Santos 2 x 1 Corinthians – Vila Belmiro, Santos (SP)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Com um futebol mágico e encantador o Santos engoliu o Corinthians, manteve a vantagem de 4 pontos sobre o segundo colocado e, de tabela, tirou o Timão da zona de classificação para as semi-finais.
Desde o apito inicial, o Santos foi simplesmente arrasador. O sistema defensivo corintiano ficou totalmente perdido diante da visão de jogo e qualidade nos passes da dupla de armadores Paulo Henrique Ganso/Marquinhos e da velocidade e habilidade de Neymar. Logo aos 2 minutos, Ganso deixou Neymar cara-a-cara com o arqueiro Felipe, que fez ótima defesa. Três minutinhos depois, novamente perfeito passe de Ganso, dessa vez para Marquinhos, que entrou na área e foi derrubado por Roberto Carlos. Na cobrança da penalidade, Neymar bateu em meia altura e Felipe voou para buscar. Existe um máxima no futebol que diz que quando uma equipe perde um pênalti ela fica pra baixo e o adversário cresce em campo, porém isso esteve muito longe de ocorrer. Mesmo com a defesa do goleirão Felipe o Corinthians permaneceu apático e, em nenhum momento, o Santos perdeu as rédeas da partida. Felipe ainda teve êxito em impedir o Santos de abrir o placar ao defender um chute de Arouca, logo após este receber milimétrico passe de Marquinhos, mas, aos 32 minutos, ele nada pode fazer. Marquinhos, sempre ele, encontrou Neymar na área e o jovem santista, em uma virada rápida e mortal, sacudiu o filó. Palmas para o passe do Marquinhos. Palmas para a atitude de Neymar, que perdeu um pênalti e, mesmo assim, não se escondeu em campo. O único lance ofensivo corintiano que merece destaque é a perfeita bicicleta de Dentinho, que merecia ter balançado a rede.
Nos primeiros 45 minutos, o quarteto de meio-campo santista dominou completamente o setor. Enquanto a já citada visão de jogo da dupla Ganso/Marquinhos infernizava Roberto Carlos e cia, os volantes Wesley e Arouca tinham toda a liberdade para aparecerem ofensivamente. Era necessário que Mano Menezes alterasse sua equipe de alguma forma no intervalo e, em minha opinião, um dos três atacantes deveria ser sacado, para fortalecer a meiúca corintiana. Jucilei e Moacir substituíram, respectivamente, Ralf e Alessandro e o trio ofensivo permaneceu intacto. O resultado? Um início de 2º tempo imagem e semelhança do anterior. Aos 14 minutos, uma jogada magistral. Um lançamento de Marquinhos, para mim o melhor jogador em campo, chegou até Neymar, que dominou a pelota no peito e encontrou seu parceiro André livre, leve e solto para marcar o segundo gol santista. Jogada para ver e rever diversas vezes. Com 2 x 0 no placar, o Santos relaxou mais do que o necessário e perdeu totalmente o foco da partida. O gol corintiano, marcado aos 23 minutos, até poderia colocar fogo no jogo, mas, logo depois, Moacir e Roberto Carlos, os dois laterais do Timão, foram expulsos. O consagrado e experiente Roberto Carlos, que havia recebido amarelo ao cometer pênalti em Marquinhos, simulou ter sofrido uma falta e recebeu o segundo cartão. Um verdadeiro papelão. Agora, além da vantagem no placar, o Santos possuía dois homens a mais em campo. Os últimos 15 minutos mostraram perfeitamente o maior defeito desta grande equipe santista: acreditar que a partida acaba antes do apito final. Na vitória sobre o Bragantino por 6 x 3, este fato, assim como no clássico, ficou evidente e poderia ter prejudicado o Santos. Se aos 41 minutos o meia Tcheco, completamente sumido em campo, não tivesse errado uma cabeçada quase na linha do gol, o Corinthians teria conseguido empatar uma partida em que não jogou absolutamente nada. Dorival Junior tem o trabalho de ensinar esses novos meninos da Vila como decidir as partidas.
Inadmissível que uma equipe com os jogadores de alto nível, como é a do Corinthians, tenha uma apresentação ofensiva como a deste clássico. Passar 90 minutos e organizar apenas três jogadas de ataque é assustador. Ultrapassagens dos laterais, tabelinhas pelo meio da defesa, jogadas de pivô preparando a pelota para o companheiro, lances individuais... Nada disso esteve presente no cardápio do Timão. E o Mano só tentou mudar algo nos minutos finais, com a entrada do Iarley.
Não posso deixar de comentar um lance que me marcou muito. O juiz havia parado o jogo e o xerifão corintiano Chicão foi buscar a pelota para realizar a conbrança da infração. Neste momento, Neymar lhe aplicou um chapéu indescritível. Na hora do lance, critiquei o garoto pois achei sua atitude completamente desnecessária. Porém, após o jogo, ele disse o seguinte: “Foi uma jogada em que abusei, mas é coisa do clássico. Ele falou que começaria a bater, respondi”. Diante de jogadores como Neymar, os zagueiros se utilizam de xingamentos e ameaças para deixar o oponente nervoso, não é? Pois bem, Neymar utilizou sua arma para deixar seu oponente nervoso. Por isso o lance me marcou. Nunca iria olhar esta atitude do Neymar por este ponto de vista, se não fosse sua entrevista.
JOGADA RÁPIDA!
Uma das grandes revelações do último Brasileirão, atuando pelo Barueri, o atacante Fernandinho fez sua estréia pelo São Paulo. Se ela foi boa? Não, foi surreal. Fernandinho marcou nada menos do que 4 gols na vitória do Tricolor sobre o Monte Azul, por 5 x 1. Será mais um craque da nossa inesgotável safra?
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
TAÇA RIO - 1ª RODADA
Madureira 1 x 2 Boavista
Resende 0 x 3 Bangu
Macaé 1 x 4 Flamengo
Americano 1 x 3 Botafogo
Olá amigos do FUTEBOLA!
Nos jogos que abriram a 1ª rodada da Taça Rio, o botafoguense Caio e os rubro-negros Vagner Love e Vinícius Pacheco deram um show de bola e ajudaram seus times a iniciarem bem o torneio. Vamos ver como foi a vitória do Flamengo sobre o Macaé.
Macaé 1 x 4 Flamengo – Raulino de Oliveira, Volta Redonda (RJ)
O Flamengo precisou jogar apenas um tempo para garantir sua primeira vitória na Taça Rio. Com a ausência de Adriano, servindo à Seleção Brasileira, coube à dupla Vagner Love e Vinícius Pacheco a tarefa de garantir o triunfo rubro-negro.
Durante os primeiros 45 minutos, o Flamengo se mostrou uma equipe completamente fora de jogo. Exceção de dois bons passes de Vinícius Pacheco para Vagner Love, e o pênalti sofrido pelo Willians, que o Love cobrou no meio do gol para a brir o placar, aos 28 minutos, o Fla nada mais fez. Enquanto isso, o Macaé se esforçava bastante para superar suas limitações técnicas e incomodar o Flamengo. Se não conseguia levar muito perigo ao goleiro flamenguista Bruno, pelo menos o Macaé se posicionava ofensivamente. Aos 38 minutos, em um escanteio que surgiu após um bomba do macaense André, o atacante Laio aproveitou uma falha da defesa rubro-negra e, de cabeça, empatou o escore. Vale ressaltar algo que não é novidade nesse Carioca. Durante a 1ª etapa, o sistema defensivo do Fla se complicou algumas vezes com as pelotas alçadas na área.
Após o intervalo, o 2º tempo iniciou com a mesma cara. Os 10 primeiros minutos da etapa derradeira continuaram mostrando um Flamengo sem criatividade e sem nenhum poder ofensivo. Porém, ocorreu um estalo e, como se fosse mágica, a dupla Pacheco/Love resolveu decidir a partida. Cobrança de falta rápida e inteligente de Love e Pacheco sacode o filó. Sensacional tabela entre Love e o estreante Ramón e o “Artilheiro do Amor” marca mais um, se isolando na artilharia do Cariocão. Belo passe de Love pela meiúca da defesa macaense e Vinícius Pacheco balança as redes pela segunda vez. Três lances, treze minutos e três gols. Bastou 15 minutinhos de bom futebol para o Flamengo detonar a frágil equipe do Macaé.
Com dois gols e duas assistências, Vagner Love mostrou o quanto é importante para a atual equipe do Flamengo. A vitória rubro-negra valeu também pelos dois gols do cada dia melhor Vinícius Pacheco e pela ótima estréia do meia-atacante Ramón.
JOGADA RÁPIDA!
Já tá virando rotina, mas continua sendo impressionate. Novamente o “Talismã Alvi-Negro” Caio saiu do banco de reservas e deu a vitória ao Botafogo. No duelo contra o Americano, a partida estava 1 x 1 quando Caio entrou em campo e marcou dois gols. Êta estrela!
Resende 0 x 3 Bangu
Macaé 1 x 4 Flamengo
Americano 1 x 3 Botafogo
Olá amigos do FUTEBOLA!
Nos jogos que abriram a 1ª rodada da Taça Rio, o botafoguense Caio e os rubro-negros Vagner Love e Vinícius Pacheco deram um show de bola e ajudaram seus times a iniciarem bem o torneio. Vamos ver como foi a vitória do Flamengo sobre o Macaé.
Macaé 1 x 4 Flamengo – Raulino de Oliveira, Volta Redonda (RJ)
O Flamengo precisou jogar apenas um tempo para garantir sua primeira vitória na Taça Rio. Com a ausência de Adriano, servindo à Seleção Brasileira, coube à dupla Vagner Love e Vinícius Pacheco a tarefa de garantir o triunfo rubro-negro.
Durante os primeiros 45 minutos, o Flamengo se mostrou uma equipe completamente fora de jogo. Exceção de dois bons passes de Vinícius Pacheco para Vagner Love, e o pênalti sofrido pelo Willians, que o Love cobrou no meio do gol para a brir o placar, aos 28 minutos, o Fla nada mais fez. Enquanto isso, o Macaé se esforçava bastante para superar suas limitações técnicas e incomodar o Flamengo. Se não conseguia levar muito perigo ao goleiro flamenguista Bruno, pelo menos o Macaé se posicionava ofensivamente. Aos 38 minutos, em um escanteio que surgiu após um bomba do macaense André, o atacante Laio aproveitou uma falha da defesa rubro-negra e, de cabeça, empatou o escore. Vale ressaltar algo que não é novidade nesse Carioca. Durante a 1ª etapa, o sistema defensivo do Fla se complicou algumas vezes com as pelotas alçadas na área.
Após o intervalo, o 2º tempo iniciou com a mesma cara. Os 10 primeiros minutos da etapa derradeira continuaram mostrando um Flamengo sem criatividade e sem nenhum poder ofensivo. Porém, ocorreu um estalo e, como se fosse mágica, a dupla Pacheco/Love resolveu decidir a partida. Cobrança de falta rápida e inteligente de Love e Pacheco sacode o filó. Sensacional tabela entre Love e o estreante Ramón e o “Artilheiro do Amor” marca mais um, se isolando na artilharia do Cariocão. Belo passe de Love pela meiúca da defesa macaense e Vinícius Pacheco balança as redes pela segunda vez. Três lances, treze minutos e três gols. Bastou 15 minutinhos de bom futebol para o Flamengo detonar a frágil equipe do Macaé.
Com dois gols e duas assistências, Vagner Love mostrou o quanto é importante para a atual equipe do Flamengo. A vitória rubro-negra valeu também pelos dois gols do cada dia melhor Vinícius Pacheco e pela ótima estréia do meia-atacante Ramón.
JOGADA RÁPIDA!
Já tá virando rotina, mas continua sendo impressionate. Novamente o “Talismã Alvi-Negro” Caio saiu do banco de reservas e deu a vitória ao Botafogo. No duelo contra o Americano, a partida estava 1 x 1 quando Caio entrou em campo e marcou dois gols. Êta estrela!
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 - 1ª FASE
Flamengo 2 x 0 Universidad Católica – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Assim como o Internacional em sua estréia, o Flamengo iniciou a Libertadores precisando suar a camisa e mostrar uma garra digna da competição mais importante da América do Sul.
A partida ainda estava em seus minutos iniciais quando o destemperado Willians soltou o braço no seu marcador e recebeu um justo cartão vermelho. Se a surpreendente ausência do goleiro Bruno, contundido, já assustava o torcedor, o Flamengo teria, agora, a missão de vencer sua partida de estréia atuando, praticamente todo o jogo, com um homem a menos. O Rubro-Negro se abateu por isso? Não, nem um pouco. Cada jogador se esforçava ao máximo e, com raras exceções em alguns buracos que apareceram no lado esquerdo de sua defesa, o Flamengo não parecia estar com menos um. O maior motivo da tranquilidade mostrada pelo Flamengo, após a infantil expulsão de seu volante, foi o golaço de falta marcado pelo Léo Moura logo aos 10 minutos. Sem dúvida alguma o Fla teria um jogo muito mais complicado se não tivesse obtido uma rápida vantagem. A partir daí, a Universidad Católica começou a atacar com maior atitude, porém não o suficiente para superar a raça e, acreditem, solidez defensiva do Flamengo. Após sofrer gols em todas as partidas do ano, Andrade precisou realizar alterações e barrou Ronaldo Angelim, colocando em campo o jovem Fabrício. E como jogou o Fabrício... Bola pelo alto, bola por baixo, dando o bote no atacante ou atuando na cobertura, não importava o lance o resultado era sempre Fabrício ganhando a jogada. A equipe chilena chegou a assutar em uma bomba do Damian Díaz que acertou o travessão, mas não mostrou capacidade para sacudir o filó rubro-negro. Vale ressaltar também a disposição mostrada por Vágner Love. Como citei anteriormente, todo o time correu para suprir a expulsão do Willians, mas o Vágner Love exagerou na dose, para o bem de sua equipe e do torcedor. O camisa 9 rubro-negro marcava pressão e retornava para compor o meio campo com um gás de causar inveja à corredor da São Silvestre.
Poucos minutos antes do intervalo, o Flamengo ganhou um presente quando, com uma infantilidade de causar inveja ao Willians, o meia Mirosevic pisou em Toró e foi expulso. Assim, o Flamengo voltou para a 2ª etapa mais tranquilo e conseguiu ampliar sua vantagem. Antes de comentar o lance, uma pausa para falar sobre o Léo Moura. Sempre fui um grande fã do lateral rubro-negro e, apesar de nos últimos 2 anos ele não ter mostrado todo o futebol que possui, nunca deixei de considerá-lo o melhor de sua posição atuando no Brasil. O tempo que ele já está de titular no Flamengo e os títulos que conquistou lhe fornecem uma experiência muito grande e ele é de extrema importância para sua equipe. Voltando ao jogo, aos 13 minutos Léo Moura roubou uma bola na entrada de sua área e arrancou com enorme velocidade. Um lindo drible e um lançamento nos pés do Adriano foram o suficiente para todos lembrarem daquele futebol que o levou para a Seleção Brasileira e para o Fla colocar 2 a 0 no placar. Daí até o final, a partida serviu para Marcelo Lomba permanecer mostrando segurança em sua estréia, Fabrício fechar o jogo sem perder um único lance, Toró continuar correndo feito um louco e Vágner Love correndo feito um Toró. O pênalti desperdiçado pelo “Artilheiro do Amor”, no finzinho do jogo, coroaria sua grande atuação.
Para uma estréia em Libertadores, o Flamengo teve um jogo até um pouco mais difícil do que esperava, porém com raça e qualidade soube superar seu primeiro obstáculo rumo à tão sonhada conquista da América.
Olá amigos do FUTEBOLA!
Assim como o Internacional em sua estréia, o Flamengo iniciou a Libertadores precisando suar a camisa e mostrar uma garra digna da competição mais importante da América do Sul.
A partida ainda estava em seus minutos iniciais quando o destemperado Willians soltou o braço no seu marcador e recebeu um justo cartão vermelho. Se a surpreendente ausência do goleiro Bruno, contundido, já assustava o torcedor, o Flamengo teria, agora, a missão de vencer sua partida de estréia atuando, praticamente todo o jogo, com um homem a menos. O Rubro-Negro se abateu por isso? Não, nem um pouco. Cada jogador se esforçava ao máximo e, com raras exceções em alguns buracos que apareceram no lado esquerdo de sua defesa, o Flamengo não parecia estar com menos um. O maior motivo da tranquilidade mostrada pelo Flamengo, após a infantil expulsão de seu volante, foi o golaço de falta marcado pelo Léo Moura logo aos 10 minutos. Sem dúvida alguma o Fla teria um jogo muito mais complicado se não tivesse obtido uma rápida vantagem. A partir daí, a Universidad Católica começou a atacar com maior atitude, porém não o suficiente para superar a raça e, acreditem, solidez defensiva do Flamengo. Após sofrer gols em todas as partidas do ano, Andrade precisou realizar alterações e barrou Ronaldo Angelim, colocando em campo o jovem Fabrício. E como jogou o Fabrício... Bola pelo alto, bola por baixo, dando o bote no atacante ou atuando na cobertura, não importava o lance o resultado era sempre Fabrício ganhando a jogada. A equipe chilena chegou a assutar em uma bomba do Damian Díaz que acertou o travessão, mas não mostrou capacidade para sacudir o filó rubro-negro. Vale ressaltar também a disposição mostrada por Vágner Love. Como citei anteriormente, todo o time correu para suprir a expulsão do Willians, mas o Vágner Love exagerou na dose, para o bem de sua equipe e do torcedor. O camisa 9 rubro-negro marcava pressão e retornava para compor o meio campo com um gás de causar inveja à corredor da São Silvestre.
Poucos minutos antes do intervalo, o Flamengo ganhou um presente quando, com uma infantilidade de causar inveja ao Willians, o meia Mirosevic pisou em Toró e foi expulso. Assim, o Flamengo voltou para a 2ª etapa mais tranquilo e conseguiu ampliar sua vantagem. Antes de comentar o lance, uma pausa para falar sobre o Léo Moura. Sempre fui um grande fã do lateral rubro-negro e, apesar de nos últimos 2 anos ele não ter mostrado todo o futebol que possui, nunca deixei de considerá-lo o melhor de sua posição atuando no Brasil. O tempo que ele já está de titular no Flamengo e os títulos que conquistou lhe fornecem uma experiência muito grande e ele é de extrema importância para sua equipe. Voltando ao jogo, aos 13 minutos Léo Moura roubou uma bola na entrada de sua área e arrancou com enorme velocidade. Um lindo drible e um lançamento nos pés do Adriano foram o suficiente para todos lembrarem daquele futebol que o levou para a Seleção Brasileira e para o Fla colocar 2 a 0 no placar. Daí até o final, a partida serviu para Marcelo Lomba permanecer mostrando segurança em sua estréia, Fabrício fechar o jogo sem perder um único lance, Toró continuar correndo feito um louco e Vágner Love correndo feito um Toró. O pênalti desperdiçado pelo “Artilheiro do Amor”, no finzinho do jogo, coroaria sua grande atuação.
Para uma estréia em Libertadores, o Flamengo teve um jogo até um pouco mais difícil do que esperava, porém com raça e qualidade soube superar seu primeiro obstáculo rumo à tão sonhada conquista da América.
E NO VELHO CONTINENTE...
Internazionale 2 x 1 Chelsea – 1º jogo da fase oitavas-de-final da Liga dos Campeões da Europa
Olá amigos do FUTEBOLA!
No primeiro duelo entre Inter e Chelsea, pelas oitavas da Champions League, deu vitória da equipe italiana em um grande jogo de futebol.
A partida já começou pegando fogo, pois dois minutinhos após o apito inicial a Inter já havia sacudido o filó. Após um passe de Eto’o, o meia Sneijder deixou a pelota passar para Milito, que deu uma linda entortada no zagueirão Terry e abriu o placar. Com a vantagem no marcador, a equipe do treinador José Mourinho caiu no erro de recuar e buscar apenas os contra-ataques. Tudo bem que em um desses contra-ataques, Eto’o perdeu um gol dentro da pequena área, mas como Sneijder não acertava a maioria dos passes e a velocidade lateral-direito Maicon era pouco aproveitada, o Chelsea acabou ganhando as rédeas da partida. Mesmo tentando jogadas pela direita e pela esquerda, a equipe inglesa só conseguiu assustar o goleiro Júlio César em chutes longos, a única arma encontrada diante da dificuldade de transpor o ferrolho italiano. A Inter apresentava uma linha de quatro defensores muito bem postada, além de três volantes que formavam uma muralha em frente ao goleiro brasileiro. Sendo assim, Kalou, Drogba, Mikel e Ballack experimentaram os chutes de longa distância, com o Drogba conseguindo acertar o travessão e os demais obrigando Júlio a realizar boas defesas.
Após o intervalo, o Chelsea enfim foi recompensado pela insistência nos chutes de longa distância. Aos 5 minutos, após excelente jogada de Ivanovic, Kalou recebeu a bola e chutou colocado, conseguindo vencer Júlio César. Em minha opinião, foi falha do goleiro brazuca. Parecia que o gol faria a Inter se abater, porém não foi o que ocorreu. Menos de 5 minutinhos após sofrer o tento de empate, Cambiasso foi ao ataque e, em um rebte de seu próprio chute, estofou as redes inglesas. Com nova vantagem no placar, a Inter mostrou que aprendeu com os erros. Logo após o golaço de Cambiasso, José Mourinho substitui o ofensivamente inoperante Thiago Motta pelo veloz Balotelli, buscando organizar sua equipe para obter melhor saída para o jogo. Perfeita a alteração do treinador português. Com Balotelli organizando os contra-ataques e sofrendo uma falta atrás da outra, a Inter impediu que o Chelsea se organizasse ofensivamente e buscasse o empate. Apenas uma bela trama entre Anelka, Drogba e Lampard, aos 19 minutos, fez o torcedor interista prender a respiração. Apesar de toda a organização defensiva e de toda a entrega da equipe da Inter, é mais do que necessário dar um destaque maior à atuação do zagueiro brasileiro Lúcio. Neste duelo onde teve a missão de marcar ninguém menos que Didier Drogba, Lúcio teve uma apresentação exuberante, uma das melhores atuações de um zagueiro que já assisti. Sem perder sequer uma divida e estando sempre perfeitamente posicionado, Lúcio deu uma aula de como ser um defensor. Se atuar assim na Copa do Mundo, o Brasil terá grandes chances de contar com o melhor zagueiro do torneio.
A vitória foi importante para a Inter poder jogar na Inglaterra com a vantagem do empate. Porém, com uma simples vitória por 1 x 0 o Chelsea garante a a classificação. Amigos, este grande clássico ainda está longe do seu final.
Olá amigos do FUTEBOLA!
No primeiro duelo entre Inter e Chelsea, pelas oitavas da Champions League, deu vitória da equipe italiana em um grande jogo de futebol.
A partida já começou pegando fogo, pois dois minutinhos após o apito inicial a Inter já havia sacudido o filó. Após um passe de Eto’o, o meia Sneijder deixou a pelota passar para Milito, que deu uma linda entortada no zagueirão Terry e abriu o placar. Com a vantagem no marcador, a equipe do treinador José Mourinho caiu no erro de recuar e buscar apenas os contra-ataques. Tudo bem que em um desses contra-ataques, Eto’o perdeu um gol dentro da pequena área, mas como Sneijder não acertava a maioria dos passes e a velocidade lateral-direito Maicon era pouco aproveitada, o Chelsea acabou ganhando as rédeas da partida. Mesmo tentando jogadas pela direita e pela esquerda, a equipe inglesa só conseguiu assustar o goleiro Júlio César em chutes longos, a única arma encontrada diante da dificuldade de transpor o ferrolho italiano. A Inter apresentava uma linha de quatro defensores muito bem postada, além de três volantes que formavam uma muralha em frente ao goleiro brasileiro. Sendo assim, Kalou, Drogba, Mikel e Ballack experimentaram os chutes de longa distância, com o Drogba conseguindo acertar o travessão e os demais obrigando Júlio a realizar boas defesas.
Após o intervalo, o Chelsea enfim foi recompensado pela insistência nos chutes de longa distância. Aos 5 minutos, após excelente jogada de Ivanovic, Kalou recebeu a bola e chutou colocado, conseguindo vencer Júlio César. Em minha opinião, foi falha do goleiro brazuca. Parecia que o gol faria a Inter se abater, porém não foi o que ocorreu. Menos de 5 minutinhos após sofrer o tento de empate, Cambiasso foi ao ataque e, em um rebte de seu próprio chute, estofou as redes inglesas. Com nova vantagem no placar, a Inter mostrou que aprendeu com os erros. Logo após o golaço de Cambiasso, José Mourinho substitui o ofensivamente inoperante Thiago Motta pelo veloz Balotelli, buscando organizar sua equipe para obter melhor saída para o jogo. Perfeita a alteração do treinador português. Com Balotelli organizando os contra-ataques e sofrendo uma falta atrás da outra, a Inter impediu que o Chelsea se organizasse ofensivamente e buscasse o empate. Apenas uma bela trama entre Anelka, Drogba e Lampard, aos 19 minutos, fez o torcedor interista prender a respiração. Apesar de toda a organização defensiva e de toda a entrega da equipe da Inter, é mais do que necessário dar um destaque maior à atuação do zagueiro brasileiro Lúcio. Neste duelo onde teve a missão de marcar ninguém menos que Didier Drogba, Lúcio teve uma apresentação exuberante, uma das melhores atuações de um zagueiro que já assisti. Sem perder sequer uma divida e estando sempre perfeitamente posicionado, Lúcio deu uma aula de como ser um defensor. Se atuar assim na Copa do Mundo, o Brasil terá grandes chances de contar com o melhor zagueiro do torneio.
A vitória foi importante para a Inter poder jogar na Inglaterra com a vantagem do empate. Porém, com uma simples vitória por 1 x 0 o Chelsea garante a a classificação. Amigos, este grande clássico ainda está longe do seu final.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 - 1ª FASE
Internacional 2 x 1 Emelec – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Uma partida duríssima e digna de Taça Libertadores, assim pode ser definida a estréia do Inter na principal competição Sul-Americana.
Antes mesmo do início do jogo, já era possível identificar um Internacional mais cauteloso do que impetuoso. O motivo? A escalação com três zagueiros e dois volantes. Com Sandro e Guiñazu na meiúca, toda a criatividade colorada ficou a encargo do jovem Giuliano, que se mostrou completamente perdido durante os primeiros 45 minutos. Um outro fator determinante para as poucas oportunidades de gols criadas pelo Inter na 1ª etapa foi a grande distância entre Alecsandro e Edu, já que o último caía muito pelas pontas. Exceto as chegadas do ala-direito Nei na linha de fundo, que nem foram produtivas, a equipe brasileira não assustou em nenhum momento o goleiro adversário Elizaga. Como o único lance de perigo criado pelo Emelec ocorreu no primeiro minuto de jogo, era quase que obrigatório o treinador colorado Jorge Fossati tornar o time mais ofensivo com substituições no intervalo. Vale ressaltar que não foi somente os erros do Inter os responsáveis pela má atuação ofensiva da equipe, mas também a fortíssima marcação equatoriana, em alguns momentos ocorrendo até na saída de bola colorada.
Não tenho a mínima idéia do motivo, porém o Internacional voltou para a 2ª etapa com a mesma formação. Uma equipe necessitando urgentemente de criatividade e companhia para o Alecsandro mantém Taison e Andrezinho no banco de reservas e retorna com 5 jogadores com características defensivas. Inexplicável! E o mais incrível foi que aos 3 minutos o ataque do Emelec entrou como quis pelo meio do sistema defensivo colorado e abriu o marcador com Quiróz. Este tento poderia até ser considerado um castigo dos deuses do futebol à cautela do Inter, mas, logo depois, o ala Nei, que como já foi citado fora a única arma ofensiva do 1º tempo, acertou um petardo sensacional no ângulo e empatou a partida. Só mesmo em um chute longo ou em uma bola parada para o Internacional marcar um gol, tamanha falta de poder ofensivo que a equipe mostrava. Com o passar do tempo, o Emelec foi recuando sua equipe e uma tempestade começou a cair no beira-Rio. A dificuldade para o Inter encontrar espaços aumentava e Giuliano permanecia totalmente fora de jogo, mas mesmo assim teve início uma pressão em busca da vitória. Com a entrada de Taison no lugar do contundido Nei – o zagueiro Bolívar se transformou em lateral direito – o Internacional passou a criar jogadas também pelo lado esquerdo do campo, o que até o momento não havia ocorrido. Porém, foi somente com a entrada de Andrezinho no lugar do inoperante Giuliano que a vitória chegou. Um passe genial do meia encontrou o atacante Válter na área que, com um rápido toque, deixou a pelota livre para Alecsandro dar números finais a partida. Opinião minha: Andrezinho não pode ser reserva do Internacional de maneira alguma.
Apesar da ruim atuação do Inter, esta vitória, da maneira que ocorreu, dará uma grande bagagem para a equipe seguir na Libertadores sabendo que dificilmente encontrará moleza pela frente.
Olá amigos do FUTEBOLA!
Uma partida duríssima e digna de Taça Libertadores, assim pode ser definida a estréia do Inter na principal competição Sul-Americana.
Antes mesmo do início do jogo, já era possível identificar um Internacional mais cauteloso do que impetuoso. O motivo? A escalação com três zagueiros e dois volantes. Com Sandro e Guiñazu na meiúca, toda a criatividade colorada ficou a encargo do jovem Giuliano, que se mostrou completamente perdido durante os primeiros 45 minutos. Um outro fator determinante para as poucas oportunidades de gols criadas pelo Inter na 1ª etapa foi a grande distância entre Alecsandro e Edu, já que o último caía muito pelas pontas. Exceto as chegadas do ala-direito Nei na linha de fundo, que nem foram produtivas, a equipe brasileira não assustou em nenhum momento o goleiro adversário Elizaga. Como o único lance de perigo criado pelo Emelec ocorreu no primeiro minuto de jogo, era quase que obrigatório o treinador colorado Jorge Fossati tornar o time mais ofensivo com substituições no intervalo. Vale ressaltar que não foi somente os erros do Inter os responsáveis pela má atuação ofensiva da equipe, mas também a fortíssima marcação equatoriana, em alguns momentos ocorrendo até na saída de bola colorada.
Não tenho a mínima idéia do motivo, porém o Internacional voltou para a 2ª etapa com a mesma formação. Uma equipe necessitando urgentemente de criatividade e companhia para o Alecsandro mantém Taison e Andrezinho no banco de reservas e retorna com 5 jogadores com características defensivas. Inexplicável! E o mais incrível foi que aos 3 minutos o ataque do Emelec entrou como quis pelo meio do sistema defensivo colorado e abriu o marcador com Quiróz. Este tento poderia até ser considerado um castigo dos deuses do futebol à cautela do Inter, mas, logo depois, o ala Nei, que como já foi citado fora a única arma ofensiva do 1º tempo, acertou um petardo sensacional no ângulo e empatou a partida. Só mesmo em um chute longo ou em uma bola parada para o Internacional marcar um gol, tamanha falta de poder ofensivo que a equipe mostrava. Com o passar do tempo, o Emelec foi recuando sua equipe e uma tempestade começou a cair no beira-Rio. A dificuldade para o Inter encontrar espaços aumentava e Giuliano permanecia totalmente fora de jogo, mas mesmo assim teve início uma pressão em busca da vitória. Com a entrada de Taison no lugar do contundido Nei – o zagueiro Bolívar se transformou em lateral direito – o Internacional passou a criar jogadas também pelo lado esquerdo do campo, o que até o momento não havia ocorrido. Porém, foi somente com a entrada de Andrezinho no lugar do inoperante Giuliano que a vitória chegou. Um passe genial do meia encontrou o atacante Válter na área que, com um rápido toque, deixou a pelota livre para Alecsandro dar números finais a partida. Opinião minha: Andrezinho não pode ser reserva do Internacional de maneira alguma.
Apesar da ruim atuação do Inter, esta vitória, da maneira que ocorreu, dará uma grande bagagem para a equipe seguir na Libertadores sabendo que dificilmente encontrará moleza pela frente.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
TAÇA GUANABARA - FINAL
Vasco 0 x 2 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Em um jogo com cara de decisão o Botafogo bateu o Vasco por 2 a 0 e, com todos os méritos,conquistou o Bi-Campeonato da Taça Guanabara.
A primeira observação que deve ser feita sobre o clássico que decidiu a Taça Guanabara é que ele serve de exemplo perfeito para os que defendem a tese de que o treinador de futebol tem uma grande importância. Faz menos de um mês que o fortíssimo trio ofensivo vascaíno formado por Carlos Alberto, Philippe Coutinho e Dodô destruiu o Botafogo com uma implacável goleada de 6 x 0. Naquela partida, além da maravilhosa atuação vascaína, ficou evidente a desorganização defensiva botafoguense. O então treinador do Fogão Estevam Soares caiu e o já lendário Joel Santana assumiu o comando. E como o Botafogo mudou... Com um sistema defensivo muito bem estruturado e jogadores que sabem exatamente o que fazer em campo – e o fazem com uma vontade gigantesca – o Botafogo inutilizou o ataque vascaíno do primeiro ao último minuto. Para se ter idéia da dificuldade do Vasco em penetrar na área defendida pelo goleirão Jefferson, as três melhores chances criadas pelo Gigante da Colina foram um cabeçada do Carlos Alberto, após uma bola parada alçada, e dois chutes longos do mesmo Carlos Alberto. E foi só. Tabelinhas, triangulações, ultrapassagens dos laterais, contra-ataques... Nada disso esteve presente no repertório vascaíno devido ao excelente trabalho defensivo do Bota. Laterais, trio de zaga, volantes, todo o sistema defensivo do Fogão esteve perfeito em campo.
Pelo método de jogo que o Botafogo adota, uma palavrinha é essencial para a obtenção do êxito: eficiência. Um sistema de jogo baseado em se defender e jogar no erro do oponente precisa aproveitar ao máximo as oportunidades de gols que aparecerem, pois elas não serão numerosas. Bom, se o Botafogo não mostrou nesta partida a sensacional eficiência apresentada contra o Flamengo, foi bem o suficiente para garantir o triunfo. No 1º tempo, o Fogão, mesmo com a constante presença ofensiva de Marcelo Cordeiro e Herrera no lado esquerdo de seu ataque, pouco conseguiu criar. Porém, logo aos 2 minutos da 2ª etapa, esta mesma dupla criou a melhor jogada da partida até o momento. Um lindo lançamento de Cordeiro encontrou Herrera na cara de Fernando Prass, mas o goleirão vascaíno se saiu excelente na jogada e defendeu o arremate. Logo depois, o Vasco acordou e assustou Jefferson com os já citados dois chutes longos de Carlos Alberto, mostrando o equilíbrio entre as equipes. E aos 25 minutos, surgiu a maior arma ofensiva do Bota: a bola parada. Cruzamento perfeito de Marcelo Cordeiro e cabeçada certeira de Fábio Ferreira. 1 a 0 Fogão! A partir daí, o Vasco se perdeu e perdeu a cabeça. Primeiro Nílton dá uma entrada criminosa no garoto Caio, que havia substituído Lúcio Flávio, e é expulso aos 26 minutos. Aos 30, uma bomba de Herrera quase amplia a vantagem. Pouco mais de 5 minutos depois, o zagueiro vascaíno Titi comete falta, novamente em Caio, e puxa a camisa de Loco Abreu na área, em um intervalo de segundos. Dois lances, dois cartões amarelos e mais uma expulsão. Na cobrança da penalidade, o novo ídolo do Fogão Loco Abreu não desperdiçou e fechou o caixão Cruzmaltino.
O tão badalado ataque vascaíno passou em branco contra Flu e Bota. Já o Fogão, com todos os méritos possíveis, bateu o Flamengo e o Vasco, conquistou a Taça Guanabara e vai disputar, pela quinta vez seguida – um feito inédito – a final do Cariocão. Por fim, me desculpem os mais tradicionais, mas com Joel Santana no comando o Botafogo não pode ser chamado de Estrela Solitária.
PARABÉNS, FOGÃO!
Olá amigos do FUTEBOLA!
Em um jogo com cara de decisão o Botafogo bateu o Vasco por 2 a 0 e, com todos os méritos,conquistou o Bi-Campeonato da Taça Guanabara.
A primeira observação que deve ser feita sobre o clássico que decidiu a Taça Guanabara é que ele serve de exemplo perfeito para os que defendem a tese de que o treinador de futebol tem uma grande importância. Faz menos de um mês que o fortíssimo trio ofensivo vascaíno formado por Carlos Alberto, Philippe Coutinho e Dodô destruiu o Botafogo com uma implacável goleada de 6 x 0. Naquela partida, além da maravilhosa atuação vascaína, ficou evidente a desorganização defensiva botafoguense. O então treinador do Fogão Estevam Soares caiu e o já lendário Joel Santana assumiu o comando. E como o Botafogo mudou... Com um sistema defensivo muito bem estruturado e jogadores que sabem exatamente o que fazer em campo – e o fazem com uma vontade gigantesca – o Botafogo inutilizou o ataque vascaíno do primeiro ao último minuto. Para se ter idéia da dificuldade do Vasco em penetrar na área defendida pelo goleirão Jefferson, as três melhores chances criadas pelo Gigante da Colina foram um cabeçada do Carlos Alberto, após uma bola parada alçada, e dois chutes longos do mesmo Carlos Alberto. E foi só. Tabelinhas, triangulações, ultrapassagens dos laterais, contra-ataques... Nada disso esteve presente no repertório vascaíno devido ao excelente trabalho defensivo do Bota. Laterais, trio de zaga, volantes, todo o sistema defensivo do Fogão esteve perfeito em campo.
Pelo método de jogo que o Botafogo adota, uma palavrinha é essencial para a obtenção do êxito: eficiência. Um sistema de jogo baseado em se defender e jogar no erro do oponente precisa aproveitar ao máximo as oportunidades de gols que aparecerem, pois elas não serão numerosas. Bom, se o Botafogo não mostrou nesta partida a sensacional eficiência apresentada contra o Flamengo, foi bem o suficiente para garantir o triunfo. No 1º tempo, o Fogão, mesmo com a constante presença ofensiva de Marcelo Cordeiro e Herrera no lado esquerdo de seu ataque, pouco conseguiu criar. Porém, logo aos 2 minutos da 2ª etapa, esta mesma dupla criou a melhor jogada da partida até o momento. Um lindo lançamento de Cordeiro encontrou Herrera na cara de Fernando Prass, mas o goleirão vascaíno se saiu excelente na jogada e defendeu o arremate. Logo depois, o Vasco acordou e assustou Jefferson com os já citados dois chutes longos de Carlos Alberto, mostrando o equilíbrio entre as equipes. E aos 25 minutos, surgiu a maior arma ofensiva do Bota: a bola parada. Cruzamento perfeito de Marcelo Cordeiro e cabeçada certeira de Fábio Ferreira. 1 a 0 Fogão! A partir daí, o Vasco se perdeu e perdeu a cabeça. Primeiro Nílton dá uma entrada criminosa no garoto Caio, que havia substituído Lúcio Flávio, e é expulso aos 26 minutos. Aos 30, uma bomba de Herrera quase amplia a vantagem. Pouco mais de 5 minutos depois, o zagueiro vascaíno Titi comete falta, novamente em Caio, e puxa a camisa de Loco Abreu na área, em um intervalo de segundos. Dois lances, dois cartões amarelos e mais uma expulsão. Na cobrança da penalidade, o novo ídolo do Fogão Loco Abreu não desperdiçou e fechou o caixão Cruzmaltino.
O tão badalado ataque vascaíno passou em branco contra Flu e Bota. Já o Fogão, com todos os méritos possíveis, bateu o Flamengo e o Vasco, conquistou a Taça Guanabara e vai disputar, pela quinta vez seguida – um feito inédito – a final do Cariocão. Por fim, me desculpem os mais tradicionais, mas com Joel Santana no comando o Botafogo não pode ser chamado de Estrela Solitária.
PARABÉNS, FOGÃO!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
TAÇA GUANABARA - SEMI-FINAL PARTE 2
Flamengo 1 x 2 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Provando mais uma vez a velha máxima que diz que em clássicos não existem favoritos, o contestado Botafogo eliminou o badalado e atual Campeão Brasileiro Flamengo e mostrou que tem todas as condições de vencer o Estadual.
Desde o apito inicial, a partida, assim como vem ocorrendo nos recentes confrontos entre Fla e Bota, foi muito emocionante e agitada. Logo nos primeiros 10 minutos, o Fogão assustou o goleiro Bruno por 2 vezes, uma com um chute longo do Herrera e outra com o zagueiro Antônio Carlos, e o “Imperador” Adriano cobrou uma falta perigosa para o Flamengo. O Botofogo, apesar do bom início, começou a ter problemas com a velocidade ofensiva do Flamengo, principalmente com o Vinícius Pacheco, como mostrou os microfones em campo ao captarem Joel Santana pedindo para Leandro Guerreiro colar no jovem meia do Fla. Porém, a marcação do defensor botafoguense não foi eficiente o bastante e, aos 25 minutos, Vinícius Pacheco recebeu a pelota de Vagner Love, invadiu a área e abriu o placar. Nesta altura do jogo, o Flamengo estava mais bem postado em campo e o Botafogo não conseguia organizar sequer uma jogada de ataque bem trabalhada. Aí que resolveu entrar em ação outra velha máxima do futebol que diz que os clássicos são decididos nos detalhes. A principal arma ofensiva do Fogão é o jogo aéreo, principalmente com o atacante Loco Abreu, logo este era o tipo de jogada que o sistema defensivo rubro-negro deveria estar mais atento. Não foi o que ocorreu. Após uma bola alçada na área rubro-negra, o uruguaio Abreu venceu Ronaldo Angelim e Juan pelo alto, encontrou o Herrera que arrematou a pelota e, após rebote do goleiro Bruno, Marcelo Cordeiro empurrou para as redes. Era o empate do Glorioso, que se animou e quase conseguiu a virada novamente com o zagueiro Antônio Carlos.
Após o intervalo, a animação do Bota no final da 1ª etapa sumiu por completo. O Flamengo voltou a ter as rédeas da partida, manteve seus jogadores bem postados ofensivamente e anulou qualquer tentativa de contra-ataque do Fogão, que o máximo que conseguia eram algumas jogadas sem muita qualidade pela direita. Diante de tal situação, o Flamengo começou a criar diversas oportunidades de balançar as redes. Vagner Love acertou uma cabeçada no travessão após cruzamento de Juan, Willians fez linda jogada pela direita e chutou cruzado rente ao poste, Petkovic encontrou Adriano que matou no peito e acertou a rede pelo lado de fora e Love, outra vez, não concluiu com eficiência um cruzamento que veio do Léo Moura. Após quatro claríssimas chances de matar o jogo serem desperdiçadas pelo Fla, mais uma velha máxima do futebol entrou em ação. Quem não faz, leva. Havia poucos minutos que Joel Santana colocara Caio, o talismã do Fogão, em campo e, novamente, o treinador acertou em cheio. Após bola alçada na área, o incansável Herrera ganhou de Ronaldo Angelim, que diga-se de passagem teve péssima atuação, e encontrou Caio na área para desempatar a partida. Apesar de o Caio estar se mostrando muito iluminado, vou elogiar aqui outro jogador alvi-negro: Herrera. A força de vontade mostrada pelo argentino em campo é para ser aplaudida por todos. Se em anos anteriores os torcedores do Botafogo reclamavam que o time não tinha raça e garra, Herrera e cia estão mudando, e muito, esta visão. O gol marcado pelo Caio foi o gol da classificação do Fogão, pois o tempo que sobrou foi suficiente apenas para Love perder outra chance de sacudir o filó.
Obviamente muito será comentado sobre o fato de os botafoguenses estarem muito mais concentrados para a partida do que os flamenguistas, que aproveitaram o carnaval de ponta a ponta. Em minha opinião, esta é uma análise apenas superficial. Novamente a defesa do Flamengo teve uma atuação pífia, levando dois gols de bolas aéreas, Kléberson não teve nenhuma participação positiva em campo, Adriano e Love perderam chances que não costumam perder e, por fim, o treinador Andrade não foi nada feliz em suas substituições, principalmente ao tirar de campo o Vinícius Pacheco, que melhor jogador do time. Já o Fogão, teve os méritos de contar com um excelente goleiro, se esforçar durante todos os 90 minutos e ser extremamente eficiente na hora de balançar as redes. Amigos, com Joel Santana no banco e com essa bela vitória sobre o Flamengo nas costas, o Botafogo vai entrar voando na final da Taça Guanabara para vingar a goleada sofrida por 6 x 0 do Vasco. Vai ser um jogão de bola!
Olá amigos do FUTEBOLA!
Provando mais uma vez a velha máxima que diz que em clássicos não existem favoritos, o contestado Botafogo eliminou o badalado e atual Campeão Brasileiro Flamengo e mostrou que tem todas as condições de vencer o Estadual.
Desde o apito inicial, a partida, assim como vem ocorrendo nos recentes confrontos entre Fla e Bota, foi muito emocionante e agitada. Logo nos primeiros 10 minutos, o Fogão assustou o goleiro Bruno por 2 vezes, uma com um chute longo do Herrera e outra com o zagueiro Antônio Carlos, e o “Imperador” Adriano cobrou uma falta perigosa para o Flamengo. O Botofogo, apesar do bom início, começou a ter problemas com a velocidade ofensiva do Flamengo, principalmente com o Vinícius Pacheco, como mostrou os microfones em campo ao captarem Joel Santana pedindo para Leandro Guerreiro colar no jovem meia do Fla. Porém, a marcação do defensor botafoguense não foi eficiente o bastante e, aos 25 minutos, Vinícius Pacheco recebeu a pelota de Vagner Love, invadiu a área e abriu o placar. Nesta altura do jogo, o Flamengo estava mais bem postado em campo e o Botafogo não conseguia organizar sequer uma jogada de ataque bem trabalhada. Aí que resolveu entrar em ação outra velha máxima do futebol que diz que os clássicos são decididos nos detalhes. A principal arma ofensiva do Fogão é o jogo aéreo, principalmente com o atacante Loco Abreu, logo este era o tipo de jogada que o sistema defensivo rubro-negro deveria estar mais atento. Não foi o que ocorreu. Após uma bola alçada na área rubro-negra, o uruguaio Abreu venceu Ronaldo Angelim e Juan pelo alto, encontrou o Herrera que arrematou a pelota e, após rebote do goleiro Bruno, Marcelo Cordeiro empurrou para as redes. Era o empate do Glorioso, que se animou e quase conseguiu a virada novamente com o zagueiro Antônio Carlos.
Após o intervalo, a animação do Bota no final da 1ª etapa sumiu por completo. O Flamengo voltou a ter as rédeas da partida, manteve seus jogadores bem postados ofensivamente e anulou qualquer tentativa de contra-ataque do Fogão, que o máximo que conseguia eram algumas jogadas sem muita qualidade pela direita. Diante de tal situação, o Flamengo começou a criar diversas oportunidades de balançar as redes. Vagner Love acertou uma cabeçada no travessão após cruzamento de Juan, Willians fez linda jogada pela direita e chutou cruzado rente ao poste, Petkovic encontrou Adriano que matou no peito e acertou a rede pelo lado de fora e Love, outra vez, não concluiu com eficiência um cruzamento que veio do Léo Moura. Após quatro claríssimas chances de matar o jogo serem desperdiçadas pelo Fla, mais uma velha máxima do futebol entrou em ação. Quem não faz, leva. Havia poucos minutos que Joel Santana colocara Caio, o talismã do Fogão, em campo e, novamente, o treinador acertou em cheio. Após bola alçada na área, o incansável Herrera ganhou de Ronaldo Angelim, que diga-se de passagem teve péssima atuação, e encontrou Caio na área para desempatar a partida. Apesar de o Caio estar se mostrando muito iluminado, vou elogiar aqui outro jogador alvi-negro: Herrera. A força de vontade mostrada pelo argentino em campo é para ser aplaudida por todos. Se em anos anteriores os torcedores do Botafogo reclamavam que o time não tinha raça e garra, Herrera e cia estão mudando, e muito, esta visão. O gol marcado pelo Caio foi o gol da classificação do Fogão, pois o tempo que sobrou foi suficiente apenas para Love perder outra chance de sacudir o filó.
Obviamente muito será comentado sobre o fato de os botafoguenses estarem muito mais concentrados para a partida do que os flamenguistas, que aproveitaram o carnaval de ponta a ponta. Em minha opinião, esta é uma análise apenas superficial. Novamente a defesa do Flamengo teve uma atuação pífia, levando dois gols de bolas aéreas, Kléberson não teve nenhuma participação positiva em campo, Adriano e Love perderam chances que não costumam perder e, por fim, o treinador Andrade não foi nada feliz em suas substituições, principalmente ao tirar de campo o Vinícius Pacheco, que melhor jogador do time. Já o Fogão, teve os méritos de contar com um excelente goleiro, se esforçar durante todos os 90 minutos e ser extremamente eficiente na hora de balançar as redes. Amigos, com Joel Santana no banco e com essa bela vitória sobre o Flamengo nas costas, o Botafogo vai entrar voando na final da Taça Guanabara para vingar a goleada sofrida por 6 x 0 do Vasco. Vai ser um jogão de bola!
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
FIGURINHA CARIMBADA - ZENON
Nome: Zenon de Souza Farias
Data de nascimento: 31 de março de 1954
Posição: meia
Seleção Brasileira – 5 jogos*
Clubes:
Hercílio Luz – SC (1972)
Avaí (1973 a 1975)
Guarani (1976 a 1980 e 1988 a 1990)
Al Ahly – SAU (1980)
Corinthians (1981 a 1985)
Atlético Mineiro (1986 a 1988)
Portuguesa (1988)
Maringá – PR (1990)
São Bento – SP (1991 a 1992)
Títulos:
Campeonato Catarinense – 1973 e 1975 – Avaí
Campeonato Brasileiro – 1978 – Guarani
Campeonato Paulista – 1982 e 1983 – Corinthians
Campeonato Mineiro – 1986 – Atlético Mineiro
Destaques:
- Logo em seu início de carreira, em Santa Catarina, Zenon já colocou seu nome na história do futebol local. Em seus três anos pela equipe avaiana o jovem meia conquistou dois títulos estaduais e mostrou toda a categoria que, anos mais tarde, todo o país iria conhecer. Por esta passagem muito vitoriosa e marcante, apesar de curta, Zenon foi eleito para a Seleção do Avaí de todos os tempos.**
- Em 1976, o Guarani passou a contar com os passes e lançamentos precisos e preciosos, além, claro, da maestria nas cobranças de faltas de Zenon. E foi em 1978 que o craque entrou para a história do futebol brasileiro, quando o Bugre, comandado pelo técnico Carlos Alberto Silva, conquistou o caneco do Campeonato Brasileiro. Do goleirão Neneca até o genial centroavante Careca, ainda em início de carreira, mas já com o faro de gol característico, a equipe era grandiosa, e o tripé de meio-campo foi dos maiores que nosso país já viu. O multi-campeão e lendário Zé Carlos, até hoje o jogador que mais atuou pelo Cruzeiro na história, o rápido e habilidoso Renato, que mais tarde também entraria para a galeria de ídolos do São Paulo e do Atlético Mineiro, e, para completar, o maestro Zenon. A importância de Zenon na conquista nacional foi imensa. No jogo que ficou marcado como aquele que provou que o Guarani podia conquistar o título, a vitória sobre o fortíssimo Internacional, por 3 a 0, em pleno Beira-Rio, Zenon fez um dos gols mais bonitos da história do Brasileirão ao limpar toda a defesa Colorada. E teve mais! No jogo de volta da semi-final contra o Vasco, em um Maracanã com mais de 100 mil torcedores, Zenon marcou nada menos do que os dois gols esmeraldinos, na vitória por 2 a 1. Para fechar com chave-de-ouro, na primeira partida da decisão contra o Palmeiras, ele sacudiu o filó na vitória do Bugre por 1 a 0. Após a vitória no jogo de volta, também por 1 a 0, mas desta vez com gol de Careca, o troféu foi para Campinas. Histórico!
- Após a saída do Guarani e uma passagem pelo futebol da Arábia Saudita, Zenon chegou ao Corinthians para fazer parte de um dos times mais lendários do futebol brasileiro: a Democracia Corintiana. Ao lado de craques do calibre de Wladimir, do “Doutor” Sócrates e de Casagrande, Zenon foi Bi-campeão Paulista. Mas esta equipe entrou para a história por outro motivo. Pela primeira vez um clube de futebol viveu um ambiente democrático, onde os jogadores tinham grandes poderes junto aos dirigentes, e o futebol esteve diretamente relacionado com o processo de reabertura política vivido pelo Brasil, após a ditadura militar. Este Corinthians foi mais que apenas um time de futebol. Durante praticamente meia década de Timão, Zenon atuou em mais de 300 partidas, tempo o suficiente para entrar para a galeria de craques históricos.
- Após fazer parte de grandes esquadrões do Avaí, Guarani e Corinthians, Zenon ainda foi o maestro de um timaço do Atlético Mineiro que possuía uma linha de frente sensacional. Zenon era o cérebro da equipe alvi-negra e tinha a grata missão de abastecer o veloz e driblador Sérgio Araújo, seu antigo companheiro no Guarani Renato, que estava substituindo Edivaldo, convocado para a Seleção Brasileira e o goleador Nunes. Este foi o último grande momento do artilheiro Nunes que, se aproveitando muito bem dos milimétricos passes de Zenon, marcou nada menos do que 26 gols na campanha do Campeonato Mineiro de 1986.
*Enciclopédia da Seleção - Ivan Soter - Opera Nostra Editora
** http://sou.avaiano.vilabol.uol.com.br/selecaodetodosostempos.htm
sábado, 13 de fevereiro de 2010
TAÇA GUANABARA - SEMI-FINAL PARTE 1
Vasco 0 (6) x (5) 0 Fluminense – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Olá amigos do FUTEBOLA!
Em uma partida equilibradíssima do começo ao fim, o Vasco venceu o Fluminense nos pênaltis e garantiu a vaga na decisão da Taça Guanabara.
Faltas atrás de faltas. Assim pode ser definida a 1ª etapa do clássico entre Flu e Vasco no Maraca. Com exceção de um chute do atacante tricolor Fred, aos 9 minutos, após um falha gigante do sistema defensivo vascaíno, os primeiros 45 minutos do duelo não foram nem um pouco emocionantes. Além das citadas inúmeras faltas, a forte marcação no meio-campo, que dificultou muito o jogo dos criativos Carlos Alberto e Conca, e a pequena quantidade de investidas pelas laterais do campo foram os responsáveis por este 1º tempo com pouquíssimas oportunidades de gols. Vale ressaltar que o Fluminense sentiu muita falta do Maicon, que contundido não pôde jogar. Com a ausência de seu ponta, o Tricolor foi praticamente nulo nas jogadas pelos lados do campo e isso dificultou ainda mais as chances de penetrar na defesa vascaína.
O apito que iniciou o 2º tempo pareceu ser mágico, pois de uma maneira surpreendente o jogo virou pelo avesso. A partida sem emoções deu lugar à um jogo aberto e que a qualquer momento poderia ter algum time em vantagem. Do início da etapa até a parada técnica aos 20 minutos, nada menos do que 5 claras chances de balançar as redes foram criadas. O Vasco, sempre pelo lado esquerdo, contou com a exuberante técnica da dupla Carlos Alberto/Philippe Coutinho para assustar o goleiro Rafael. Na jogada vascaína mais perigosa, Carlos Alberto colocou a pelota na cabeça de Élder Granja que por pouco não abriu o placar. Pelo lado do Flu, os ataques surgiam pela direita. Com Mariano mais presente ao ataque e mais um jogador dentro da área, pois o inofensivo Bruno Veiga havia dado lugar ao Alan, o Flu também esteve bem perto de sacudir o filó. Porém, para tristeza dos tricolores, não era dia de Fred. O atacante do Fluzão teve duas excelentes oportunidades nos seus pés e não soube aproveitar. O lance em que preferiu cavar um pênalti aos invés de finalizar a jogada, mostrou o quanto o artilheiro tricolor estava fora de jogo. Após a parada técnica o jogo novamente caiu de ritmo. O caminhar do relógio claramente deixou as equipes mais preocupadas e, consequentemente, menos expostas. Mais uma chance do Flu com o Fred, após jogada do Mariano, e mais uma do Vasco com o Magno, foram os últimos lances perigosos da partida. O fato é que o Vasco pouco conseguiu utilizar sua principal arma, que é a movimentação e troca de passes entre seu trio ofensivo, e o Flu em nenhum momento conseguiu ter as rédeas da partida e impor a sua força tática. Na disputa de penalidades o equilíbrio permaneceu presente, com destaque para a tranquilidade do adolescente Phillipe Coutinho que converteu sua cobrança com direito à paradona. O jovem tricolor Alan não teve a mesma calma e mandou um balaço no travessão.
Após esta vitória, os vascaínos poderão curtir o carnaval com bem mais tranquilidade enquanto esperam o vencedor de Flamengo x Botafogo.
Olá amigos do FUTEBOLA!
Em uma partida equilibradíssima do começo ao fim, o Vasco venceu o Fluminense nos pênaltis e garantiu a vaga na decisão da Taça Guanabara.
Faltas atrás de faltas. Assim pode ser definida a 1ª etapa do clássico entre Flu e Vasco no Maraca. Com exceção de um chute do atacante tricolor Fred, aos 9 minutos, após um falha gigante do sistema defensivo vascaíno, os primeiros 45 minutos do duelo não foram nem um pouco emocionantes. Além das citadas inúmeras faltas, a forte marcação no meio-campo, que dificultou muito o jogo dos criativos Carlos Alberto e Conca, e a pequena quantidade de investidas pelas laterais do campo foram os responsáveis por este 1º tempo com pouquíssimas oportunidades de gols. Vale ressaltar que o Fluminense sentiu muita falta do Maicon, que contundido não pôde jogar. Com a ausência de seu ponta, o Tricolor foi praticamente nulo nas jogadas pelos lados do campo e isso dificultou ainda mais as chances de penetrar na defesa vascaína.
O apito que iniciou o 2º tempo pareceu ser mágico, pois de uma maneira surpreendente o jogo virou pelo avesso. A partida sem emoções deu lugar à um jogo aberto e que a qualquer momento poderia ter algum time em vantagem. Do início da etapa até a parada técnica aos 20 minutos, nada menos do que 5 claras chances de balançar as redes foram criadas. O Vasco, sempre pelo lado esquerdo, contou com a exuberante técnica da dupla Carlos Alberto/Philippe Coutinho para assustar o goleiro Rafael. Na jogada vascaína mais perigosa, Carlos Alberto colocou a pelota na cabeça de Élder Granja que por pouco não abriu o placar. Pelo lado do Flu, os ataques surgiam pela direita. Com Mariano mais presente ao ataque e mais um jogador dentro da área, pois o inofensivo Bruno Veiga havia dado lugar ao Alan, o Flu também esteve bem perto de sacudir o filó. Porém, para tristeza dos tricolores, não era dia de Fred. O atacante do Fluzão teve duas excelentes oportunidades nos seus pés e não soube aproveitar. O lance em que preferiu cavar um pênalti aos invés de finalizar a jogada, mostrou o quanto o artilheiro tricolor estava fora de jogo. Após a parada técnica o jogo novamente caiu de ritmo. O caminhar do relógio claramente deixou as equipes mais preocupadas e, consequentemente, menos expostas. Mais uma chance do Flu com o Fred, após jogada do Mariano, e mais uma do Vasco com o Magno, foram os últimos lances perigosos da partida. O fato é que o Vasco pouco conseguiu utilizar sua principal arma, que é a movimentação e troca de passes entre seu trio ofensivo, e o Flu em nenhum momento conseguiu ter as rédeas da partida e impor a sua força tática. Na disputa de penalidades o equilíbrio permaneceu presente, com destaque para a tranquilidade do adolescente Phillipe Coutinho que converteu sua cobrança com direito à paradona. O jovem tricolor Alan não teve a mesma calma e mandou um balaço no travessão.
Após esta vitória, os vascaínos poderão curtir o carnaval com bem mais tranquilidade enquanto esperam o vencedor de Flamengo x Botafogo.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Grandes Clássicos - Vasco x Fluminense 1994
Grandes Clássicos - Vasco x Fluminense 1994
Sábado de carnaval será dia de um grande clássico do futebol carioca: Fluminense x Vasco. Aproveitando a proximidade com este jogaço, a coluna Grandes Clássicos irá relembrar como foi a última rodada do quadrangular final do Campeonato Carioca de 1994, quando estes dois gigantes do nosso futebol se enfrentaram em busca do caneco.
O Cariocão de 94 foi daqueles que já iniciou com roteiro pronto. Foi o típico torneio do “todos contra um”, pois, após conquistar os Estaduais de 92 e 93, o Vasco era o time a ser batido na competição que se iniciava. Sempre quando uma equipe está em busca do Tri, a história mostra que os adversários se esforçam ao máximo para impedi-la. Já consciente das pedras que teria pelo caminho, o Gigante da Colina resolveu se reforçar para buscar seu primeiro Tri-Campeonato Carioca na história. E nem de longe eram reforços para compor o elenco. Para o setor defensivo, o Cruzmaltino contratou um zagueiro cuja a solidez que mostrava em campo era comprovada por seu próprio nome: Ricardo Rocha. Já experiente, com título brasileiro pelo São Paulo, passagem pelo Real Madrid e uma Copa do Mundo disputada com a Seleção em 1990, Ricardo Rocha chegava para se tornar o grande líder da defesa vascaína. Logo em sua apresentação ele já mostrou o seu espírito ao proclamar: “Com a minha chegada, o Vasco assegura o Tri”*. Já na linha de frente, o Vasco trouxe uma das maiores, talvez a maior, revelação do futebol brasileiro naquele momento. Com apenas 22 anos de idade e surgido na Portuguesa, o garoto Dener era daqueles que incendiava até partida em inverno russo. Descrições como “dono do futebol mais moleque que o torcedor brasileiro pôde ver desde Garrincha”**, apenas mostram o seu potencial e sua qualidade técnica. Resumo da ópera: chegavam para se juntar à base vascaína Bi-Campeã Estadual um zagueiro e um atacante que teriam vaga em quase todas as equipes do mundo.
Existe um velho ditado, que todos no mundo do futebol já escutaram ao menos uma vez, que diz que toda grande equipe começa por um grande goleiro. E o Vasco de 94 não desobedecia em nada estas palavras. Vestindo a camisa 1 da Colina estava o excelente Carlos Germano, um goleiro sóbrio e de uma segurança imensa que, aos 23 anos apenas, passava uma tranquilidade para equipe que poucos seriam capazes. Se a defesa sabia que atrás Carlos Germano tomaria conta de tudo, a proteção na frente não deixava nada a desejar. A dupla de volantes formada por Leandro Ávila, um prata-da-casa que caiu como uma luva na equipe mostrando excelente senso de marcação e bom passe para a saída de jogo, e Luisinho, um verdadeiro cão-de-guarda que já havia conquistado nada menos do que 4 títulos cariocas (Bi com o Botafogo em 89/90 e Bi com o Vasco em 92/93) e, na época, era jogador de Seleção Brasileira. Falando em Seleção Brasileira, o meia Yan, que comandava as ações ofensivas vascaínas com muita criatividade, havia acabado de se sagrar Campeão Mundial de Juniores com a camisa amarela, em 1993. A missão de Yan era bastante facilitada pela imensa qualidade da dupla de ataque cruzmaltina. Ao lado de Dener, estava o já bastante conhecido Valdir “Bigode”. Aos 22 anos de idade, Valdir já havia feito dupla com o eterno ídolo vascaíno Roberto Dinamite no título de 1992 e se sagrado artilheiro do Estadual na campanha vitoriosa de 1993. Apesar da pouca idade, Valdir já mostrava que possuía muito futebol e personalidade para ser um dos principais jogadores vascaínos. Em 1994, as defesas adversárias sofreriam muito com a velocidade e tiro certeiro do “Bigode”.
Logo na 1ª fase do Cariocão, o Vasco não deu chance para seus adversários. Das 11 partidas disputadas, o Gigante da Colina venceu 8 e empatou 3, fora os bailes que Flamengo (3 x 1) e Botafogo (2 x 0) levaram. Para fechar com chave-de-ouro a 1ª etapa do torneio, uma chinelada de 4 x 1 no Fluminense do goleador Ézio, na disputa pela Taça Guanabara. Um verdadeiro show da dupla Dener/Valdir, com direito à jogadas que deveriam estar expostas no Museu Nacional.
Para a disputa da fase final, que contaria com dois duelos entre todos os 4 classificados (Vasco, Fluminense, Flamengo e Botafogo), os rivais precisavam abrir os olhos com urgência, ou o Vascão seria, assim como em 1992, campeão invicto. Após as duas primeiras rodadas, o Vasco ainda se mantinha na liderança devido aos 2 pontos extras conquistados por ter sido a melhor equipe da 1ª fase, porém o Flamengo, com vitórias de 3 x 1 sobre Fluminense e Botafogo, começava a mostrar recuperação. Contando com uma dupla de ataque formada por Charles Baiano, que seria o artilheiro do torneio ao lado de Túlio Maravilha, do Fogão, e com o jovem e endiabrado Sávio, o Rubro-Negro vinha com tudo para impedir o Tri de seu rival. Quando, enfim, alguma equipe mostrava capacidade de tirar o título do Vasco e, para deixar o torneio ainda mais emocionante, as duas próximas rodadas seriam duelos entre Fla e Vasco, uma tragédia atingiu São Januário. Ou melhor, o futebol brasileiro. Em um acidente de carro morria, aos 23 anos, o genial Dener. Não é nem necessário falar o quanto os jogadores vascaínos sentiram a perda do amigo. A equipe, claro, ficou psicologicamente destruída, mas a luta não podia parar. Era a hora de homenagear o companheiro que tanto queria o título. Apesar da derrota para o Fla em um dos duelos, a primeira do time no campeonato, o Vasco chegava à última rodada dependendo somente suas forças para conquistar o caneco. O rival seria o Fluminense, que havia acabado de sapecar 7 x 1 no Botafogo e vencer o Flamengo.
Após estes dois triunfos seguidos do Tricolor, ninguém era mais capaz de dizer que o Campeonato estava no papo do Vasco. E tem mais! Com a vitória do Fla sobre o Fogo, por 2 a 0, a situação ficou a seguinte: Vasco e Fluminense se enfrentariam e o vencendor levaria o caneco para casa, porém em caso de empate o Flamengo ficaria com o título. Um final de torneio simplesmente espetacular. O Fluzão vinha para o jogo apostando nos gols daquele que ficou para a história como um de seus maiores ídolos: “Super Ézio”. Ézio chegou ao Fluminense em uma época em que rareavam títulos e dinheiro no clube e sempre mostrou uma dedicação impressionante dentro de campo e fora dele, além de um amor incondicional ao Tricolor. O Flu ainda contava com o fôlego do Alfinete, o canhão do Branco, a experiência do Jandir, as arrancadas do Luiz Henrique e a velocidade do Mário Tilico. O Fluminense possuía sim suas armas para derrotar o Vasco e levar o caneco para as Laranjeiras.
O dia 15 de maio de 1994 amanheceu com todos os vascaínos desejando a conquista inédita do Tri-Carioca. Os jogadores cruzmaltinos tinham em seus pés a oportunidade de conquistar algo que craques do calibre de Ademir Menezes, Roberto Dinamite e Romário não haviam conseguido. Consciente desta oportunidade de marcar o nome na história, Valdir e cia entraram em campo voando. Apenas três minutinhos após o juiz autorizar o início da partida, o lateral-deireito Pimentel é derrubado na área e o Vasco tem a chance de abrir o marcador na cobrança de pênalti. Porém, Yan bate a cobrança nas mãos do goleiro tricolor Ricardo Cruz e desperdiça a oportunidade de colocar sua equipe em vantagem. Geralmente, após um pênalti perdido, uma equipe tem seu rendimento prejudicado e vê seu oponente crescer. Não foi o que ocorreu. Logo aos 6 minutos, após lindo contra-ataque, Valdir recebe a pelota na esquerda, cruza para a área e o herói do dia aparece pela primeira vez. Ao escorar para o fundo do gol o cruzamento do “Bigode”, o esguio centroavante Jardel fez o Vasco colocar uma mão na taça do Cariocão. Um gol logo após perder um pênalti era tudo que o Gigante da Colina precisava. Até o final da 1ª etapa, o Vasco sempre teve as rédeas do jogo. Defensivamente, Ricardo Rocha e seus companheiros não deixavam Ézio sequer ver a cor da bola e, no ataque, os passes de Yan e a movimentação de Valdir infernizavam os tricolores. Vale ressaltar a versatilidade do camisa 7 vascaíno Valdir. Após atuar durante praticamente todo o torneio, de maneira excelente, ao lado de um jogador veloz e ágil como o Dener, Valdir agora cumpria, também com muita qualidade, o papel de parceiro do Jardel, um centroavante de enorme estatura e pouca mobilidade.
Tentando ganhar o controle do meio-campo e, consequentemente, o da partida, Delei, treinador do Flu, colocou em campo o lateral-esquerdo Lira e passou o Branco para a meiúca. E foi justamente pelo setor esquerdo da defesa tricolor que o Vasco voltou pressionando. Usando e abusando da ofensividade do lateral Pimentel e dos inúmeros buracos na defesa adversária, o Vasco quase ampliou a vantagem por quatro vezes. Isso mesmo, em 15 minutos, o Vasco criou um caminhão de oportunidades de balançar as redes. Cabeçada de Yan que assustou Ricardo Cruz, cabeçada de Jardel que acertou o travessão, chute longo de Valdir e, por último, finalização de Jardel, de dentro da área, que fez todo tricolor prender a respiração. “O Vasco dá um show. Taticamente falando, o Vasco dá um show. Movimenta todo o time do Fluminense ao seu bel-prazer.”, assim foi definida, naquele momento, a atuação vascaína, pelo comentarista da TV Bandeirantes Gérson “Canhotinha de Ouro”.
Para endereçar de vez o caneco para São Januário, o iluminado Jardel aproveita a arrancada de William e, aos 17 minutos, sacode o barbante. 2 a 0 Vascão! Era impossível controlar a festa cruzmaltina na arquibancada. O Fluminense ainda assustaria duas vezes. Primeiro, Mário Tilico, que nas vésperas da partida prometeu que o Flu venceria o campeonato, mas na hora do jogo pouco fez para cumprir suas palavras, perdeu um gol cara a cara com Carlos Germano. Mais tarde, Lira cobrou falta com muita categoria e carimbou a trave. Estes dois lances, porém, em nada diminuíram a força dos gritos de Tri-Campeão que já ecoavam pelo Maraca.
Faltando 15 minutos para o fim da partida, os gritos de “Tri... Tri... O Vasco é Tri... Tererê...” deram lugar às homenagens aos campeões. Todos eles tiveram seus nomes gritados pelos eufóricos vascaínos. Por fim, honras àquele que não pôde estar presente na festa. “Ê cafuné... Ê cafuné... O Dener é a mistura do Garrincha com o Pelé...”
Vasco 2 x 0 Fluminense
15 de maio de 1994
Maracanã – Público: 66121 pagantes
Gols: 1º tempo: Jardel (Vas) aos 6´; 2º tempo: Jardel (Vas) aos 17´.
Vasco: Carlos Germano; Pimentel, Ricardo Rocha, Alexandre Torres e Cássio; Leandro Ávila, Luisinho, William e Yan; Valdir e Jardel. Técnico: Jair Pereira.
Fluminense: Ricardo Cruz; Alfinete, Rau, Luís Eduardo e Branco; Jandir, Cláudio (Lira), Luiz Antônio e Luís Henrique; Mário Tilico e Ézio. Técnico: Delei.
*Revista Placar – Grandes Reportagens de Placar – Vasco
** Mini-Enciclopédia do Futebol Brasileiro – Lance!
Sábado de carnaval será dia de um grande clássico do futebol carioca: Fluminense x Vasco. Aproveitando a proximidade com este jogaço, a coluna Grandes Clássicos irá relembrar como foi a última rodada do quadrangular final do Campeonato Carioca de 1994, quando estes dois gigantes do nosso futebol se enfrentaram em busca do caneco.
O Cariocão de 94 foi daqueles que já iniciou com roteiro pronto. Foi o típico torneio do “todos contra um”, pois, após conquistar os Estaduais de 92 e 93, o Vasco era o time a ser batido na competição que se iniciava. Sempre quando uma equipe está em busca do Tri, a história mostra que os adversários se esforçam ao máximo para impedi-la. Já consciente das pedras que teria pelo caminho, o Gigante da Colina resolveu se reforçar para buscar seu primeiro Tri-Campeonato Carioca na história. E nem de longe eram reforços para compor o elenco. Para o setor defensivo, o Cruzmaltino contratou um zagueiro cuja a solidez que mostrava em campo era comprovada por seu próprio nome: Ricardo Rocha. Já experiente, com título brasileiro pelo São Paulo, passagem pelo Real Madrid e uma Copa do Mundo disputada com a Seleção em 1990, Ricardo Rocha chegava para se tornar o grande líder da defesa vascaína. Logo em sua apresentação ele já mostrou o seu espírito ao proclamar: “Com a minha chegada, o Vasco assegura o Tri”*. Já na linha de frente, o Vasco trouxe uma das maiores, talvez a maior, revelação do futebol brasileiro naquele momento. Com apenas 22 anos de idade e surgido na Portuguesa, o garoto Dener era daqueles que incendiava até partida em inverno russo. Descrições como “dono do futebol mais moleque que o torcedor brasileiro pôde ver desde Garrincha”**, apenas mostram o seu potencial e sua qualidade técnica. Resumo da ópera: chegavam para se juntar à base vascaína Bi-Campeã Estadual um zagueiro e um atacante que teriam vaga em quase todas as equipes do mundo.
Existe um velho ditado, que todos no mundo do futebol já escutaram ao menos uma vez, que diz que toda grande equipe começa por um grande goleiro. E o Vasco de 94 não desobedecia em nada estas palavras. Vestindo a camisa 1 da Colina estava o excelente Carlos Germano, um goleiro sóbrio e de uma segurança imensa que, aos 23 anos apenas, passava uma tranquilidade para equipe que poucos seriam capazes. Se a defesa sabia que atrás Carlos Germano tomaria conta de tudo, a proteção na frente não deixava nada a desejar. A dupla de volantes formada por Leandro Ávila, um prata-da-casa que caiu como uma luva na equipe mostrando excelente senso de marcação e bom passe para a saída de jogo, e Luisinho, um verdadeiro cão-de-guarda que já havia conquistado nada menos do que 4 títulos cariocas (Bi com o Botafogo em 89/90 e Bi com o Vasco em 92/93) e, na época, era jogador de Seleção Brasileira. Falando em Seleção Brasileira, o meia Yan, que comandava as ações ofensivas vascaínas com muita criatividade, havia acabado de se sagrar Campeão Mundial de Juniores com a camisa amarela, em 1993. A missão de Yan era bastante facilitada pela imensa qualidade da dupla de ataque cruzmaltina. Ao lado de Dener, estava o já bastante conhecido Valdir “Bigode”. Aos 22 anos de idade, Valdir já havia feito dupla com o eterno ídolo vascaíno Roberto Dinamite no título de 1992 e se sagrado artilheiro do Estadual na campanha vitoriosa de 1993. Apesar da pouca idade, Valdir já mostrava que possuía muito futebol e personalidade para ser um dos principais jogadores vascaínos. Em 1994, as defesas adversárias sofreriam muito com a velocidade e tiro certeiro do “Bigode”.
Logo na 1ª fase do Cariocão, o Vasco não deu chance para seus adversários. Das 11 partidas disputadas, o Gigante da Colina venceu 8 e empatou 3, fora os bailes que Flamengo (3 x 1) e Botafogo (2 x 0) levaram. Para fechar com chave-de-ouro a 1ª etapa do torneio, uma chinelada de 4 x 1 no Fluminense do goleador Ézio, na disputa pela Taça Guanabara. Um verdadeiro show da dupla Dener/Valdir, com direito à jogadas que deveriam estar expostas no Museu Nacional.
Para a disputa da fase final, que contaria com dois duelos entre todos os 4 classificados (Vasco, Fluminense, Flamengo e Botafogo), os rivais precisavam abrir os olhos com urgência, ou o Vascão seria, assim como em 1992, campeão invicto. Após as duas primeiras rodadas, o Vasco ainda se mantinha na liderança devido aos 2 pontos extras conquistados por ter sido a melhor equipe da 1ª fase, porém o Flamengo, com vitórias de 3 x 1 sobre Fluminense e Botafogo, começava a mostrar recuperação. Contando com uma dupla de ataque formada por Charles Baiano, que seria o artilheiro do torneio ao lado de Túlio Maravilha, do Fogão, e com o jovem e endiabrado Sávio, o Rubro-Negro vinha com tudo para impedir o Tri de seu rival. Quando, enfim, alguma equipe mostrava capacidade de tirar o título do Vasco e, para deixar o torneio ainda mais emocionante, as duas próximas rodadas seriam duelos entre Fla e Vasco, uma tragédia atingiu São Januário. Ou melhor, o futebol brasileiro. Em um acidente de carro morria, aos 23 anos, o genial Dener. Não é nem necessário falar o quanto os jogadores vascaínos sentiram a perda do amigo. A equipe, claro, ficou psicologicamente destruída, mas a luta não podia parar. Era a hora de homenagear o companheiro que tanto queria o título. Apesar da derrota para o Fla em um dos duelos, a primeira do time no campeonato, o Vasco chegava à última rodada dependendo somente suas forças para conquistar o caneco. O rival seria o Fluminense, que havia acabado de sapecar 7 x 1 no Botafogo e vencer o Flamengo.
Após estes dois triunfos seguidos do Tricolor, ninguém era mais capaz de dizer que o Campeonato estava no papo do Vasco. E tem mais! Com a vitória do Fla sobre o Fogo, por 2 a 0, a situação ficou a seguinte: Vasco e Fluminense se enfrentariam e o vencendor levaria o caneco para casa, porém em caso de empate o Flamengo ficaria com o título. Um final de torneio simplesmente espetacular. O Fluzão vinha para o jogo apostando nos gols daquele que ficou para a história como um de seus maiores ídolos: “Super Ézio”. Ézio chegou ao Fluminense em uma época em que rareavam títulos e dinheiro no clube e sempre mostrou uma dedicação impressionante dentro de campo e fora dele, além de um amor incondicional ao Tricolor. O Flu ainda contava com o fôlego do Alfinete, o canhão do Branco, a experiência do Jandir, as arrancadas do Luiz Henrique e a velocidade do Mário Tilico. O Fluminense possuía sim suas armas para derrotar o Vasco e levar o caneco para as Laranjeiras.
O dia 15 de maio de 1994 amanheceu com todos os vascaínos desejando a conquista inédita do Tri-Carioca. Os jogadores cruzmaltinos tinham em seus pés a oportunidade de conquistar algo que craques do calibre de Ademir Menezes, Roberto Dinamite e Romário não haviam conseguido. Consciente desta oportunidade de marcar o nome na história, Valdir e cia entraram em campo voando. Apenas três minutinhos após o juiz autorizar o início da partida, o lateral-deireito Pimentel é derrubado na área e o Vasco tem a chance de abrir o marcador na cobrança de pênalti. Porém, Yan bate a cobrança nas mãos do goleiro tricolor Ricardo Cruz e desperdiça a oportunidade de colocar sua equipe em vantagem. Geralmente, após um pênalti perdido, uma equipe tem seu rendimento prejudicado e vê seu oponente crescer. Não foi o que ocorreu. Logo aos 6 minutos, após lindo contra-ataque, Valdir recebe a pelota na esquerda, cruza para a área e o herói do dia aparece pela primeira vez. Ao escorar para o fundo do gol o cruzamento do “Bigode”, o esguio centroavante Jardel fez o Vasco colocar uma mão na taça do Cariocão. Um gol logo após perder um pênalti era tudo que o Gigante da Colina precisava. Até o final da 1ª etapa, o Vasco sempre teve as rédeas do jogo. Defensivamente, Ricardo Rocha e seus companheiros não deixavam Ézio sequer ver a cor da bola e, no ataque, os passes de Yan e a movimentação de Valdir infernizavam os tricolores. Vale ressaltar a versatilidade do camisa 7 vascaíno Valdir. Após atuar durante praticamente todo o torneio, de maneira excelente, ao lado de um jogador veloz e ágil como o Dener, Valdir agora cumpria, também com muita qualidade, o papel de parceiro do Jardel, um centroavante de enorme estatura e pouca mobilidade.
Tentando ganhar o controle do meio-campo e, consequentemente, o da partida, Delei, treinador do Flu, colocou em campo o lateral-esquerdo Lira e passou o Branco para a meiúca. E foi justamente pelo setor esquerdo da defesa tricolor que o Vasco voltou pressionando. Usando e abusando da ofensividade do lateral Pimentel e dos inúmeros buracos na defesa adversária, o Vasco quase ampliou a vantagem por quatro vezes. Isso mesmo, em 15 minutos, o Vasco criou um caminhão de oportunidades de balançar as redes. Cabeçada de Yan que assustou Ricardo Cruz, cabeçada de Jardel que acertou o travessão, chute longo de Valdir e, por último, finalização de Jardel, de dentro da área, que fez todo tricolor prender a respiração. “O Vasco dá um show. Taticamente falando, o Vasco dá um show. Movimenta todo o time do Fluminense ao seu bel-prazer.”, assim foi definida, naquele momento, a atuação vascaína, pelo comentarista da TV Bandeirantes Gérson “Canhotinha de Ouro”.
Para endereçar de vez o caneco para São Januário, o iluminado Jardel aproveita a arrancada de William e, aos 17 minutos, sacode o barbante. 2 a 0 Vascão! Era impossível controlar a festa cruzmaltina na arquibancada. O Fluminense ainda assustaria duas vezes. Primeiro, Mário Tilico, que nas vésperas da partida prometeu que o Flu venceria o campeonato, mas na hora do jogo pouco fez para cumprir suas palavras, perdeu um gol cara a cara com Carlos Germano. Mais tarde, Lira cobrou falta com muita categoria e carimbou a trave. Estes dois lances, porém, em nada diminuíram a força dos gritos de Tri-Campeão que já ecoavam pelo Maraca.
Faltando 15 minutos para o fim da partida, os gritos de “Tri... Tri... O Vasco é Tri... Tererê...” deram lugar às homenagens aos campeões. Todos eles tiveram seus nomes gritados pelos eufóricos vascaínos. Por fim, honras àquele que não pôde estar presente na festa. “Ê cafuné... Ê cafuné... O Dener é a mistura do Garrincha com o Pelé...”
Vasco 2 x 0 Fluminense
15 de maio de 1994
Maracanã – Público: 66121 pagantes
Gols: 1º tempo: Jardel (Vas) aos 6´; 2º tempo: Jardel (Vas) aos 17´.
Vasco: Carlos Germano; Pimentel, Ricardo Rocha, Alexandre Torres e Cássio; Leandro Ávila, Luisinho, William e Yan; Valdir e Jardel. Técnico: Jair Pereira.
Fluminense: Ricardo Cruz; Alfinete, Rau, Luís Eduardo e Branco; Jandir, Cláudio (Lira), Luiz Antônio e Luís Henrique; Mário Tilico e Ézio. Técnico: Delei.
*Revista Placar – Grandes Reportagens de Placar – Vasco
** Mini-Enciclopédia do Futebol Brasileiro – Lance!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2010 - 1ª FASE
São Paulo 2 x 0 Monterrey – Morumbi, São Paulo (SP)
Estreando na Copa Libertadores 2010, o São Paulo jogou o suficiente para bater o time misto do Monterrey, que decidiu poupar titulares para o clássico nacional contra o Tigres no fim de semana, e conquistou seu primeiro triunfo na competição.
Ainda na fase inicial da partida, logo aos 12 minutos, o São Paulo conseguiu sacudir o filó e abrir vantagem no escore. Após uma bobeada da defesa mexicana, Marcelinho Paraíba deixou a pelota limpa para Jorge Wagner cruzar na área e contar com a colaboração do zagueiro Cervantes, que a empurrou contra o próprio gol (o juiz assinalou gol de Washington que, apesar de estar logo atrás do zagueiro, não tocou na bola). Com o 1 a 0 no placar o São Paulo relaxou em campo. Na verdade, relaxou até demais. Com uma marcação muito frágil e enorme displicência nos passes, o Tricolor deixou o Monterrey se postar no campo de ataque e rondar a área de Rogério Ceni. Se fosse um adversário de maior poder ofensivo o Sampa teria problemas. Durante toda a 1ª etapa, a dupla Cléber Santana/Richarlyson não mostrou nenhuma pegada na marcação e errou inúmeros passes, sendo este último fato determinante para o São Paulo não ter conseguido organizar jogadas ofensivas de qualidade. Somente quando o camisa 10 Hernanes pegava na bola que algo bom surgia, porém sozinho ele não foi capaz de fazer sua equipe ter as rédeas da partida.
Após o intervalo o São Paulo voltou mais aceso para o jogo e com a marcação avançada impediu que o Monterrey permanecesse no campo ofensivo. Como a saída de jogo e o sistema defensivo da equipe mexicana não são dos melhores, as oportunidades de o Tricolor ampliar o marcador foram surgindo naturalmente. Rogério Ceni de falta, Hernanes em tiro de longe e Cléber Santana, após boa jogada de Hernanes, foram grandes chances que o São Paulo teve de balançar as redes, em apenas 20 minutos. Vale ressaltar aqui a excelente atuação de Hernanes na partida. Além de compor o setor de marcação e sempre estar presente nas tramas ofensivas, o craque brindou o público com dribles geniais, que visto em câmera lenta mais pareciam passos de balé. Aos 30 minutos, para a alegria de todo o estádio, o Cicinho reestreou no São Paulo. Um minutinho depois, quando a torcida ainda gritava o nome do lateral reestreante, Hernanes cobrou córner e Washington, de cabeça, fechou o caixão mexicano. Sobre o retorno do lateral-direito Cicinho, acredito que ele será de enorme utilidade ao São Paulo, que já faz bastante tempo vem improvisando jogadores na posição. Nesta partida mesmo não ficou bem definido que ocupava o setor, com Renato Silva se posicionando ora de lateral, ora de terceiro zagueiro, e Hernanes revezando ataques por ali com ataques pela meiúca.
Com a vitória, o São Paulo começou com o pé direito a sua competição predileta. E ainda faltam estrear Alex Silva, Rodrigo Souto e Fernandinho. O treinador Ricardo Gomes deve estar rindo de uma orelha à outra com o elenco que tem em mãos.
JOGADA RÁPIDA!
No duelo contra o Potosí pela Pré-Libertadores, o meia cruzeirense Gilberto foi expulso na 1ª etapa e fez sua equipe ter que correr mais na altitude. Agora, contra o difícil Vélez Sarsfield, na Argentina, ele novamente recebe cartão vermelho. Só que desta vez, foi logo aos 2 minutinhos de jogo. Uma expulsão determinante para a derrota de sua equipe por 2 a 0. Bela maneira do Gilberto agradecer a recente convocação para a Seleção Brasileira.
Estreando na Copa Libertadores 2010, o São Paulo jogou o suficiente para bater o time misto do Monterrey, que decidiu poupar titulares para o clássico nacional contra o Tigres no fim de semana, e conquistou seu primeiro triunfo na competição.
Ainda na fase inicial da partida, logo aos 12 minutos, o São Paulo conseguiu sacudir o filó e abrir vantagem no escore. Após uma bobeada da defesa mexicana, Marcelinho Paraíba deixou a pelota limpa para Jorge Wagner cruzar na área e contar com a colaboração do zagueiro Cervantes, que a empurrou contra o próprio gol (o juiz assinalou gol de Washington que, apesar de estar logo atrás do zagueiro, não tocou na bola). Com o 1 a 0 no placar o São Paulo relaxou em campo. Na verdade, relaxou até demais. Com uma marcação muito frágil e enorme displicência nos passes, o Tricolor deixou o Monterrey se postar no campo de ataque e rondar a área de Rogério Ceni. Se fosse um adversário de maior poder ofensivo o Sampa teria problemas. Durante toda a 1ª etapa, a dupla Cléber Santana/Richarlyson não mostrou nenhuma pegada na marcação e errou inúmeros passes, sendo este último fato determinante para o São Paulo não ter conseguido organizar jogadas ofensivas de qualidade. Somente quando o camisa 10 Hernanes pegava na bola que algo bom surgia, porém sozinho ele não foi capaz de fazer sua equipe ter as rédeas da partida.
Após o intervalo o São Paulo voltou mais aceso para o jogo e com a marcação avançada impediu que o Monterrey permanecesse no campo ofensivo. Como a saída de jogo e o sistema defensivo da equipe mexicana não são dos melhores, as oportunidades de o Tricolor ampliar o marcador foram surgindo naturalmente. Rogério Ceni de falta, Hernanes em tiro de longe e Cléber Santana, após boa jogada de Hernanes, foram grandes chances que o São Paulo teve de balançar as redes, em apenas 20 minutos. Vale ressaltar aqui a excelente atuação de Hernanes na partida. Além de compor o setor de marcação e sempre estar presente nas tramas ofensivas, o craque brindou o público com dribles geniais, que visto em câmera lenta mais pareciam passos de balé. Aos 30 minutos, para a alegria de todo o estádio, o Cicinho reestreou no São Paulo. Um minutinho depois, quando a torcida ainda gritava o nome do lateral reestreante, Hernanes cobrou córner e Washington, de cabeça, fechou o caixão mexicano. Sobre o retorno do lateral-direito Cicinho, acredito que ele será de enorme utilidade ao São Paulo, que já faz bastante tempo vem improvisando jogadores na posição. Nesta partida mesmo não ficou bem definido que ocupava o setor, com Renato Silva se posicionando ora de lateral, ora de terceiro zagueiro, e Hernanes revezando ataques por ali com ataques pela meiúca.
Com a vitória, o São Paulo começou com o pé direito a sua competição predileta. E ainda faltam estrear Alex Silva, Rodrigo Souto e Fernandinho. O treinador Ricardo Gomes deve estar rindo de uma orelha à outra com o elenco que tem em mãos.
JOGADA RÁPIDA!
No duelo contra o Potosí pela Pré-Libertadores, o meia cruzeirense Gilberto foi expulso na 1ª etapa e fez sua equipe ter que correr mais na altitude. Agora, contra o difícil Vélez Sarsfield, na Argentina, ele novamente recebe cartão vermelho. Só que desta vez, foi logo aos 2 minutinhos de jogo. Uma expulsão determinante para a derrota de sua equipe por 2 a 0. Bela maneira do Gilberto agradecer a recente convocação para a Seleção Brasileira.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
CAMPEONATO PAULISTA - 7ª RODADA
São Paulo 1 x 2 Santos – Arena Barueri, Barueri (SP)
Inesquecível! Assim pode ser descrito o clássico San-São que marcou o retorno triunfal do ídolo Robinho à equipe da Vila Belmiro.
Desde o apito inicial, a partida mostrou um Santos imensamente superior ao São Paulo e em todos os quesitos o Alvi-Negro Praiano levava vantagem. Enquanto no Santos o Paulo Henrique Ganso organizava lances excelentes, como os que deixou o Marquinhos e André em condições de sacudir o filó, o São Paulo nem esboçou uma jogada bem trabalhada. Enquanto a saída de bola santista era redondinha, com Arouca mostrando o futebol de seus melhores dias de Fluminense, no São Paulo, Hernanes e Richarlyson não auxiliavam em nada o setor ofensivo. Enquanto Neymar se movimentava, firulava e dava trabalho ao setor defensivo tricolor, Dagoberto não tocava na redonda. Enquanto o zagueiro Durval, que, diga-se de passagem, sua contratação foi um tiro certeiro do Santos, não era batido em um lance, o excelente Miranda perdia na corrida para Arouca e era obrigado a cometer a penalidade máxima que Neymar, com direito à paradinha que deixou Rogério Ceni nas estrelas, converteu e abriu o escore. Na 1ª etapa, o Santos deu um banho de bola e Robinho, no banco, devia estar louco para participar da festa.
Durante o intervalo, o treinador tricolor Ricartdo Gomes deve ter dado uma brona daquelas na sua equipe, pois o Sampa voltou muito mais aceso para a partida, como mostrou o balaço de Jorge Wagner que o goleiro Felipe voou para buscar logo aos 4 minutos. Melhor postado ofensivamente, e com o Santos bem mais acuado que no 1º tempo, o Tricolor ganhou força em campo, quase empatou o jogo em uma bela jogada entre Hernanes e Jean e, finalmente, aos 21 minutos, conseguiu a igualdade na cabeçada do centroavante Roger, que havia acabado de entrar em campo. Até praticamente os 30 minutos da etapa, o São Paulo se mostrou superior e nem mesmo a presença do Robinho, em campo desde os 13 minutos, parecia que iria fazer o ritmo do jogo se alterar. Porém, algo grandioso estava guardado para aquele que é um dos maiores ídolos Santos e, em menos de 15 minutos de jogo, esse excelente clássico virou um clássico histórico. Em três lances Robinho simplesmente mostrou tudo aquilo que dele se espera e que há tempos não era visto. Nos dois primeiros, duas maravilhosas tabelas com o Neymar – como esta dupla promete! – não terminaram no fundo das redes por pouco, mas aos 41 minutos... Quando o lateral Wesley arrancou com a pelota pela direita e Robinho invadiu a área a sensação de gol era palpável. O lance estava desenhado. Era só Wesley cruzar a pelota e Robinho empurrar para o fundo do gol. O cruzamento foi realizado como manda o figurino. A finalização de letra como só os gênios conseguem. Golaçoaçoaço para rodar o mundo.
Com a vitória no clássico, o Peixe assumiu a liderança e, mais do nunca, ganhou a condição de favorito ao caneco. É amigos, a alegria voltou à Vila mais famosa do mundo.
ENQUANTO ISSO NO RIO DE JANEIRO...
Após a 7ª e última rodada da fase de grupos da Taça Guanabara as semi-finais do torneio foram definidas. No sábado de carnaval, Fluminense e Vasco prometem um jogão de bola. Conca x Carlos Alberto, Maicon x Philippe Coutinho, Fred x Dodô... Já na quarta-feira de cinzas, o invicto Flamengo irá enfrentar um Botafogo já recuperado, pelo excelente trabalho do Joel Santana, da goleada sofrida pelo Vasco. Será o "Império do Amor" contra o "Hospício Alvi-Negro", do embalado Loco Abreu, autor de 3 gols na classificação do Glorioso. Vai pegar fogo!
Inesquecível! Assim pode ser descrito o clássico San-São que marcou o retorno triunfal do ídolo Robinho à equipe da Vila Belmiro.
Desde o apito inicial, a partida mostrou um Santos imensamente superior ao São Paulo e em todos os quesitos o Alvi-Negro Praiano levava vantagem. Enquanto no Santos o Paulo Henrique Ganso organizava lances excelentes, como os que deixou o Marquinhos e André em condições de sacudir o filó, o São Paulo nem esboçou uma jogada bem trabalhada. Enquanto a saída de bola santista era redondinha, com Arouca mostrando o futebol de seus melhores dias de Fluminense, no São Paulo, Hernanes e Richarlyson não auxiliavam em nada o setor ofensivo. Enquanto Neymar se movimentava, firulava e dava trabalho ao setor defensivo tricolor, Dagoberto não tocava na redonda. Enquanto o zagueiro Durval, que, diga-se de passagem, sua contratação foi um tiro certeiro do Santos, não era batido em um lance, o excelente Miranda perdia na corrida para Arouca e era obrigado a cometer a penalidade máxima que Neymar, com direito à paradinha que deixou Rogério Ceni nas estrelas, converteu e abriu o escore. Na 1ª etapa, o Santos deu um banho de bola e Robinho, no banco, devia estar louco para participar da festa.
Durante o intervalo, o treinador tricolor Ricartdo Gomes deve ter dado uma brona daquelas na sua equipe, pois o Sampa voltou muito mais aceso para a partida, como mostrou o balaço de Jorge Wagner que o goleiro Felipe voou para buscar logo aos 4 minutos. Melhor postado ofensivamente, e com o Santos bem mais acuado que no 1º tempo, o Tricolor ganhou força em campo, quase empatou o jogo em uma bela jogada entre Hernanes e Jean e, finalmente, aos 21 minutos, conseguiu a igualdade na cabeçada do centroavante Roger, que havia acabado de entrar em campo. Até praticamente os 30 minutos da etapa, o São Paulo se mostrou superior e nem mesmo a presença do Robinho, em campo desde os 13 minutos, parecia que iria fazer o ritmo do jogo se alterar. Porém, algo grandioso estava guardado para aquele que é um dos maiores ídolos Santos e, em menos de 15 minutos de jogo, esse excelente clássico virou um clássico histórico. Em três lances Robinho simplesmente mostrou tudo aquilo que dele se espera e que há tempos não era visto. Nos dois primeiros, duas maravilhosas tabelas com o Neymar – como esta dupla promete! – não terminaram no fundo das redes por pouco, mas aos 41 minutos... Quando o lateral Wesley arrancou com a pelota pela direita e Robinho invadiu a área a sensação de gol era palpável. O lance estava desenhado. Era só Wesley cruzar a pelota e Robinho empurrar para o fundo do gol. O cruzamento foi realizado como manda o figurino. A finalização de letra como só os gênios conseguem. Golaçoaçoaço para rodar o mundo.
Com a vitória no clássico, o Peixe assumiu a liderança e, mais do nunca, ganhou a condição de favorito ao caneco. É amigos, a alegria voltou à Vila mais famosa do mundo.
ENQUANTO ISSO NO RIO DE JANEIRO...
Após a 7ª e última rodada da fase de grupos da Taça Guanabara as semi-finais do torneio foram definidas. No sábado de carnaval, Fluminense e Vasco prometem um jogão de bola. Conca x Carlos Alberto, Maicon x Philippe Coutinho, Fred x Dodô... Já na quarta-feira de cinzas, o invicto Flamengo irá enfrentar um Botafogo já recuperado, pelo excelente trabalho do Joel Santana, da goleada sofrida pelo Vasco. Será o "Império do Amor" contra o "Hospício Alvi-Negro", do embalado Loco Abreu, autor de 3 gols na classificação do Glorioso. Vai pegar fogo!
domingo, 7 de fevereiro de 2010
E NO VELHO CONTINENTE...
Chelsea 2 x 0 Arsenal – 25ª rodada do Campeonato Inglês
Mostrando muita superioridade, o Chelsea bateu o Arsenal e reassumiu a liderança da Premier League, que estava nas mãos do Manchester United.
Existem algumas – muitas – vantagens que a equipe do Chelsea possui em relação ao Arsenal e a principal delas ficou evidente com 22 minutos de jogo. Este foi o tempo suficiente para Drogba finalizar um córner cobrado por Malouda e um contra-ataque perfeitamente organizado por Frank Lampard. Em dois lances, o matador marfinense decidiu a partida. Enquanto isso, pelo lado dos “Gunners”, o trio ofensivo formado por Arshavin, Nasri e Walcott conseguia até levar perigo ao goleirão Peter Cech, mas não mostrava a mínima qualidade para finalizar as jogadas. Esta é, sem dúvida alguma, a maior vantagem do Chelsea sobre o rival: a presença de um homem de área que decide as partidas. Desde a saída de Adebayor, contratado pelo Manchester City, e da contusão de Van Persie, que, apesar de não ser um legítimo finalizador, possui maior poder de decisão do que os que estão jogando, o Arsenal está sentindo falta de um atacante-referência.
Após abrir 2 a 0 no escore, foi a vez de o Chelsea mostrar sua superioridade defensiva. Apesar de uma bobeada, aos 14 minutos da 2ª etapa, quando Nasri entrou sozinho dentro da área e não soube aproveitar a oportunidade, a defesa dos “Blues” mostrou grande segurança. Com defensores e meias muito bem postados, o Chelsea dificultava bastante a criação de jogadas do Arsenal e, para complicar ainda mais o adversário, o arqueiro Peter Cech estava inpiradíssimo. Durante os últimos 45 minutos, o Chelsea pouco produziu ofensivamente, de destaque apenas uma cobrança de falta que o Drogba acertou o travessão, porém, sem muito esforço, segurou o Arsenal e conquistou importantes 3 pontos.
Após ser derrotado, em sequência, por Manchester United e Chelsea, o Arsenal mostrou não ter força para brigar pelo caneco. Por outro lado, os “Blues” estão querendo muito acabar com a hegemonia do Manchester United. A Premier League vai pegar fogo!
Mostrando muita superioridade, o Chelsea bateu o Arsenal e reassumiu a liderança da Premier League, que estava nas mãos do Manchester United.
Existem algumas – muitas – vantagens que a equipe do Chelsea possui em relação ao Arsenal e a principal delas ficou evidente com 22 minutos de jogo. Este foi o tempo suficiente para Drogba finalizar um córner cobrado por Malouda e um contra-ataque perfeitamente organizado por Frank Lampard. Em dois lances, o matador marfinense decidiu a partida. Enquanto isso, pelo lado dos “Gunners”, o trio ofensivo formado por Arshavin, Nasri e Walcott conseguia até levar perigo ao goleirão Peter Cech, mas não mostrava a mínima qualidade para finalizar as jogadas. Esta é, sem dúvida alguma, a maior vantagem do Chelsea sobre o rival: a presença de um homem de área que decide as partidas. Desde a saída de Adebayor, contratado pelo Manchester City, e da contusão de Van Persie, que, apesar de não ser um legítimo finalizador, possui maior poder de decisão do que os que estão jogando, o Arsenal está sentindo falta de um atacante-referência.
Após abrir 2 a 0 no escore, foi a vez de o Chelsea mostrar sua superioridade defensiva. Apesar de uma bobeada, aos 14 minutos da 2ª etapa, quando Nasri entrou sozinho dentro da área e não soube aproveitar a oportunidade, a defesa dos “Blues” mostrou grande segurança. Com defensores e meias muito bem postados, o Chelsea dificultava bastante a criação de jogadas do Arsenal e, para complicar ainda mais o adversário, o arqueiro Peter Cech estava inpiradíssimo. Durante os últimos 45 minutos, o Chelsea pouco produziu ofensivamente, de destaque apenas uma cobrança de falta que o Drogba acertou o travessão, porém, sem muito esforço, segurou o Arsenal e conquistou importantes 3 pontos.
Após ser derrotado, em sequência, por Manchester United e Chelsea, o Arsenal mostrou não ter força para brigar pelo caneco. Por outro lado, os “Blues” estão querendo muito acabar com a hegemonia do Manchester United. A Premier League vai pegar fogo!
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
TAÇA GUANABARA - 6ª RODADA
Grupo A
Bangu 2x0 Americano
Duque de Caxias 1x1 Volta Redonda
Flamengo 3x3 Olaria
Grupo B
Tigres 1x2 Macaé
Olá amigos do FUTEBOLA!
Já está definido o primeiro classificado para a fase semi-final da Taça GB. Novamente com muitas falhas defensivas e com muitos gols do “Império do Amor”, o Flamengo empatou com o Olaria e garantiu sua vaga. Vamos ao jogo:
Flamengo 3 x 3 Olaria – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Em um jogo emocionante que só foi decidido nos minutos finais, Flamengo e Olaria empataram e o Fla conquistou a vaga para semi-final.
Após o apito do juiz, a partida já iniciou pegando fogo. Aos 5 minutos o atacante Cacá acertou uma bomba de fora da área que o goleiro Bruno não conseguiu alcançar e o Olaria saiu na frente. Na saída de bola, Adriano, Love e Juan tabelaram entre si e a jogada culminou com perfeito cruzamento do lateral para cabeçada do “Imperador” e empate no escore. Apesar do início agitado, o jogo mudou de ritmo até o final da etapa e mostrou um Flamengo que parecia estar treinando e um Olaria que jogava uma partida decisiva. Já mesmo no 1º tempo, o setor defensivo do Flamengo começou a mostrar os problemas que vem sendo característicos desse início de temporada. Diante dos velozes Araruama e Aleílson, os defensores rubro-negros estiveram um tanto que perdidos e os buracos novamente apareceram. Porém, foi após o intervalo que as falhas ficaram mais visíveis.
Logo aos 7 minutos da 2ª etapa, o inquieto Aleílson, que não parou de correr sequer um minutos do jogo, entrou na área e o afobado David cometeu pênalti. Na cobrança, Cacá bateu fraco e o goleiro Bruno, especialista em defender penalidades, colocou mais uma na sua conta. O Flamengo se alertou um pouco com a vantagem que o Olaria quase obteve e, aos 12 minutos, Vagner Love aproveitou cruzamento de Fierro e sacudiu o filó. Vitória garantida pro Fla? Que nada! Dois minutinhos depois, Araruama penetrou pela frágil defesa rubro-negra – isso mesmo, pelo futebol que vem mostrando, este é o adjetivo que a defesa do Fla merece – e chutou fraco na direção do gol. Como, apesar do pênalti defendido, não era o dia do Bruno, a bola passou pelo goleiro e o Olaria empatou o jogo. E vinha mais! Aos 19, Aleílson – sempre ele! – invade a área e sofre falta de Toró, que como punição recebe o segundo cartão amarelo e é expulso. Amigos, é impossível não destacar o futebol do Aleílson. No ano passado, quando ainda atuava pelo Águia de Marabá (PA), ele jogou muita bola nos duelos contra o Fluminense pela Copa do Brasil, em que seu clube quase conquistou uma histórica classificação. Agora, enfrentando o Flamengo, não deixou por menos. Com muita velocidade e se movimentando por todas as partes do campo, Aleílson infernizou o setor defensivo do Fla e, em minha opinião, foi o melhor homem em campo.
Voltando ao jogo, dessa vez o Cacá converteu a penalidade e o Olaria colocou uma mão na vitória. Com um homem a mais e em ritmo de treino, o Flamengo teria de suar para buscar um empate. E foi contando com o recuo do Olaria que, diante de um adversário de imenso poder ofensivo, decidiu segurar o placar, e com a qualidade individual de seus craques, que o absurdamente desorganizado Flamengo chegou ao empate. Aos 37 minutos, Love iniciou uma jogada pelo meio e abriu a pelota para Juan acertar lindo cruzamento para o "Artilheiro do Amor" desviar de cuca. Foi a segunda assistência do Juan no jogo. E o segundo gol do Love, agora artilheiro do Cariocão ao lado de Dodô e Marcelo Ramos .
O Fla conseguiu a classificação para a próxima fase e novamente precisou muito do “Império do Amor”, que já marcou 11 gols em 4 jogos. E acredito que todos concordam que é inadimissível a defesa do Flamengo sofrer 12 gols em 6 jogos da Taça Guanabara. Se continuar assim, Adriano e Love irão ter que balançar muitas redes para o Fla conquistar o caneco.
JOGADA RÁPIDA!
E o Americano parece que vai terminar a Taça GB sem conquistar um único pontinho...
Bangu 2x0 Americano
Duque de Caxias 1x1 Volta Redonda
Flamengo 3x3 Olaria
Grupo B
Tigres 1x2 Macaé
Olá amigos do FUTEBOLA!
Já está definido o primeiro classificado para a fase semi-final da Taça GB. Novamente com muitas falhas defensivas e com muitos gols do “Império do Amor”, o Flamengo empatou com o Olaria e garantiu sua vaga. Vamos ao jogo:
Flamengo 3 x 3 Olaria – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Em um jogo emocionante que só foi decidido nos minutos finais, Flamengo e Olaria empataram e o Fla conquistou a vaga para semi-final.
Após o apito do juiz, a partida já iniciou pegando fogo. Aos 5 minutos o atacante Cacá acertou uma bomba de fora da área que o goleiro Bruno não conseguiu alcançar e o Olaria saiu na frente. Na saída de bola, Adriano, Love e Juan tabelaram entre si e a jogada culminou com perfeito cruzamento do lateral para cabeçada do “Imperador” e empate no escore. Apesar do início agitado, o jogo mudou de ritmo até o final da etapa e mostrou um Flamengo que parecia estar treinando e um Olaria que jogava uma partida decisiva. Já mesmo no 1º tempo, o setor defensivo do Flamengo começou a mostrar os problemas que vem sendo característicos desse início de temporada. Diante dos velozes Araruama e Aleílson, os defensores rubro-negros estiveram um tanto que perdidos e os buracos novamente apareceram. Porém, foi após o intervalo que as falhas ficaram mais visíveis.
Logo aos 7 minutos da 2ª etapa, o inquieto Aleílson, que não parou de correr sequer um minutos do jogo, entrou na área e o afobado David cometeu pênalti. Na cobrança, Cacá bateu fraco e o goleiro Bruno, especialista em defender penalidades, colocou mais uma na sua conta. O Flamengo se alertou um pouco com a vantagem que o Olaria quase obteve e, aos 12 minutos, Vagner Love aproveitou cruzamento de Fierro e sacudiu o filó. Vitória garantida pro Fla? Que nada! Dois minutinhos depois, Araruama penetrou pela frágil defesa rubro-negra – isso mesmo, pelo futebol que vem mostrando, este é o adjetivo que a defesa do Fla merece – e chutou fraco na direção do gol. Como, apesar do pênalti defendido, não era o dia do Bruno, a bola passou pelo goleiro e o Olaria empatou o jogo. E vinha mais! Aos 19, Aleílson – sempre ele! – invade a área e sofre falta de Toró, que como punição recebe o segundo cartão amarelo e é expulso. Amigos, é impossível não destacar o futebol do Aleílson. No ano passado, quando ainda atuava pelo Águia de Marabá (PA), ele jogou muita bola nos duelos contra o Fluminense pela Copa do Brasil, em que seu clube quase conquistou uma histórica classificação. Agora, enfrentando o Flamengo, não deixou por menos. Com muita velocidade e se movimentando por todas as partes do campo, Aleílson infernizou o setor defensivo do Fla e, em minha opinião, foi o melhor homem em campo.
Voltando ao jogo, dessa vez o Cacá converteu a penalidade e o Olaria colocou uma mão na vitória. Com um homem a mais e em ritmo de treino, o Flamengo teria de suar para buscar um empate. E foi contando com o recuo do Olaria que, diante de um adversário de imenso poder ofensivo, decidiu segurar o placar, e com a qualidade individual de seus craques, que o absurdamente desorganizado Flamengo chegou ao empate. Aos 37 minutos, Love iniciou uma jogada pelo meio e abriu a pelota para Juan acertar lindo cruzamento para o "Artilheiro do Amor" desviar de cuca. Foi a segunda assistência do Juan no jogo. E o segundo gol do Love, agora artilheiro do Cariocão ao lado de Dodô e Marcelo Ramos .
O Fla conseguiu a classificação para a próxima fase e novamente precisou muito do “Império do Amor”, que já marcou 11 gols em 4 jogos. E acredito que todos concordam que é inadimissível a defesa do Flamengo sofrer 12 gols em 6 jogos da Taça Guanabara. Se continuar assim, Adriano e Love irão ter que balançar muitas redes para o Fla conquistar o caneco.
JOGADA RÁPIDA!
E o Americano parece que vai terminar a Taça GB sem conquistar um único pontinho...
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
FIGURINHA CARIMBADA - VÁLTER MARCIANO
Nome: Válter Marciano de Queiróz
Data de nascimento: 15 de setembro de 1931
Faleceu em 21 de junho de 1961
Posição: ponta-de-lança
Seleção Brasileira – 7 jogos*
Clubes:
Ypiranga – SP (1951 a 1952)
Santos (1953 a 1954)
Vasco (1955 a 1957)
Valencia – ESP (1957 a 1961)
Títulos:
Campeonato Carioca – 1956 – Vasco
Destaques:
- Jogador de uma qualidade técnica imensa e inteligência do mesmo tamanho, Válter Marciano iniciou sua carreira em São Paulo e logo chamou a atenção do Vasco da Gama. E não tardaria para o craque entrar na história do Gigante da Colina. Em 1956, em um dos maiores esquadrões já montados pelo Vasco, Válter foi essencial para a conquista do Campeonato Carioca. Na equipe que contava com nada menos do que a dupla de zagueiros que seria titular na conquista brasileira da Copa do Mundo de 1958, Bellini/Orlando, Válter Marciano era o cérebro do magnífico setor ofensivo formado por Sabará, Livinho, Vavá e Pinga. Leiam agora as palavras do gênio Nelson Rodrigues sobre a participação de Válter no Carioca de 1956: “De uma maneira geral acha-se que a grande figura da equipe vascaína foi Válter. E justiça se lhe faça: - é um jogador extraordinário, que faz um futebol rápido, penetrante e objetivo.”**
- Em 1957, pelo Torneio de Paris, Válter Marciano fez aquela que é considerada sua maior atuação. Após vencer a forte equipe francesa do Racing, por 3 a 1, o Vascão foi para a decisão do torneio contra o Real Madrid. Isso mesmo, o Real Madrid de Alfredo Di Stéfano e Raymond Kopa, duas das maiores lendas da história do futebol. Porém, não teve pra ninguém. Com uma atuação de encher os olhos dos franceses, o craque vascaíno marcou dois gols e ainda esculpiu uma jogada genial que terminou nos pés do companheiro Livinho e no fundo da rede. No final, vitória do Cruzmaltino por 4 a 3 e mais um caneco para São Januário.
- A histórica e inesquecível atuação de Válter contra os “Merengues” fez com que o grande craque fosse contratado pelo Valencia e, na Espanha, continuou mostrando toda sua genialidade. Após conseguir se naturalizar espanhol, Válter ficou perto de defender a Seleção da Espanha na Copa do Mundo de 1962, mas um trágico acidente automobilístico lhe tirou a vida pouco tempo antes do torneio.
*Mini-Enciclopédia do Futebol Brasileiro – Lance!
**O Berro Impresso das Manchetes – Crônicas Completas da Manchete Esportiva 55 - 59
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
TAÇA GUANABARA - 5ª RODADA PARTE 2
Grupo A
Bangu 3x0 Duque de Caxias
Boavista 3x0 Olaria
Fluminense 3x5 Flamengo
Grupo B
Friburguense 0x3 Vasco
Macaé 1x2 Madureira
Olá amigos do FUTEBOLA!
Em um Fla-Flu completamente imprevisível, o "Imperador" Adriano marcou 3 gols e deu a vitória ao Rubro-Negro, após a equipe estar perdendo por 3 a 1. A cada dia que passa, a torcida do Flamengo está mais encantada com a dupla Adriano/Love, que já tem a impressionante marca de 8 gols em 3 jogos. Antes dos comentários sobre este inesquecível Fla-Flu, gostaria de mandar um abraço para meu amigo Leonardo “Ceará”, um rubro-negro que deve estar sorrindo de uma orelha à orelha.
Fluminense 3 x 5 Flamengo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Histórico! Sensacional! Espetacular! O duelo entre Flamengo e Fluminense no Maraca foi daqueles de tirar o fôlego, de fazer todo torcedor sair do estádio sem unhas. No final, valeu a gigante qualidade da dupla Adriano/Love e o Flamengo permanece 100%.
O 1º tempo teve um início no qual parecia que o Flamengo teria o controle do jogo. Com maior posse de bola e melhor qualidade nos passes, o Fla tentava ganhar as rédeas da partida. Não conseguiu. Com um futebol muito mais consistente, baseado em um sistema defensivo sólido, nos passes perfeitos do Conca e na velocidade de Maicon, o Flu deu um show na 1ª etapa. Logo aos 14 minutos, Diguinho avançou pelo meio e rolou a pelota para Alan aproveitar um enorme, e já constante, buraco na defesa rubro-negra e abrir o placar. O Fla sentiu o gol e foi completamente dominado. O futebol mostrado pelo Tricolor era de tão alto nível que antes mesmo dos 30 minutos a torcida já gritava olé. Entre 30 e 40 minutos, o Fluzão criou nada menos do que 4 oportunidades de sacudir o filó. Teve chute longo do Júlio César, jogada entre os pratas da casa Maicon e Alan, linda assistência de Diguinho para Maicon e, finalmente, o pênalti que o Ronaldo Angelim cometeu sobre o Alan e que o Conca converteu. 2 a 0 Flu e um verdadeiro banho de bola. Aos 42 minutos, o volante Diguinho resolveu estragar uma apresentação impecável que ele vinha tendo e derrubou o lateral flamenguista Juan, dentro da área, com um carrinho exagerado. Adriano diminui a desvantagem do Fla. Porém, como parecia ser dia do Fluminense, um córner cobrado pelo Conca sobrou para o Cássio, que havia acertado um lindo chute poucos minutos antes, e o zagueirão silenciou a torcida rubro-negra ao colocar 3 a 1 no marcador. A atuação do Flu nestes primeiros 45 minutos foi de coerência tática e qualidade técnica impressionantes. Não havia sequer um jogador tricolor que não soubesse seu papel em campo e as jogadas ofensivas pareciam treinadas à séculos, tamanha a naturalidade com que surgiam.
No intevalo, o treinador Andrade, buscando dar maior mobilidade ao até então inoperante ataque rubro-negro, substituiu o irreconhecível Petkovic pelo garoto Vinícius Pacheco. Já para dar maior segurança defensiva e participação ofensiva ao lado direita do Fla, Willians substituiu Fernando. Incrível! Parecia que o Flamengo tinha trocado todos os jogadores. Em menos de 10 minutos da 2ª etapa, aquela equipe sonolenta dos primeiros 45 minutos deu lugar à uma máquina de jogar futebol. Reparem no bombardeio: Vinícius Pacheco chuta cruzado de fora da área e acerta o pé da trave do goleiro Rafael; Willians cruza a pelota da ponta direita e, após Adriano brigar por ela, Vagner Love sacode o filó; Vinícius Pacheco ataca novamente pela direita e encontra Kléberson livre, leve e solto para empatar o placar. Agora sim estava em campo o time Hexa-Campeão Brasileiro, o time que amarra as chuteiras com as veias.
Entretanto, para provar o quanto imprevisível foi esta partida, o Fluminense não sentiu o empate. Em duas jogadas do argentino Conca, uma finalizada pelo Alan e a outra pelo Mariano, o Flu quase voltou a ter vantagem no marcador. Aos 17 minutos, o zagueiro flamenguista Álvaro, que diga-se de passagem não lembra em nada aquele sólido e seguro defensor do ano passado, foi expulso pela segunda vez no Cariocão e colocou a pulga atrás das orelhas rubro-negras. Porém, lá veio mais imprevisibilidade e o Flamengo não sentiu a expulsão. Com Vinícius Pacheco e Vagner Love jogando em todas as posições do campo e Adriano parecendo um exército na frente, o Flamengo em nenhum momento desistiu de buscar os três pontos. Como um clássico é, realmente, uma partida diferente. Com a desvantagem numérica, o Fla poderia recuar para segurar o empate e garantir a classificação nas próximas rodadas contra adversários considerados de pequeno porte. Porém, Adriano e cia queriam a vitória. Aos 36, um lindo ataque organizado por Vinícius Pacheco e Vagner Love terminou nos pés de Adriano e no fundo da rede. Era a virada. O Maraca foi à loucura. Dez minutos depois, o volante Willians, cuja entrada no intervalo foi fundamental para a vitória rubro-negra, lançou o "Imperador", que deu números finais ao jogo. A tão sólida defesa tricolor, que não havia sofrido sequer um gol em todo o torneio, ficou perdida em campo (principalmente depois que o Cuca tirou o Cássio e acabou com a formação com 3 defensores) e, em nenhum momento da 2ª etapa, se mostrou capaz de segurar o “Império do Amor”
É inegável que jogadores como Bruno, Kleberson, Love e Adriano, possuem muita qualidade técnica, mas o que encheu os olhos do torcedor rubro-negro nesta partida foi a atitute mostrada pela equipe. O que os jogadores correram foi algo impressionante. O Fluminense achou que tinha triunfado muito antes da hora e os jogadores não devem esquecer desta partida, mas sim lembrarem dela por muito tempo para não repetirem os mesmos erros.
JOGADA RÁPIDA!
O Vasco venceu o Friburguense com 3 gols de Dodô, que alcançou o topo da tabela de artilheiros. O Madureira venceu o Macaé com 2 gols do veterano Marcelo Ramos, que também alcançou o topo da tabela de artilheiros. E quem sofre com isso é o Fogão, que mesmo tendo vencido 4 dos seus 5 jogos, corre o risco de não passar para a próxima fase da Taça GB.
Bangu 3x0 Duque de Caxias
Boavista 3x0 Olaria
Fluminense 3x5 Flamengo
Grupo B
Friburguense 0x3 Vasco
Macaé 1x2 Madureira
Olá amigos do FUTEBOLA!
Em um Fla-Flu completamente imprevisível, o "Imperador" Adriano marcou 3 gols e deu a vitória ao Rubro-Negro, após a equipe estar perdendo por 3 a 1. A cada dia que passa, a torcida do Flamengo está mais encantada com a dupla Adriano/Love, que já tem a impressionante marca de 8 gols em 3 jogos. Antes dos comentários sobre este inesquecível Fla-Flu, gostaria de mandar um abraço para meu amigo Leonardo “Ceará”, um rubro-negro que deve estar sorrindo de uma orelha à orelha.
Fluminense 3 x 5 Flamengo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Histórico! Sensacional! Espetacular! O duelo entre Flamengo e Fluminense no Maraca foi daqueles de tirar o fôlego, de fazer todo torcedor sair do estádio sem unhas. No final, valeu a gigante qualidade da dupla Adriano/Love e o Flamengo permanece 100%.
O 1º tempo teve um início no qual parecia que o Flamengo teria o controle do jogo. Com maior posse de bola e melhor qualidade nos passes, o Fla tentava ganhar as rédeas da partida. Não conseguiu. Com um futebol muito mais consistente, baseado em um sistema defensivo sólido, nos passes perfeitos do Conca e na velocidade de Maicon, o Flu deu um show na 1ª etapa. Logo aos 14 minutos, Diguinho avançou pelo meio e rolou a pelota para Alan aproveitar um enorme, e já constante, buraco na defesa rubro-negra e abrir o placar. O Fla sentiu o gol e foi completamente dominado. O futebol mostrado pelo Tricolor era de tão alto nível que antes mesmo dos 30 minutos a torcida já gritava olé. Entre 30 e 40 minutos, o Fluzão criou nada menos do que 4 oportunidades de sacudir o filó. Teve chute longo do Júlio César, jogada entre os pratas da casa Maicon e Alan, linda assistência de Diguinho para Maicon e, finalmente, o pênalti que o Ronaldo Angelim cometeu sobre o Alan e que o Conca converteu. 2 a 0 Flu e um verdadeiro banho de bola. Aos 42 minutos, o volante Diguinho resolveu estragar uma apresentação impecável que ele vinha tendo e derrubou o lateral flamenguista Juan, dentro da área, com um carrinho exagerado. Adriano diminui a desvantagem do Fla. Porém, como parecia ser dia do Fluminense, um córner cobrado pelo Conca sobrou para o Cássio, que havia acertado um lindo chute poucos minutos antes, e o zagueirão silenciou a torcida rubro-negra ao colocar 3 a 1 no marcador. A atuação do Flu nestes primeiros 45 minutos foi de coerência tática e qualidade técnica impressionantes. Não havia sequer um jogador tricolor que não soubesse seu papel em campo e as jogadas ofensivas pareciam treinadas à séculos, tamanha a naturalidade com que surgiam.
No intevalo, o treinador Andrade, buscando dar maior mobilidade ao até então inoperante ataque rubro-negro, substituiu o irreconhecível Petkovic pelo garoto Vinícius Pacheco. Já para dar maior segurança defensiva e participação ofensiva ao lado direita do Fla, Willians substituiu Fernando. Incrível! Parecia que o Flamengo tinha trocado todos os jogadores. Em menos de 10 minutos da 2ª etapa, aquela equipe sonolenta dos primeiros 45 minutos deu lugar à uma máquina de jogar futebol. Reparem no bombardeio: Vinícius Pacheco chuta cruzado de fora da área e acerta o pé da trave do goleiro Rafael; Willians cruza a pelota da ponta direita e, após Adriano brigar por ela, Vagner Love sacode o filó; Vinícius Pacheco ataca novamente pela direita e encontra Kléberson livre, leve e solto para empatar o placar. Agora sim estava em campo o time Hexa-Campeão Brasileiro, o time que amarra as chuteiras com as veias.
Entretanto, para provar o quanto imprevisível foi esta partida, o Fluminense não sentiu o empate. Em duas jogadas do argentino Conca, uma finalizada pelo Alan e a outra pelo Mariano, o Flu quase voltou a ter vantagem no marcador. Aos 17 minutos, o zagueiro flamenguista Álvaro, que diga-se de passagem não lembra em nada aquele sólido e seguro defensor do ano passado, foi expulso pela segunda vez no Cariocão e colocou a pulga atrás das orelhas rubro-negras. Porém, lá veio mais imprevisibilidade e o Flamengo não sentiu a expulsão. Com Vinícius Pacheco e Vagner Love jogando em todas as posições do campo e Adriano parecendo um exército na frente, o Flamengo em nenhum momento desistiu de buscar os três pontos. Como um clássico é, realmente, uma partida diferente. Com a desvantagem numérica, o Fla poderia recuar para segurar o empate e garantir a classificação nas próximas rodadas contra adversários considerados de pequeno porte. Porém, Adriano e cia queriam a vitória. Aos 36, um lindo ataque organizado por Vinícius Pacheco e Vagner Love terminou nos pés de Adriano e no fundo da rede. Era a virada. O Maraca foi à loucura. Dez minutos depois, o volante Willians, cuja entrada no intervalo foi fundamental para a vitória rubro-negra, lançou o "Imperador", que deu números finais ao jogo. A tão sólida defesa tricolor, que não havia sofrido sequer um gol em todo o torneio, ficou perdida em campo (principalmente depois que o Cuca tirou o Cássio e acabou com a formação com 3 defensores) e, em nenhum momento da 2ª etapa, se mostrou capaz de segurar o “Império do Amor”
É inegável que jogadores como Bruno, Kleberson, Love e Adriano, possuem muita qualidade técnica, mas o que encheu os olhos do torcedor rubro-negro nesta partida foi a atitute mostrada pela equipe. O que os jogadores correram foi algo impressionante. O Fluminense achou que tinha triunfado muito antes da hora e os jogadores não devem esquecer desta partida, mas sim lembrarem dela por muito tempo para não repetirem os mesmos erros.
JOGADA RÁPIDA!
O Vasco venceu o Friburguense com 3 gols de Dodô, que alcançou o topo da tabela de artilheiros. O Madureira venceu o Macaé com 2 gols do veterano Marcelo Ramos, que também alcançou o topo da tabela de artilheiros. E quem sofre com isso é o Fogão, que mesmo tendo vencido 4 dos seus 5 jogos, corre o risco de não passar para a próxima fase da Taça GB.
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