RESULTADOS
Flamengo 1 x 1 Cruzeiro
Atlético Goianiense 3 x 1 Internacional
Portuguesa 1 x 1 Corinthians
Santos 2 x 0 Vasco
São Paulo 2 x 0 Figueirense
Atlético Mineiro 2 x 1 Sport
Coritiba 2 x 1 Bahia
Náutico 1 x 0 Palmeiras
Fluminense 2 x 1 Ponte Preta
Grêmio 1 x 1 Botafogo
ARTILHARIA
15 Gols
Fred (Fluminense)
Luís Fabiano (São Paulo)
14 Gols
Bruno Mineiro (Portuguesa)
11 Gols
Kieza (Náutico)
Vagner Love (Flamengo)
Grêmio 1 x 1 Botafogo – Olímpico, Porto Alegre (RS)
Fogão e Grêmio batalham no Olímpico em confronto onde
vontade, raça e entrega foram protagonistas. Empate afasta alvinegros cariocas e
tricolores gaúchos de seus objetivos.
Gilberto Silva, Fernando, Elano, Kléber e Marcelo Moreno. Os
desfalques tricolores eram numerosos e “de categoria”, como falam os antigos.
Assim, Vanderlei Luxemburgo optou pelo 4-2-2-2 e escalou o Grêmio com: Marcelo Grohe;
Pará, Werley, Naldo e Anderson Pico; Marco Antônio e Souza; Marquinhos e Zé
Roberto; Leandro e André Lima. Pelo lado alvinegro, que tem o goleiro Jefferson
na Seleção Brasileira, Seedorf – resfriado – e Elkeson escutaram o apito
inicial do banco de reservas, e Oswaldo de Oliveiro organizou o Botafogo no
4-2-3-1 com: Renan; Lucas, Antônio Carlos, Dória e Márcio Azevedo; Renato e
Gabriel; Vítor Junior, Andrezinho e Fellype Gabriel; Rafael Marques.
Divididas, estouradas, correria, pouco espaço e ainda menos
criatividade para descobri-los. Assim foi a etapa inicial onde Grêmio e
Botafogo não foram, digamos, muito carinhosos com a pelota e mostraram dificuldade
em costurar tramas ofensivas. Não significa, contudo, que o intervalo televisivo
foi ausente de “melhores momentos”. Com exceção de uma rápida jogada pela
meiúca que terminou em gol do Zé Roberto anulado por impedimento, as bolas
aéreas deram o tom. O Grêmio, após dois escanteios consecutivos cobrados por Zé
Roberto, fez o torcedor botafoguense prender a respiração com Leandro e Werley.
Também em bola parada alçada na área, esta por Andrezinho, Fellype Gabriel
obrigou Marcelo Grohe a defesa de cinema.
Para a etapa final, o que parecia um problema, a contusão do Souza,
virou solução quando Léo Gago entrou em seu lugar para acertar um tijolaço de
fora da área e fazer o Olímpico explodir em alegria. O relógio apontava cinco
minutos e, a partir daí, um novo cenário se fez presente, com os gaúchos em
guarda e a espera de espaços para contra-atacar. Ao Botafogo não restava outra
opção a não ser encarar o ferrolho e o retrospecto recente de três jogos sem
balançar as redes. Já com Seedorf de um lado e o volante Vilson no lugar do
centroavante André Lima do outro, o Grêmio teve duas chances de fechar o caixão
alvinegro, com Leandro e mais um foguete do Léo Gago, mas Renan não bobeou. O caminhar
do relógio deixava a vaca botafoguense mais perto do brejo, e Oswaldo arriscou
tudo: entraram Elkeson e Bruno Mendes, saíram Márcio Azevedo e Renato.
Coração na ponta das chuteiras botafoguenses para atacar,
veias e artérias como cadarços nas chuteiras tricolores para se defender. Tensão
palpável nos instantes derradeiros e... golão do Bruno Mendes para emudecer um Olímpico
que já dava sinais de tristeza com o anúncio da virada do Fluminense sobre a
Ponte Preta, no Rio de Janeiro. E o Botafogo, mesmo com o jejum de vitórias
ampliado para sete jogos, ouviu o apito final sorrindo mais.
CURTINHAS PELO BRASILEIRÃO
- Bola e mão se encontraram em vários cantos do país nesta 30ª
rodada. No passe de Vagner Love para o gol de Liedson, no bloqueio do
atleticano Carlos César já no final da vitória do “Galo” sobre o Sport, no pênalti
marcado para o Fluminense que Fred converteu e iniciou a virada do líder
absoluto. Não é questão de roubar para este ou surrupiar aquele, é apenas a subjetividade da regra, que faz com
que lances semelhantes tenham diferentes interpretações.
- A fase de Vagner Love não é nada boa. Um espelho: desde que
Deivid estreou pelo Coritiba, na 23ª rodada, o ex-atacante rubro-negro já
marcou cinco gols, enquanto, no mesmo período, o “Artilheiro do Amor” apenas
unzinho. E o Flamengo sente – e muito! – a ausência de bolas nas redes do seu
artilheiro.
- Conflitos políticos, atrasos de salários e, principalmente,
saídas não repostas de Diego Souza, Fagner, Rômulo e Allan. Em algum momento os
problemas vascaínos se transformariam em números. Após 54 rodadas consecutivas,
incluso aqui o Brasileirão do ano passado, o Vasco sai da zona nobre da tabela,
o famoso e desejado G4.
- Uma escalação que começa com um Rogério Ceni cada dia mais
Rogério Ceni e termina com um Luís Fabiano cada dia mais Luís Fabiano justifica
a sequência são-paulina de cinco triunfos e um empate e a chegada ao G4. E olha
que o São Paulo poderia estar “chorando” a ausência do Lucas, ein.
- Interpretações e equívocos da arbitragem à parte, o leonino
Gum não é uma das estrelas do elenco do Fluminense, mas, de umas rodadas para
cá, seu suor se mostra tão importante quanto o brilho dos craques tricolores.