terça-feira, 30 de novembro de 2010

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA

Desde quando a história do futebol começou a me interessar a década de 40 sempre recebeu uma atenção especial. Talvez pelo fato de ser um período sem Copas do Mundo, o que me fazia imaginar como a Seleção Brasileira com sua inesquecível linha de frente formada por Tesourinha, Zizinho, Ademir Menezes, Jair Rosa Pinto e Heleno de Freitas iria passar pela Argentina de Moreno, a Itália de Valentino Mazzola, a Inglaterra de Sr. Stanley Matthews e conquistar seu primeiro caneco mundial... Sendo assim, os amigos devem ter idéia do quão rápido eu devorei esta verdadeira bíblia do futebol brasileiro nos anos 40. Um prato cheio para quem quer conhecer grandes personagens da história do nosso futebol.




ANOS 40 - VIAGEM À DÉCADA SEM COPA
Autor: Roberto Sander
Editora: Bom Texto

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BARCELONA 5 X 0 REAL MADRID - O ESPETÁCULO

Barcelona 5 x 0 Real Madrid – Camp Nou, Barcelona (ESP)

Os quase 100 mil presentes no Camp Nou deveriam estar trajando terno e gravata diante do espetáculo que vivenciaram. Foi uma atuação inesquecível, que merecia estar sendo contada agora por uma caneta de pena passeando por um pergaminho folheado à ouro. Aqueles livros que se propõem a listar as melhores coisas para se fazer na vida devem criar um capítulo para esta histórica partida. No dia de seu aniversário, o Barcelona humilhou o seu maior rival e fez aquele que ama o futebol dizer “muito obrigado”.

Mal havia dado tempo de posicionar as duas equipes em minhas anotações e o Barça já havia acertado a trave uma vez e colocado 2 x 0 no placar. Se aproveitando de um Real Madrid que insistia em posicionar sua defesa em linha e contava com volantes completamentes perdidos na marcação, o que facilitava a entrada dos adversários em velocidade ou pela meiúca, o Barcelona precisou de menos de 20 minutos para mostrar aos seus torcedores que a noite prometia. Se aos 5 minutos a redonda tocou caprichosamente a trave após arremate do Messi, aos 9 e 17 ela foi parar no fundo do barbante em finalizações do Xavi, esta com imensa categoria, e do Pedro, que só completou o cruzamento do David Villa. Com dois gols de vantagem, o Barça deu início a uma verdadeira aula de como uma equipe deve se postar quando está vencendo e apresentou uma qualidade única na troca de passes. Em alguns momentos dava para imaginar a bola sorrindo, tamanha a leveza com a qual era tocada pelos jogadores azul-grenás. No entanto, como um show só fica completo quando a maior estrela apresenta suas qualidades, Lionel Messi voltou para a 2ª etapa inspiradíssimo. E, amigos, se marcar um Messi já é de uma dificuldade inadjetivável, marcar um Messi inspirado é tarefa impossível. Bastou apenas 12 minutos para o melhor do mundo dar três assistências como se houvesse uma régua em sua chuteira, Xavi acertar a rede pelo lado de fora e David Villa acertá-la duas vezes pelo lado correto.

Apesar de ao olhar para o placar no estádio os jogadores madrilenhos se depararem com um acachapante 4 x 0, creio que a maior humilhação ainda estava por vir. Se na 1ª etapa a troca de passes do Barça foi daquelas para gravar e reproduzir como video-aulas por qualquer treinador, o que Xavi, Messi e companhia fizeram com quatro gols de vantagem foi de outro planeta. Cada passe dado por um jogador catalão era uma punhalada na honra dos merengues. Passes de primeira, toques de calcanhar, viradas de jogo... Nunca o futebol me pareceu tão coletivo como durante estes minutos em que o Barcelona brincou de jogar bola. A sensação era a de que a qualquer momento algum jogador do Real poderia roubar o apito do juiz e decretar o fim da partida ou José Mourinho jogar seu cachecol em campo como se fosse um treinador de boxe que atira a toalha por não aguentar mais ver seu pupilo ser humilhado.

Aos 45 minutos, Jefren completou cruzamento de Bojan e fechou o placar em 5 x 0. Aos 47, Sérgio Ramos agrediu Messi com a bola rolando e foi expulso. No entanto, amigos, o estrago no orgulho madrilenho já não poderia ser maior. A sensação de incapacidade diante da troca de passes do rival foi muito pior do que o placar em si.

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 15ª RODADA

OLÁ AMIGOS DO FUTEBOLA!

ATÉ O DIA 13 DE DEZEMBRO, O FUTEBOLA CONTA COM A SUA PARTICIPAÇÃO PARA ESCOLHER O VENCEDOR DO PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2010. NÃO DEIXEM DE VOTAR NAQUELE QUE, EM SUA OPINIÃO, É O CRAQUE DO CAMPEONATO. SUA PARTICIPAÇÃO É DE GIGANTE IMPORTÂNCIA.





RESULTADOS

Aston Villa 2 - 4 Arsenal
Bolton 2 - 2 Blackpool
Everton 1 - 4 West Bromwich
Fulham 1 - 1 Birmingham
Manchester United 7 - 1 Blackburn
Stoke City 1 - 1 Manchester City
West Ham 3 - 1 Wigan
Wolverhampton 3 - 2 Sunderland
Newcastle 1 - 1 Chelsea
Tottenham 2 - 1 Liverpool

ARTILHEIROS

11 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
9 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
Andy Carrol (Newcastle
8 gols
Johan Elmander (Bolton)
Tim Cahill (Everton)

COMENTÁRIOS

Tottenham 2 x 1 Liverpool – White Heart Lane, Londres

Se o Tottenham fosse um time brasileiro, sua torcida inteira estaria cantando a plenos pulmões “O Tottenham é o time da viraaaada... O Tottenham é o time do amooor...”. Depois de conseguir uma incrível vitória sobre o Arsenal, na 14ª rodada, após estar perdendo por 2 x 0, o Tottenham venceu o Liverpool por 2 x 1 com um gol marcado já nos acréscimos. A 1ª etapa do duelo foi de grande equilíbrio em sua quase totalidade, com os Spurs e os Reds jogando um bom futebol. Enquanto o Tottenham apresentou maior posse de bola e teve um arremate do Defoe que o zagueiro Carragher salvou como principal oportunidade, o Liverpool contou com belas atuações do argentino Maxi Rodriguez e do português Raul Meireles, responsáveis pelas melhores oportunidades ofensivas da equipe. Somente no fim do 1º tempo que o equilíbrio foi deixado de lado, o Liverpool armou uma blitz ofensiva e, em menos de 10 minutos, o Raul Meireles arriscou um bom chute longo, o zagueiro Skrtel abriu o placar após cobrança de falta e o Maxi Rodriguez desperdiçou uma claríssima oportunidade cara a cara com o brasileiro Gomes, que diga-se de passagem realizou uma bela etapa inicial. Falando em brasileiros, vale elogiar também a 1ª etapa do volante Lucas, muito atento na marcação e conseguindo boas roubadas de bola. Após o intervalo, o Liverpool caiu na bobeira de recuar para explorar somente os contra-ataques. Resultado: em 20 minutos o Tottenham teve um arremate do Bale que o Raul Meireles salvou em cima da linha, desperdiçou uma penalidade máxima com o Defoe e abriu o placar em uma arrancada do Modric que terminou com o Skrtel empurrando a redonda contra o próprio gol e empatando a partida. Depois de ficar por 20 minutos sem organizar sequer uma trama ofensiva o Liverpool tentou retornar ao ritmo da 1ª etapa, porém o Tottenham estava mais quente no jogo e se mostrava com maior força de ataque. O prêmio para os donos da casa veio aos 46 minutos com Lennon aproveitando lançamento longo do Ekotto, batendo o lateral Konchesky na velocidade e marcando o gol da vitória. Os Spurs vêm de duas vitórias seguidas na Champions League (3 x 1 na Internazionale e 3 x 0 no Werder Bremen) além de duas grandes viradas na Premier League. Há tempos que o Tottenham não vivia um momento tão positivo.

domingo, 28 de novembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 37ª RODADA

OLÁ AMIGOS DO FUTEBOLA!

ATÉ O DIA 13 DE DEZEMBRO, O FUTEBOLA CONTA COM A SUA PARTICIPAÇÃO PARA ESCOLHER O VENCEDOR DO PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2010. NÃO DEIXEM DE VOTAR NAQUELE QUE, EM SUA OPINIÃO, É O CRAQUE DO CAMPEONATO. SUA PARTICIPAÇÃO É DE GIGANTE IMPORTÂNCIA.

Atlético-GO 1 X 1 São Paulo
Corinthians 2 X 0 Vasco
Internacional 1 X 1 Vitória
Flamengo 1 X 2 Cruzeiro
Atlético-MG 3 X 1 Goiás
Avaí 3 X 2 Santos
Palmeiras 1 X 2 Fluminense
Guarani 0 X 3 Grêmio
Ceará 1 X 1 Atlético-PR
Botafogo 3 X 1 Prudente

Palmeiras 1 x 2 Fluminense – Arena Barueri, Barueri (SP)

A um passo do paraíso! Com a vitória diante do mais que desmotivado Palmeiras, o Fluminense se manteve na ponta da tabela e depende apenas de suas forças para conquistar o título. Se bater o Guarani no próximo domingo, no Engenhão, o Fluminense conquistará o caneco após 26 anos.

O Fluminense entrou no gramado postado no tradicional 4-4-2 com Ricardo Berna de goleiro. No meio-campo, Diguinho e Valencia tinham a missão de proteger a linha de quatro defensores formada por Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos, enquanto Deco e Conca eram os responsáveis pela organização das tramas ofensivas que seriam finalizadas por Fred e Emerson. Vale dizer que pela primeira vez na temporada o Fluzão veio a campo com o seu quarteto ofensivo Deco/Conca/Fred/Emerson. Pelo lado palmeirense nada de time reserva. Felipão mandou a campo Deola; Márcio Araújo, Leandro Amaro, Maurício Ramos e Gabriel Silva; Marcos Assunção, Pierre, Tinga e Luan; Kléber e Dinei. Taticamente o Verdão apresentava o mesmo esquema que o Fluminense, com Marcos Assunção e Pierre de volantes e Tinga e Luan de meias.

Mal o juizão havia apitado o início da partida e Leandro Euzébio, provando que Muricy Ramalho exagerou muito ao elegê-lo o melhor zagueiro do Brasil, falhou feio e a redonda fiou para o avante palmeirense Dinei acertar um dos chutes mais bonitos de todo o Brasileirão e correr para as vaias da galera. Não, amigos, não escrevi errado, afinal este golaço do Dinei era mais importante para o Corinthians do que para o Palmeiras e a torcida do Verdão não gostou nem um pouco. O surpreendente tento verde deu início a um bomberdeio ofensivo promovido pelo Fluminense e que durou até os 15 minutos da 2ª etapa. Nem mesmo a saída do Deco, novamente por contusão, aos 31 minutos do 1º tempo, diminuiu o ímpeto tricolor. Pelo contrário, Tartá, que entrou no lugar do luso-brasileiro, seria de extrema importância para o triunfo do Flu. Comandado, como sempre, pelo argentino Conca e aproveitando a fragilidade defensiva do adversário nas bolas paradas, o Fluminense criou mais de 10 oportunidades de gols até o já citado décimo quinto minuto da etapa final. O Tricolor não demorou muito para empatar a partida, feito conseguido aos 19 minutos do 1º tempo em belo arremate de Carlinhos. O gol da virada veio aos 13 da 2ª etapa, com Tartá aproveitando rebote do goleiro Deola em forte chute do Emerson. Sobre as outras chances de gols criadas pelo Flu, vale ressaltar que o goleiro palmeirense Deola esteve em ótima jornada, com pelo menos três defesas de alto grau de dificuldade, e o centroavante Fred mais uma vez não justificou a esperança depositada pela torcida em seu futebol. Quando o placar ainda apontava 1 x 1, Fred perdeu duas chances incríveis e por pouco não complicou a situação do Flu na partida e no campeonato. Para dar uma idéia de como o Fred irritou a torcida, um amigo meu que é tricolor, após o Fred isolar a pelota cara a cara com o Deola, gritou: “Bota o Washington!”, mesmo o “Coração Valente” vivendo péssima fase e sem marcar gols há 15 rodadas.

Após o Fluminense virar o placar, apenas mais um chute longo do Conca foi digno de nota. Dos 15 minutos até o apito final o jogo transcorreu em uma tranquilidade budista e sem mais nenhum lance a ser destacado. Na última rodada, os três candidatos ao título enfrentam três equipes que já não querem mais nada com a hora do Brasil e, se der a lógica, o Fluzão tem tudo para levantar o caneco. No entanto é bom o Tricolor não se esquecer que o futebol adora passar a perna nessa tal de lógica.

TRÊS TOQUES!

- Com o empate do Atlético Paranaense e as vitórias de Botafogo e Grêmio, a última vaga do G4 será decidida no duelo entre o Tricolor Gaúcho e o Glorioso, no Olímpico. É tarefa dificílima para Loco Abreu e companhia, já que além de jogar em casa o Grêmio tem a vantagem do empate. No entanto, se o Fogão quer o direito de disputar a maior competição sul-americana de clubes precisa realizar essa missão. E torcer muito contra o Goiás na final da Sul-Americana contra o Independiente(ARG).

- Um dos jogos mais importantes de 2010 ocorrerá no próximo domingo no Barradão quando Vitória e Atlético Goianiense decidirão quem será rebaixado para a Segundona. Enquanto Goiás pode ver seus dois clubes rebaixados, Bahia pode terminar o ano dividida entre a felicidade pela subida do Bahia e a tristeza de ver o Vitória cair.

- Atlético Mineiro, Avaí e Flamengo conseguiram escapar da degola. Enquanto o Galo e o Leão souberam aproveitar o apoio de suas torcidas e venceram seus jogos, o Urubu não fez o mesmo. Jogando em Volta Redonda o Flamengo perdeu para o Cruzeiro de virada e precisou esperar pelo fim dos confrontos Internacional 1 x 1 Vitória e Atlético Goianiense 1 x 1 São Paulo para poder soltar o grito de alívio. Um melhor Brasileirão 2011 é obrigação para Flamengo e Atlético Mineiro.

sábado, 27 de novembro de 2010

UMA IMAGEM...


Realmente uma imagem vale mais do que mil palavras.
Foto: Domício Pinheiro

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PAPO CABEÇA - ZICO É DIFERENTE

Olá amigos do FUTEBOLA!

A partir de hoje irei dividir com vocês uma das maiores, senão a maior, experiência esportiva de minha vida. Entre os dias 20 e 24 de novembro ocorreu, pela primeira vez em solo brasileiro, a Soccerex Global Convention. Com a alcunha de maior evento de negócios futebolísticos do planeta, a Soccerex contou com palestras de altíssimo nível, workshops e uma grande feira de negócios com a presença de clubes nacionais e internacionais, empresas dos mais diferentes ramos, Governos Estaduais e representantes de países que querem sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022.

Tive a oportunidade de estar presente nesta grande convenção esportiva como integrante da equipe de acessoria de imprensa do próprio evento, a Media Guide, e não tenho palavras para agradecer a todos os companheiros – Manoela, Diogo, Flávia, Elisa, Diego, Nelson e Caio. Do fundo do coração, muito obrigado.

Nas próximas semanas estarei postando aqui no blog como foram os meus contatos com figuras de enorme relevância do futebol brasileiro, como Zico, Roberto Dinamite, Maurício Assumpção, Eurico Miranda, Amarildo “O Possesso”, Jorginho, Wilson Gottardo, e muito mais. Alguns bate-papos foram maiores e outros apenas uma perguntinha, porém todas as respostas que consegui foram de enorme valia.

Para começar, escolhi compartilhar com vocês como foi o meu primeiro contato profissional com o maior ídolo da torcida do Flamengo: Arthur Antunes Coimbra. Zico esteve presente ao evento dividindo uma mesa de debates com o Capitão do Tri Carlos Alberto Torres e o treinador do Tetra Carlos Alberto Parreira. Na platéia estavam outros Campeões do Mundo como Jorginho e Paulo Sérgio além da nossa maior promessa Neymar. Ao fim do debate, mais de 90% dos jornalistas presentes voaram na direção do Neymar para conseguir alguma palavra no garoto, enquanto os outros se dividiram tranquilamente entre os já consagrados. E de repente lá estava eu, gravador em punho, ouvindo Zico falar. Então, entre uma pergunta e outra dos repórteres, surgiu um intervalinho de dois segundos. Aproveitei a brecha e, com o coração a 200 por hora, mandei a pergunta: “Zico, sobre a relação entre a física e a técnica, comparando a sua época e a de hoje, como você vê esta relação?”. Amigos, confesso que só fui conseguir assimilar a resposta na íntegra quando escutei a gravação, pois somente enquanto o Galinho respondia que a ficha começou a cair.

Antes de lhes passar a resposta do Zico, queria fazer uma observação. Como citei anteriormente, conversei com diversas personalidades durante minha participação na Soccerex e algumas características destas muito me marcaram, como por exemplo a humildade do Amarildo e a irreverência do Paulo Cézar Caju. No entanto, o Zico tinha uma característica diferente. Não sei explicar bem, mas seu jeito de falar, de atender os fãs, de responder aos repórteres o deixava com uma aura diferente. Em alguns momentos até parecia estar iluminado.

Bom, amigos, chegando ao fim da primeira postagem sobre a minha presença na Soccerex, vamos então à resposta do Zico para a minha pergunta comparando a técnica e a tática de sua época com a de hoje. “Talvez na nossa época a gente treinasse muito mais fundamentos do que se treina hoje. Talvez hoje a maioria dos clubes dêem mais enfâse ao trabalho tático e de equipe do que propriamente ao desenvolvimento individual dos fundamentos do jogador. Na minha época se trabalhava muito isso (fundamentos) e eu sou um técnico que trabalha muito isso. Eu não abro mão do desenvolvimento individual do jogador para que ele possa colocar esse melhor para a equipe”.
Até a próxima, amigos.

SUL-AMERICANA 2010 - SEMIFINAL JOGO 2

OLÁ AMIGOS DO FUTEBOLA,ATÉ O DIA 13 DE DEZEMBRO, O FUTEBOLA CONTA COM A SUA PARTICIPAÇÃO PARA ESCOLHER O VENCEDOR DO PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2010. NÃO DEIXEM DE VOTAR NAQUELE QUE, EM SUA OPINIÃO, É O CRAQUE DO CAMPEONATO. SUA PARTICIPAÇÃO É DE GIGANTE IMPORTÂNCIA.

Palmeiras 1 x 2 Goiás – Pacaembu, São Paulo (SP)

Superação! Esta é a palavra que representa a histórica vitória de virada do Goiás sobre o Palmeiras em um Pacaembu entupido de palmeirenses. Com muita raça e dedicação os goianos superaram todos os obstáculos que surgiram e conseguiram se classificar, pela primeira vez, para a final de um torneio sul-americano.

A 1ª etapa do duelo foi toda dominada pelo Palmeiras. Melhor dizendo, os primeiros 46 minutos foram dominados pelo Palmeiras, pois aos 47 o Goiás conseguiu empatar o confronto quando Marcelo Costa cobrou falta na trave e Marcão aproveitou o rebote para colocar a pelota na área e Carlos Alberto completar pro fundo do gol após desvio de Rafael Moura. Antes disso, apenas uma bomba de longa distância do Rafael Moura que havia explodido no travessão merece destaque por parte do Goiás. Então quer dizer que o Goiás mandou duas bolas na trave, marcou um gol e ainda assim foi dominado? Sim, amigos, isso mesmo. Desde o início da etapa o Palmeiras comandou as ações ofensivas e criou as principais oportunidades de balançar as redes. O arremate de longa distância foi a principal arma palmeirense na 1ª etapa, com Danilo, Tinga e Kléber arriscando chutes longos, sendo o do Tinga, que bateu na trave, o mais perigoso. O Palmeiras chegou ao seu gol por intermédio do meia-esquerda Luan, que havia desperdiçado um bom contra-golpe aos 21 minutos mas concluiu com perfeição um milimétrico lançamento do Edinho, aos 34.

Apesar do melhor 1º tempo do Verdão, foi o Goiás que voltou do intervalo mais empolgado, já que havia conseguido empatar o placar aos 47 minutos da etapa inicial e agora só precisava de mais um golzinho para avançar até a decisão. Como a primeira partida terminou 1 x 0 para o Palmeiras, a vitória por 2 x 1 classificava o Goiás pelos gols fora de casa. Aos 4 minutinhos do 2º tempo Amaral quase virou para o Goiás após lateral cobrado pelo zagueiro Marcão. No entanto, este bom lance de perigo logo no início da etapa final não ditou o ritmo o duelo e o Goiás, apesar de mostrar mais vontade de vencer que o rival, esbarrou em suas limitações técnicas e encontrou dificuldades em chegar ao gol defendido pelo Deola. A presença de três atacantes no Goiás, Felipe, Rafael Moura e Otacílio Neto, intimidou o Palmeiras que, precocupado com a marcação, perdeu poder ofensivo. Para se ter uma idéia, apenas uma finalização do Kléber em jogada do Lincoln pela direita foi produzido pelo Palmeiras em toda a 2ª etapa. O gol salvador do Goiás chegou aos 36 minutos, em jogada que, assim como a do primeiro gol, iniciou com o Marcão e contou com o desvio de cabeça do Rafael Moura. Porém, quem colocou a pelota no fundo do gol desta vez foi o zagueiro Ernando.

Na Sul-Americana 2010, o Goiás já havia eliminado o Grêmio e o Avaí com vitórias no Olímpico e na Ressacada, respectivamente. Mesmo diante de um adversário que acabou de cair para a Segundona, o Palmeiras tinha todos os motivos para saber que teria um jogo difícil pela frente e deveria ter jogado com mais empenho e vontade de vencer. Agora, como disse o goleiro goiano Harley, “o Goiás é o Brasil na Sul-Americana”, apesar de que vai ter muito gremista, atleticano do Paraná e botafoguense torcendo contra.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 14ª RODADA

OLÁ AMIGOS DO FUTEBOLA,
ATÉ O DIA 13 DE DEZEMBRO, O FUTEBOLA CONTA COM A SUA PARTICIPAÇÃO PARA ESCOLHER O VENCEDOR DO PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2010. NÃO DEIXEM DE VOTAR NAQUELE QUE, EM SUA OPINIÃO, É O CRAQUE DO CAMPEONATO. SUA PARTICIPAÇÃO É DE GIGANTE IMPORTÂNCIA.




RESULTADOS

Arsenal 2 - 3 Tottenham
Birmingham 1 - 0 Chelsea
Blackpool 2 - 1 Wolverhampton
Bolton 5 - 1 Newcastle
Manchester United 2 - 0 Wigan
West Bromwich 0 - 3 Stoke City
Liverpool 3 - 0 West Ham
Blackburn 2 - 0 Aston Villa
Fulham 1 - 4 Manchester City
Sunderland - Everton

ARTILHEIROS

8 gols
Johan Elmander (Bolton)
Andy Carrol (Newcastle)


7 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
Florent Malouda (Chelsea)
Kevin Nolan (Newcastle)

COMENTÁRIOS

Arsenal 2 x 3 Tottenham – Fly Emirates Stadium, Londres

Qualquer jogo em que uma equipe sai perdendo por 2 x 0 e consegue virar o placar é emocionante. Falando de um clássico, a emoção da virada se torna ainda maior. Se o clube vencedor for o visitante e o triunfo tiver impedido o rival de assumir a ponta tabela, aí o jogo entra para a história. Foi justamente isso que ocorreu no duelo entre Arsenal e Tottenham pela 14ª rodada da Premier League. O Arsenal entrou em campo precisando de uma vitória para seguir firme na briga pelo topo da tabela. Vitória esta que seria ainda mais importante poucas horas depois, pois com a derrota do Chelsea para o Birmingham os Gunners poderiam ter assumido a liderança. Contando com uma atuação monumental do meia Fábregas, o Arsenal não demorou para abrir 2 x 0 no rival, gols de Nasri e de Chamak. Fazia tempo que não via o Fábregas jogar tanta bola. Nestes primeiros 45 minutos onde o Arsenal conseguiu a boa vantagem de dois gols o espanhol esteve perfeito nos passes e na organização das tramas ofensivas. No entanto, a sorte do Arsenal começou a mudar logo aos 5 minutos da 2ª etapa, quando Bale entrou em velocidade pelo meio da defesa adversária e aproveitou assistência para diminuir o placar. O gol não fez o Tottenham pressionar o rival, porém o mesmo Fábregas que fez um 1º tempo nota 10 resolveu meter a mão na bola após uma cobrança de falta e os Spurs chegaram ao empate em cobrança de pênalti do Van Der Vaart. De maneira até surpreendente o Arsenal não acusou o golpe e partiu em busca da vitória, criando boas oportunidades de conseguí-la. Porém, parece que estava escrito que o dia era do Tottenham. Faltando 5 minutos para o fim da partida o zagueiro Kaboul, que diga-se de passagem realizou um partidão, aproveitou bola alçada na área e de cabeça deu números finais ao clássico. Pode-se dizer que essa foi uma vitória para colocar o astral do Tottenham nas nuvens. Já pelo lado do Arsenal, as próximas rodadas responderão se a equipe sentiu a derrota.

domingo, 21 de novembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 36ª RODADA - PARTE 2

OLÁ AMIGOS DO FUTEBOLA,
A PARTIR DE HOJE, E ATÉ O DIA 13 DE DEZEMBRO, O FUTEBOL CONTA COM A SUA PARTICIPAÇÃO PARA ESCOLHER O VENCEDOR DO PRÊMIO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2010. NÃO DEIXEM DE VOTAR NAQUELE QUE, EM SUA OPINIÃO, É O CRAQUE DO CAMPEONATO. SUA PARTICIPAÇÃO É DE GIGANTE IMPORTÂNCIA.


Grêmio 3 X 1 Atlético-PR
Prudente 1 X 1 Ceará
Flamengo 2 X 1 Guarani
São Paulo 1 X 4 Fluminense
Botafogo 1 X 2 Internacional
Palmeiras 0 X 2 Atlético-MG
Vitória 1 X 1 Corinthians
Avaí 3 X 0 Atlético-GO
Goiás 1 X 4 Santos
Cruzeiro 3 X 1 Vasco

São Paulo 1 x 4 Fluminense – Arena Barueri, Barueri (SP)

Vitória de Campeão! Depois de uma fraca atuação diante do Goiás na semana passada, o Fluminense engoliu o São Paulo e reassumiu a liderança do Brasileirão. É fato que o Fluzão se beneficiou muito com as expulsões de Xandão e Richarlyson, quando o placar ainda apontava 1 x 1, porém desde o apito inicial o Tricolor Carioca apresentou um ímpeto ofensivo poucas vezes visto esse ano. Somente na 1ª etapa o Flu criou nada menos do que oito boas chances de sacudir o filó. Após o intervalo, principalmente a partir dos 25 minutos quando contava com dois jogadores a mais em campo, o Fluminense atropelou o rival. Se o Deco jogou um bolão, bem mais do que eu esperava, foi o Conca quem decidiu a partida. Em três lances o genial argentino sacudiu o filó duas vezes e ainda arrematou de fora da área a bola que Rogério Ceni soltou para Fred reencontrar as redes. Vai ser difícil – impossível? – tirar o prêmio de melhor do Campeonato das mãos do Conca. Faltando duas rodadas para o fim desse equilibradíssimo Brasileirão, não tenho dúvidas em afirmar: Agora, o Fluminense só perde o caneco para ele mesmo.

Cruzeiro 3 x 1 Vasco – Arena do Jacaré, Sete Lagoas (MG)

O Cruzeiro precisou de apenas 35 minutos para bater o vasco e manter vivo o sonho de conquistar o título nacional. No entanto, não foram 35 minutos quaisquer, mas sim de um futebol de altíssimo nível. Sempre pelo lado direito de seu setor ofensivo, o Cruzeiro não encontrou nenhuma dificuldade para abrir 3 x 0 no placar. Vale ressaltar que todos os tentos azuis surgiram em escanteios cobrados pelo Montillo do já citado lado direito. Apesar desta impressionante qualidade nas bolas paradas, o argentino não foi o melhor homem em campo. Amigos, desde o apito final deste duelo estou matutando e não consegui me lembrar de ver o meia Roger jogando tanta bola. Além de marcar o primeiro gol cruzeirense, que diga-se de passagem foi um golaço, Roger foi simplesmente perfeito taticamente e de uma dedicação digna de aplausos. Com a vitória, o Cruzeiro se garantiu, ao lado de Flu e Timão, na Copa Libertadores 2011, contudo o principal obejetivo dos mineiros ainda é o título. É bom o Fluzão não bobear, pois a Raposa está prontinha para dar o bote no caneco.

sábado, 20 de novembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 36ª RODADA - PARTE 1

Grêmio 3 X 1 Atlético-PR
Prudente 1 X 1 Ceará
Flamengo 2 X 1 Guarani

Domingo, 21 de novembro

São Paulo X Fluminense
Botafogo X Internacional
Palmeiras X Atlético-MG
Vitória X Corinthians
Avaí X Atlético-GO
Goiás X Santos
Cruzeiro X Vasco

Flamengo 2 x 1 Guarani – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Para alívio de sua apaixonada torcida, que lotou o Engenhão para ajudar a equipe a superar a delicada situação, o Flamengo conseguiu bater o Guarani por 2 x 1 e deu um grande passo para escapar da Segundona.

Sem muitas invenções e adotando uma postura conservadora, até porque é o que pede o momento do Rubronegro, Luxemburgo escalou a equipe em um tradicional 4-4-2 com Marcelo Lomba; Léo Moura, Welinton, Ronaldo Angelim e Juan; Willians, Maldonado, Kléberson e Renato Abreu; Deivid e Diogo. Enquanto Maldonado e Willians eram os encarregados de proteger a dupla de zaga e cobrir os avanços de Léo Moura e Juan, Renato e Kléberson tinham a missão de abastecer a dupla de ataque. Pelo lado do Guarani a aposta era toda na velocidade da dupla de ataque formada por Mazola e Geovane e nas bolas paradas cobradas pelo Baiano. A equipe de Campinas veio à campo em um 4-3-2-1 com Emerson no gol, Apodi, Aislan, Ailson e Márcio Careca formando a linha de quatro defensores, Baiano, Maycon e Preto (da direita para a esquerda) compondo o tripé de volantes, Barboza como meia de ligação e a já citada dupla de ataque Mazola/Geovane.

Antes mesmo de as equipes se ajustarem taticamente no gramado o Flamengo já vencia por 1 x 0 com um golaço de falta marcado pelo Renato Abreu. A vantagem obtida no início da partida poderia ser muito bem utilizada pelo Fla, que tinha tudo para trocar passes com qualidade e se aproveitar do desespero que iria assolar o Bugre. No entanto, de maneira completamente equivocada, o Flamengo decidiu se acomodar com a vantagem e, mesmo ainda estando nos primeiros minutos do duelo, abdicou de atacar. Resultado: O Guarani ganhou o domínio das ações ofensivas, assustou com o meia Barboza aos 5 minutos e chegou ao empate aos 12 em cobrança de falta do Baiano que contou com uma grande ajuda do Marcelo Lomba. Impressionante o quanto o Marcelo Lomba está sentindo a difícil situação do Flamengo e se mostrando cada dia mais inseguro. O prata da casa rubronegro tem mais qualidade do que vem apresentando. Se o Flamengo bobeou ao recuar após adquirir a vantagem, acertou em cheio ao se recuperar rapidamente do empate, pois mal o Guarani igualou o escore e o Rubronegro já partiu com tudo em busca da vitória. Comandado, como sempre, pelo Léo Moura, o Flamengo criou duas boas oportunidades de sacudir o filó, uma finalizada pelo Diogo e outra pelo próprio Léo. Vale ressaltar que, apesar da boa participação do lateral flamenguista nestes dois lances, a equipe não explorou os ataques pela direita como de costume. E foi nesse ritmo de maior posse de bola, controle das ações ofensivas e sem sofrer sustos defensivos que o Flamengo conseguiu voltar a liderança no marcador aos 34 minutos em forte arremate do atacante Diego Maurício, que entrara em campo aos 21 minutos no lugar do contundido Deivid. Dentre Deivid, Diogo, Val Baiano, Leandro Amaral, Cristian Borja e outros atacantes que passaram pelo clube da Gávea nesse 2010, Diego Maurício se mostrou o mais útil e eficiente de todos, o que, diga-se de passagem, não é nada sensacional. O Fla ainda assustaria mais uma vez o goleiro Emerson em jogada individual do Renato Abreu, mas o jogo foi mesmo para o intervalo com o placar de 2 x 1.

A 2ª etapa do duelo explica perfeitamente as situações complicadas vividas por Flamengo e Guarani. Durante mais de 30 minutos, nenhuma, repito, nenhuma boa trama ofensiva foi organizada. Jogadas de ultrapassagem dos laterais pelas pontas? Tabelinhas entre os atacantes? Bons passes verticais dos meias? Chutes razoáveis de fora da área? Não, amigos, nada disto esteve presente nos primeiros 30 minutos do 2º tempo no Engenhão. Na realidade este péssimo futebol esteve presente durante toda a etapa final, porém uma cabeçada do zagueiro bugrino Ailson após bola alçada pelo Baiano e um arremate do Juan depois de bom passe do Renato tornaram os minutos finais mais interessantes. Nem mesmo as entradas de Marquinhos e Petkovic nos lugares do novamente apagadíssimo Kléberson e do apenas esforçado Diogo tornou o Flamengo mais organizado ofensivamente. No lado do Guarani a situação era ainda pior. Para se ter uma idéia o treinador Vagner Mancini sacou, aos 28 minutos, o mesmo meia Mário Lúcio que ele havia colocado no intervalo. E não foi por motivo de contusão, ein? Diante de tanta mediocridade ofensiva a 2ª etapa transcorreu sem a modificação do placar.

Ao final da partida a torcida do Flamengo realizou uma grande festa no Engenhão. No entanto foi uma festa onde todos estavam com um baita sorriso amarelo, afinal há um ano este mesmo torcedor comemorava nada menos do que o título nacional.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA

Esse é daqueles livros que transbordam conteúdo. A evolução tática desde os primórdios do “Esporte Bretão” e os principais técnicos de todos os tempos são os personagens desta essencial obra do jornalista/historiador Roberto Assaf. É livro para ser lido diversas vezes. Eu já o li três.



BANHO DE BOLA
Autor: Roberto Assaf
Editora: Relume Dumará

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

AMISTOSO - BRASIL X ARGENTINA

Brasil 0 x 1 Argentina – Estádio Xeque Khalifa, Doha (Qatar)

Em um duelo que teve muito mais cara de amistoso do que de Brasil x Argentina, Messi sacudiu o barbante nos segundos finais e pôs fim à invencibilidade do comandante Mano Menezes.

O Brasil entrou em campo organizado em um 4-3-3 sem homem de referência com Victor; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos; Lucas, Ramires e Elias; Robinho, Ronaldinho Gaúcho e Neymar. O tripé ofensivo se postou com Neymar pela esquerda, Robinho pela direita e Ronaldinho centralizado e mais recuado do que seus parceiros de frente. Pelo lado argentino o treinador Batista também optou pelo 4-3-3 com Romero; Zanetti, Pareja, Burdisso e Heinze; Mascherano, Banega e Pastore; Messi, Higuaín e Di María. A principio a Argentina teria Messi de ponta-direita, Di María de ponta-esquerda e Higuaín de referência, porém o Messi de hoje é um jogador de enorme movimentação e em nenhum momento se comportou com um ponta.

Durante toda a 1ª etapa o Brasil teve maior controle da posse de bola e das ações ofensivas, porém sem apresentar um grande poder de penetração. Uma excelente tabelinha entre David Luiz e Daniel Alves que terminou com arremate do lateral explodindo no travessão e um magistral toque de calcanhar do Ronaldinho, após tumulto na área argentina em cóner cobrado pelo Neymar foram as principais, ou melhor, únicas oportunidades contundentes criadas pelo Brasil. A Argentina, por sua vez, chegou ao gol brasileiro em uma linda troca de passes que foi finalizada com uma bomba do Messi triscando o travessão. Vale ressaltar também duas grandes defesas realizada pelo goleiro brazuca Victor em finalizações do Higuaín, em lance já parado pela arbitragem por impedimento. Falando mais um pouco desse 1º tempo do Brasil, confesso que não me agradou muito. Se o meio-campo formado por Lucas, Ramires e Elias esteve muito bem na marcação e na valorização da posse de bola, não se pode dizer o mesmo de sua participação ofensiva. Ficou faltando, principalmente ao Elias, mais chegada, ser mais incisivo. Outro ponto que não me agradou foi a ausência de uma das jogadas mais básicas do futebol: ataque pelos lados do campo visando um centroavante na área rival. Não quero dizer que o Brasil tem que passar o jogo inteiro alçando bolas na área, mas o a Seleção desprezou muito as chegadas dos laterais ao fundo. Seria pela falta de um centroavante? Creio que sim.

Se os primeiros 45 minutos brasileiros não me agradaram muito, os que vieram após o intervalo foram ainda piores. Pode parecer mentira, mas o Brasil passou todos os minutos da 2ª etapa sem conseguir criar sequer uma trama ofensiva de qualidade. Nadica de nada! No máximo alguns chutes de longe e bolas paradas que não são dignos de nota. Na Seleção Argentina apenas uma leve melhora em relação à 1ª etapa com a entrada de Lavezzi caindo pelo lado direito e dando mais trabalho ao setor defensivo brasileiro. Com exceção do Mascherano, que é um jogador viril até mesmo em churrasco de fim de ano, e de um bate-boca entre o Ramires e o Banega, o jogo teve mais cara de amistoso do que um amistoso deve ter. No fim, aos 46 minutos, Messi aproveitou uma bobeada do estreante meia Douglas, marcou um golaço e fez valer o ingresso comprado pelos torcedores presentes ao Estádio Xeque Khalifa.

É claro, óbvio e evidente que não esperava encontrar uma equipe brasileira já pronta, em seu quarto jogo sob o comando do Mano Menezes. No entanto, esperava bem mais da Seleção. Tanto tecnicamente quanto taticamente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

UMA IMAGEM...


Até hoje ninguém sabe o que aconteceu com o Ronaldo antes da final da Copa do Mundo de 98, contra a França. Mas que todo mundo ficou com o coração na mão quando o “Fenômeno” deu essa trombada com o Barthez, isso ficou.
Foto: Ricardo Corrêa

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 13ª RODADA



RESULTADOS

Aston Villa 2 - 2 Manchester United
Manchester City 0 - 0 Birmingham
Newcastle 0 - 0 Fulham
Tottenham 4 - 2 Blackburn
West Ham 0 - 0 Blackpool
Wigan 1 - 0 West Bromwich
Wolverhampton 2 - 3 Bolton
Stoke City 2 - 0 Liverpool
Everton 1 - 2 Arsenal
Chelsea 0 - 3 Sunderland

ARTILHEIROS

7 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
Florent Malouda (Chelsea)
Kevin Nolan (Newcastle)
Andy Carrol (Newcastle)

6 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United) Didier Drogba (Chelsea)
Darren Bent (Sunderland)
Johan Elmander (Bolton)

COMENTÁRIOS

Everton 1 x 2 Arsenal – Goodison Park, Liverpool

Mesmo sem realizar uma partida de alto nível, o Arsenal jogou bem o suficiente para vencer o Everton, que estava invicto há 7 jogos, no Goodison Park. Muito concentrado no meio-campo e carente de criatividade o duelo apresentou 30 minutos de um futebol muito pouco animado. Digno de nota neste período somente um arracanda do meia-direita Coleman que deixou o Fábregas a ver navios e terminou com uma cabeçada do Tim Cahill passando perto da meta do Arsenal. No entanto, apesar de o Everton ter criado a primeira, e única, oportunidade de gol na primeira meia hora de jogo, foi o Arsenal quem abriu o placar. Aos 35 minutos, após boa defesa do goleiro Howard em arremate longo do Nasri, Arshavin rolou a redonda para Sagna estofar a rede. Este foi apenas o segundo gol do lateral Sagna em 108 jogos pelos Gunners. Para a 2ª etapa ambas as equipes vieram mudadas. Pelo lado do Everton saiu o carniceiro Heitinga para a entrada de Rodwel, enquanto no Arsenal o Wilshere deu lugar ao brazuca Denílson. E não precisou nem de muito tempo para a substituição dos Gunners se mostrar mais acertada, já que logo aos 2 minutinhos Denílson arrancou com a pelota e a deixou com o Fábregas que, após boa tabelinha com o Chamakh, conclui com perfeição para o fundo do gol. Com 2 x 0 no placar, o Arsenal poderia ter decidido a partida aos 15 minutos, contudo perdeu duas oportunidades incríveis. Primeiro Nasri partiu com a gorducha, deixou o zagueiro Jagielka, recém-convocado para a Seleção Inglesa, perdido e chutou em cima do Howard. Se o torcedor do Arsenal não acreditou na chance perdida pelo Nasri, ficaria ainda mais perplexo quando, segundos depois, Chamakh perdeu um gol sem goleiro. Entre os 15 e 35 minutos o jogo ficou frio e da maneira que o Arsenal queria. No entanto, a partir dos 35 minutos, o Everton foi com tudo para cima do rival e contando com uma formação bastante ofensiva, com os atacantes Yakubu, Beckford e Saha, além dos meias Cahill e Pienaar, conseguiu dar bastante trabalho ao goleiro Fabianski. Já sem apresentar a mesma segurança defensiva da primeira uma hora de partida, o Arsenal viu o Everton criar sucessivas chances de gols até diminur o placar aos 42 minutos em cruzamento do Pienaar que foi desviado pelo Saha e completado pelo Cahill. Nos minutos finais, como era de se esperar, o Everton começou a alçar bolas na área de qualquer ponto do campo buscando o empate, porém não o conseguiu. O apito final selou mais uma missão cumprida pelos Gunners na perseguição ao ainda líder Chelsea.

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 35ª RODADA - PARTE 2

Ceará 2 X 2 Botafogo
Atlético-MG 4 X 1 Flamengo
Santos 0 X 0 Grêmio
Corinthians 1 X 0 Cruzeiro
Fluminense 1 X 1 Goiás
Internacional 2 X 3 Avaí
Guarani 1 X 1 Vitória
Atlético-GO 3 X 0 Palmeiras
Vasco 1 X 1 São Paulo
Atlético-PR 2 X 1 Prudente

Fluminense 1 x 1 Goiás – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Nem mesmo o excelente público de mais de 35 mil torcedores, fato raríssimo quando falamos de Engenhão, e as voltas de Fred e Deco foram capazes de recolocar o Fluminense na liderança do Brasileirão. Em uma jornada muito pouco inspirada, o máximo que o Flu conseguiu foi empatar com o esforçado e organizado, porém praticamente rebaixado, Goiás.

Decidido a escalar Fred e Deco desde o início da partida, Muricy Ramalho armou o Fluminense em um 4-4-2 quase clássico. Mariano, Leandro Euzébio, André Luís e Carlinhos formavam o quarteto defensivo que era protegido por Valencia e Fernando Bob, a dupla de volantes. Completando o setor de meio-campo, Conca e Deco eram os organizadores e responsáveis por municiar a dupla de ataque formada por Fred e Tartá. “Por que 4-4-2 quase clássico?” – o amigo deve estar matutando. Porque na verdade o Tartá foi muito mais um meia aberto pela esquerda do que um parceiro de ataque do Fred, o que descaracteriza o famoso 4-4-2 com dois volantes, dois meias e dois atacantes. Pelo lado do Goiás, o treinador Arthur Neto lançou a equipe em um 4-3-2-1, com a linha defensiva composta por Douglas, Ernando, Marcão e Wellington Saci sendo resguardada pelo tripé de volantes Amaral, Carlos Alberto e Valmir Lucas. Vale ressatar que enquanto Amaral e Carlos Alberto ficaram com a missão – duríssima! – de anular o Conca e o Deco, o outro volante, Valmir Lucas, constantemente realizou a função de um terceiro zagueiro. Ofensivamente o Esmeraldino se postou com Marcelo Costa como organizador, Jones Carioca aberto pela direta e Rafael Moura fazendo o papel de referência.

Com a bola rolando, a 1ª etapa foi completamente diferente do que o torcedor tricolor imaginava. Quando o Fluminense conseguiu construir algo próximo de uma trama ofensiva – um chute longo do Deco – aos 23 minutos, o Goiás tinha uma atuação impecável e já havia inaugurado o placar em cruzamento de Jones e cabeçada de Rafael Moura, aos 19 minutos. Amigos, não seria nenhum exagero dizer que, se estivesse presente no Engenhão, o treinador multicampeão José Mourinho teria aplaudido de pé o 1º tempo do Goiás, tamanha a organização tática e eficiência defensiva dos esmeraldinos. Lembram da dura missão de anular o Conca e o Deco que fora delegada a dupla Carlos Alberto e Amaral? Pois bem, eles foram perfeitos e os armadores do Flu não andaram em campo. Valmir Lucas foi impecável na sua função dupla, ora se comportando como volante no combate ao Tartá, ora se comportando como zagueiro. A atuação defensiva dos goianos só não foi nota 10 por uma bobeada, aos 39 minutos, que quase permitiu ao Conca sacudir o filó, porém o goleirão Harley estava lá para salvar sua equipe.

O jogo foi para o intervalo com a vantagem do Goiás e Muricy Ramalho precisaria modificar sua equipe, pois se repetisse na 2ª etapa o futebol dos primeiros 45 minutos o Fluminense certamente sairia de campo derrotado. Sendo assim, Tartá e Deco cederam seus lugares para Washington e Diguinho, com o objetivo de, segundo Muricy, liberar Mariano e Carlinhos. Reforçando essa opção de aumentar o voume dos ataques pelos flancos, o treinador tricolor recuou o volante Valencia para a função de zagueiro, colocando sua equipe no 3-5-2. E foram necessários menos de 10 minutos para a evolução do Flu nos ataques laterais ser observada, pois nada menos do que três chances de gols foram criadas nesse intervalo, duas iniciadas pelo Mariano e outra pelo Carlinhos. O Goiás continuava bem postado defensivamente, com grande destaque para o zagueiro Marcão, porém o fato de a equipe ter abdicado completamente do ataque e de o Fluminense estar mais impetuoso fazia com que o empate tricolor parecesse cada vez mais perto. Até os 30 minutos da etapa final o jogo foi um verdadeiro ataque x defesa, com o Flu postado integralmente no campo de ataque. Em diversos momentos, porém, o Tricolor se precipitou, como, por exemplo, nos numerosos cruzamentos realizados pelo zagueiro Leandro Euzébio que, não sei o porquê, era constantemente acionando no flanco direito. Depois de levar perigo ao goleiro Harley em chute longo do Conca, tabelinha entre Fred e Washington e cruzamento do Mariano finalizado pelo Fred, o Fluminense finalmente chegou ao empate aos 38 minutos. Após Rodriguinho ser derrubado na área pelo zagueiro Ernando, que fazia boa partida antes de cometer esta falta, Conca cobrou o pênalti com força, empatou o escore e deu números finais ao duelo, já que o goiano Felipe isolou a chance da vitória aos 46 minutos.

Esse empate traz para o Fluminense mais pontos negativos do que o fato de não ser mais líder – o Corinthians assumiu a ponta com um ponto de vantagem. Nove em cada dez torcedores apostavam todas as fichas nos retornos de Deco e Fred. Em conversas com diferentes amigos tricolores, desde jovens que ainda não podem ingerir bebida alcoólica até idosos que já entram no onibus sem pagar passagem, todos confiavam cegamente em uma grande volta desses dois craques. Portanto, amigos, creio que as ruins atuações de Deco e Fred causam mais danos ao Fluminense do que o empate em si.

sábado, 13 de novembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 35ª RODADA - PARTE 1

Corinthians 1 x 0 Cruzeiro – Pacaembu, São Paulo (SP)

Uma verdadeira batalha de xadrex. Assim pode ser definido o duelo entre Corinthians e Cruzeiro que terminou com a vitória do Timão por 1 x 0, gol de pênalti do “Rei” Ronaldo.

Antes mesmo do apito inicial já era possível saber a formação tática com a qual o Corinthians iria atuar, afinal o torcedor corintiano é um dos poucos no Brasil que sabe a escalação de seu time de cor. Novamente o Alvinegro Paulista foi à campo com uma linha de quatro zagueiros (Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos), o mais do que sólido tripé de meio-campo formado por Ralf, Jucilei e Elias, Bruno César e Dentinho abertos pelos flancos e Ronaldo como homem de referência. Por outro lado, o Cruzeiro do Cuca atuou em um 4-5-1, com Jonathan, Gil, Léo e Marquinhos Paraná formando o quarteto defensivo, Fabrício e Henrique como dupla de volantes e Gilberto, Montillo e Thiago Ribeiro, da esquerda para a direita, formando um tripé de meias atrás do único atacante Wellington Paulista. Toda a importância e caráter decisivo da partida resultou em um 1º tempo muito fechado, com as equipes mais preocupadas com a marcação do que com a criação. Enquanto os paulistas tentavam alternar jogadas pelos dois lados e pela meiúca da defesa azul, porém sem apresentar poder de pentração, o Cruzeiro concentrava seus ataques pela direita explorando a dupla Jonathan e Thiago Ribeiro, também sem conseguir bons resultados. Vale ressaltar a grande atuação do volante corintiano Ralf, que cumpriu com excelência a tarefa de marcar o meia argentino Montillo, dificultando muito as tramas ofensivas azuis.

Veio a 2ª etapa e o panorama se manteve. Volantes de ambas as equipes e que possuem boas qualidades ofensivas, como o Jucilei, Elias, Fabrício e Henrique, apresentavam apenas seus dotes defensivos. Bruno César e Dentinho permaneceram participando muito pouco do jogo e não cumpriram a tarefa de abastecer o Ronaldo. Pelo lado azul Montillo permanecia anulado pelo Ralf, um leão em campo. O jogo era muito tático, muito apertado, e em duelos assim, onde qualquer bobeira deve ser aproveitada, o Wellington Paulista não poderia ter desperdiçado a chance que teve, cara a cara com o excelente Júlio César, aos 32 minutos. O castigo não tardaria. O relógio marcava 41 minutos quando Jorge Henrique alçou a redonda na área e o zagueiro Gil – talvez desesperado com a possibilidade de Ronaldo dominar a pelota – derrubou o “Fenômeno” em falta mais do que infantil. Segundos depois da infração os cruzeirenses estavam irados com o árbitro, principalmente pelo fato deste não ter marcado duas supostas penalidades sobre o Thiago Ribeiro. Sendo simples, rápido e prático: o juiz acertou em todos os lances capitais da partida e sua atuação só não foi nota 10 pois deveria ter expulsado o volante cruzeirense Henrique por reclamação acentuada.

Após o circo armado pelo Cruzeiro, Ronaldo bateu a penalidade, sacudiu o filó e colocou o Timão na ponta da tabela. Pelo menos até amanhã, quando o Fluminense entra em campo com a obrigação de vencer o Goiás.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

BIBLIOTECA DO FUTEBOLA

Olá amigos do FUTEBOLA!

Esta postagem é o pontapé inicial de mais uma sessão aqui no FUTEBOLA. Nesta sessão, estarei indicando aqueles que são os melhores livros que já li sobre o "Esporte Bretão". Prometo, na medida do possível, indicar apenas livros de fácil acesso e de preços camaradas.

Para começar vou indicar para os amigos leitores aquele que é o meu livro de cabeceira. Nesta obra estão nada menos do que todas, repito, todas as crônicas escritas pelo lendário Nelson Rodrigues em sua passagem pela revista Manchete Esportiva, que ocorreu entre 1955 e 1959. Leitura obrigatória para os amantes do futebol e da literatura brasileira.



CRONICAS COMPLETAS DA MANCHETE ESPORTIVA 55-59: O BERRO IMPRESSO DAS MANCHETES
Autor: Nelson Rodrigues
Editora: Agir

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 12ª RODADA



RESULTADOS

Stoke City 3 - 2 Birmingham
Tottenham 1 - 1 Sunderland
Aston Villa 3 - 2 Blackpool
Chelsea 1 - 0 Fulham
Newcastle 1 - 2 Blackburn
West Ham 2 - 2 West Bromwich
Wigan 1 - 1 Liverpool
Wolverhampton 0 - 2 Arsenal
Everton 1 - 1 Bolton
Manchester City 0 - 0 Manchester United

ARTILHEIROS

7 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
Florent Malouda (Chelsea)
Kevin Nolan (Newcastle)
Andy Carrol (Newcastle)

6 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United)
Didier Drogba (Chelsea)
Darren Bent (Sunderland)

COMENTÁRIOS

Manchester City 0 x 0 Manchester United – City of Manchester Stadium, Manchester

Apesar da enorme expectativa que pairava sobre o Clássico da Cidade de Manchester o duelo foi de baixíssimo nível técnico e vazio em tramas ofensivas de qualidade. O placar final só foi 0 x 0 porque é impossível algo menor no futebol. Muitos são os motivos que justificam a vitória da transpiração e da destruição sobre a inspiração e a criação no Clássico. O primeiro deles foi a escassez de jogadores que possuem a qualidade técnica como ponto forte. Exceção feita à Tévez e David Silva, pelo lado de City, e Nani, pelo lado do United, todos os outros em campo mais suavam do que pensavam. E mais! Os três privilegiados tecnicamente citados estiveram em péssima jornada. Para se ter uma melhor idéia da ausência de talentos, ambas as equipes estavam escaladas no 4-5-1, com dois volantes e três meias atrás, sendo que na equipe azul o meia ofensivo centralizado era o Yayá Touré e na vermelha era o Fletcher, ou seja, dois volantes foram escalados como cérebros de suas equipes. Só podia dar no que deu. Outro fator relevante para a péssima qualidade ofensiva do clássico foi a falta de ousadia de ambos os treinadores. Nenhuma das seis substituições realizadas modificou o esquema tático das equipes. Os símbolos da covardia de Roberto Mancini e Alex Fergusson foram as trocas dos atacantes Berbatov e Tévez pelos também atacantes Hernández e Adebayor, sendo que a troca no City ocorreu aos 48 minutos da 2ª etapa. Para não dizer que o Clássico só teve pontos negativos, aqui vai um elogio: as duplas de zaga das duas equipes estiveram impecáveis. Kolo Touré e Kompany, no City, e Ferdinand e Vidic, no United, mostraram enorme solidez defensiva. As oportunidades de gols que foram criadas? No 1º tempo apenas uma tabelinha entre o Park e o Evra, finalizada pelo francês, e uma cobrança de falta do Tévez, enquanto na etapa final um fraco voleio do Berbatov e um arremate do Zabaleta. Duas míseras chances para cada equipe. Final do jogo, um empate ruim para as duas equipes, que vêem o Chelsea disparar na liderança. Contudo, pior para o City, que jogava em casa e sonha em se tornar o principal time da cidade.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011 - 11ª RODADA




RESULTADOS


Bolton 4 - 2 Tottenham
Birmingham 2 - 2 West Ham
Blackburn 2 - 1 Wigan
Blackpool 2 - 2 Everton
Fulham 1 - 1 Aston Villa
Manchester United 2 - 1 Wolverhampton
Sunderland 2 - 0 Stoke City
Arsenal 0 - 1 Newcastle
West Bromwich 0 - 2 Manchester City
Liverpool 2 - 0 Chelsea

ARTILHEIROS

7 gols
Carlos Tévez (Manchester City)
Florent Malouda (Chelsea)
Kevin Nolan (Newcastle)

6 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United) Didier Drogba (Chelsea)
Darren bent (Sunderland)
Andy Carrol (Newcastle)

COMENTÁRIOS

Liverpool 2 x 0 Chelsea – Anfield Road, Liverpool

Com muita vontade, muita aplicação tática e um Fernando Torres em jornada iluminada o Liverpool bateu o atual líder Chelsea e começa a se aproximar do pelotão de cima da Premier League. Escalado no mais clássico 4-4-2, com dois volantes e dois meias, os Reds realizaram uma grande partida taticamente, com destaque para a dupla de volantes formada pelo ídolo Gerrard e pelo brasileiro Lucas, um verdadeiro leão em campo. Não me recordo de ter visto uma partida tão boa do Lucas com a camisa vermelha. Como também não me recordo de ter visto o Chelsea jogar tão mal como na 1ª etapa do clássico. Sem a mínima inspiração no meio-campo, que sentiu muita falta dos contundidos Lampard e Essien, além de ter o brazuca Ramires realizando péssima partida, os Blues passaram todo o 1º tempo sem assustar o goleiro Reina. Por outro lado, o Liverpool foi fatal. Jogando toda a bola que sabe, o que não ocorria desde antes da Copa do Mundo, Fernando Torres acabou com o adversário em dois lances. Primeiro ao concluir com perfeição uma linda assistência do Kuyt e depois ao colocar um efeito impressionante na redonda, deixando o goleirão Peter Cech sem saber o que fazer. Cracaço de bola esse tal de “El Ninõ” Torres. Com a vantagem de 2 x 0 conquistada antes do intervalo, já era esperado que o Liverpool recuasse na etapa final, o que fez o Chelsea melhorar ofensivamente. Outro ponto que tornou os Blues mais poderosos foi a entrada de Drogba, que por algum motivo ainda desconhecido iniciou no banco de reservas. Alternando ataques pela esquerda e pela direita, o Chelsea pressionou o rival na primeira metade da etapa e obrigou o goleiro Reina a realizar duas grandes defesas, em chutes de Zhirkov e Malouda, sendo o último à queima roupa. Após esse período de pressão azul, o Liverpool conseguiu esfriar mais a partida, só voltando a estar perto de sofrer um gol aos 40 minutos, quando Anelka acertou o travessão. Esse lance foi a última força do Chelsea que quase perdeu de mais, já que nos acréscimos o argentino Maxi Rodrigues desperdiçou uma chance cara a cara com o Peter Cech. Apito final: Liverpool 2 x 0 Chelsea. Pouco a pouco a alegria está voltando ao Anfiel Road.

domingo, 7 de novembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 34ª RODADA

Grêmio 5 X 1 Ceará
Atlético-GO 2 X 2 Internacional
Atlético-MG 2 X 2 Santos
Prudente 4 X 1 Goiás
Avaí 0 X 0 Botafogo
São Paulo 0 X 2 Corinthians
Vitória 0 X 1 Cruzeiro
Flamengo 0 X 1 Atlético-PR
Fluminense 1 X 0 Vasco
Palmeiras 1 X 0 Guarani

Fluminense 1 x 0 Vasco – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Vitória de Campeão! Assim pode ser definido o triunfo do Fluminense diante do Vasco no Engenhão, com o Tricolor superando o nervosismo de ter a obrigação de ganhar, já que Corinthians e Cruzeiro haviam acabado de vencer seus jogos, e também um adversário que vendeu caríssimo a derrota.

Antes do apito inicial já era possível imaginar duas equipes taticamente espelhadas em campo. O Fluminense entrou com o mesmo esquema que segurou o Internacional na última quarta-feira, com dois volantes e o tripé Tartá, Conca e Marquinho, da direita para a esquerda, atrás do Washington. Pelo lado do Vasco, o mesmo, com Jonathan, Felipe e Éder Luís, também da direita para a esquerda, atrás do atacante Nunes. Se o torcedor tricolor esperava um jogo difícil, como deve ser todo clássico, com menos de um minutinho após o apito inicial a situação quase se tornou ainda mais complicada, quando Jonathan arrancou pela direita, cruzou a pelota e Nunes perdeu o gol na pequena área. No entanto, esse mesmo torcedor rapidamente soltaria a tensão, pois aos 3 minutos Tartá iniciou o contra-ataque e aproveitou o rebote do chute de Washington para balançar as redes e tranquilizar todos os tricolores. Com a vantagem no placar e maior tranquilidade para trocar passes o Fluminense conseguiu controlar o adversário e tirar o calor da partida. O jogo estava tão bom para o Flu que o placar quase foi ampliado aos 20 minutos em assistência do Washington que Conca bateu cruzado. Contudo, como vem ocorrendo recentemente, o Fluminense decidiu recuar e apostar somente nos contra-ataques. Se por ordem do Muricy Ramalho ou não, o fato é que este recuo permitiu ao Vasco criar nada menos do que três oportunidades de gols nos últimos 10 minutos da 1ª etapa. Em ordem cronológica: Max cobrou falta e Éder Luís desviou para boa defesa de Ricardo Berna, Felipe arriscou de longe e a redonda passou rente a trave e, por fim, Mariano deu uma bobeada enorme e o lateral-esquerdo Max arrematou torto para fora.

O clássico voltou do intervalo e os primeiros 20 minutos foram bastante parecidos com o final do 1º tempo. Tudo bem que o Vasco não voltou tão impetuoso, mas o Flu permaneceu postado defensivamente. Washington estava mais isolado que Tom Hanks em “Náufrago”, Conca não conseguia prender a bola e iniciar as tramas ofensivas como de costume e Tartá e Marquinhos mais trabalhavam defensivamente do que ofensivamente. Sendo assim, nada mais natural do que o Vasco criar chances de empatar a partida. E as duas melhores oportunidades cruzmaltinas surgiram dos pés do bom atacante Jonathan, que mandou um canudo de fora da área, muito bem defendido pelo Ricardo Berna, e deu perfeita assistência para Éder Luís chutar cruzado para fora. Entre 20 e 35 minutos, o Fluminense não mudou um pingo a sua postura, mas melhorou a qualidade da marcação, com a dupla de volantes Valencia e Fernando Bob aparecendo melhor, e conseguiu levar perigo ao gol defendido pelo Fernando Prass. Primeiro o meia Marquinho perdeu um gol incrível, cara a cara com o goleiro, após cometer falta não marcada no lateral Fagner. Depois, aos 33, Mariano deu uma rara arrancada pela direita, o que mostra como o Flu estava recuado, já que o Mariano é peça constante no campo de ataque, mas o Washington não alcançou o seu cruzamento.

Para os defensores dos pontos corridos, que dizem que cada jogo é uma decisão, este Flu x Vasco foi um prato cheio, tamanha a tensão envolvida na partida. E o ponto máximo ainda estava por vir. Foi aos 37 minutos, em jogada iniciada com um passe magistral do Felipe que foi escorado pelo Fagner e terminou com a finalização do Nunes tocando a trave. Amigos, não é nenhum exagero dizer que este lance foi fundamental para o futuro do Brasileirão. Um gol do Vasco e o consequente empate jogaria o Flu da liderança para o 3º lugar. E a história do jogo não parou por aí. Aos 48 minutos, com o placar ainda indefinido, Conca arrancou em contra-golpe e, mesmo com claras chances de de arrematar, rolou a pelota para Washigton que livre, leve e solto se enrolou todo e não conseguiu por fim ao seu jejum pessoal de gols. Tá feia a coisa pro “Coração Valente”.

A quatro rodadas para o fim do Campeoanato, Fluminense, Corinthians e Cruzeiro brigam ponto a ponto pelo caneco. Por este motivo, a vitória no Clássico foi um passo enorme para as pretensões do Flu. Agora é, pensando em um degrau por vez, bater o Goiás no Engenhão, em jogo onde a vitória é mais que obrigação.

TRÊS TOQUES!

- Com o empate diante do Avaí, o Botafogo deu adeus ao sonho de ser Campeão. A briga do Glorioso será mesmo pela quarta colocação, que poderá dar a vaga na Libertadores, contra Grêmio e Atlético Paranaense.

- O Flamengo perdeu sua primeira partida sob o comando de Luxemburgo. No entanto, para a sorte do Rubronegro, nenhum dos rivais que estavam abaixo dele na tabela conseguiu vencer.

- Assim como a maioria, também achei muito estranho o treinador Adílson Batista ter sido demitido – ou seria ter abandonado? – o Corinthians, mesmo com a equipe brigando pelo título. No entanto, é impossível negar que a entrada de Tite deu vida nova ao Timão. A vitória no Clássico diante do São Paulo foi a terceira da equipe sob a batuta do novo treinador, ainda invicto em quatro jogos.

sábado, 6 de novembro de 2010

UMA IMAGEM...


Não, amigos... Não é o Valderrama que está jogando uma pelada.
Foto: Alexandre Battibugli

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 33ª RODADA

Goiás 0 X 2 Grêmio
Santos 1 X 1 Vitória
Internacional 0 X 0 Fluminense
Botafogo 3 X 2 Atlético-GO1
Guarani 0 X 0 Atlético-MG
Corinthians 4 X 0 Avaí
Cruzeiro 0 X 2 São Paulo
Ceará 2 X 2 Flamengo

Quinta-feira, 04 de novembro

Vasco X Prudente
Atlético-PR X Palmeiras

Internacional 0 x 0 Fluminense – Beira-Rio, Porto Alegre (RS)

Com uma atuação excepcional do goleiro Ricardo Berna – quem diria?! – o Fluminense segurou o empate com o Internacional e manteve-se na liderança do Brasileirão por mais uma rodada.

O bom público presente no Beira-Rio, escalação da equipe titular “do goleiro ao ponta-esquerda”, como diriam os antigos, e uma cabeçada do Alecasandro que o Diguinho salvou em cima da linha após córner cobrado pelo D’Alessandro logo no início, foram suficientes para o torcedor do Fluminense esquecer a idéia de que o Internacional está com a cabeça no Mundial. Muito pelo contrário. Pelo futebol apresentado durante os 90 minutos, o Internacional mostrou seriedade e concentração de quem realmente está –será que continuará assim após esse empate? – buscando o título do Brasileiro. Principalmente o argentino D’Alessandro, que comandou as ações ofensivas do Colorado na 1ª etapa e se movimentou por todos os setores de ataque, não se concentrando apenas na meia-esquerda, sua posição na prancheta tática. Por sinal, foram dos pés do argentino que surgiram as três primeiras chances de o Inter abrir o placar, todas elas com a bola parada. Além da já citada cabeçada do Alecsandro, tiveram uma do Indío e outra do Alecsandro, respectivamente aos 18 e 31 minutos, e ambas muito perigosas. Mas entre essas oportunidades coloradas o Fluminense não ficou apenas se defendendo, apesar de também não ter apresentado uma postura ofensiva de quem está a apenas cinco jogos de um título. Uma furada do Washington em subida do Mariano, um arremate fraco do Conca e um chute longo do Fernando Bob foram os lances dignos de nota produzidos pelo Flu. Resumo da ópera: Nos primeiros 30 minutos de partida – 33, para ser mais exato – as chances de balançar as redes até foram iguais, porém a postura do Internacional, até por jogar em casa, foi mais agressiva. Um ponto que mostra a maior presença do Inter no campo de ataque, neste 1º tempo, foi a atuação do tricolor Leandro Euzébio, que se em minha opinião está longe de ser o melhor zagueiro do país, como afirmou Muricy Ramalho, esteve em uma noite muito segura.

Quando o relógio marcava 40 minutos e parecia que nada mais iria ocorrer até o intervalo, o Internacional conseguiu se impor de maneira avassaladora e chegou bem perto de sacudir o filó em quatro oportunidades, começando aí a transformar o goleiro Ricardo Berna no melhor homem em campo. Primeiro Giuliano encontrou Rafael Sóbis no meio da defesa tricolor e o atacante arrematou para defesa de Berna. No rebote, Alecsandro carimbou a trave. Poucos minutos depois, Berna voltou a trabalhar duas vezes, em chute longo do Giualiano e com uma espetacular defesa em finalização do mesmo Giuliano, dentro da pequena área após tabelinha com o Sóbis. Se o Ricardo Berna apresentar atuações deste nível o Fluminense ganhará um importante “reforço” para esta reta final do Brasileiro. Antes do apito que encerrou a etapa inicial o Flu ainda obrigaria o goleiro colorado Renan a realizar boa defesa em outra subida do lateral Mariano. Não tem como negar que a opção do Muricy Ramalho por abandonar a formação tática com três zagueiros retirou muito da liberdade ofensiva do Mariano, contudo o lateral-direito ainda é uma das melhores armas de ataque do Flu. Neste jogo, por exemplo, participou de duas boas tramas ofensivas, enquanto o meia-direita Tartá, que estava ali para auxiliar o próprio Mariano, nada fez em 90 minutos, estando longe de justificar sua escalção.

Após o intervalo, o duelo voltou bem mais frio do que os minutos finais do 1º tempo. E o “culpado” por esse banho de água fria no jogo foi o Fluminense, que, a cada minuto que passava, mostrava estar muito satisfeito com o empate. E além dessa satisfação com o empate, temos também a grande falta de criatividade apresentada pelo meio-campo tricolor, que sem ter o Conca em uma noite inspirada para carregar a equipe encontrou enormes dificuldades para superar o sistema defensivo colorado, diga-se de passagem, muito faltoso, principalmente os volantes Guiñazu e Wilson Matias. Na primeira metade do 2º tempo, um chute cruzado do Marquinhos, após lindo toque de letra do Alecsandro e que terminou em mais uma defesa do Berna, e, agora pelo lado do Flu, uma cabeçada do Leandro Euzébio após bola cruzada pelo Conca que obrigou o goleiro Renan a se esticar todo, foram as tramas ofensivas de maior sucesso. Já na metade final da etapa, a satisfação do Fluminense com o empate se escancarou de vez e a equipe decidiu por abdicar o ataque por completo. O resultado foi um Internacional postado quase que por inteiro no campo de ataque e mais trabalho para Ricardo Berna. Se a defesa na cabeçada do Leandro Damião, aos 24 minutos, foi tranquila, a que realizou aos 33, em cobrança de falta do Andrezinho, foi sensacional. E se não defendeu a nova finalização do Leandro Damião, que recebeu a redonda na área após falha do zagueiro Gum, Berna contou com a sorte ao ver o atacante chutar cruzado para fora.

O apito final fez a torcida tricolor, presente no estádio ou não, soltar todo o ar que prendeu durante praticamente os 90 minutos de jogo. Nada anormal se pensarmos que qualquer jogo com caráter decisivo deve mesmo ser emocionante, porém completamente anormal se analisarmos a postura retraída adotada pelo Fluminese. É bom o Muricy Ramalho rever esse conceito, pois o Tricolor não pode se comportar dessa mesma maneira diante do São Paulo e do Palmeiras, os dois jogos fora de casa que faltam para a equipe. Além do mais, se o Flu ainda é o líder do torneio, o Corinthians voltou a encostar e o Botafogo está chegando cada vez mais perto.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PREMIER LEAGUE 2010/2011- 10ª RODADA



RESULTADOS
Arsenal 1 - 0 West Ham
Blackburn 1 - 2 Chelsea
Everton 1 - 0 Stoke City
Fulham 2 - 0 Wigan
Wolverhampton 2 - 1 Manchester City
Manchester United 2 - 0 Tottenham
Aston Villa 0 - 0 Birmingham
Newcastle 5 - 1 Sunderland
Bolton 0 - 1 Liverpool
Blackpool 2 - 1 West Bromwich

ARTILHEIROS
Carlos Tévez (Manchester City) – 7 gols
Florent Malouda (Chelsea) – 7 gols
Kevin Nolan (Newcastle) – 7 gols
Dimitar Berbatov (Manchester United) – 6 gols
Didier Drogba (Chelsea) – 6 gols
Darren bent (Sunderland) – 6 gols

COMENTÁRIOS

Manchester United 2 x 0 Tottenham – Old Trafford

Com uma importante vitória sobre o Tottenham, o Manchester United manteve-se na 3ª colocação da tabela e como único invicto do torneio. O jogo começou quente, com o Park acertando a trave do gol defendido pelo Gomes e o Van Der Vaart carimbando o poste do United. Dos 10 aos 30 minutos, o Spurs tentou controlar a posse de bola e esfriar o adversário, mas não teve sucesso, com o United criando quatro chances de gols. Os “Red Devils” levaram perigo em um novo arremate do Park, um chute longo do Carrick, uma jogada do Nani com o Hernández finalizada pelo Fletcher e, aos 30 minutos, abriram o marcador com o Vidic cabeceando falta cobrada pelo Nani. Vale ressaltar que esta foi a oitava assistência do Nani na competição, o líder isolado no quesito. Depois de conseguir a vantagem, o United recuou e o Tottenham se postou melhor ofensivamente, levando perigo em chute do Modric. Como resposta, o United chegou com Berbatov após passe do participativo Park. O início da 2ª etapa foi semelhante ao fim do 1º tempo, com o Spurs concentrando o jogo com o meia-esquerda Bale, que deu bastante trabalho ao lateral-direito Rafael. No entanto, como estas jogadas terminavam quase sempre com cruzamentos para o atacante Robbie Keane, que não possui o jogo aéreo como especialidade, o treinador o sacou para a entrada do Pavlyuchenko. Entre 20 e 30 minutos, enquanto o United escapuliu em jogada do Nani finalizada pelo Hernádez, o Tottenham assustou mais, em finalizações de Van Der Vaart e do Pavlyuchenko. A partir dos 30 minutos, porém, o Spurs perdeu a força e o United, principalmente pela entrada do Scholes no lugar do Berbatov, conseguiu controlar a bola e o resultado. Aos 38, o Nani entrou na área, se jogou e segurou a bola com a mão, reclamando pênalti não marcado pela arbitragem. O goleiro brasileiro Gomes pegou a redonda e a colocou no chão para cobrar a infração. Todavía, o juiz não havia apitado nenhuma irregularidade e o Nani se aproveitou para empurrar a bola pro fundo do gol. Erro gigante da arbitragem, pois o português claramente havia segurado a redonda com a mão. Após o 2 x 0 e muita reclamação do Spurs ainda sobrou tempo para o Nani mandar uma bomba no travessão antes do apito final. No ritmo do português o United se mantém como candidato ao caneco, apesar do Chelsea ainda ser o grande favorito.

UMA IMAGEM...


O goleiro chileno Rojas simula ter sido atingido por um rojão em duelo no Maracanã contra o Brasil pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990. Esta foto venceu o Prêmio Esso de Informação Esportiva de 1990.
Foto: Jorge William