FUTEBOLA DE OURO – ARJEN ROBBEN (HOLANDA)
FUTEBOLA DE PRATA – BASTIAN SCHWEINSTEIGER (ALEMANHA)
FUTEBOLA DE BRONZE – JAMES RODRÍGUEZ (COLÔMBIA)
SELEÇÃO FUTEBOLA
GOLEIRO – KEYLOR NAVAS (COSTA RICA)
Manuel Neuer sai do Mundial consolidado como o melhor goleiro
do planeta. Dono de posicionamento e visão de jogo estupendos, às vezes parece até
que o alemão já jogou antes o jogo que está sendo jogado. No entanto, nenhum
arqueiro foi mais esplêndido e decisivo na Copa do que Keylor Navas, com no
mínimo dez defesas monumentais e protagonismo em todas – todas! – as cinco
partidas costarriquenhas, principalmente as duas do mata-mata, contra Grécia e
Holanda.
LATERAL-DIREITO – PHILIPP LAHM (ALEMANHA)
Transformado em volante no Bayern de Munique pelo treinador
Guardiola, Lahm iniciou o Mundial na meiúca e somente ocupou a lateral-direita
nos últimos três jogos. Foi o suficiente para mostrar que os meses ausentes da
posição não influenciaram em nada seu jogo impecável pelo flanco direito.
Defende, ataca, pensa, corre, passa, cruza... Ninguém no mundo conhece tanto os
ofícios de um lateral como este alemão.
ZAGUEIRO-CENTRAL – MATS
HUMMELS (ALEMANHA)
Hummels deu uma aula nesta Copa do Mundo e representou
brilhantemente a escola defensiva alemã. Tecnicamente é muito bom por baixo,
melhor ainda pelo alto (1,92) e ótimo nos desarmes (cometeu apenas quatro
faltas, nenhuma para cartão, em todo o torneio). Destacou-se também por estar
sempre atento e pela inteligência tática. Como se não bastasse, ainda anotou
dois gols, um deles decisivo contra a França.
QUARTO-ZAGUEIRO – EZEQUIEL GARAY (ARGENTINA)
Na fase de grupos, período em que o sistema defensivo
argentino não inspirava confiança, Garay já se mostrava o mais sóbrio e sólido de
todos os defensores. Nos últimos três jogos, depois que o treinador Sabella
conseguiu dar mais consistência tática à retaguarda albiceleste, o jogo de Garay cresceu assustadoramente. Diferente
dos zagueiros brasileiros, o argentino chegou à Copa com um cartaz pequenininho
e sai dela muito prestigiado.
LATERAL-ESQUERDO – DALEY BLIND (HOLANDA)
Quando foi escalado como zagueiro (diante do Chile e na
prorrogação contra a Argentina) e como volante (contra o México), o holandês
Blind não se saiu nada bem. Pela ala esquerda, porém, seu futebol foi outro. Um
futebol de dinâmica tática e de passes precisos e até preciosos (o lançamento
para o gol de peixinho de van Persie é inesquecível).
VOLANTE CENTRAL – JAVIER MASCHERANO (ARGENTINA)
Como de
costume, Mascherano errou alguns passes fáceis e cometeu algumas faltas
exageradas, mas sua dedicação foi algo tão surreal que apaga qualquer equívoco
cometido. Ninguém nesta Copa deixou mais a alma em campo do que o volante argentino.
Às vezes era preciso olhar para os seus pés para ter certeza de que amarrar as
chuteiras com as veias continuava a ser apenas uma metáfora. O desarme sobre
Robben nos acréscimos da semifinal fica para a eternidade.
VOLANTE DIREITO – BASTIAN SCHWEINSTEIGER (ALEMANHA) – PRÊMIO
FUTEBOLA DE PRATA
Sabem aquela máxima que diz que volante tem que roubar a bola
e dar para quem sabe? Pois Schweinsteiger incorpora um leão, rouba a bola,
levanta a cabeça, descobre que ninguém sabe mais do que ele, e inicia, o
próprio, a saída de jogo alemã. Potente, dinâmico, forte, técnico, tático... A
definição de futebol moderno ainda é meio nebulosa, mas é impossível não olhar
para Schweinsteiger e ver a personificação da modernidade.
VOLANTE ESQUERDO – TONI KROOS (ALEMANHA)
Kroos foi uma peça essencial para a Alemanha esbanjar com a bola
de pé em pé em pé em pé. Mas não foi só. Além de encaixar perfeitamente no
estilo troca de passes ad eternum,
Kroos lança como poucos, alça bolas na área com perfeição e ainda aparece para
chutar de longe. Coroou sua magnífica Copa do Mundo com uma atuação
estratosférica diante do Brasil. Todos os alemães mereceram nota dez na nossa
tragédia, mas Kroos ficou com um dez e meio.
MEIA OFENSIVO – JAMES RODRÍGUEZ (COLÔMBIA) – PRÊMIO FUTEBOLA DE
BRONZE
Os números de James Rodríguez falam por si só: dos 12 gols
colombianos no torneio, o craque anotou os seis que lhe garantiram a artilharia
e participou de outros cinco. Mas estes assustadores números não contam a arte
que Rodríguez esculpiu nos gramados brasileiros. Deixou zagueiros sentados com
dribles, acertou o chute mais lindo da Copa depois da matada mais linda de
muitas Copas, e distribuiu passes de tudo quanto é maneira. Pode parecer só
impressão, mas a brazuca parecia mais feliz em seus pés.
ATACANTE – LIONEL MESSI (ARGENTINA)
Pela primeira vez este jogador de outro mundo quase ganhou a
Copa do nosso mundo. É verdade que Messi não foi aquele que nos fazia duvidar
da realidade, mas foi protagonista como nunca havia sido com a camisa de sua seleção.
De seus pés nasceram os triunfos contra a Bósnia e Herzegovina, o Irã, a
Nigéria e a Suíça. Não fez pouco. Pelo contrário, fez muito, demais, mas não o
suficiente para dar o título a uma seleção que dependia exclusivamente que ele
esfregasse a lâmpada mágica.
ATACANTE – ARJEN ROBBEN (HOLANDA) – PRÊMIO FUTEBOLA DE OURO
Sempre que se falar na Copa do Mundo de 2014 terá que se
falar nas arrancadas deste carequinha holandês. Quando Robben dinamitou a
Espanha, parecia uma daquelas atuações individuais que não se repetem, mas, aí,
a Copa seguiu seu rumo e Robben seguiu tirando o rumo de todos os adversários.
Sozinho foi capaz de destruir defesas com sua movimentação tática, sua técnica
para driblar ou sua explosão física. Dizem que se mede um craque pela
quantidade de jogadores necessária para contê-lo: a Argentina, a única que
conseguiu, precisou de nove e um carrinho papal de Mascherano aos 45 do segundo
tempo.
TREINADOR – JOACHIM LÖW (ALEMANHA)
Löw não somente conhece seu elenco de cabo a rabo, mas soube
como fazer seu time render o máximo neste Mundial. O treinador tem muitos
méritos no estilo de jogo alemão, um estilo que mescla e alterna a troca
infinita de passes com um jogo potente, e demonstrou todo o seu domínio na hora
de realizar as substituições. Basta lembrar que o gol do título nasceu dos pés
do reserva Schürrle e foi marcado pelo também reserva Götze.