de partida para o Everton subir na tabela, pois não tem elenco para brigar na zona de rebaixamento. Assim como o Liverpool também não tem. Porém estamos carecas de saber que no futebol não se ganha só com elenco.
domingo, 17 de outubro de 2010
CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 30ª RODADA
Flamengo 3 x 0 Internacional
Atlético-PR 2 x 1 Goiás
Guarani 0 x 0 Corinthians
Atlético-MG 2 x 0 Avaí
Grêmio 2 x 1 Cruzeiro
Atlético-GO 2 x 0 Vasco
Vitória 2 x 0 G. Prudente
Fluminense 0 x 0 Botafogo
São Paulo 4 x 3 Santos
Palmeiras 1 x 1 Ceará
Fluminense 0 x 0 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
O “Clássico Vovô” que poderia ter recolocado o Fluminense na liderança do Brasileirão foi duro, pegado, tenso e terminou com o placar mudo, resultado péssimo para ambas as equipes. Com o 0 x 0, o Botafogo alcançou a incrível e negativa marca de oito empates seguidos.
Os primeiros minutos após o apito inicial foram bastante agitados devido à postura agressiva adotada pelo Fluminense, que em apenas 10 minutos esteve duas vezes perto de abrir o placar. A primeira oportunidade foi finalizada por Washington após assistência do Emerson e a segunda, essa sim a mais perigosa, surgiu de um excelente arremate longo do volante Diogo que explodiu na trave após bela defesa do goleirão Jefferson, que voltou a trabalhar no rebote finalizado pelo Washington à queima roupa. No entanto, com o andar do relógio, o Botafogo começou a encaixar sua marcação e conseguiu diminuir o poder ofensivo do Flu, que teria apenas mais um chute longo do Conca, aos 22 minutos, como chance de sacudir o barbante na etapa inicial. A melhor alternativa para o Tricolor furar o sistema defensivo alvinegro, que contava com três zagueiros (Antônio Carlos, Leandro Guerreiro e Márcio Rosário, da direita para a esquerda) e dois volantes (Somália e Marcelo Mattos) seria forçar o jogo pelos lados do campo. Porém, como Carlinhos e Mariano não contaram com a liberdade de partidas anteriores, até pela opção do Muricy Ramalho por dois e não três defensores, o Fluminense, depois de um bom início, sucumbiu à marcação alvinegra.
Nos minutos finais da 1ª etapa, para ser mais exato a partir dos 37 minutos, Lúcio Flávio, Loco Abreu e, principalmente, Jóbson resolveram entrar no jogo e enfim o Botafogo apresentou algum poder ofensivo. Dois arremates do Loco Abreu, sendo o segundo deles um chute na lua após boa assistência de Lúcio Flávio, e duas ótimas jogadas individuais do Jóbson pela esquerda mostraram que o Botafogo tem sim qualidade ofensiva e não precisava ter passado tanto tempo sem atacar o Fluminense. O jogo voltou do intervalo com a mesma pegada e mais amarrado do que o 1º tempo. Até os 20 minutos da etapa, quando Jóbson arrematou pela canhota, nenhum dos dois ataques havia conseguido superar as defesas. O Fogo voltaria a marcar presença no ataque com Loco Abreu aos 27, em lance que o goleiro Ricardo Berna defendeu com segurança. Segundos após a finalização do Abreu, Muricy Ramalho realizaria sua primeira alteração na equipe, trocando o esgotado e contundido Emerson pelo Rodriguinho. A meu ver, o treinador tricolor demorou demais para buscar alternativas para superar o sistema defensivo rival. Entre o já citado chute longo do Conca, aos 22 minutos da 1ª etapa, e um perigoso toquinho de cobertura tentado pelo Washington aos 35 minutos do 2º tempo, ou seja, durante um período de aproximadamente uma hora, o Fluminense esteve completamente anulado pelo Botafogo e a única alteração realizada pelo Muricy foi por motivo de contusão. E aos 38 e 41 minutos Muricy mostraria ainda mais conservadorismo ao trocar Marquinho e Diguinho por, respectivamente, Júlio César e Valencia. Nem de longe estas foram atitudes de quem que buscar uma vitória. Já pelo lado do Botafogo, as entradas de Edno no lugar de Lúcio Flávio e Caio no de Alessandro tornaram a equipe mais veloz, porém não mais eficiente.
Apesar da baixa qualidade ofensiva apresentada por ambos os quadros, a tensão durou até os minutos finais. Jóbson em jogada individual levou perigo por parte do Bota, enquanto Conca encontrou Júlio César na esquerda e o Flu poderia ter conseguido a vitória não fosse a ótima intervenção do zagueiro Antônio Carlos. Se dizem que em torneio por pontos corridos cada jogo é uma decisão, este “Clássico Vovô” não espelhou nem de longe esta máxima, pois ambas as equipes poderiam ter se doado muito mais pela vitória. Principalmente o Flu, que tinha a chance de passar toda a semana no topo da tabela.
TRÊS TOQUES!
- Dando um baita exemplo para sustentar a opinião dos que acreditam que técnico ganhar jogo, o Flamengo de Luxemburgo bateu o Internacional por 3 x 0 apresentando um futebol muito, mas muito mais consistente do que quando era treinado pelo Silas. Desta vez tanto o ataque quanto a defesa estiveram em bela jornada, fato que não vinha ocorrendo, já que quando o ataque balançava as redes a defesa falhava pouco tempo depois, vide o confronto contra o Avaí. Os dois tentos do centroavante Deivid e o golaçoaçoaço do Renato Abreu parece que encerraram de vez a péssima fase pela qual o Rubronegro passou.
- Os equívocos nas anulações dos gols LEGAIS de Wellington Paulista do Cruzeiro e do corintiano Ronaldo não ocorreriam se o bom senso permitisse a utilização do replay no futebol. Nem que fosse usado somente nos lances em que a rede fosse balançada, excluindo a esfarrapada desculpa de que o replay faria o futebol perder a dinâmica pois o jogo teria de ser interrompido diversas vezes para as análises. É muita covardia criticar um bandeirinha por marcar impedimento erradamente em lance de mesma linha que até pela televisão fica difícil de verificar.
- Dos seis primeiros colocados na tabela antes do início da rodada, nenhum conseguiu sair de campo com a vitória. Cruzeiro, Santos e Internacional foram derrotados, enquanto que Fluminense, Corinthians e Botafogo apenas empataram. Assim como em 2009, o Brasileirão-2010 só vai terminar de verdade quando todos os jogos da última rodada se encerrarem.
Atlético-PR 2 x 1 Goiás
Guarani 0 x 0 Corinthians
Atlético-MG 2 x 0 Avaí
Grêmio 2 x 1 Cruzeiro
Atlético-GO 2 x 0 Vasco
Vitória 2 x 0 G. Prudente
Fluminense 0 x 0 Botafogo
São Paulo 4 x 3 Santos
Palmeiras 1 x 1 Ceará
Fluminense 0 x 0 Botafogo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
O “Clássico Vovô” que poderia ter recolocado o Fluminense na liderança do Brasileirão foi duro, pegado, tenso e terminou com o placar mudo, resultado péssimo para ambas as equipes. Com o 0 x 0, o Botafogo alcançou a incrível e negativa marca de oito empates seguidos.
Os primeiros minutos após o apito inicial foram bastante agitados devido à postura agressiva adotada pelo Fluminense, que em apenas 10 minutos esteve duas vezes perto de abrir o placar. A primeira oportunidade foi finalizada por Washington após assistência do Emerson e a segunda, essa sim a mais perigosa, surgiu de um excelente arremate longo do volante Diogo que explodiu na trave após bela defesa do goleirão Jefferson, que voltou a trabalhar no rebote finalizado pelo Washington à queima roupa. No entanto, com o andar do relógio, o Botafogo começou a encaixar sua marcação e conseguiu diminuir o poder ofensivo do Flu, que teria apenas mais um chute longo do Conca, aos 22 minutos, como chance de sacudir o barbante na etapa inicial. A melhor alternativa para o Tricolor furar o sistema defensivo alvinegro, que contava com três zagueiros (Antônio Carlos, Leandro Guerreiro e Márcio Rosário, da direita para a esquerda) e dois volantes (Somália e Marcelo Mattos) seria forçar o jogo pelos lados do campo. Porém, como Carlinhos e Mariano não contaram com a liberdade de partidas anteriores, até pela opção do Muricy Ramalho por dois e não três defensores, o Fluminense, depois de um bom início, sucumbiu à marcação alvinegra.
Nos minutos finais da 1ª etapa, para ser mais exato a partir dos 37 minutos, Lúcio Flávio, Loco Abreu e, principalmente, Jóbson resolveram entrar no jogo e enfim o Botafogo apresentou algum poder ofensivo. Dois arremates do Loco Abreu, sendo o segundo deles um chute na lua após boa assistência de Lúcio Flávio, e duas ótimas jogadas individuais do Jóbson pela esquerda mostraram que o Botafogo tem sim qualidade ofensiva e não precisava ter passado tanto tempo sem atacar o Fluminense. O jogo voltou do intervalo com a mesma pegada e mais amarrado do que o 1º tempo. Até os 20 minutos da etapa, quando Jóbson arrematou pela canhota, nenhum dos dois ataques havia conseguido superar as defesas. O Fogo voltaria a marcar presença no ataque com Loco Abreu aos 27, em lance que o goleiro Ricardo Berna defendeu com segurança. Segundos após a finalização do Abreu, Muricy Ramalho realizaria sua primeira alteração na equipe, trocando o esgotado e contundido Emerson pelo Rodriguinho. A meu ver, o treinador tricolor demorou demais para buscar alternativas para superar o sistema defensivo rival. Entre o já citado chute longo do Conca, aos 22 minutos da 1ª etapa, e um perigoso toquinho de cobertura tentado pelo Washington aos 35 minutos do 2º tempo, ou seja, durante um período de aproximadamente uma hora, o Fluminense esteve completamente anulado pelo Botafogo e a única alteração realizada pelo Muricy foi por motivo de contusão. E aos 38 e 41 minutos Muricy mostraria ainda mais conservadorismo ao trocar Marquinho e Diguinho por, respectivamente, Júlio César e Valencia. Nem de longe estas foram atitudes de quem que buscar uma vitória. Já pelo lado do Botafogo, as entradas de Edno no lugar de Lúcio Flávio e Caio no de Alessandro tornaram a equipe mais veloz, porém não mais eficiente.
Apesar da baixa qualidade ofensiva apresentada por ambos os quadros, a tensão durou até os minutos finais. Jóbson em jogada individual levou perigo por parte do Bota, enquanto Conca encontrou Júlio César na esquerda e o Flu poderia ter conseguido a vitória não fosse a ótima intervenção do zagueiro Antônio Carlos. Se dizem que em torneio por pontos corridos cada jogo é uma decisão, este “Clássico Vovô” não espelhou nem de longe esta máxima, pois ambas as equipes poderiam ter se doado muito mais pela vitória. Principalmente o Flu, que tinha a chance de passar toda a semana no topo da tabela.
TRÊS TOQUES!
- Dando um baita exemplo para sustentar a opinião dos que acreditam que técnico ganhar jogo, o Flamengo de Luxemburgo bateu o Internacional por 3 x 0 apresentando um futebol muito, mas muito mais consistente do que quando era treinado pelo Silas. Desta vez tanto o ataque quanto a defesa estiveram em bela jornada, fato que não vinha ocorrendo, já que quando o ataque balançava as redes a defesa falhava pouco tempo depois, vide o confronto contra o Avaí. Os dois tentos do centroavante Deivid e o golaçoaçoaço do Renato Abreu parece que encerraram de vez a péssima fase pela qual o Rubronegro passou.
- Os equívocos nas anulações dos gols LEGAIS de Wellington Paulista do Cruzeiro e do corintiano Ronaldo não ocorreriam se o bom senso permitisse a utilização do replay no futebol. Nem que fosse usado somente nos lances em que a rede fosse balançada, excluindo a esfarrapada desculpa de que o replay faria o futebol perder a dinâmica pois o jogo teria de ser interrompido diversas vezes para as análises. É muita covardia criticar um bandeirinha por marcar impedimento erradamente em lance de mesma linha que até pela televisão fica difícil de verificar.
- Dos seis primeiros colocados na tabela antes do início da rodada, nenhum conseguiu sair de campo com a vitória. Cruzeiro, Santos e Internacional foram derrotados, enquanto que Fluminense, Corinthians e Botafogo apenas empataram. Assim como em 2009, o Brasileirão-2010 só vai terminar de verdade quando todos os jogos da última rodada se encerrarem.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Gênios das Palavras - Nelson Rodrigues
O CRAQUE SEM IDADE
Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x Paraguai, o placar acusava um lírico, um platônico 0 x 0. Ora, o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas. Acresce o seguinte: - de todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0. Essa virgindade desagradável e irredutível do escore já humilhava o público e, ao mesmo tempo, o enfurecia.
Súbito, o auto-falante do estádio se põe a anunciar as duas substituições brasileiras: - entravam Zizinho e Walter. Foi uma transfiguração. Ninguém ligou para Walter, que é um craque, sim, mas sem a tradição, sem a legenda, sem a pompa de um Ziza. O nome crepitou, que encheu, que inundou todo o espaço acústico do Maracanã foi o do comandante banguense. Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no lábio, a baba da impotência, do despeito e da frustração. O placar permanecia empacado no 0 x 0. Mas já nos sentíamos atravessados pela certeza profética da vitória. Os nossos tórax arriados encheram-se de um ar heróico, estufaram-se como os anúnicios de fortificante.
Eis a verdade: - a partir do momento em que se anunciou Zizinho, a partida estava automática e fatalmente ganha. Portanto, público, juiz, banderinhas e os dois times podiam ter se retirado, podiam ter ido para a casa. Pois bem: - veio o jogo. Ora, o primeiro tempo caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum gol, nada. Mas a presença de Zizinho, por si só, dinamizou a etapa complementar, deu-lhe caráter, deu-lhe alma, infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos ainda uma vez o seguinte: - a bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro craque. Foi o que aconteceu: - a pelota não largou Zizinho, a pelota o farejava e seguia como uma fidelidade de cadelinha ao seu dono. (Sim, amigos: - há na bola uma alma de cachorra.)
No fim de certo tempo, tínhamos a ilusão de que só Zizinho jogava. Deixara de ser um espetáculo de 22 homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava os outros ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa sombra irremediável. Eis o fato: - a partida foi um show pessoal e intransferível.
E, no entanto, a convocação do formidável jogador suscitara escrúpulos e debates acadêmicos. Tinha contra si a idade, não sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o jogador de 34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de Zizinho mostra o seguinte: - o tempo é uma convenção que não existe nem para o craque, nem para mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucho. Na intimidade da alcova, ninguém se lembraria de pedir à rainha de Sabá, a Cleópatra, uma certidão de nascimento. Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos, se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?
No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida antes de aparecer, antes de molhar a camisa, pelo alto-falante, no intervalo. Em último caso, poderá jogar, de casa, pelo telefone.
Brasil 3 x 0 Paraguai, 13/11/1955, no Maracanã, Zizinho fez dois gols e deu o passe para Escurinho marcar o seu.
Manchete Esportiva
03/12/1955
retirado do livro "À Sombra das Chuteiras Imortais" da Editora Companhia das Letras
Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x Paraguai, o placar acusava um lírico, um platônico 0 x 0. Ora, o empate é o pior resultado do mundo. O torcedor sente-se roubado no dinheiro da entrada e inclinado a chamar os 22 jogadores, o juiz e os bandeirinhas de vigaristas. Acresce o seguinte: - de todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0. Essa virgindade desagradável e irredutível do escore já humilhava o público e, ao mesmo tempo, o enfurecia.
Súbito, o auto-falante do estádio se põe a anunciar as duas substituições brasileiras: - entravam Zizinho e Walter. Foi uma transfiguração. Ninguém ligou para Walter, que é um craque, sim, mas sem a tradição, sem a legenda, sem a pompa de um Ziza. O nome crepitou, que encheu, que inundou todo o espaço acústico do Maracanã foi o do comandante banguense. Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no lábio, a baba da impotência, do despeito e da frustração. O placar permanecia empacado no 0 x 0. Mas já nos sentíamos atravessados pela certeza profética da vitória. Os nossos tórax arriados encheram-se de um ar heróico, estufaram-se como os anúnicios de fortificante.
Eis a verdade: - a partir do momento em que se anunciou Zizinho, a partida estava automática e fatalmente ganha. Portanto, público, juiz, banderinhas e os dois times podiam ter se retirado, podiam ter ido para a casa. Pois bem: - veio o jogo. Ora, o primeiro tempo caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum gol, nada. Mas a presença de Zizinho, por si só, dinamizou a etapa complementar, deu-lhe caráter, deu-lhe alma, infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos ainda uma vez o seguinte: - a bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro craque. Foi o que aconteceu: - a pelota não largou Zizinho, a pelota o farejava e seguia como uma fidelidade de cadelinha ao seu dono. (Sim, amigos: - há na bola uma alma de cachorra.)
No fim de certo tempo, tínhamos a ilusão de que só Zizinho jogava. Deixara de ser um espetáculo de 22 homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava os outros ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa sombra irremediável. Eis o fato: - a partida foi um show pessoal e intransferível.
E, no entanto, a convocação do formidável jogador suscitara escrúpulos e debates acadêmicos. Tinha contra si a idade, não sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o jogador de 34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de Zizinho mostra o seguinte: - o tempo é uma convenção que não existe nem para o craque, nem para mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucho. Na intimidade da alcova, ninguém se lembraria de pedir à rainha de Sabá, a Cleópatra, uma certidão de nascimento. Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos, se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?
No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida antes de aparecer, antes de molhar a camisa, pelo alto-falante, no intervalo. Em último caso, poderá jogar, de casa, pelo telefone.
Brasil 3 x 0 Paraguai, 13/11/1955, no Maracanã, Zizinho fez dois gols e deu o passe para Escurinho marcar o seu.
Manchete Esportiva
03/12/1955
retirado do livro "À Sombra das Chuteiras Imortais" da Editora Companhia das Letras
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 29ª RODADA
Santos 2 x 0 Atlético-PR
Vasco 3 x 3 Grêmio
Grêmio Prudente 1 x 3 São Paulo
Cruzeiro 1 x 0 Fluminense
Goiás 1 x 0 Vitória
Botafogo 0 x 0 Palmeiras
Corinthians 3 x 4 Atlético-GO
Avaí 2 x 2 Flamengo
Ceará 2 x 0 Guarani
Internacional 1 x 0 Atlético-MG
Cruzeiro 1 x 0 Fluminense – Parque do Sabiá, Uberlândia (MG)
No duelo mais importante do Brasileirão até o momento, o Cruzeiro bateu o Fluminense pelo placar mínimo e assumiu a liderança da competição pela primeira vez.
O Fluminense entrou em campo elétrico e dominou os primeiros minutos da partida. Com Deco e Conca encontrando espaços para trocar passes e arquitetar as tramas ofensivas, o Tricolor aproveitou o fato de o adversário estar completamente perdido e criou três boas oportunidades de abrir o placar em apenas 13 minutos. Primeiro foi um chute longo do argentino Conca que Fábio defendeu com segurança. Depois, em uma jogada ensaiada característica do Flu, Deco bateu córner no primeiro pau e um desvio deixou Washington livre, leve e solto para marcar, mas o “Coração Valente” isolou a redonda. Por fim, aos 13 minutos, Conca caiu pela canhota, cruzou por baixo e Washington chegou um segundo atrasado. A pressão do Flu sobre o Cruzeiro contrariou todas as minhas expectativas de que a Raposa iria aproveitar os primeiros minutos para impor seu estilo. No entanto, quem abriu o placar foi o Cruzeiro, quando a redonda caiu nos pés de Montillo na ponta direita da área e o argentino a colocou na cabeça de Wellington Paulista que aproveitou falha de marcação do zagueiro Gum e sacudiu o barbante. Ora com três zagueiros, ora com dois, o fato é que as falhas defensivas – incluindo as dos goleiros – são decisivas para a queda de produção do Fluminense no torneio. Muricy Ramalho deve estar morrendo de saudades de Rogério Ceni, Miranda e boa companhia, ad época em que treinava o São Paulo. Voltando ao jogo, o Cruzeiro assustou o goleiro Rafael aos 22 minutos em arremate longo do Tiago Ribeiro, porém o Flu voltou a desperdiçar uma claríssima chance de sacudir o filó quando Deco achou Rodriguinho livre dentro da área e este tocou com muita força por cima do goleiro Fábio. Se este lance mostrou que o Tricolor tinha forças para empatar o confronto, a contusão e consequente substituição de Deco, aos 28 minutos, foi um golpe e tanto para a equipe. Após a saída do luso-brasileiro, o Fluminense perdeu muita criatividade ofensiva. E como a Raposa praticamente abdicou do ataque após abrir o placar, o jogo foi para o intervalo com o placar apontando 1 x 0.
Na volta para a 2ª etapa, enquanto o Fluminense não se recuperava da perda do Deco, o Cruzeiro adotou uma postura um pouco mais ofensiva ao invés de apenas se defender e tentar os contra-golpes. E em 20 minutos a Raposa passou duas vezes perto de ampliar o escore com o endiabrado Wellington Paulista, que chegou a acertar a trave com um belo arremate. No entanto, e a meu ver de maneira equivocada, o Cruzeiro voltou a se postar defensivamente e ceder a posse de bola para o Flu, que mesmo sem organização foi com tudo em busca do empate. Vale ressaltar aqui a gigante falta que o lateral-direito Mariano, servindo à Seleção, fez ao Fluminense, que durante toda a partida não conseguiu criar sequer uma boa trama ofensiva pelo lado direito do campo. Dos 20 minutos até o apito final o jogo se resumiu no duelo entre o desesperado ataque tricolor e a fechada defesa azul. O resultado foi que, apesar de encontrar espaços em duas oportunidades, em duas assitências do Conca, o Fluminense esteve péssimo nas finalizações e não conseguiu balançar as redes. Primeiro, aos 21 minutos, foi a vez de Washington novamente desperdiçar e depois, três minutos mais tarde, foi Rodriguinho quem, em condição irregular não assinalada pelo bandeira, perdeu um gol dentro da pequena área. Em nenhum jogo deste Brasileirão o torcedor tricolor sentiu tanta falta dos contundidos Fred e Emerson. Após o incrível gol perdido pelo Rodriguinho o Fluzão conseguiu apenas ficar rondando a área do Cruzeiro, sem ameçar mais o goleiro Fábio. E o Cruzeiro? Apenas se defendeu para segurar sua oitava vitória, das quinze conquistadas, pelo placar de 1 x 0.
Sendo sincero, não gostei da atuação do Cruzeiro, nem tão pouco da do Fluminense. Em um confronto entre os dois primeiros colocados do Campeonato e que contava com Deco, Conca e Montillo em campo, eu realmente esperava mais qualidade ofensiva. E para aqueles que acreditam que o jogo não foi aberto por se tratar de uma decisão, peço licença para discordar. Ainda faltam nove rodadas para o fim do torneio e este Cruzeiro x Fluminense não teve nenhuma cara de decisão.
TRÊS TOQUES!
- Definitivamente o Vasco não sabe como nocautear os rivais que já estão cambaleantes. Desta vez o adversário que conseguiu empatar um jogo praticamente perdido diante do Cruzmaltino foi o Grêmio, do iluminado artilheiro Jonas. E, a meu ver, a culpa não é só dos jogadores. O treinador PC Gusmão é sim responsável pelo excessivo número de 14 empates. A mentalidade da equipe de entrar apenas para empatar alguns jogos, como diante do Atlético Paranaense, quando o goleiro Fernando Prass começou a fazer cera com menos de 1 minuto de jogo, e substituições equivocadas devem ser colocados na conta de PC. Neste jogo contra o Grêmio, por exemplo, o Vasco vencia por 3 x 1 quando, aos 35 minutos da 2ª etapa, PC sacou o Felipe, melhor jogador com qualidade para trocar passes, para colocar o Allan. Resultado: o Vasco não conseguiu mais prender a bola e não suportou a pressão gremista.
- Falando em empates, o Botafogo empatou sua sétima partida seguida na competição e, assim como o Vasco, alcançou 14 empates. O Fogão está sentindo muito as ausências do contundido Maicosuel e do irresponsável Jóbson.
- As vitórias de Santos e Internacional, sobre os “Atléticos” Paranaense e Mineiro, respectivamente, encheram o confronto entre os dois, que ocorrerá na quarta-feira, de expectativas. Espero um grande jogo e um espetacular duelo entre Neymar e D’Alessandro.
Vasco 3 x 3 Grêmio
Grêmio Prudente 1 x 3 São Paulo
Cruzeiro 1 x 0 Fluminense
Goiás 1 x 0 Vitória
Botafogo 0 x 0 Palmeiras
Corinthians 3 x 4 Atlético-GO
Avaí 2 x 2 Flamengo
Ceará 2 x 0 Guarani
Internacional 1 x 0 Atlético-MG
Cruzeiro 1 x 0 Fluminense – Parque do Sabiá, Uberlândia (MG)
No duelo mais importante do Brasileirão até o momento, o Cruzeiro bateu o Fluminense pelo placar mínimo e assumiu a liderança da competição pela primeira vez.
O Fluminense entrou em campo elétrico e dominou os primeiros minutos da partida. Com Deco e Conca encontrando espaços para trocar passes e arquitetar as tramas ofensivas, o Tricolor aproveitou o fato de o adversário estar completamente perdido e criou três boas oportunidades de abrir o placar em apenas 13 minutos. Primeiro foi um chute longo do argentino Conca que Fábio defendeu com segurança. Depois, em uma jogada ensaiada característica do Flu, Deco bateu córner no primeiro pau e um desvio deixou Washington livre, leve e solto para marcar, mas o “Coração Valente” isolou a redonda. Por fim, aos 13 minutos, Conca caiu pela canhota, cruzou por baixo e Washington chegou um segundo atrasado. A pressão do Flu sobre o Cruzeiro contrariou todas as minhas expectativas de que a Raposa iria aproveitar os primeiros minutos para impor seu estilo. No entanto, quem abriu o placar foi o Cruzeiro, quando a redonda caiu nos pés de Montillo na ponta direita da área e o argentino a colocou na cabeça de Wellington Paulista que aproveitou falha de marcação do zagueiro Gum e sacudiu o barbante. Ora com três zagueiros, ora com dois, o fato é que as falhas defensivas – incluindo as dos goleiros – são decisivas para a queda de produção do Fluminense no torneio. Muricy Ramalho deve estar morrendo de saudades de Rogério Ceni, Miranda e boa companhia, ad época em que treinava o São Paulo. Voltando ao jogo, o Cruzeiro assustou o goleiro Rafael aos 22 minutos em arremate longo do Tiago Ribeiro, porém o Flu voltou a desperdiçar uma claríssima chance de sacudir o filó quando Deco achou Rodriguinho livre dentro da área e este tocou com muita força por cima do goleiro Fábio. Se este lance mostrou que o Tricolor tinha forças para empatar o confronto, a contusão e consequente substituição de Deco, aos 28 minutos, foi um golpe e tanto para a equipe. Após a saída do luso-brasileiro, o Fluminense perdeu muita criatividade ofensiva. E como a Raposa praticamente abdicou do ataque após abrir o placar, o jogo foi para o intervalo com o placar apontando 1 x 0.
Na volta para a 2ª etapa, enquanto o Fluminense não se recuperava da perda do Deco, o Cruzeiro adotou uma postura um pouco mais ofensiva ao invés de apenas se defender e tentar os contra-golpes. E em 20 minutos a Raposa passou duas vezes perto de ampliar o escore com o endiabrado Wellington Paulista, que chegou a acertar a trave com um belo arremate. No entanto, e a meu ver de maneira equivocada, o Cruzeiro voltou a se postar defensivamente e ceder a posse de bola para o Flu, que mesmo sem organização foi com tudo em busca do empate. Vale ressaltar aqui a gigante falta que o lateral-direito Mariano, servindo à Seleção, fez ao Fluminense, que durante toda a partida não conseguiu criar sequer uma boa trama ofensiva pelo lado direito do campo. Dos 20 minutos até o apito final o jogo se resumiu no duelo entre o desesperado ataque tricolor e a fechada defesa azul. O resultado foi que, apesar de encontrar espaços em duas oportunidades, em duas assitências do Conca, o Fluminense esteve péssimo nas finalizações e não conseguiu balançar as redes. Primeiro, aos 21 minutos, foi a vez de Washington novamente desperdiçar e depois, três minutos mais tarde, foi Rodriguinho quem, em condição irregular não assinalada pelo bandeira, perdeu um gol dentro da pequena área. Em nenhum jogo deste Brasileirão o torcedor tricolor sentiu tanta falta dos contundidos Fred e Emerson. Após o incrível gol perdido pelo Rodriguinho o Fluzão conseguiu apenas ficar rondando a área do Cruzeiro, sem ameçar mais o goleiro Fábio. E o Cruzeiro? Apenas se defendeu para segurar sua oitava vitória, das quinze conquistadas, pelo placar de 1 x 0.
Sendo sincero, não gostei da atuação do Cruzeiro, nem tão pouco da do Fluminense. Em um confronto entre os dois primeiros colocados do Campeonato e que contava com Deco, Conca e Montillo em campo, eu realmente esperava mais qualidade ofensiva. E para aqueles que acreditam que o jogo não foi aberto por se tratar de uma decisão, peço licença para discordar. Ainda faltam nove rodadas para o fim do torneio e este Cruzeiro x Fluminense não teve nenhuma cara de decisão.
TRÊS TOQUES!
- Definitivamente o Vasco não sabe como nocautear os rivais que já estão cambaleantes. Desta vez o adversário que conseguiu empatar um jogo praticamente perdido diante do Cruzmaltino foi o Grêmio, do iluminado artilheiro Jonas. E, a meu ver, a culpa não é só dos jogadores. O treinador PC Gusmão é sim responsável pelo excessivo número de 14 empates. A mentalidade da equipe de entrar apenas para empatar alguns jogos, como diante do Atlético Paranaense, quando o goleiro Fernando Prass começou a fazer cera com menos de 1 minuto de jogo, e substituições equivocadas devem ser colocados na conta de PC. Neste jogo contra o Grêmio, por exemplo, o Vasco vencia por 3 x 1 quando, aos 35 minutos da 2ª etapa, PC sacou o Felipe, melhor jogador com qualidade para trocar passes, para colocar o Allan. Resultado: o Vasco não conseguiu mais prender a bola e não suportou a pressão gremista.
- Falando em empates, o Botafogo empatou sua sétima partida seguida na competição e, assim como o Vasco, alcançou 14 empates. O Fogão está sentindo muito as ausências do contundido Maicosuel e do irresponsável Jóbson.
- As vitórias de Santos e Internacional, sobre os “Atléticos” Paranaense e Mineiro, respectivamente, encheram o confronto entre os dois, que ocorrerá na quarta-feira, de expectativas. Espero um grande jogo e um espetacular duelo entre Neymar e D’Alessandro.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 28ª RODADA
Fluminense 0 x 3 Santos
Guarani 1 x 1 Botafogo
Grêmio 4 x 0 Grêmio Prudente
São Paulo 2 x 0 Vitória
Atlético-MG 2 x 1 Corinthians
Ceará 1 x 0 Internacional
Atlético-PR 0 x 0 Vasco
Goiás 0 x 1 Cruzeiro
Palmeiras 4 x 1 Avaí
Flamengo 2 x 0 Atlético-GO
Flamengo 2 x 0 Atlético Goianiense – Estádio da Cidadania, Volta Redonda (RJ)
Contando com uma noite inspiradíssima do estreante treinador Vanderlei Luxemburgo, o Flamengo bateu o Atlético Goianiense por 2 x 0 e conquistou importantes três pontos na briga para fugir da degola.
A noite iluminada de Luxa começou pouco tempo depois do apito inicial, sendo mais exato, aos 17 minutos do 1º tempo. O motivo? Com a contusão do atacante Diogo, o treinador acertou em cheio ao colocar Diego Maurício em campo. Não que o “Drogbinha”, como é conhecido o jovem avante rubronegro, tenha jogado uma barbaridade – longe disso – porém, durante os sonolentos primeiros 45 minutos, ele mostrou bastante vontade e foi o principal homem de frente da equipe. As únicas tramas ofensivas dignas de nota em toda a etapa inicial foram uma cabeçada de Willians, após cobrança de falta do Petkovic, e um chute longo do Correa depois de jogada de Diego Maurício. “E o Atlético-GO?” – você deve estar se perguntando -, não assustou o goleiro Marcelo Lomba em nenhuma oportunidade. Buscando uma explicação para o fraco desempenho ofensivo rubronegro no 1º tempo, creio que a ausência do Léo Moura no campo de ataque seja a melhor justificativa. Dando uma de auxiliar técnico do Luxemburgo, nesta partida, o Fla apresentou o setor de meio-campo esquematizado em um losango, com Willians de primeiro volante, Correa pela direita, Kléberson pela esquerda e Pet na ponta ofensiva. Em minha opinião, por possuir maior profundidade e por cometer faltas em excesso, o Willians deverá render mais se atuar como volante pela direita, no lugar do Correa. Nesta posição o Willians poderá explorar sua velocidade para as jogadas de fundo com o Léo Moura e não cometerá tantas faltas na entrada da área flamenguista. Já o dono da vaga de primeiro volante seria o Maldonado, que está servindo a Seleção Chilena.
Após o intervalo, o Flamengo voltou eletrizante e quase abriu o placar com apenas um minutinho, em novo chute longo do Correa. No entanto, a atuação rubronegra logo voltou ao ritmo da 1ª etapa, ou seja, sem verticalidade, velocidade e poder de pentração. Com o relógio apontando 30 minutos, apenas uma jogada do D. Maurício e um arremate longo do Petkovic haviam levado perigo à meta defendida pelo goleiro goiano Márcio. Até que, para a alegria da já irritada torcida, veio o golpe de mestre de Vanderlei quando Marquinhos dominou a redonda pela direita e a cruzou de maneira milimétrica para Val Baiano sacudir o filó. Isso mesmo! Não é mentira! Gol de Val Baiano! E com cruzamento do Marquinhos! Tacada iluminada do Luxa ao apostar e colocar em campo em dois jogadores que estavam praticamente descartados para o restante da temporada. Para fechar o caixão do apático Atlético-GO, Diego Maurício coroou sua boa atuação balançando as redes com um belo arremate, aos 41 minutos.
Para ajudar ainda mais o Flamengo, Prudente, Goiás, Avaí e Vitória, adversários diretos no fundo da tabela, perderam seus jogos e permitiram ao Mengão alcançar a 14ª colocação e abrir 5 pontos da zona. Que o Luxa terá que trabalhar muito para transformar este Flamengo em um time bom eu não tenho nenhuma dúvida. Mas que ele chegou trazendo sorte, isso chegou.
Guarani 1 x 1 Botafogo
Grêmio 4 x 0 Grêmio Prudente
São Paulo 2 x 0 Vitória
Atlético-MG 2 x 1 Corinthians
Ceará 1 x 0 Internacional
Atlético-PR 0 x 0 Vasco
Goiás 0 x 1 Cruzeiro
Palmeiras 4 x 1 Avaí
Flamengo 2 x 0 Atlético-GO
Flamengo 2 x 0 Atlético Goianiense – Estádio da Cidadania, Volta Redonda (RJ)
Contando com uma noite inspiradíssima do estreante treinador Vanderlei Luxemburgo, o Flamengo bateu o Atlético Goianiense por 2 x 0 e conquistou importantes três pontos na briga para fugir da degola.
A noite iluminada de Luxa começou pouco tempo depois do apito inicial, sendo mais exato, aos 17 minutos do 1º tempo. O motivo? Com a contusão do atacante Diogo, o treinador acertou em cheio ao colocar Diego Maurício em campo. Não que o “Drogbinha”, como é conhecido o jovem avante rubronegro, tenha jogado uma barbaridade – longe disso – porém, durante os sonolentos primeiros 45 minutos, ele mostrou bastante vontade e foi o principal homem de frente da equipe. As únicas tramas ofensivas dignas de nota em toda a etapa inicial foram uma cabeçada de Willians, após cobrança de falta do Petkovic, e um chute longo do Correa depois de jogada de Diego Maurício. “E o Atlético-GO?” – você deve estar se perguntando -, não assustou o goleiro Marcelo Lomba em nenhuma oportunidade. Buscando uma explicação para o fraco desempenho ofensivo rubronegro no 1º tempo, creio que a ausência do Léo Moura no campo de ataque seja a melhor justificativa. Dando uma de auxiliar técnico do Luxemburgo, nesta partida, o Fla apresentou o setor de meio-campo esquematizado em um losango, com Willians de primeiro volante, Correa pela direita, Kléberson pela esquerda e Pet na ponta ofensiva. Em minha opinião, por possuir maior profundidade e por cometer faltas em excesso, o Willians deverá render mais se atuar como volante pela direita, no lugar do Correa. Nesta posição o Willians poderá explorar sua velocidade para as jogadas de fundo com o Léo Moura e não cometerá tantas faltas na entrada da área flamenguista. Já o dono da vaga de primeiro volante seria o Maldonado, que está servindo a Seleção Chilena.
Após o intervalo, o Flamengo voltou eletrizante e quase abriu o placar com apenas um minutinho, em novo chute longo do Correa. No entanto, a atuação rubronegra logo voltou ao ritmo da 1ª etapa, ou seja, sem verticalidade, velocidade e poder de pentração. Com o relógio apontando 30 minutos, apenas uma jogada do D. Maurício e um arremate longo do Petkovic haviam levado perigo à meta defendida pelo goleiro goiano Márcio. Até que, para a alegria da já irritada torcida, veio o golpe de mestre de Vanderlei quando Marquinhos dominou a redonda pela direita e a cruzou de maneira milimétrica para Val Baiano sacudir o filó. Isso mesmo! Não é mentira! Gol de Val Baiano! E com cruzamento do Marquinhos! Tacada iluminada do Luxa ao apostar e colocar em campo em dois jogadores que estavam praticamente descartados para o restante da temporada. Para fechar o caixão do apático Atlético-GO, Diego Maurício coroou sua boa atuação balançando as redes com um belo arremate, aos 41 minutos.
Para ajudar ainda mais o Flamengo, Prudente, Goiás, Avaí e Vitória, adversários diretos no fundo da tabela, perderam seus jogos e permitiram ao Mengão alcançar a 14ª colocação e abrir 5 pontos da zona. Que o Luxa terá que trabalhar muito para transformar este Flamengo em um time bom eu não tenho nenhuma dúvida. Mas que ele chegou trazendo sorte, isso chegou.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 7ª RODADA
RESULTADOS
Wigan 2 - 0 Wolverhampton
Birmingham 0 - 2 Everton
Stoke City 1 - 0 Blackburn
Sunderland 0 - 0 Manchester United
Tottenham 2 - 1 Aston Villa
West Bromwich 1 - 1 Bolton
West Ham 1 - 1 Fulham
Manchester City 2 - 1 Newcastle
Liverpool 1 - 2 Blackpool
Chelsea 2 - 0 Arsenal
ARTILHEIROS (todos com 6 gols)
Dimitar Berbatov (Manchester United)
Florent Malouda (Chelsea)
Didier Drogba (Chelsea)
COMENTÁRIOS
Manchester City 2 x 1 Newcastle – City of Manchester Stadium
Provando que vai brigar na parte de cima da tabela, o City bateu o Newcastle em uma dura partida. Novamente contando com apenas Tévez de atacante, tendo Milner e David Silva pelas pontas e o (ex-)volante Yayá Touré como responsável por organizar as jogadas pelo centro, o City abriu o placar aos 17 minutos em cobrança de pênalti do Tévez, sofrida por ele mesmo. No entanto o golpe não foi acusado pelo Newcastle que chegou rapidamente ao empate. Se aos 22 o zagueiro Coloccini esteve perto das redes, em bom lance do Gutiérrez, no minuto seguinte o mesmo Gutiérrez igualou o escore em belíssima jogada. Sempre pela esquerda e apresentando muita velocidade e verticalidade, Gutiérrez infernizou o sistema defensivo rival. Diante desta excelente 1ª etapa do Gutiérrez como meia-esquerda e voltando o pensamento até a última Copa do Mundo, fico me perguntando qual foi o critério adotado pelo treinador argentino Maradona para escalá-lo como lateral-direito. De volta ao jogo, a segunda metade do 1º tempo foi equilibrada, com o Newcastle atacando pela esquerda e o City chegando em um chute longo do Milner e uma infiltrada do volante Barry. Após o intervalo, o Newcastle caiu no erro das equipes que estão satisfeitas com o resultado e recuou excessivamente. Aos 9 minutos, Tévez obrigou o goleiro Krul a trabalhar após trama de Y. Touré e D. Silva, porém o City só conseguiu pressionar com a entrada do Adebayor no lugar do Y. Touré. Com poucos minutos em campo Adebayor causou um pandemônio na defesa do Newcastle e mostrou que não tem nenhum motivo para Tévez ser escalado como único atacante. E os anfitriões melhoraram ainda mais com a entrada de Adam Johnson no lugar do Barry. Com muita qualidade ofensiva em campo, o City retomou a frente aos 29 minutos, em um lindo gol de Johnson que entrou costurando pela direita e bateu com precisão. Nos últimos 15 minutos, o duelo permaneceu agitado, com Johnson produzindo mais um bom lance, o Newcastle passando perto do empate com o zagueiro Willianson e, por fim, Lescott desperdiçando a chance de marcar o terceiro gol do City após ótima jogada do D.Silva. Porém, apesar destas chances, o placar terminou mesmo 2 x 1.
Chelsea 2 x 0 Arsenal – Stamford Bridge
Em um clássico emocionante o Chelsea superou o Arsenal e abriu quatro pontos na liderança da competição. De maneira surpreendente, o Arsenal ignorou o fato de enfrentar o líder fora de casa e partiu para o ataque desde o apito inicial. Dos 20 segundos, em cabeçada do atacante Chamakh que passou perto, até os 31 minutos, em arremate do Nasri, passando por uma cabeçada dentro da pequena área do zagueiro Koscielny e duas jogadaças do Arshavin que fizeram o goleiro Peter Cech trabalhar muito, o Arsenal teve o domínio do confronto. Enquanto isso, o Chelsea tentava contra-atacar e se aproveitar das bolas paradas, mas, exceto uma cabeçada do Essien, nada produziu ofensivamente. Entretanto, bastou 5 minutos e duas finalizações do Drogba para os “Blues” saírem na frente. Primeiro, aos 34, Essien encontrou Drogba na direita e o marfinense obrigou Fabianski a realizar boa defesa. Depois, aos 39, Ramires deu perfeito passe para Ashley Cole cruzar e Drogba, com um magistral toque de letra, inaugurar o marcador. Após o intervalo, o Arsenal voltou como no início do derby e, em 12 minutos, passou perto de empatar em duas finalizações do atacante Chamakh e uma do meia Diaby. Se nos primeiros minutos desta etapa o Arsenal foi mais perigoso, o Chelsea, se aproveitando dos espaços cedidos e de uma falha bisonha da defesa do Arsenal na saída de bola, chegou duas vezes com o Anelka, que inclusive perdeu um gol após driblar o Fabianski. Os “Gunners”, novamente com o impreciso Chamakh, ainda desperdiçaram mais uma oportunidade aos 35 minutos, antes do zagueiro brazuca Alex mandar um verdadeiro foguete em cobrança de falta e dar números finais ao clássico. E poderia ter sido de mais, já que o Arsenal sentiu o segundo gol sofrido e os “Blues” ainda tiveram chances de sacudir o filó duas vezes com o Essien e uma com o A. Cole. O apito final deixou felizes os torcedores do Chelsea e os brasileiros. O motivo? Além do golaço do Alex, o meia Ramires enfim teve uma grande atuação, marcando presença no campo defensivo e participando dos contra-golpes e das tramas de ataque. Se mantiver o nível, será importantíssimo para a sequência do Chelsea, tanto na Premier League quanto na Champions League.
domingo, 3 de outubro de 2010
CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 27ª RODADA
Vasco 3 x 2 Goiás
Corinthians 2 x 2 Ceará
Santos 1 x 1 Palmeiras
Grêmio Prudente 1 x 1 Fluminense
Vitória 0 x 3 Grêmio
Cruzeiro 0 x 0 Atlético-PR
Internacional 3 x 0 Guarani
Botafogo 1 x 1 Flamengo
Atlético-GO 2 x 3 Atlético-MG
Avaí 0 x 0 São Paulo
Botafogo 1 x 1 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Em um clássico bastante movimentado e imprevisível, Flamengo e Botafogo empataram em 1 x 1 no Engenhão e mantiveram suas colocações, respectivamente 15º e 6º lugares, na tabela de classificação. No fim das contas, o empate acabou sendo ruim para ambos, já que o Bota perdeu a chance de encostar no G3 e o Fla de se afastar da zona da degola.
De maneira muito surpreendente o Flamengo não deixou os fatores extra-campo interferirem após o apito inicial e conseguiu apresentar um grande futebol nos primeiros 45 minutos do clássico. O treinador Silas – que provavelmente está de saída do Rubronegro – escalou a equipe de maneira inteligente, optando por três zagueiros e dando liberdade para Léo Moura e Renato Abreu organizarem a equipe pelos flancos. A escolha se mostrou bastante acertada e o Flamengo, alternando ataques pela direita e pela esquerda, conseguiu criar nada menos do que sete oportunidades de balançar as redes durante a 1ª etapa. Diferentemente do que conseguiu o treinador palmeirense Felipão, na semana passada quando venceu o Fla no Engenhão, o comandante botafoguense Joel Santana não conseguiu anular o poder flamenguista pelos lados do campo. Além dos alas, quem também se destacou pelo lado rubronegro foi o meia Kléberson, participando das ações ofensivas como raramente se viu desde que chegou ao clube. No entanto, em mais uma prova de que futebol e lógica não combinam em nada, o jogo foi para o intervalo com o Botafogo vencendo por 1 x 0, gol marcado no único chute alvinegro que foi na meta adversária em toda a etapa, uma sensacional cobrança de falta do Lúcio Flávio.
O início do 2º tempo já fez o torcedor flamenguista prender a respiração quando o Edno colocou a redonda na cabeça do Loco Abreu e a finalização passou raspando o poste, numa das poucas vezes que o uruguaio foi procurado em campo. E o passar do tempo mostrou um Flamengo muito mais frágil ofensivamente do que na etapa inicial, com os ataques pelos flancos se tornando cada vez mais infrutíferos. E para piorar a situação do Fla, quanto mais a equipe se abria, mais o Botafogo ganhava espaços para contra-atacar, como mostrou a arrancada do Alessandro cuja finalização passou raspando o poste rubronegro. O aparecimento de um jogador em especial foi responsável pela evolução defensiva do Bota na 2ª etapa: Leandro Guerreiro. Envolvido juntamente com seus companheiros durante o 1º tempo, Leandro Guerreiro foi um leão na etapa final, apresentando todas suas qualidades na marcação individual e nas antecipações das jogadas. No entanto, aos 29 minutos, em um lance que tinha tudo para terminar em lateral para o Fla, Alessandro demorou para chutar a redonda para frente, a perdeu para Angelim, cometeu pênalti e foi expulso. Que erro infantil! Na cobrança da penalidade, Petkovic bateu nas mãos de Jefferson, mas no rebote Léo Moura completou para o fundo das redes. Aproveitando o espaço, é impossível não bater palmas para as recentes atuações do lateral rubronegro Léo Moura. Novamente, desta vez em um período no qual o Flamengo apresenta uma gigante carência no setor de criatividade, Léo Moura vem sendo essencial para a equipe. Impressionante como o Flamengo o busca a todo momento em campo, tornando-o, sem dúvidas, o principal jogador da equipe.
Com a chegada do empate e um homem a mais em campo, o Flamengo tinha tudo para buscar a virada. Entretanto, três minutos após igualar o escore, em um erro tão infantil quanto o do Alessandro, Renato Abreu cometeu falta dura e também foi mais cedo para o chuveiro. Daí até o final o confronto permaneceu tenso e indefinido, apesar de não farto em oportunidades de gols. Na única chance clara de modificação no placar, Loco Abreu arrematou de longe e obrigou Marcelo Lomba a realizar boa defesa. O apito final trouxe lamentação para o torcedor botafoguense, que se vencesse ficaria apenas três pontos atrás do Cruzeiro, e uma sensação no torcedor rubronegro de que, se apresentasse sempre o futebol da 1ª etapa, a equipe certamente estaria em melhor situação.
TRÊS TOQUES!
- Dos dez jogos da rodada, seis terminaram empatados. Dos sete primeiros colocados na tabela, apenas o Internacional saiu de campo sem empatar, tendo conquistado uma bela vitória de 3 x 0 sobre o Guarani. Acredito que, apesar de ainda possuir um jogo a menos, ainda é cedo para transformar o Internacional em forte candidato ao título. Porém, estou longe de descartar os colorados da briga pelo caneco.
- Dando sequência ao excelente 2º turno que vem realizando, o Grêmio sapecou 3 x 0 no Vitória em pleno Barradão. Esta foi a quarta vitória seguida do Tricolor Gaúcho fora de seus domínios. Correndo por fora, o Grêmio já assumiu a liderança isolada do 2º turno, com 19 pontos em 8 jogos e, se mantiver o embalo, pode começar a sonhar com Libertadores.
- Enfim Dorival Junior conseguiu sua primeira vitória no comando do Atlético Mineiro. A situação do Galo ainda é delicadíssima, porém, apesar de acreditar que Dorival deveria estar tirando férias, acredito que ele conseguirá salvar o clube de mais um rebaixamento.
Corinthians 2 x 2 Ceará
Santos 1 x 1 Palmeiras
Grêmio Prudente 1 x 1 Fluminense
Vitória 0 x 3 Grêmio
Cruzeiro 0 x 0 Atlético-PR
Internacional 3 x 0 Guarani
Botafogo 1 x 1 Flamengo
Atlético-GO 2 x 3 Atlético-MG
Avaí 0 x 0 São Paulo
Botafogo 1 x 1 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Em um clássico bastante movimentado e imprevisível, Flamengo e Botafogo empataram em 1 x 1 no Engenhão e mantiveram suas colocações, respectivamente 15º e 6º lugares, na tabela de classificação. No fim das contas, o empate acabou sendo ruim para ambos, já que o Bota perdeu a chance de encostar no G3 e o Fla de se afastar da zona da degola.
De maneira muito surpreendente o Flamengo não deixou os fatores extra-campo interferirem após o apito inicial e conseguiu apresentar um grande futebol nos primeiros 45 minutos do clássico. O treinador Silas – que provavelmente está de saída do Rubronegro – escalou a equipe de maneira inteligente, optando por três zagueiros e dando liberdade para Léo Moura e Renato Abreu organizarem a equipe pelos flancos. A escolha se mostrou bastante acertada e o Flamengo, alternando ataques pela direita e pela esquerda, conseguiu criar nada menos do que sete oportunidades de balançar as redes durante a 1ª etapa. Diferentemente do que conseguiu o treinador palmeirense Felipão, na semana passada quando venceu o Fla no Engenhão, o comandante botafoguense Joel Santana não conseguiu anular o poder flamenguista pelos lados do campo. Além dos alas, quem também se destacou pelo lado rubronegro foi o meia Kléberson, participando das ações ofensivas como raramente se viu desde que chegou ao clube. No entanto, em mais uma prova de que futebol e lógica não combinam em nada, o jogo foi para o intervalo com o Botafogo vencendo por 1 x 0, gol marcado no único chute alvinegro que foi na meta adversária em toda a etapa, uma sensacional cobrança de falta do Lúcio Flávio.
O início do 2º tempo já fez o torcedor flamenguista prender a respiração quando o Edno colocou a redonda na cabeça do Loco Abreu e a finalização passou raspando o poste, numa das poucas vezes que o uruguaio foi procurado em campo. E o passar do tempo mostrou um Flamengo muito mais frágil ofensivamente do que na etapa inicial, com os ataques pelos flancos se tornando cada vez mais infrutíferos. E para piorar a situação do Fla, quanto mais a equipe se abria, mais o Botafogo ganhava espaços para contra-atacar, como mostrou a arrancada do Alessandro cuja finalização passou raspando o poste rubronegro. O aparecimento de um jogador em especial foi responsável pela evolução defensiva do Bota na 2ª etapa: Leandro Guerreiro. Envolvido juntamente com seus companheiros durante o 1º tempo, Leandro Guerreiro foi um leão na etapa final, apresentando todas suas qualidades na marcação individual e nas antecipações das jogadas. No entanto, aos 29 minutos, em um lance que tinha tudo para terminar em lateral para o Fla, Alessandro demorou para chutar a redonda para frente, a perdeu para Angelim, cometeu pênalti e foi expulso. Que erro infantil! Na cobrança da penalidade, Petkovic bateu nas mãos de Jefferson, mas no rebote Léo Moura completou para o fundo das redes. Aproveitando o espaço, é impossível não bater palmas para as recentes atuações do lateral rubronegro Léo Moura. Novamente, desta vez em um período no qual o Flamengo apresenta uma gigante carência no setor de criatividade, Léo Moura vem sendo essencial para a equipe. Impressionante como o Flamengo o busca a todo momento em campo, tornando-o, sem dúvidas, o principal jogador da equipe.
Com a chegada do empate e um homem a mais em campo, o Flamengo tinha tudo para buscar a virada. Entretanto, três minutos após igualar o escore, em um erro tão infantil quanto o do Alessandro, Renato Abreu cometeu falta dura e também foi mais cedo para o chuveiro. Daí até o final o confronto permaneceu tenso e indefinido, apesar de não farto em oportunidades de gols. Na única chance clara de modificação no placar, Loco Abreu arrematou de longe e obrigou Marcelo Lomba a realizar boa defesa. O apito final trouxe lamentação para o torcedor botafoguense, que se vencesse ficaria apenas três pontos atrás do Cruzeiro, e uma sensação no torcedor rubronegro de que, se apresentasse sempre o futebol da 1ª etapa, a equipe certamente estaria em melhor situação.
TRÊS TOQUES!
- Dos dez jogos da rodada, seis terminaram empatados. Dos sete primeiros colocados na tabela, apenas o Internacional saiu de campo sem empatar, tendo conquistado uma bela vitória de 3 x 0 sobre o Guarani. Acredito que, apesar de ainda possuir um jogo a menos, ainda é cedo para transformar o Internacional em forte candidato ao título. Porém, estou longe de descartar os colorados da briga pelo caneco.
- Dando sequência ao excelente 2º turno que vem realizando, o Grêmio sapecou 3 x 0 no Vitória em pleno Barradão. Esta foi a quarta vitória seguida do Tricolor Gaúcho fora de seus domínios. Correndo por fora, o Grêmio já assumiu a liderança isolada do 2º turno, com 19 pontos em 8 jogos e, se mantiver o embalo, pode começar a sonhar com Libertadores.
- Enfim Dorival Junior conseguiu sua primeira vitória no comando do Atlético Mineiro. A situação do Galo ainda é delicadíssima, porém, apesar de acreditar que Dorival deveria estar tirando férias, acredito que ele conseguirá salvar o clube de mais um rebaixamento.
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