domingo, 31 de janeiro de 2010
COPA DA ÁFRICA 2010 - FINAL
Em uma partida que, se não foi emocionante, prendeu a atenção tamanho o equilíbrio entre os finalistas, o Egito venceu Gana e conquistou o Tri-Campeonato da Copa da África. Vamos ver como foi a decisão.
Egito 1 x 0 Gana
Incontestável! Após realizar uma campanha de 6 vitórias em 6 jogos, sendo 4 destas contra rivais que estão classificados para a Copa do Mundo (Nigéria, Camarões, Argélia e Gana), o Egito conquistou a Copa da África de 2010.
Desde o apito inicial, o duelo entre Egito e Gana teve cara de decisão. Nos primeiros minutos da 1ª etapa, a Seleção de Gana, diferente do esperado, adotou uma postura ofensiva. Por que digo diferente do esperado? As últimas três vitórias de Gana na competição foram pelo placar de 1 x 0 e, em todas elas, Gana adotou uma estratégia defensiva. Porém, apesar de iniciar a partida atacando, os ganeses não conseguiram levar perigo ao goleirão egípcio El Hadary. Passado este período inicial, o Egito passou a controlar a posse de bola e tomou as rédeas do jogo, mas, assim como Gana, não criou claras oportunidades de sacudir o filó. Acredito que um fator foi essencial para a falta de qualidade ofensiva mostrada pelo Egito na 1ª etapa: a péssima atuação do meia Ahmed Hassan. O experiente Hassan, sem nenhuma dúvida um dos melhores jogadores do torneio, não conseguiu acertar bons passes, o que deixou a dupla de ataque Meteeb e Zidan (Borussia Dortmund-ALE) inutilizada, e seus chutes longos não tinham nenhuma direção. Tão baixa produtividade ofensiva de ambas as equipes fez o jogo ir para o intervalo com o placar inalterado.
No 2º tempo, quem resolveu aparecer na partida foi o atacante ganês Gyan (Rennes-FRA). Assim como Hassan, Gyan também está entre os melhores jogadores do torneio, porém a postura defensiva adotada por Gana o deixa sempre muito isolado no ataque. Nesta partida em especial, como seu municiador, o meia Asamoah (Udinese-ITA), não estava muito inspirado, Gyan tentou resolver sozinho. E quase conseguiu. Enquanto o Egito permanecia com seus ataques improdutivos, para se ter uma idéia o bom e ofensivo lateral El-Mohamedy praticamente não foi notado em campo, Gyan fez o torcedor egípcio roer as unhas. Em dois chutes de longa distância e duas cobranças de falta, o atacante ganês assustou muito o El Hadary. Aposto que em pouco tempo o Gyan estará em um clube europeu de maior destaque. Porém, como eu adoro dizer, futebol e lógica não possuem nenhum parentesco e justamente quando Gana se mostrava superior em campo, o Egito marcou um golaço e garantiu o caneco.
Um fato impressionante está relacionado ao gol do título. Nas cinco partidas anteriores realizadas pelo Egito na competição, o meia Geddo entrou no 2º tempo em todas elas e já havia balançado as redes por 4 vezes. Com certeza ele já merecia ser chamado de amuleto da sorte, mas o melhor ainda estava guardado. Faltando 20 minutos para o fim do jogo, o treinador Hassan Shehata decidiu colocar seu iluminado jogador em campo. Com o crescimento de Gana na partida, parecia que dessa vez o Geddo não conseguiria mostrar sua mágica. Porém, aos 40 minutos, o “Amuleto Egípcio” recebeu a pelota na ponta direita, tabelou com Zidan e, com uma categoria imensa, colocou a bola no fundo do gol. Seis jogos entrando no 2º tempo, 5 gols marcados e o gol do título. Sensacional!
A Seleção de Gana merece elogios por, mesmo com importantíssimos desfalques, entre eles o contundido Essien (Chelsea-ING), conseguiu com uma equipe jovem chegar perto do título. E o Egito, que inexplicavelmente não vai a uma Copa do Mundo desde 1990, conseguiu seu terceiro título seguido da Copa da África. Todos eles de maneira invicta.
PARABÉNS, FARAÓS!
TAÇA GUANABARA - 5ª RODADA PARTE 1
Americano 1x3 Volta Redonda
Grupo B
Resende 4x2 Tigres
Botafogo 2x1 América
Olá amigos do FUTEBOLA!
Na abertura da 5ª rodada da Taça GB, o Botafogo manteve sua constância. Assim como nas vitórias anteriores, o Fogão não foi superior ao adversário de menor porte e, mesmo assim, garantiu os 3 pontos. Vamos ver como foi o duelo entre Fogão e Sangue.
Botafogo 2 x 1 América – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Em uma partida equilibradíssima e que só foi decidida nos minutos finais, o Botafogo bateu o América na estréia de Joel Santana como treinador.
Com a intenção de diminuir a quantidade de espaços encontrados no setor defensivo botafoguense nas partidas anteriores, Joel Santana decidiu estrear utilizando a formação com 3 defensores. A idéia de que um zagueiro a mais do que nas últimas partidas poderia dar maior segurança defensiva ao Fogão foi por água abaixo em apenas 3 minutos de jogo, tempo suficiente para o América organizar duas excelentes jogadas pelo lado direito da partida e quase abrir o marcador. E esta foi a tônica do 1º tempo, um América com ótimo controle da posse de bola, trabalhando pelos dois lados do campo, arriscando chutes longos e estando sempre perto de balançar as redes. O principal destaque americano foi justamente o que marcou o gol rubro. Um lindo cruzamento da esquerda do lateral Gérson chegou à cabeça do Adriano, absurdamente sozinho dentro da área alvi-negra, e ele não desperdiçou a chance de abrir o placar. O atacante Adriano fez uma partida excelente, se movimentando bastante no ataque e incomodando demais os defensores adversários. Somente aos 35 minutos que o Botafogo conseguiu, enfim, organizar sua primeira jogada ofensiva com qualidade. Isso mesmo, o Fogão passou mais de meia hora de jogo sem nada criar ofensivamente e, claro, o sumiço do Lúcio Flávio em campo está diretamente relacionado com este fato. A jogada trabalhada pelo lado esquerdo, com a participação do lateral Marcelo Cordeiro, terminou na cabeça de Loco Abreu e no fundo da rede. Apesar de não estar mostrando nada de brilhante, o centroavante uruguaio realmente sabe trabalhar dentro da área. A consciência que ele possui nas jogadas de bola aérea é digna de muitos elogios. Pode ser na finalização ou nas assistências com a cabeça, como mostrou no gol do Antônio Carlos contra o Tigres, na última rodada, Loco Abreu mostra que conhece muito do assunto.
Após o intervalo, Joel decidiu abandonar os três zagueiros com a entrada de Diguinho no lugar de Wellington. Com isso o Botafogo ficou mais organizado e ganhou o controle do jogo, certo? Errado! O América, assim como na 1ª etapa, manteve sua equipe a maior parte do tempo no campo ofensivo e com um jogo bem balanceado pelos lados do campo, com os laterais Claudemir e Gérson, permaneceu melhor. Porém, apesar do domínio, as chances claras de gols não apareciam e apenas uma jogada entre o meia Jones e o Adriano esteve perto de colocar o América em vantagem, até a parada técnica aos 20 minutos. Foi somente a partir desta pausa que o Botafogo conseguiu realmente levar perigo ao goleiro Roberto e, como o Glorioso permanecia muito frágil defensivamente, o jogo se tornou muito aberto. Herrera, para variar, se esforçava para colocar o Fogão na frente, como em um chutaço da ponta direita da área que Roberto salvou e Loco Abreu não aproveitou o rebote. Já o América, com sua postura muito ofensiva, permitia até a chegada dos volantes, como no lindo lance de Júnior que entrou costurando na área alvi-negra e quase marcou um gol antológico. Era um jogão de bola, daqueles que a tensão podia ser sentida e que qualquer falha seria decisiva. E o América bobeou feio. Aos 42 minutos, o lateral Gérson foi sair jogando, perdeu a pelota para o jovem atacante Caio, que havia entrado no 2º tempo, que arrancou com muita velocidade e deu a vitória ao Fogão.
Após o jogo, Lúcio Flávio disse que o importante no momento é o Botafogo conquistar os três pontos. Não concordo com o capitão do Bota e repito aqui o que disse após o jogo contra o Tigres. Se o Fogão quiser apenas passar de fase, pode se preocupar apenas com o resultado. Porém, se quer encarar Fla, Flu e Vasco de igual para igual, precisa começar a jogar mais futebol.
JOGADA RÁPIDA!
E o Americano não é mais o mesmo. Para quem estava acostumado com a equipe de Campos aprontando no Cariocão, a campanha com 5 jogos e 5 derrotas realizada pelo Cano é assustadora.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
COPA DA ÁFRICA 2010 - SEMI-FINAL
Olá amigos do FUTEBOLA!
Já está decidido o primeiro finalista da Copa da África. Após eliminar Angola nas quartas-de-final e vencer a Nigéria nas semis, Gana chega com todos os méritos na decisão do torneio. Vamos ver como foi o duelo entre "Estrelas Negras" e "Super Águias".
Gana 1 x 0 Nigéria
Utilizando a mesma estratégia das vitórias anteriores, a Seleção de Gana bateu a Nigéria por 1 a 0 e está na final da Copa Africana de Nações.
Na partida da 1ª fase contra Burkina Faso, Gana precisava da vitória para poder se classificar e após abrir o placar, ainda no 1º tempo, recuou sua equipe e segurou o jogo sem ter problemas. Nas quartas-de-final contra Angola, novamente Gana saiu na frente, com um golaço do atacante Gyan (Rennes-FRA), e utilizou a tática de recuar e buscar os contra-ataques. Se não foi feliz nos contra-golpes, conseguiu segurar a desordenada pressão dos anfitriões e se classificou para as semi-finais para enfrentar a Nigéria. E este duelo contra as “Super Águias” pareceu um replay do jogo contra os angolanos. Aos 20 minutos da 1ª etapa, o camisa 10 Asamoah (Udinese-ITA) cobrou córner com perfeição, Gyan acertou linda cabeçada e colocou as “Estrelas Negras” em vantagem. Pronto! Bastou abrir 1 a 0 no placar para Gana novamente se segurar no campo defensivo. Com exceção de um chute longo do Gyan, que diga-se de passagem está na briga para ser o melhor jogador do torneio, apenas a Nigéria criou jogadas ofensivas durante todo o restante da partida.
Com sua equipe postada no campo de ataque e sem precisar se preocupar com os contra-ataques ganeses, que não existiam e deixavam o Gyan completamente isolado, a Nigéria buscou o gol por mais de 70 minutos. E não conseguiu. O fato de possuir bons jogadores ofensivos, como o Obasi (Hoffeinheim-ALE) e Odemwingie (Lokomotiv Moskow-RUS), não foi o suficiente para a Nigéria conquistar a classificação. O principal motivo? A gigante falta de qualidade nas finalizações. Os dois citados jogadores mais Oba Oba Martins (Wolfsburg-ALE) e Yakubu (Everton-ING) erraram muitas finalizações e pouco assustaram o goleiro ganês Kingson (Wigan-ING). Mesmo tendo mostrado uma grande variedade de jogadas ofensivas, atacando pela direita, pela esquerda e pelo meio, os nigerianos não concluíram sequer uma jogada com qualidade.
Contra as desorganizadas equipes de Burkina Faso, Angola e Nigéria, o sistema defensivo de Gana, que está longe de ser uma “muralha” conseguiu segurar a vantagem e colocar a equipe na decisão. Vale ressaltar que mesmo desfalcado de jogadores de ótima qualidade, como o Essien (Chelsea-ING) e Muntari (Internazionale-ITA), que são importantes em duas das melhores equipes do mundo, Gana conseguiu chegar na decisão, algo que os badalados Camarões e Costa do Marfim passaram longe. Méritos para a boa equipe do técnico Rajevac.
TAÇA GUANABARA - 4ª RODADA
Olaria 2x0 Bangu
Flamengo 3x2 Americano
Volta Redonda 3x0 Boavista
Grupo B
Tigres 1x2 Botafogo
Madureira 2x1 Friburguense
América 2x2 Resende
Olá amigos do FUTEBOLA!
Na abertura da 4ª rodada da Taça Guanabara, Flamengo e Botafogo suaram muito a camisa para vencerem seus jogos. E tem mais! Esses jogos de quarta-feira serviram para colocar Madureira e Olaria na parte de cima da tabela. É bom os "grandes" não acharem que estão garantidos na próxima fase. Vamos aos comentários sobre a dura vitória do Fogão.
Tigres 1 x 2 Botafogo – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Assim como na vitória contra o Friburguense na 2ª rodada, o Botafogo novamente conseguiu conquistar os 3 pontos, mesmo sem ser superior ao seu adversário, e impediu que uma crise gigante assolasse o clube.
Apesar de ter saído para o intervalo vencendo a partida por 1 a 0, o Botafogo não conseguiu, em nenhum momento dos primeiros 45 minutos , controlar as ações do jogo e dominar o Tigres. Muito pelo contrário, foi a equipe de Xerém que criou o maior número de oportunidades de balançar as redes. Só para exemplificar a superioridade ofensiva do Tigres, o centroavante Gilcimar perdeu nada menos do que 3 claríssimas oportunidades de sacudir o filó. Jogada criada pelo lateral-esquerdo Selico, pelo lateral-direito Oziel e até mesmo em um tiro de meta mal cobrado pelo goleiro alvi-negro Jefferson, não importava como Gilcimar recebia a pelota, ele não conseguia marcar o gol. Vale ressaltar aqui a enorme fragilidade mostrada pelo setor defensivo do Botafogo, que deixava o adversário trabalhar com muita liberdade tanto fora quanto dentro da área. Joel vai ter muito trabalho para arrumar o setor. Sobre o Tigres, gostaria de destacar o Oziel. Dos jogadores das equipes “pequenas” que eu assisti até o momento, foi ele quem mais me chamou a atenção. Assim como na estréia contra o Vasco, o lateral da equipe de Xerém mostrou muito poder ofensivo e participou das jogadas mais bem trabalhadas de seu time. O que salvou o Botafogo na 1ª etapa foi , para variar, a atuação do argentino Herrera. Além da costumeira raça mostrada pelo atacante do Fogão, foi de seus pés que saiu o gol alvi-negro, em uma jogada muito bem trabalhada pelo Lúcio Flávio, aos 14 minutos.
Acho bastante curioso a relação entre Lúcio Flávio e a torcida botafoguense. Além da citada participação no primeiro gol do Bota, ele continua sendo um expert nas bolas paradas. Exemplos: no 1º tempo ele colocou a pelota na cabeça de Fahel que quase ampliou a vantagem e, já após o intervalo, aos 6 minutos, deu um lindo cruzamento para Loco Abreu, que arrumou a bola para Antônio Carlos colocar 2 a 0 no placar. Enquanto isso, a vazia arquibancada de São Januário mostrava faixas de insultos ao capitão alvi-negro. Em minha opinião, Lúcio Flávio realmente vem apresentando um futebol bem abaixo do que pode, mas se está ruim com ele, ficará pior sem ele. Enquanto o seu papel deveria ser o de organizar a equipe, ditar o ritmo do jogo e segurar a bola quando a equipe estiver passando por momentos apertados, vemos que ele aparece apenas em alguns poucos lances das partidas. E mesmo assim continua sendo decisivo.
Com a vantagem de 2 gols no marcador, o Botafogo recuou para explorar a velocidade do Herrera e utilizar os contra-ataques, porém a expulsão do Leandro Guerreiro prejudicou bastante a estratégia da equipe. Apesar de todas as limitações técnicas, o Tigres foi para cima, construiu algumas jogadas pelos lados do campo e consegui diminuir o placar aos 41 minutos. O lateral-direito Oziel, já elogiado anteriormente, marcou um belo gol de falta e deu números finais ao jogo.
Esta foi a terceira vitória do Botafogo contra equipes de menor porte e, uma vez mais, não foi uma vitória convincente. Se o que o Fogão deseja é apenas passar de fase, pode se importar em apenas ganhar os três pontos, mas se deseja levantar o caneco, é muito bom começar a trabalhar bastante.
JOGADA RÁPIDA!
Bangu e Americano são as únicas equipes que perderam todos seus jogos até o momento no torneio e, mesmo assim, o Flamengo sofreu para vencer ambos. Neste duelo contra o Americano, o Fla só conseguiu mostrar um futebol de qualidade em um lance. E que lance! A tabelinha entre Adriano e Vagner Love, que gerou o terceiro gol rubro-negro, é daquelas para ser vista inúmeras vezes.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
GRANDES SELEÇÕES DA COPA DO MUNDO - ESCÓCIA 1974
ELENCO
Goleiro: David Harvey, Thomson Allan, Jim Stewart
Defensores: Sandy Jardine, Danny McGrain, Jim Holton, Martin Buchan, John Blackley, Willie Donachie, Gordon McQueen, Erich Schaedler
Meio - Campistas: Billy Bremner, David Ray, Jimmy Johnstone, Peter Cormack, Donald Ford, Tommy Hutchison
Atacantes: Peter Lorimer, Kenny Dalglish, Joe Jordan, Denis Law, Willie Morgan
Técnico: Willie Ormond
CAMPANHA
Escócia 2 x 0 Zaire
Escócia 0 x 0 Brasil
Escócia 1 x 1 Iuguslávia
A Copa do Mundo de 1974, na Alemanha Ocidental, ficou marcada pelo surgimento de uma Seleção que muitos consideram uma das melhores que a Copa já viu: o “Carrossel Holândes”. Krol, Cruyff, Neeskens e cia, encantaram o planeta bola com um futebol dinâmico e de uma qualidade técnica impressionante e só foram parados na final do torneio porque encontraram os anfitriões, comandados Franz Beckenbauer. Porém, o texto que vem a seguir, não é para falar sobre a “Laranja Mecânica”, mas sim de uma Seleção que, acreditem, foi eliminada na 1ª fase da competição tendo conquistado uma vitória e dois empates.
Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1974, a Escócia enfrentou a Tchecoslováquia e a Dinamarca na disputa pela vaga. Dois fatos merecem ser ressaltados: o primeiro deles é que a Escócia, ao conquistar a classificação, deixou fora da Copa do Mundo a Tchecoslováquia, que em 1976 conquistaria nada menos do que a Eurocopa e o outro destaque vai para a chinelada de 4 a 1 que a Escócia aplicou na Dinamarca, em Copenhage(DIN). Se a Escócia não chegava na Copa do Mundo para brigar pelo caneco, também estava longe de chegar para ser um saco de pancadas.
Como ocorre atualmente, os jogadores da Seleção Escocesa estavam divididos entre os clubes do próprio país e os ingleses. Dentre os jogadores que atuavam na Inglaterra, estavam dois dos maiores jogadores escoceses e aqueles que, na época, eram os mais experientes da Seleção Escocesa: Denis Law e Billy Bremner. Apenas uma frase seria suficiente para definir a qualidade de Denis Law: Law é o segundo maior artilheiro da história do Manchester United, atrás apenas de Bobby Charlton. A década de 60 foi o período de glória de Denis Law, quando conquistou dois títulos do Campeonato Inglês (64/65 e 67/68), conquistou a Copa dos Campeões da Europa (67/68), apesar de uma contusão no joelho o tirar dos últimos jogos e, para fechar suas honras com chave de ouro, conquistou em 1964 o prêmio Bola de Ouro como melhor jogador europeu. Enquanto Denis Law era uma grande estrela ofensiva, Billy Bremner era um meia defensivo que com muita raça e espírito de liderança se tornou para muitos o maior jogador da história do Leeds. Tendo atuado quase 20 anos no Leeds, Bremner também conquistou dois títulos (68/69 e 73/74) e foi 5 vezes vice do Campeonato Inglês além ter chegado em uma final da Copa dos Campeões da Europa (74/75), quando perdeu para o Bayern de Munique de Franz Beckenbauer. Suas quase 600 partidas pelo Leeds, jogadas com impressionante garra, lhe renderam uma estátua na frente do Estádio Elland Road, guardando para a eternidade sua importância para o clube.
Dos clubes escoceses, o destaque ficava por conta do jovem Kenny Dalglish. Diferente de Denis Law, que aos 34 anos já era um jogador consagrado e estava terminando sua carreira, Dalglish ainda estava começando a mostrar seu potencial. E que potencial! Com 23 anos e atuando pelo Celtic, ele chegou à Copa do Mundo de 74 com três títulos do Campeonato Escocês (71/72, 72/73 e 73/74) e quase 100 gols na carreira. Ninguém tinha dúvidas de que Dalglish seria um grande jogador, porém ele se tornou mais. Se tornou uma lenda. Em 1977, Dalglish chegaria ao Liverpool para conquistar 6 títulos do Campeonato Inglês (78/79, 79/80, 81/82, 82/83, 83/84 e 85/86) além de 3 Copa dos Campeões da Europa (77/78, 80/81 e 83/84). Nas vésperas da Copa do Mundo de 74, Dalglish já estava se consolidando como principal jogador do Celtic e o Mundial seria uma grande oportunidade de mostrar todas suas qualidades.
Logo no sorteio dos grupos da Copa do Mundo, a Escócia não teve muita sorte e caiu no mesmo grupo de Brasil, Iugoslávia e Zaire. Na estréia, uma fácil vitória por 2 a 0 sobre os africanos serviu para diminuir o nervosismo por disputar uma competição tão difícil. Contra o Brasil de Rivelino e Jairzinho, dupla de craques Campeões da Copa de 70, e a Iugoslávia do grande meia Acimovic, vieram dois empates que mostraram como a Escócia era uma equipe de alto nível. Porém, como Brasil e Iugoslávia venceram a frágil equipe do Zaire por maior diferença de gols, respectivamente 3 x 0 e 9 x 0, os escoceses foram eliminados do torneio e não conseguiram fazer a Escócia passar de fase pela primeira vez na história da Copa do Mundo.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
E NO VELHO CONTINENTE...
Um verdadeiro banho de água fria! Assim pode ser definida a incontestável vitória da Inter de Milão sobre o Milan, mesmo atuando quase a partida toda com um homem a menos e desfalcado de Samuel Eto’o, que disputa a Copa da África.
Os primeiros 15 minutos jogados pela equipe da Inter foram espetaculares. O trio formado por Pandev, Milito e Sneijder mostrava um futebol de primeira categoria. Reparem no bombardeio ao goleiro Dida. Primeiro Sneijder manda uma bomba de fora da área e acerta o poste, depois Pandev tenta penetrar pelo miolo de zaga do Milan e a pelota sobre para Sneijder arrematar para difícil defesa de Dida e, finalmente, a Inter abre o placar com um chute cruzado de Diego Milito, após excelente passe de Pandev. Por pouco, aos 14 minutos, Milito não ampliou a vantagem depois de receber novo passe de Pandev. Eletrizante! Inacreditável a atuação do macedônio Pandev. Em sua quarta partida pela Inter, ele tinha a missão de substituir ninguém menos que Samuel Eto’o no clássico contra o Milan e em momento algum sentiu o peso da responsabilidade. Parece que a Inter acertou em cheio ao contratá-lo junto a Lazio. Sobre seu parceiro de ataque, o argentino Diego Milito, já está muito mais do que na hora de ele ser titular da Seleção Argentina. Em minha opinião, sua velocidade e poder de finalização (possui 13 gols em 19 jogos pela Inter) podem ser muito úteis à equipe do Maradona. Entre Milito e Higuaín, fico com o primeiro.
Após esta blitz fenomenal da Inter, um lance no meio do campo fez o torcedor do Milan voltar a se empolgar. Aos 26 minutos, o meia holandês Sneijder reclamou com o árbitro e foi expulso de campo. Opinião minha? O juiz foi absurdamente rigoroso. Com um jogador a menos, e logo seu principal meia organizador , a Inter perdeu muito de seu poder ofensivo. Até o fim da 1ª etapa, o Milan organizou diversas jogadas ofensivas pelos lados do campo, mas como foram pouco criativas não levaram perigo ao goleirão Júlio César e a equipe rubro-negra foi para o intervalo com um resultado negativo.
Para o 2º tempo, o treinador Leonardo resolveu retornar com o meia Seedorf, buscando dar maior criatividade às jogadas ofensivas milanesas e, em um minutinho, Sedoorf quase empatou o jogo. Beckham cobrou córner com perfeição e o holândes, de cabeça, obrigou Júlio César a fazer uma monumental defesa. Segundos depois, Ronaldinho – sim, ele estava em campo – acertou um meio-voleio de fora da área e quase marcou um golaço. O Milan mostrou estar vivo, foi para cima da Inter e... deixou inúmeros espaços no seu setor defensivo. Se sem espaços Pandev e Milito já causaram aquele pandemônio na 1ª etapa, com os buracos na defesa rubro-negra a situação não seria diferente. Aos 10 minutos, Padev acertou o passe e Milito chutou para defesa de Dida. Aos 14, uma maravilhosa jogada de Milito chegou aos pés de Pandev que acertou a trave. Cinco minutos depois, falta na entrada da área e Pandev, com imensa categoria, sacudiu o filó. 2 a 0 Inter. Que atuação sensacional da dupla de ataque interista!
Vejam como o futebol as vezes pode ser muito irônico. O ótimo zagueiro brasileiro Thiago Silva saiu do Fluminense para atuar no Milan, um dos maiores clubes do planeta. “Agora sim vou atuar com os maiores jogadores do mundo” – deve ter pensado o ex-defensor tricolor. Coitado. Atuando ao lado de Favalli, Antonini e Abate, o zagueiro brasileiro sofre para proteger o compatriota Dida e coloca em risco sua vaga na Copa do Mundo de 2010. Não consigo entender como uma equipe do porte do Milan possui defensores de tão baixa qualidade.
Após o segundo gol da Inter, o Milan não mostrou qualidade para buscar o empate. Apenas bolas alçadas na área e jogadas de bola parada estavam no repertório rubro-negro. Essas jogadas estéreis serviram apenas para consagrar a defesa da Inter e fazer com que Lúcio mostrasse que a cada dia que passa se transforma em um zagueiro melhor. Falando em consagração, nos minutos finais foi a vez de Júlio César se consagrar. Primeiro o centroavante Huntelaar acertou um chute quase da pequena área e o brazuca salvou. Minutos depois, o juiz marcou um pênalti inexistente, expulsou o brasileiro Lúcio e Júlio César voou para defender a cobrança de Ronaldinho Gaúcho. Que fase do goleirão brasileiro!
No 1º turno, a Inter humilhou o Milan e ganhou por 4 a 0. Agora, com a convincente vitória, o Milan e Ronaldinho Gaúcho perceberam que precisam de muito mais do que golear equipes de menor porte para evitar o título do rival.
TAÇA GUANABARA - 3ª RODADA PARTE 2
Boavista 0x0 Duque de Caxias
Fluminense 1x0 Volta Redonda
Americano 1x5 Olaria
Grupo B
Botafogo 0x6 Vasco
Friburguense 3x1 Tigres
Olá amigos do FUTEBOLA!
No complemento da 3ª rodada da Taça Guanabara, o Fluzão conseguiu vencer mais um jogo sem levar gols e manteve 100% de aproveitamento no torneio. O assunto da rodada, entretanto, não pode ser outro se não a histórica goleada aplicada pelo Vasco sobre o Botafogo. Vamos ver como foi este clássico inesquecível.
Botafogo 0 x 6 Vasco – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Simplesmente mágico. Com uma atuação encantadora o Vasco engoliu o Botafogo no Engenhão e provou que é sim um candidato fortíssimo ao título do Cariocão 2010.
Desde o apito inicial o Gigante da Colina se mostrou uma equipe absurdamente superior ao Botafogo. Muito bem postada em campo e com seu trio ofensivo (Carlos Alberto, Philippe Coutinho e Dodô) se movimentando bastante, o Vasco flutuava no gramado. Logo com 3 minutinhos de partida, Dodô pegou a pelota de fora da área e, como se possuísse uma régua no pé, acertou um chute perfeito e abriu o placar. O primeiro dele pelo Vascão. E viria mais. Muito mais! Se o torcedor do Botafogo pensou que a situação estava ficando ruim, ela pirou bastante quando aos 15 minutos o Eduardo foi expulso por entrada violenta. Em minha opinião, o juiz exagerou um pouco nesta expulsão e não manteve o mesmo critério rigoroso no restante da partida. Com um homem a mais e precisando se preocupar apenas com os avanços do argentino Herrera, que era o único botafoguense que tentava algo em campo, já que Lúcio Flávio estava completamente sumido e Loco Abreu depende de uma boa atuação de seus municiadores, o Vasco ganhou completamente o controle da partida. Entre 33 e 35 minutos, o jogo foi decidido. Primeiro Carlos Alberto recebe a pelota na ponta direita e cruza para Dodô mostrar seu faro de artilheiro. Logo depois, Souza arranca com a pelota e organiza um contra-ataque digno de video-aula, deixando Dodô livre para, com toda a categoria que lhe é característica, balançar as redes pela terceira vez. Show de bola! Diante da estupenda atuação de Dodô, ficaria fácil não reparar em mais ninguém presente em campo, porém o volante Souza realizou um 1º tempo impecável. Além do citado contra-ataque que resultou no terceiro gol do Vasco, foi Souza quem sofreu a falta para Eduardo ser expulso, roubou a bola que caiu nos pés de Dodô no lance do primeiro gol e deu o passe para Carlos Alberto na jogada do segundo gol. Resumindo: Souza foi o responsável pela expulsão do Eduardo e participou diretamente dos três gols do Dodô.
Após o intervalo, o Vasco tinha tudo para cair no mesmo erro infantil das equipes que possuem boa vantagem no placar e recuar a equipe por completo, até pelo motivo do meia Carlos Alberto ter sido substituído por contusão, entretanto nem de longe foi o que ocorreu. Atuando com muita inteligência e mantendo sua equipe postada ofensivamente, o Vasco transformou a parcial vitória em uma goleada histórica. Logo aos 10 minutos da 2ª etapa, Léo Gago mostrou aquela que foi sua principal arma ofensiva no Brasileirão do ano passado, quando atuava pelo Avaí. Em uma cobrança de falta, o volante vascaíno mandou um verdadeiro balaço cheio de efeito contra o goleiro Jefferson, que não impediu o quarto gol do Vascão. A noite vascaína estava 99% perfeita. Só faltava o xodó da torcida, Philippe Coutinho, sacudir o filó pela primeira vez para todos os vascaínos ficarem felizes por completo. E como alegria pouca é bobagem, Philippe Coutinho resolveu mostrar seu até então escondido poder de finalização. Aproveitando um passe do Dodô e outro do Rafael Coelho, a jovem estrela da Colina marcou dois lindos gols e colocou um inacreditável resultado de 6 a 0 no placar do Engenhão.
Sobre a atuação do Botafogo na partida, seria praticamente impossível listar todos os erros da equipe, tamanha a quantidade. Jefferson falhou, o miolo de zaga foi um verdadeiro queijo suiço, os laterais não apoiaram e defensivamente foram totalmente envolvidos, os cabeças de área cometeram faltas tolas e estiveram completamente perdidos diante da movimentação de Souza, Philippe Coutinho e Dodô, Lúcio Flávio em nenhum momento chamou a responsabilidade de acalmar o jogo e organizar a equipe e o ataque foi sacrificado pelo péssimo desempenho geral. Díficil recordar uma atuação tão fraca do Glorioso. É chover no molhado falar do gigante trabalho que Estevam Soares terá pela frente, mas não podemos esperar que o Botafogo repita atuações como esta. Os jogadores alvi-negros sabem que esta foi uma partida atípica e eles precisam buscar calma para se organizar dentro das quatro-linhas.
Nesse domingo, o Vasco mostrou que quem quiser ganhar o Carioca vai ter que jogar muita bola. Carlos Alberto, Dodô e cia mostratam um belo cartão de visitas. Ou melhor, foi um verdadeiro outdoor de visitas.
JOGADA RÁPIDA!
Enquanto Bangu e América não tiveram inícios de campeonato empolgantes, o Olaria, outro clube de grande história no futebol carioca, ainda está invicto na competição. A goleada de 5 a 1 sobre o Americano, em Campos, deixou o Olaria com 7 pontos e atrás apenas da dupla Fla-Flu. Vem surpresa por aí?
domingo, 24 de janeiro de 2010
COPA DA ÁFRICA 2010 - QUARTAS-DE-FINAL
Olá amigos do FUTEBOLA!
Na primeira partida da fase mata-mata da Copa da África, Gana eliminou a anfitriã Angola e se classificou para a próxima fase da competição. Vamos ver como foi este empolgante duelo.
Angola 0 x 1 Gana
Em uma partida dramática, Angola não conseguiu superar a Seleção de Gana e foi eliminada da Copa da África em sua própria casa.
Desde o apito inicial, o duelo se mostrou muito disputado, com as duas equipes brigando muito pela posse de bola e a criação de jogadas ofensivas bem organizadas não foi a tônica do jogo. Aos 16 minutos, a primeira e única jogada bem trabalhada da partida resultou no gol de Gana, quando o meia Asamoah (Udinese-ITA) deu um passe milimétrico para Gyan (Rennes-FRA) usar toda sua velocidade, ganhar do defensor angolano Kali e marcar um golaço em um chute cruzado. Após o gol marcado, Gana recuou todos os seus jogadores e Angola, sem a mínima criatividade ofensiva, apenas alçava bolas na área em cobranças de falta e em ataques pela direita. Não consegui compreender de maneira alguma as modificações realizadas na Seleção Angolana após a estréia no torneio. Naquele histórico empate em 4 a 4 com a Seleção de Mali, Angola teve uma ótima apresentação até abrir 4 a 0 no placar e o empate conquistado por Mali não pode apagar o bom trabalho ofensivo da equipe angolana. Neste jogo, as principais armas ofensivas de Angola foram os ataques laterais com Gilberto, pela esquerda, e a dupla Mabiná e Djalma (Marítimo-POR), pela direita. Entretanto, nesta partida contra Gana, e também nas anteriores, Gilberto foi deslocado para jogar como meia, atrás dos atacantes, Djalma foi para a ala-esquerda e todo o poder ofensivo angolano foi por água abaixo. Nos primeiros 45 minutos contra a Seleção de Gana, duas das bolas alçadas na área ainda poderiam ter dado resultado, mas o atacante mais badalado pela torcida e imprensa angolanas, o Manucho (Valladolid-ESP), desperdiçou ambas.
Para a 2ª etapa, o panorama da partida não se modificou, com Gana permanecendo retrancada em seu campo e sem nenhuma saída para os contra-ataques e Angola tentando o empate sem um pingo de organização. Buscando ganhar mais qualidade nas jogadas pelas laterais, o treinador angolano Manuel Jose colocou em campo Job e Zé Kalanga (Dínamo Bucareste-ROM). Melhorou, mas não foi o suficiente. Aos 26 minutos, o sumido Gilberto bateu uma falta perigosa da entrada da área, um minuto depois Manucho desperdiçou excelente cruzamento de Job, ao cabecear por cima do gol, e, aos 47, uma bola jogada de qualquer maneira na área ganesa foi tirada sobre a linha pelo zagueiro Vorsah (Hoffenheim-ALE).
Pela garra mostrada por Angola e pela postura extremamente defensiva de Gana, alguns podem dizer que Angola merecia o empate. Porém, como eu sempre digo, no futebol só existe a justiça da bola na rede. O atacante Gyan marcou um gol na única jogada bem organizada por Gana enquanto Angola conseguiu por três vezes deixar o atacante Manucho em condições de empatar a partida e este desperdiçou todas elas. Placar final: Gana 1 x 0 Angola e as “Estrelas Negras”, mesmo sem sua principal estrela, o volante Essien (Chelsea-ING), está na fase semi-final.
TAÇA GUANABARA - 3ª RODADA PARTE 1
Bangu 1 x 2 Flamengo
Grupo B
Resende 1 x 2 Maduereira
Macaé 2 x 3 América
Olá amigos do FUTEBOLA!
O início da 3ª rodada da Taça Guanabara foi de fatos marcantes para o futebol carioca. Pelo grupo A, Vagner Love estreou com tudo e marcou os dois gols da vitória do Flamengo sobre o Bangu. Já pelo grupo B, o América conseguiu sua primeira vitória no torneio e Bebeto pode respirar um pouco mais aliviado. Vamos ver como foi a estréia do "Artilheiro do Amor".
Bangu 1 x 2 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
O amor está no ar! Em uma partida equilibradíssima e com diversas oportunidades de gols criadas pelas duas equipes, o Flamengo conseguiu vencer o Bangu com dois gols do estreante Vagner Love e manteve 100% de aproveitamente no Cariocão.
Desde o apito inicial, o duelo entre Fla e Bangu se mostrou aberto. Contando com excelente participação do meia Tiano e muito movimentação do atacante Somália, a equipe de Moça Bonita dava bastante trabalho ao setor defensivo rubro-negro. Também buscando o ataque, o Flamengo tentava explorar a fragilidade da defesa banguense, que havia levado 6 gols nos dois primeiros jogos do torneio, como no lance em que Vinícius Pacheco fez ótima jogada pela direita e cruzou para bom chute do Éverton Silva. E foi aos 18 minutos que o Flamengo abriu o placar. Após jogadaça do volante Fernando, que dominou a bola no peito e mandou uma bomba para o gol, o goleiro Marcos Leandro soltou a pelota no meio da área e Vagner Love mostrou todo seu faro de gol para marcar pela primeira vez pelo seu clube do coração. 1 a 0 Mengão e com gol do Love! Tudo que a torcida queria. Parecia que o gol marcado daria o comando do jogo ao Flamengo e os minutos seguintes reforçaram esta análise. Entre 24 e 25 minutos, o Rubro-Negro criou nada menos do que três claríssimas chances de aumentar sua vantagem. Linda jogada de Vagner Love que Adriano concluiu com uma bomba no travessão. O Imperador recebe a redonda na entrada da área e com um toque suave acerta novamente o poste. Outra vez Adriano, outra vez na entrada da área e perfeito passe para Vagner Love chutar rente ao gol do Bangu. Um verdadeiro bombardeio rubro-negro e a idéia de que a goleada estava por chegar. Porém, como futebol e lógica estão longe de combinar, o Bangu voltou a mostrar presença ofensiva e, comandado pelo meia Tiano, assustou duas vezes o goleirão Bruno. Impressioante a diferença entre esta ótima atuação do Bangu e a pífia apresentação contra o Fluminense no meado da semana.
No finalzinho da 1ª etapa, a prova maior do equilíbrio da partida. Aos 45 minutos, Vagner Love aproveitou desvio de cabeça do Adriano, driblou o goleiro com classe e mais uma vez sacudiu o filó. Três minutinhos depois, o zagueiro Abílio, do Bangu, sofreu pênalti na área, Tiano, com muita categoria, diminuiu a vantagem do Fla e o jogo foi para o intervalo com o placar de 2 a 1. Nesta 1ª etapa, a atuação do “Império do Amor”, apelido da dupla de ataque formada por Adriano e Love, foi muito boa. Sem um pingo de individualidade, ambos buscavam o jogo coletivo o tempo todo e o resultado de dois gols e duas bolas na trave, em 45 minutos, mostra o quanto eles são perigosos. Após alcançarem a forma física ideal, ganharem ritmo de jogo e se entrosarem mais, não tenho dúvidas de que formarão uma espetacular dupla ofensiva.
Na 2ª etapa, o Flamengo diminuiu bastante o ritmo, assim como ocorreu contra o Volta Redonda. O Bangu começou a estar mais presente no campo ofensivo e ganhar o controle do jogo. Como o jovem meia rubro-negro Vinícius Pacheco estava sumido em campo, a torcida não tardou a pedir a entrada de Petkovic. Se contra o Volta Redonda, na última rodada, a entrada de Pet foi um banho de água fria no adversário e fez o Flamengo decidir o jogo, agora não podemos dizer isto. Mesmo com a entrada do gringo, o Bangu permaneceu bem ofensivamente e o goleiro Bruno teve bastante trabalho para segurar a vitória do Flamengo. Nos últimos 15 minutos da partida, o Bangu criou três excelentes chances de empatar o placar e transformou Bruno em um dos destaques da partida. Impossível deixar passar sem comentários mais uma fraquíssima atuação do sistema defensivo rubro-negro. Não é somente pelo fato de ter sofrido gols contra Duque de Caxias, Volta Redonda e Bangu, mas os buracos encontrados na defesa do Flamengo são enormes e numerosos. E tem também as constantes falhas nas bolas alçadas na área. Será que a ausência do Maldonado está sendo tão sentida? Em minha opinião, sim.
A histórica estréia de Vagner Love, que quase marcou mais um golaço no último minuto da partida, e a empolgação pela formação do “Império do Amor”, não podem apagar o sofrimento que o Flamengo teve para segurar a vitória no 2º tempo, as falhas do sistema defensivo e o fato de Bruno ter tido uma grande atuação em uma partida que era pra ser tranquila para o goleiro. Acredito, porém, que para o Flamengo se ajustar só precisa mesmo de tempo e treinamento, pois a qualidade é imensa.
JOGADA RÁPIDA!
Impressionante como o atacante Marcelo Ramos não pára de balançar as redes. O veterano artilheiro do Madureira já marcou 3 gols no campeonato e parece que vai brigar com as estrelas da competição pelo troféu de goleador.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
TAÇA GUANABARA - 2ª RODADA PARTE 2
Duque de Caxias 1 x 2 Olaria
Botafogo 2 x 0 Friburguense
Olá amigos do FUTEBOLA!
No complemento da 2ª rodada da Taça Guanabara, o Botafogo sofreu para vencer o Friburguense. Vamos ver como foi este duelo.
Botafogo 2 x 0 Friburguense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Em uma partida em que não conseguiu mostrar superioridade em relação ao Friburguense o Botafogo venceu por 2 a 0 econquistou mais três pontos na Taça Guanabara.
Durante os primeiros 15 minutos de partida, o Botafogo foi completamente dominado pelo Friburguense. Com uma defesa bem postada e a dupla Léo Andrade/Hércules voando pelo lado direito, a equipe de Friburgo mostrava total controle da partida e quase abriu o placar por duas vezes. Se com o passar do tempo o Bota deu sinais de vida ofensiva com Herrera, que se esforçava muito, o Friburguense não deixou de atacar, passando a utilizar os chutes longos como arma e o jogo se tornou bastante equilibrado. Aos 18 minutos, o meia Carlos Alberto, do Friburguense, acertou um belo chute que assustou o goleiro Jefferson. Aos 24, Herrera fez linda jogada pela ponta direita, cruzou para a área e o lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro completou a jogada com uma bomba na trave. Mostrando que não estava em campo apenas para segurar o empate o volante Bidu, com um outro petardo, fez o torcedor do Fogão prender a respiração. Alguns minutinhos após este susto, novamente Herrera, novamente pela direita, novamente fez boa jogada que, desta vez, resultou em pênalti. Apesar dos gritos de “Herrera!!! Herrera!!!”, Lúcio Flávio foi para a cobrança e... Defesa do goleiro Marcos.
Após o intervalo, o Estevam Soares trocou o atacante Jorge Luís, que nada produziu ofensivamente, pelo Caio, buscando uma alternativa que não fosse apenas o Herrera. Porém, o Botafogo nada mudou. E mais! Logo aos 6 minutos, o bom zagueiro Roberto Junior, do Friburguense, recebeu cartão vermelho. Era a hora de o Fogão crescer, pensou o torcedor. Que nada! Aos 11 minutos o atacante Hércules novamente apareceu, desta vez com um lindo passe para Miguel sofrer um pênalti do goleiro Jefferson. O próprio Hércules, entretanto, mandou a cobrança na trave. Nem com a penalidade perdida pelo adversário o Bota cresceu. Aos 23 minutos, Hércules mandou uma bomba que explodiu no travessão e por muito pouco não abriu o placar. Apesar do pênalti perdido, o número 7 Hércules teve uma apresentação excelente, com muita movimentação e participação ofensiva. Somente na 2ª metade da etapa final o Botafogo começou a conquistar o domínio da partida e a garantir os seus três pontos. Mesmo assim, não foi uma avalanche alvi-negra. Aos 28, Eduardo encontrou Renato Cajá, que havia entrado fazia pouco tempo, e este conseguiu sacudir o filó. Já no final da partida, o atacante Caio entrou na área, sofreu pênalti e Herrera aumentou o placar. Dois lances, dois gols e vitória garantida.
O Glorioso mostrou diversas fragilidades nesta partida contra o Friburguense. Uma destas fragilidades, a falta de um homem de área para prender a marcação e finalizar as oportunidades de gols criadas, deve sumir no clássico contra o Vasco, quando irá estrear Loco Abreu. Já a falta de criatividade do meio-campo, a falta de auxílio ao Lúcio Flávio na organização, a própria falta de participação do Lúcio Flávio, a fragilidade do sistema defensivo que foi facilmente envolvido, a difícil relação entre Alessandro e a torcida... Estes, são problemas maiores.
TAÇA GUANABARA - 2ª RODADA PARTE 1
Fluminense 3 x 0 Bangu
Resende 3 x 3 Macaé
Boavista 2 x 0 Americano
Volta Redonda 1 x 3 Flamengo
Grupo B
Tigres 2 x 1 Madureira
América 1 x 2 Vasco
Olá amigos do FUTEBOLA!
Nesta quarta-feira, feriado no Rio de Janeiro, muito futebol rolou pelo Cariocão. Flamengo, Fluminense e Vasco conquistaram vitórias importantes neste início de torneio e não estão dando chance para as zebras. Falando em zebras, o Boavista vem se destacando entre os times "pequenos". Após vencer o Bangu por 3 a 0 na estréia, a equipe de Bacaxá sapecou 2 a 0 no Americano. Olho neles!
Vamos ver agora como foi a vitória do Flamengo sobre o Volta Redonda!
Volta Redonda 1 x 3 Flamengo, Raulino de Oliveira, Volta Redonda (RJ)
Atuando novamente com uma equipe repleta de reservas, o Flamengo conseguiu vencer o Volta Redonda e conquistou mais três pontos na Taça Guanabara. Além da vitória a torcida rubro-negra comemorou muito o retorno do craque Petkovic, que já voltou deixando sua marca.
Com uma equipe bem parecida com a que virou o jogo contra o Duque de Caxias no segundo tempo, na estréia do Carioca, o Flamengo iniciou a partida com Fierro na ala-direita e Kleberson com toda liberdade para organizar a equipe, fatores decisivos na última vitória do Fla. Porém, ainda mostrando muito desentrosamento, afinal são jogadores que pouco, ou nunca, atuaram juntos, e um ataque que não conseguia produzir nada, o Flamengo não se impôs em campo e o Volta Redonda não teve problemas para segurar o jogo. Como o Volta Redonda também não mostrava a mínima força ofensiva, as chances de abrir o marcador não apareciam. Quando faltavam menos de 10 minutos para o final da 1ª etapa, Kleberson apareceu com mais efetividade e o Mengão rapidamente colocou 2 a 0 no placar. Primeiro, o meia Penta-Campeão do mundo colocou a bola na cabeça de Bruno Mezenga que abriu o placar. Pouco mais de 5 minutos depois, Kleberson abriu a jogada para Vinícius Pacheco na direita que, com um lindo drible, deixou o volante Paulinho (ex-Fla) para trás e rolou para Mezenga novamente sacudir o filó. Bruno Mezenga, que nunca havia marcado um gol como profissional do Mengão, parece ter gostado do negócio. Em poucos minutos ele marcou duas vezes e o Fla foi para o intervalo com bem mais tranquilidade.
Nos primeiros minutos da 2ª etapa, o Flamengo voltou para o campo sem a mínima vontade de ampliar o resultado. A missão era fazer o tempo correr para garantir os três pontos. Porém, o Volta Redonda, se aproveitando do marasmo rubro-negro, cresceu em campo e começou a assustar o goleirão Bruno. A ofensiva do Voltaço deu resultado e, aos 13 minutos, o lateral-direito China(outro ex-Fla) cruzou a pelota na área e o atacante Tássio diminuiu o placar. O Flamengo não conseguia retomar a rédea da partida e o Volta Redonda podia sim empatar o escore. Foi então que entrou em campo aquele que mudaria o rumo do jogo: Dejan Petkovic. Se a torcida rubro-negra já foi ao delírio somente com sua entrada no gramado, podemos dizer que o estádio quase veio abaixo quando logo depois o gringo marcou um golaço. Aos 29 minutos, no melhor estilo Petkovic, o ídolo do Mengão deixou o marcador no chão e colocou, com toda a categoria que possui, a pelota no fundo da rede. O terceiro gol do Fla acabou com as esperanças do Voltaço que ainda perdeu a cabeça e teve dois jogadores expulsos (Herbert e Washington).
No momento, enquanto aguarda o retorno de seus titulares, o Flamengo apenas deseja não perder pontos bobos. Contra o Volta Redonda já retornaram Pet e Ronaldo Angelim. Em poucas rodadas o Flamengo estará completo e, acredito, mostrando todo seu potencial.
JOGO RÁPIDO!
Mesmo sem dar o show que deu na estréia contra o Americano, o Fluzão triturou o Bangu no Maraca. A organização tática tricolor está impressionando. Todo jogador da equipe sabe exatamente o seu papel e, apesar de ter sofrido um pequeno apagão no jogo, o Flu venceu com a tranquilidade de quem estava em um treino. Com a autoridade que vem mostrando, parece que só os clássicos poderão tirar pontos do Flu neste torneio.
COPA DA ÁFRICA 2010 - 1ª FASE
Nigéria 3 x 0 Moçambique
Egito 2 x 0 Benim
Olá amigos do FUTEBOLA!
Com muita facilidade e tranquilidade, Egito e Nigéria garantiram suas vagas na próxima fase da Copa Africana. Em um grupo com dois adversários sem tradição, já era previsto que se classificassem. Porém, a situação agora será mais complicada. Vamos ver como foi a vitória da Nigéria.
Nigéria 3 x 0 Moçambique
Com muita facilidade a Nigéria venceu a frágil Seleção de Moçambique e, junto com o Egito, passou para a próxima fase da Copa da África.
Como possuía a vantagem do empate para se classificar, a Nigéria entrou em campo com muita tranquilidade. Com o passar dos minutos, esta tranquilidade se tornou excessiva e, como Moçambique não possui nenhum poder de ataque, o jogo se arrastou um bom tempo. Com exceção de um bom chute do Obasi, após falha da defesa moçambicana, aos 8 minutos de jogo, nenhuma boa jogada ofensiva era criada por ambos os lados. Aproveitando o assunto da falta de criatividade ofensiva, acredito que o volante Mikel (Chelsea-ING) está sendo pessimamente aproveitado na Seleção da Nigéria. Jogando como homem mais ofensivo de meio-campo, logo atrás dos três atacantes nigerianos, Mikel tem a responsabilidade de fazer a bola chegar redondinha no ataque. Como não possui a caracaterística de ser um municiador do ataque, Mikel não tem se mostrado muito efetivo nesta posição. E mais! A defesa nigeriana, que já mostrou contra o Egito não ser lá uma maravilha, perde um jogador de bom poder de marcação com Mikel atuando mais avançado.
Voltando ao jogo, a Nigéria conseguiu sacramentar sua vitória com um gol no fim da 1ª etapa e um no início da 2ª. Primeiro, Odemwingie (Lokomotiv Moskow-RUS) teve toda a liberdade para preparar o chute de fora da área e abrir o marcador. Logo após o intervalo, novamente Odemwingie balançou as redes ao receber belo passe de Yakubu (Everton-ING). Com a vantagem no placar e diante de uma equipe de muita fragilidade ofensiva, a Nigéria não teve problemas para segurar o resultado. Aos 40 minutos, após mais uma bobeada da defesa moçambicana, com o lateral-esquerdo Paito, que se mostrava um dos mais coerentes da equipe, Martins (Wolfsburg-Ale) aproveitou o rebote do chute de Mikel e fechou o caixão.
Exceto uns 10 minutos da segunda metade do 1º tempo, quando Moçambique assustou duas vezes com chutes longos, a Nigéria dominou a partida inteiramente. O fato, porém, de se classicar em um grupo com Moçambique e Benim, não passou de uma obrigação para os nigerianos. Agora é esperar o adversário da 2ª fase e mostrar que pode sim ser uma pedra no sapato da Argentina na Copa do Mundo.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
TAÇA GUANABARA - 1ª RODADA PARTE 2
Flamengo 3 x 2 Duque de Caxias
Americano 0 x 3 Fluminense
Grupo B
Friburguense 0 x 0 Resende
Olá amigos do FUTEBOLA!
Ao final da 1ª rodada da Taça Guanabara, todos os 4 times "grandes" conquistaram os três pontos. Se o Flamengo, assim como ocorreu no sábado com o Vasco e o Botafogo, estreou com dificuldades, o Fluminense deu um show de bola e triturou o Americano. Vamos ver como foi a vitória do Tricolor das Laranjeiras.
Americano 0 x 3 Fluminense – Godofredo Cruz, Campos (RJ)
O jogo que completou a 1ª rodada da Taça Guanabara foi um verdadeiro show de bola do Fluzão sobre o Americano. Com a vitória por 3 a 0, o Fluminense foi o único time “grande” que não teve dificuldades para vencer na estréia do Carioca.
O Fluminense entrou em campo com uma equipe estruturada exatamente igual à que conseguiu a reação improvável do Brasileirão. Apesar de ter sido muito comentado durante a semana a possibilidade de Cuca utilizar o esquema 4-4-2, acredito que jogar no 3-5-2 trará mais benefícios ao Tricolor por o time já estar acostumado ao esquema. Desde o apito inicial, apenas o Fluminense conseguiu organizar jogadas ofensivas de qualidade.Aos 23 minutos, após já quase ter aberto o marcador por duas vezes, com o Maicon e com o Conca, o Flu colocou o 1 a 0 no placar com um balaço do volante Éverton. A situação da fragilíssima equipe de Campos ficou ainda pior quando o volante Paulo Henrique foi expulso, minutos após o gol do Tricolor. Com as vantagens de um homem a mais e de estar vencendo a partida, o Fluminense não esperou o intervalo para praticamente fechar o caixão do Americano. Primeiro o lateral-direito Mariano quase ampliou o marcador, aos 42 minutos, e, nós acréscimos, o zagueiro Gum, se aproveitando da falta de poder ofensivo do Americano, foi ao ataque e cruzou a pelota para área. O resultado? Gol de Maicon e Fluzão 2 a 0.
Após o intervalo, o Fluminense pressionou o Americano durante toda a 2ª etapa. Com uma variação muito grande de jogadas, ora pela direita, ora pela esquerda, o Flu colocou o Americano na rodada. Mariano e Júlio Cesar aproveitaram tada a velocidade que possuem e criaram ótimas jogadas ofensivas. Como exemplos, aos 11 minutos Diguinho fez lindo lance na meiúca e com um lindo passe deixou Júlio em condições de arrematar. Golaço e 3 a 0 Flu. Já aos 27, Mariano e Fred fizeram a jogada que quase transformou a vitória do Fluzão em goleada. Apesar da excelente participação dos alas tricolores, quem foi o dono do jogo foi o argentino Conca. Mostrando uma qualidade técnica absurda, o argentino mesclava passes de extrema precisão e de rara beleza. Durante todo o 2º tempo, era só ele pegar na bola que uma jogada perigosa era criada. Com as alterações ofensivas do treinador Cuca, que colocou Thiaguinho, Alan e Willians, o Flu não deixou de atacar em nenhum momento e poderia ter vencido por maior diferença.
Mostrando muita organização e qualidade técnica, o Fluminense passou voando por seu primeiro obstáculo no Carioca. Se continuar mostrando um futebol de tão alto nível, o torcedor tricolor terá muitos motivos para sorrir neste 1º semestre de 2010.
JOGADA RÁPIDA!
Com um time completamente desentrosado e cheio de desfalques, o Flamengo sofreu para vencer o Duque de Caxias. De positivo no Mengão, a bela apresentação de Kleberson, criador de ótimas jogadas ofensivas e muito preciso nas bolas paradas. Já o puxão de orelhas fica para a dupla Obina/Eric Flores. O Flamengo precisa urgentemente de reforços para compor seu setor de ataque.
sábado, 16 de janeiro de 2010
TAÇA GUANABARA - 1ª RODADA PARTE 1
Bangu 0 x 3 Boavista
Olaria 2 x 2 Volta Redonda
Grupo B
Madureira 2 x 1 América
Vasco 1 x 0 Tigres
Macaé 2 x 3 Botafogo
Olá amigos do FUTEBOLA!
Neste sábado teve início a Taça Guanabara, o 1º turno do Campeonato Carioca. Vasco e Botafogo estrearam com vitória em jogos de grande dificuldade. Vamos ver como foi a vitória do Gigante da Colina.
Vasco 1 x 0 Tigres – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Em um jogo com um 1º tempo bastante complicado o Vasco conseguiu vencer o Tigres e iniciou com o pé direito no Campeonato Carioca.
Do início da partida até os 30 minutosde jogo haviam uma equipe lenta e desorganizada e uma equipe rápida e sabendo trabalhar bem pelo lado do campo. A primeira equipe era o Vasco, com Carlos Alberto e Dodô muito distantes, e a segunda o Tigres. Com o lateral-direito Oziel voando baixo e infernizando o setor defensivo vascaíno, principalmente o Márcio Careca, e o atacante Gilcimar muito presente no jogo, o Tigres realizava uma excelente partida, dominando completamente o Vasco. Além de muito bem pelo lado direito do campo, o Tigres também assustava nas bolas paradas. Se a situação do Vasco estava completamente desconfortável, com a equipe sem conseguir organizar nenhuma jogada ofensiva, o torcedor vascaíno teve motivos para ficar ainda mais preocupado quando Rodrigo Pimpão foi infantilmente expulso. Porém, como o futebol não tem nada de lógica, o Vasco conseguiu abrir o placar em uma cobrança de falta do lateral Fagner que o goleiro Marcos Paulo falhou feio. Um alívio para o torcedor em São Januário, que se tornou maior ainda após a expulsão do lateral-esquerdo do Tigres, Selico.
Após o intervalo, o Vasco enfim começou a jogar bola e soube impor sua superioridade técnica contra a equipe do Tigres que, sem dúvida alguma, sentiu o gol sofrido. Nos últimos 45 minutos, o lateral-direito vascaíno Fagner, que já era destaque da partida pelo gol que colocou sua equipe em vantagem, se tornou o melhor homem em campo. Não importava o jogador que aparecesse ao seu lado, sempre saía de seus pés uma jogada de qualidade. Mostrando muita velocidade e um condicionamento físico invejável para quem está iniciando a temporada, Fagner se tornou o dono do jogo e, em duas oportunidades, quase balançou as redes novamente. Após os 30 minutos da 2ª etapa, o desanimado Tigres se entregou em campo. Muito desgastado fisicamente, a equipe de Xerém não não soube como parar o ímpeto do meia Philippe Coutinho e de Souza, que entraram em campo colocando fogo no jogo. Perdendo uma chance de gol atrás da outra, em uma delas o Léo Gago deu um passe perfeito para Philippe Coutinho desperdiçar cara a cara com o goleiro, o Vasco não ampliou o placar. Aos 50 minutos o Tigres ainda fez a torcida vascaína prender a respiração quando em uma cobrança de bola parada marcou aquele que seria o gol de empate. A bandeirinha, entretanto, anulou corretamente o tento.
Diferente do que ocorreu no 1º tempo, O Vasco jogou bem o suficiente na segunda etapa para justificar a vitória. Com o triunfo, o Gigante da Colina inicia bem sua caminhada em busca do título estadual que não conquista desde 2003.
JOGO RÁPIDO!
O América iniciou mal sua campanha no Cariocão 2010 ao perder para o Madureira, porém acredito que a torcida vermelha já começar a vaiar o treinador Bebeto é muita falta de coerência.
CAMPEONATO CARIOCA 2010 - FLAMENGO
Olá amigos do FUTEBOLA!
O que esperar do Flamengo no Carioca de 2010?
Está na hora de analisar como o atual Campeão Brasileiro se preparou para o início de 2010.
Positivo:
- Sem dúvida alguma o Flamengo possui um excelente time. Vocês devem ter percebido nas análises dos outros clubes que realizei que eu sempre escolhi três jogadores para colocar uma estrela de destaque do time. Como foi difícil escolher os três do Flamengo. O goleiro Bruno, que é em minha opinião um dos três melhores do país, Leonardo Moura, que acredito ainda ser o melhor lateral-direito que atua em nossos gramados e Maldonado, um professor quando o assunto é a proteção à defesa, por exemplo, não receberam estrela. Decidi escolher o trio ofensivo do Mengão como o destaque da equipe. Pouco tempo após a contratação de Vagner Love, um amigo meu disse o seguinte: “Será que existe no mundo uma dupla de atacantes tão forte quanto a do Flamengo?”. Na hora eu disse que existia, mas parando para pensar, se levarmos em consideração apenas as equipes que jogam com uma dupla de ataque, tirando da disputa o Barcelona, Milan e o Liverpool que jogam com 3 atacantes, o Flamengo entra sim na disputa. Adriano/Love pode sim chegar a ser melhor do que Raúl/Higuaín, Eto’o/Milito, Rooney/Berbatov, Drogba/Anelka... Basta que ambos mostrem o que sabem. Junte a esta dupla de ataque rubro-negra simplesmente aquele que considero o melhor jogador do último Campeonato Brasileiro, o muito bom e nada velho Petkovic. O Flamengo é o favorito para vencer o Carioca e um forte candidato para vencer a Libertadores.
- Assim como um dos pontos fortes do Fluminense é o fato de a equipe já começar o ano já sabendo como joga, o Flamengo também tem este ponto positivo. Mesmo que Vagner Love não tenha a mesma capacidade de Zé Roberto de realizar a transição do meio-campo para o ataque, a equipe do Flamengo já é muito bem organizada taticamente. Há tempos que Léo Moura e Juan deixaram de ser as únicas opções ofensivas da equipe e os buracos que deixavam no setor defensivo diminuíram consideravelmente. Maldonado e Kléberson são jogadores de meio-campo com absurda inteligência e, com os dois em campo, será difícil ver um Flamengo desorganizado. Fora o fato de que Ronaldo Angelim e Álvaro se entrosaram de uma maneira surpreendentemente rápida. O Flamengo hoje não possui somente excelentes jogadores, possui excelentes jogadores que formam um excelente time. Méritos do Andrade.
Negativo:
- Além de ter perdido duas peças de gigante importância tática na equipe, como eram o volante Aírton e o meia/atacante Zé Roberto, o Flamengo deverá continuar sofrendo com o problema de não possuir reservas que estejam no mesmo nível que os titulares. No último Brasileirão, o Flamengo sofreu muito devido aos desfalques que apareceram durante a competição. Quando Adriano não podia jogar, Petkovic e Zé Roberto tinham que se multiplicar para fazer o time andar ofensivamente. Quando Maldonado se contundiu, os buracos defensivos surgiram instantaneamente. Quando Petkovic começou a ter problemas físicos, a situação ficou quase desesperadora. Para 2010, o Flamengo repete o equívoco e não consegue montar um forte elenco. E tem mais! Nesta temporada, a equipe ainda jogará a Libertadores no primeiro semestre, Adriano parece que deve deixar o clube após a Copa do Mundo e Vagner Love só possui contrato de 6 meses. Problemas a vista para o 2º semestre do Mengão.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
COPA DA ÁFRICA 2010 - 1ª FASE
Costa do Marfim 3 x 1 Gana
Olá amigos do FUTEBOLA!
Nesta sexta-feira ocorreu o jogo mais aguardado da 1ª fase da Copa da África entre Costa do Marfim e Gana. Vamos aos comentários da bela vitória da equipe de Didier Drogba.
Costa do Marfim 3 x 1 Gana
No duelo mais aguardado desta primeira fase da Copa da África, Costa do Marfim engoliu a Gana e garantiu sua classificação para as quartas-de-final.
Durante toda a 1ª etapa da partida, Gana se mostrou uma equipe sem a mínima qualidade para organizar boas jogadas ofensivas. Impressionante como em 45 minutos a Seleção Ganesa, reconhecidamente uma das melhores seleções do continente africano, não conseguiu produzir nada de útil ofensivamente. Diante deste cenário, Costa do Marfim soube se impor em campo e mesmo sem realizar uma grande partida conseguiu sair para o intervalo com a vitória parcial por 1 a 0. O gol marfinense por sinal foi um golaço que surgiu após uma linda triangulação entre Yayá Touré (Barcelona-ESP), Kalou (Chelsea-ING) e Gervinho (Lille-FRA) com o último balançando as redes. Pelas duas partidas jogadas pela Costa do Marfim nesta Copa da África, o Gervinho vem se mostrando um atacante bastante ágil e que se movimenta por todos os setores ofensivos. Apesar de ter sido contratado recentemente pelo Lille, acredito que rapidamente ele estará em uma equipe de maior porte na Europa.
Voltando ao jogo, após o intervalo a Seleção da Costa do Marfim resolveu tirar um pouco o pé do acelerador. Este fato somado à entrada de Essien (Chelsea-ING) e à expulsão do lateral-direito marfinense Eboué (Arsenal-ING), fez com que Gana finalmente mostrasse algum futebol. Mantendo a posse de bola no campo ofensivo e dominando as ações, Gana quase chegou ao empate por 2 vezes. Porém, através de uma linda cobrança de falta do lateral-esquerdo Tiene (Valenccienes-FRA), aos 21 minutos, a Costa do Marfim ampliou o placar e jogou um verdadeiro balde de água fria na reação ganesa. A partir daí, a Costa do Marfim soube segurar Gana, que não mostrava força nem qualidade para buscar o empate. Nos minutos finais, a partida que estava morna deu uma grande esquentada. Primeiro o marfinense Keita (Galatasaray-TUR) fez uma jogada genial na ponta esquerda e colocou a pelota na cabeça do até então improdutivo Drogba (Chelsea-ING) que marcou um belíssimo gol. Dois minutinhos depois, o ganês Gyan (Rennes-FRA) sofreu um penâlti que ele mesmo cobrou e fez o gol de honra da sua equipe.
A vitória da Costa do Marfim mostrou que a equipe tem muito mais futebol do que o que havia mostrado na estréia contra Burkina Faso. Por falar em Burkina Faso, este é o próximo adversário de Gana e é bom Essien e companhia abrirem os olhos pois se repetirem essa bolinha que jogaram dificilmente se classificarão para a próxima fase.
CAMPEONATO CARIOCA 2010 - VASCO
Olá amigos do FUTEBOLA!
O que esperar do Vasco no Carioca de 2010?
Hora de analisar como o Gigante da Colina está neste pontapé inicial para a temporada de 2010.
Positivo:
- É inegável que o Vasco realizou, para a temporada que se inicia, contratações excelentes. Além dos jogadores que foram contratados apenas para compor o elenco, o Vasco se reforçou com jogadores de ótimo potencial. Se o treinador Vagner Mancini conseguir com os treinamentos organizar taticamente a equipe vascaína, jogadores como Elder Granja, Márcio Careca e Léo Gago, por exemplo, deixarão o time com uma base bem forte. Já o volante Rafael Carioca e o atacante Dodô eu considero reforços de altíssimo nível. Se o Rafael Carioca conseguir jogar o mesmo futebol que jogou pelo Grêmio, o Vasco terá contratado um dos melhores volantes do país. Já Dodô não precisa ser apresentado, pois todos sabem do que ele é capaz. Dodô é responsável por uma das maiores atuações de um jogador que eu já vi na vida, na vitória do Fluminense sobre o Arsenal (ARG), por 6 a 0, no Maraca. Acredito que o atacante, do modo que vem se mostrando empolgado por retornar aos campos, levará muitas alegrias ao torcedor vascaíno.
- Quando Carlos Alberto foi contratado pelo Vasco, para comandar a equipe no retorno à 1ª divisão, muitos duvidaram de sua capacidade para liderar o Gigante da Colina. Com toda sinceridade, sempre acreditei no seu potencial futebolístico e o considerei um dos melhores jogadores do nosso país, mas nem de longe imaginava o ícone que ele iria se tornar. Atualmente, Carlos Alberto se transformou no principal ídolo da torcida vascaína, no principal líder da equipe dentro e fora de campo, possui um grande entrosamento com os dirigentes e até o presidente Roberto Dinamite e, o principal, continua jogando um bolão. Sem dúvidas o Vasco dependerá muito do futebol de Carlos Alberto em 2010 e eu acredito que ele irá retribuir esta dependência.
Negativo:
- O fato de o Vasco ter realizado um elevado número de contratações também tem o seu lado ruim. O treinador Vagner Mancini, que diga-se de passagem também acabou de chegar ao clube, terá muito trabalho para poder organizar uma equipe que contratou mais de 10 jogadores. A torcida vascaína terá que entender que a montagem do time não ocorrerá da noite para o dia, o entrosamento não será adquirido logo na Taça Guanabara. Para se ter uma idéia, do time que escalei logo acima, e que considero o melhor para o Vasco no momento levando em conta apenas os nomes, pois o Vasco jogou apenas um amistoso este ano e análises ficam difíceis de serem feitas, apenas 4 jogadores (Fernando Prass, Fernando, Nilton e Carlos Alberto) jogaram na campanha da Série B de 2009. Realmente Vagner Mancini terá muito trabalho pela frente. Porém, é um trabalho que pode dar um ótimo resultado.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
CAMPEONATO CARIOCA 2010 - FLUMINENSE
Olá amigos do FUTEBOLA!
O que esperar do Fluminense no Carioca de 2010?
Está na vez de analisar os pontos positivos e negativos do Tricolor das Laranjeiras.
Positivo:
- Se conseguir mostrar o mesmo futebol apresentado nos últimos 3 meses de 2009, podemos falar sem problema algum que o Fluminense tem um dos melhores trios ofensivos do país. O trio formado por Conca/Fred/Maicon mostrou um futebol simplesmente espetacular nos últimos meses do ano passado. A qualidade do passe do Conca, a velocidade do Maicon e o poder de finalização do Fred são perfeitamente complementares. E tem mais! Pode até parecer um sonho distante, mas o Conca e o Fred irão amarrar as chuteiras com as veias buscando uma vaguinha para atuar na Copa do Mundo. São situações difícies. A do Conca pela limitação do Maradona como treinador de futebol e a do Fred pela gigante concorrência. Porém, alguém duvida que eles tem condições para estar na África do Sul?
- Diferente dos anos anteriores, quando devido ao grande número de contratações o Fluminense começava o Campeonato Carioca tendo que se organizar como time, em 2010 a equipe já está montada. Pode até existir alguma dúvida quanto a titularidade do zagueiro Leandro Euzébio ou qual será a dupla de volantes, porém a organização do Fluminense em campo já está definida. Apesar da pífia campanha do Tricolor no Brasileirão, que foi esquecida diante da incrível reviravolta do clube, o Fluminense saiu do torneio nacional com uma base bem montada e a manutenção desta base foi o principal reforço para 2010. Junte ainda a está base mantida a contratação do ótimo ala-esquerdo Júlio Cesar, uma contratação pontual pois esta era a posição mais carente do elenco do Fluzão. Sem dúvida alguma o Tricolor tem time para brigar pelo título do Carioca e da Copa do Brasil.
Negativo:
- Apesar de ter mantido a boa base de 2009, de ter contratado o ótimo ala-esquerdo Júlio Cesar e ainda ter feito boas contratações para compor o elenco (Leandro Euzébio, Everton, Willians e Thiaguinho), acredito que o Fluminense deveria ter reforçado sua dupla de volantes. Em 2009, o Fluzão sofreu por um bom tempo buscando soluções para proteger sua defesa e apesar de Diguinho e Diogo terem melhorado no fim do ano, acredito que alguns reforços poderiam ter chegado para fortalecer o setor. O próprio fato da chegada do ala Júlio Cesar é um fator que irá exigir ainda mais dos volantes tricolores, pois Júlio é reconhecidamente um jogador com vocações ofensivas e precisará de constante cobertura em seu setor.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
CAMPEONATO CARIOCA 2010 - BOTAFOGO
Olá amigos do FUTEBOLA!
O que esperar do Botafogo no Carioca de 2010?
Vamos ver uma análise dos pontos que considero mais importantes do Glorioso neste início de temporada do futebol brasileiro.
Positivo:
- Se no Campeonato Carioca de 2009 o Botafogo mostrou um grande poder ofensivo comandado por Maicosuel, este ano parece que não será diferente. A dupla de gringos formada por Herrera e Loco Abreu tem tudo pra dar certo no Fogão. Impossível não se empolgar com a recepção do Loco Abreu pela torcida do Botafogo. Quem estivesse vendo de longe poderia pensar que era o retorno de um jogador que sempre foi ídolo da torcida, como por exemplo será a volta de Juninho Pernambucano para o Vasco, mas, na verdade, Loco Abreu estava pela primeira vez vestindo o manto do Glorioso. E se o torcedor botafoguense acredita não ter sorte, o clube acertou mais ainda ao contratar Loco Abreu, reconhecidamente um jogador iluminado. Acredito e torço para Abreu/Herrera ser uma das duplas de ataque mais forte do país.
- Analisando o conjunto formado pelos jogadores que permaneceram e os que foram contratados pelo Fogão, de uma coisa o torcedor alvi-negro pode ter certeza: não vai faltar raça e força de vontade neste time. Alessandro, Antônio Carlos, Leandro Guerreiro, Herrera e Loco Abreu, só para citar alguns, são jogadores que colocam o coração na ponta da chuteira. Recentemente o Botafogo teve uma série de derrotas (Flamengo nos Cariocas de 2007/2008/2009, River Plate na Sul-Americana 2007, Figueirense e Americano nas Copas do Brasil 2007 e 2008, respectivamente) em que dirigentes sem o mínimo de coerência e torcedores responsabilizaram a falta de garra da equipe. Acredito que, neste ano de 2010, raça, garra e força de vontade serão características do Glorioso.
Negativo:
- Com as contratações de Antônio Carlos e Marcelo Cordeiro o treinador Estevam Soares pode conseguir, com um trabalho bem feito, organizar o sistema defensivo do Botafogo. A já devidamente elogiada dupla Abreu/Herrera deixam o Fogão bem servido no ataque. No setor de meio-campo, porém, acredito estar o maior problema do Glorioso. As contratações realizadas para o setor foram de nomes pouco conhecidos e sem destaque no cenário nacional. É claro que jogadores como Somália, Renato Cajá e Diguinho podem dar certo pela equipe, mas a minha primeira análise é a de que Leandro Guerreiro continuará tendo que se multiplicar em vários para poder proteger o sistema defensivo e que Lúcio Flávio ficará bastante sobrecarregado na armação de jogadas. A imprensa chegou a ventilar as contratações de Morais (ex-Vasco) e Felipe Gabriel (ex-Flamengo). Acredito que seriam ótimos reforços para o Fogão por serem jogadores que auxiliariam muito o Lúcio Flávio e não são caros o suficiente para estourar o orçamento do clube.
COPA DA ÁFRICA 2010 - 1ª FASE
Camarões 0 x 1 Gabão
Tunísia 1 x 1 Zâmbia
Olá amigos do FUTEBOLA!
Após os dois últimos jogos da 1ª rodada da Copa da África, que foram os jogos do Grupo D, nenhuma Seleção que irá disputar a Copa do Mundo conseguiu vencer seu jogo. Vamos ver como foi a derrota de Camarões para o Gabão.
Camarões 0 x 1 Gabão
Depois das derrotas sofridas por Nigéria e Argélia e de Costa do Marfim apenas empatar com Burkina Faso, foi a vez de Camarões se incluir entre as Seleções Africanas que disputarão a Copa do Mundo e que decepcionaram na estréia da Copa da África. A Seleção do grande atacante Samuel Eto’o perdeu para a desconhecida Seleção de Gabão por 1 a 0 e vai ter que suar mais do que imaginava para avançar para a próxima fase.
Com o apito inicial, a partida parecia comprovar as expectativas de uma fácil vitória dos Camarões. Com menos de 10 minutos de jogo, Nguemo (Celtic-ESC) e Emana (Bétis-ESP) já haviam assustado o goleiro Ovono (Le Mans-FRA). Porém, em uma bobeada imperdoável do sistema defensivo camaronês, principalmente por este ser formado por três zagueiros, o atacante gabonês Cousin (Hull City-ING) abriu o placar. Camarões sentiu o gol e, além de não conseguir organizar jogadas ofensivas de qualidade, não pressionava a saída de bola de Gabão que conseguiu controlar o jogo até o fim da primeira etapa.
Após o intervalo, Camarões enfim mudou a postura e partiu para buscar o empate. Acuada, a Seleção de Gabão abdicou completamente do ataque e se estruturou para segurar o avanço de Eto’o e companhia. Foi aí que a estrela do goleirão Ovono começou a brilhar. Na 1ª etapa ele já havia realizado três boas defesas, porém no 2º tempo ele foi sensacional. Não importava a maneira que Camarões atacava o resultado era o mesmo: defesa de Ovono. Bola parada com Geremi, chute longo com Emana, cabeçada do Webo (Mallorca-ESP)... Tudo parava nas mãos de Ovono. Pelos jogos da Copa da África que eu assisti até o momento, o goleiro gabonês realizou a melhor atuação individual do torneio. Veremos se manterá o ritmo.
Apesar de ter atacado com um grande volume a Seleção de Camarões cometeu, em minha opinião, o mesmo equívoco que Costa do Marfim no empate contra Burkina Faso. De acordo com meu caderninho, Costa do Marfim criou 10 oportunidades de gols, sendo apenas uma delas finalizada pelo Drogba. Camarões criou 9 oportunidades de gols e nenhuma delas foi finalizada pelo Eto’o. O que quero dizer com isso? Assim como a Costa do Marfim, Camarões possui bons valores individuais, porém a organização ofensiva destas equipes deixa muito a desejar. As jogadas de ataque são criadas de qualquer maneira e não buscando o melhor finalizador da equipe. Talvez se tivesse criado metade das chances de gols que criou, mas 3 bolas tivessem sido enderaçadas aos pés do Eto’o, Camarões vencesse a partida.
Está foi apenas a primeiras rodada da fase de grupos da Copa da África e ainda existe tempo para recuperações. Este fato, entretanto, não evita a constatação de que as Seleções Africanas que vão para o Mundial estão devendo. E muito!
COPA DA ÁFRICA 2010 - 1ª FASE
Egito 3 x 1 Nigéria
Moçambique 2 x 2 Benim
Olá amigos do FUTEBOLA!
A Copa da África segue com sua fase de grupos. Pelo grupo C ocorreu nesta terça-feira um grande duelo entre Nigéria e Egito. Vamos aos comentários.
Egito 3 x 1 Nigéria
No duelo entre as equipes do Grupo C que são favoritas para chegar na 2ª fase da Copa da África, foi possível assistir uma boa partida de futebol com excelentes valores individuais em campo.
Os primeiros 30 minutos de partida foram inteiramente dominados pela Nigéria, apesar de o ótimo atacante egípcio Zidan (Borussia Dortmund) ter assustado por duas vezes o goleiro nigeriano. Com uma armação com três atacantes: Obasi (Hoffeinheim-ALE) pela direita, Uche (Almería-ESP) pela esquerda e Yakubu (Everton-ING) pelo meio, a Nigéria conseguia, com muita velocidade, mostrar maior qualidade ofensiva. Pela direita, Obasi infernizava os defensores do Egito e foi de seus pés que saiu o primeiro gol do jogo. Na realidade, um golaço de fora da área. Pelo lado esquerdo, quem incomodava bastante o sistema defensivo do Egito era o lateral Taiwo (Olympique de Marseille-FRA), que criou duas excelentes jogadas que foram desperdiçadas pelo Uche. A Nigéria dominava ofensivamente a partida, porém em uma bobeada gigante de seu sistema defensivo, incluindo o goleiro Enyeama, Meeteb aproveitou um lindo passe de Ahmed Hassan e empatou a partida aos 34 minutos.
Este meia egípcio, o Ahmed Hassan, é um excelente jogador. Não é de hoje que sua qualidade para organizar jogadas já desperta elogios. O camisa 17 do Egito além de ter excelente toque de bola e de saber chegar na frente para finalizar, como ele mostrou ao marcar o gol da virada do Egito aos 9 minutos da 2ª etapa, também sabe como fechar o setor de meio-campo. Não é raro observar uma jogada que inicia e termina nos seus pés. E tem mais! Jogador de 34 anos de idade, ele possui na bagagem nada menos do que 3 títulos da Copa da África. Após virar a partida, o Egito conseguiu controlar o jogo e bloquear as jogadas em velocidade da Nigéria que tentou nos chutes longos empatar o placar. Além de não conseguir a igualdade, a Nigéria ainda sofreu mais um gol, desta vez em uma bomba do meia Geddo.
O placar final de 3 a 1 pode até ser exagerado se observarmos os primeiros 30 minutos jogados pela Nigéria. Porém, apenas força no setor ofensivo não foi suficiente para vencer uma equipe experiente como o Egito, que por sinal também apresenta um ataque perigoso. Se quiser buscar o caneco da Copa da África, a Nigéria precisa mostrar uma equipe mais equilibrada, que saiba utilizar a velocidade e qualidade ofensiva que possui, porém não fique tão exposta defensivamente.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
PAPO CABEÇA - Terrorismo na Copa da África
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
COPA DA ÁFRICA 2010 - 1ª FASE
Após um pequeno período de recesso, o FUTEBOLA está de volta. E já voltamos falando de um torneio que envolve grandes jogadores do futebol mundial. Ou alguém duvida que Drogba, Essien Eto'o, Yayá Touré e outros, estão entre os grandes jogadores do planeta. Infelizmente o Adebayor não disputará o torneio por causa de um bando de covardes que atacaram a Seleção de Togo. Porém, assim como não dei crédito aos terroristas que invadiram o Couto Pereira na última rodada do Brasileirão, não irei falar sobre os terroristas angolanos.
Começaremos falando da partida de estréia, que foi simplesmente magnífica.
Angola 4 x 4 Mali
Se a Copa da África manter o nível da partida de abertura, entre Angola e Mali, será considerada um dos maiores torneios de todos os tempos. Sem nenhuma dúvida este duelo foi um daqueles que mostra o motivo de o futebol ser o esporte mais fascinante do mundo.
Mesmo atuando em casa a Seleção de Angola não era considerada favorita para a partida devido aos bons destaques individuais da equipe de Mali. Porém, com o caminhar do jogo, Mali se mostrou um verdadeiro bando de jogadores em campo, sem o mínimo entrosamento e sentindo uma falta absurda da dupla Sissoko (Juventus-ITA) e Keita (Barcelona-ESP), que estavam contundidos. O número de passes errados da equipe malinesa foi algo assustador e, em toda a 1ª etapa, apenas um contra-ataque razoavelmente estruturado foi organizado. Já Angola, apesar de não fazer a partida dos sonhos, soube se impor, principalmente após a entrada do bom jogador Djalma no lugar de Dedé. Caindo pelo lado direito do campo, Djalma fez excelente dupla com Mabiná, sendo este lado a principal arma ofensiva angolana. Foi dos pés da dupla que surgiu a primeira jogada de perigo de Angola, aos 32 minutos. Dominando completamente a partida, o terreno estava ficando preparado para a aparição do grande artilheiro angolano Flávio. Em duas bolas alçadas na área, Flávio antecipou os defensores com perfeição e fez com que Angola fosse para o intervalo vencendo por 2 a 0.
Na 2ª etapa, mesmo com Angola jogando com um menor ritmo e o meia Keita já presente no time de Mali, a vitória do time mandante parecia que iria ocorrer naturalmente. A festa dos torcedores de Angola ficou ainda maior quando o rápido e excelente ala-esquerdo Gilberto, que já havia dado uma assistência para o primeiro gol marcado pelo Flávio, sofreu dos pênaltis em menos de 10 minutos. Com a primeira cobrança convertida por ele mesmo e a segunda pelo xodó da torcida, Manucho, a vitória parecia irreversível.
Até os 33 minutos do 2º tempo, Mali não havia realizado nada de bom na partida. Nenhuma jogada bem articulada sequer. O jogo e a festa pertenciam apenas à Angola. Uma rápida passagem da câmera pelo banco de Mali, mostrou os jogadores malineses com caras de pouquíssimos amigos. Porém, quando ninguém esperava, Mali iniciou uma arrancada indescritível. Keita aos 34 minutos aproveitou uma falha clamorosa do goleiro angolano. Kanoute aos 43 minutos utilizou todo seu potencial de bom finalizador e marcou um golaço de cabeça. Novamente Keita, agora em um belo chute, fez a torcida angolana ficar desesperada aos 47 minutos. Yatabaré, depois de uma bola alçada na área de qualquer maneira, no último minuto de jogo, empatou a partida. Surreal! Inacreditável! Impressionante! Viva o futebol!
É inegável que Angola desligou o motor após colocar 4 a 0 no placar. Porém, quem não desligaria? Faltavam 20 minutos para o fim do jogo e ninguém seria capaz de acreditar que a Seleção de Mali, que havia chegado com perigo uma vez em todo jogo, iria buscar o que parecia impossível. Buscou... E acabou com toda a alegria da torcida e dos jogadores de Angola. Pelo heróico e histórico empate, a Seleção de Mali escapa de um belo puxão de orelhas, mas ela precisa mostrar muito mais futebol para ser campeã, como seu técnico disse ser possível.