domingo, 29 de novembro de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 37ª RODADA – VASCO X SANTOS


Vasco 1 x 0 Santos – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)

Com gol de Nenê, Vasco bate Santos na Colina e segue vivo na luta para escapar do rebaixamento.

Não são poucos os torcedores que ficam mais tensos nos momentos que antecedem um jogo importante do que durante os 90 minutos de bola rolando. Pois os vascaínos que se incluem neste grupo sem dúvidas viveram uma hora de puro nervosismo com o adiamento do pontapé inicial devido à chuva torrencial que caía sobre o gramado de São Januário. Com a bola rolando, cruz-maltinos e santistas começaram com tudo e com menos de 10 minutos o centroavante praiano Nilson já havia obrigado Martín Silva a realizar dificílima defesa e o vascaíno Jorge Henrique já desperdiçara uma chance na cara do gol.

Com o passar do tempo, o Vasco conseguiu encaixar a marcação sobre Ledesma e Léo Cittadini, ganhou domínio do setor de meio-campo e passou a controlar as ações ofensivas. Os volantes Diguinho e Serginho avançavam, Riascos dava trabalho com sua potência desgovernada, Jorge Henrique buscava ser vertical e Nenê mesclava inteligência e categoria. Aos 36, Riascos tocou caprichosamente por cima de Vanderlei e a pelota passou perto. Aos 42, foi Nenê quem quase marcou. No lance seguinte, nasceu o maduro gol vascaíno: Vanderlei deu um carrinho imprudente na área, Nenê saltou (não se jogou, saltou) para não ser atingido e o juiz assinalou pênalti que o próprio Nenê converteu.

A vantagem de 1 a 0 fez com que o Vasco voltasse mais cauteloso para a segunda etapa. Tão cauteloso que, aos poucos, o Santos colocou a bola no chão e aproximou seus homens da meta defendida por Martín Silva. Já o Cruz-Maltino, encurralado e claramente cansado, começou a cometer faltas em excesso e aceitou o avanço adversário. Mesmo sem entrosamento e ímpeto, o Santos chegou a esboçar uma pressão entre os minutos 20 e 35, criando boas chances com Leandro e Geuvânio. Parecia que o fim de jogo seria tão eletrizante quanto o de semana passada, quando os vascaínos terminaram se defendendo com unhas, dentes e bicudas contra o Joinville, mas a verdade é que os suplentes santistas perderam as poucas forças com o aproximar do apito final e o Vasco segue vivo na sua árdua luta contra a degola.

Vasco: Martín Silva; Madson, Rodrigo, Rafael Vaz e Julio Cesar; Diguinho (Guiñazu), Serginho, Andrezinho (Bruno Gallo) e Nenê; Jorge Henrique e Riascos (Rafael Silva). Técnico: Jorginho.

Santos: Vanderlei; Daniel Guedes, Leonardo, Werley e Chiquinho; Leandrinho, Ledesma (Vitor Bueno) e Léo Cittadini (Lucas Otávio); Geuvânio, Marquinhos (Leandro) e Nilson. Técnico: Dorival Júnior.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

COPA DO BRASIL 2015 – FINAL – SANTOS X PALMEIRAS


Santos 1 x 0 Palmeiras – Vila Belmiro, Santos (SP)

Santos perde pênalti e gol sem goleiro mas bate Palmeiras por 1 a 0 e larga na frente na decisão da Copa do Brasil.

A soma da tensão natural de uma final com as picuinhas acumuladas dos outros embates entre santistas e palmeirenses neste ano de 2015 fez com que o primeiro jogo decisivo da Copa do Brasil fosse mais pegado do que bem jogado. No total, foram mais de 40 faltas, onze cartões amarelos, um vermelho e incontáveis trocas de intimidações. E no meio deste “pega pra capar” sem tamanho, houve um pouco de bom futebol. Todo ele por parte do Santos.

Com menos de dois minutos, o zagueiro Jackson desperdiçou de cabeça aquela que acabou por ser a única chance que o Palmeiras criou em toda a partida. A reposta santista foi rápida: aos 4, o nervoso Arouca segurou o nervoso Ricardo Oliveira na área e cometeu o pênalti que Gabriel cobrou na trave. A oportunidade desperdiçada não diminuiu o ímpeto praiano e, aos 13, Zeca arrematou forte para defesa de Fernando Prass.

O Palmeiras precisava arrumar uma maneira de quebrar o ritmo que o Santos impunha. Uma alternativa seria fazer a bola girar, mas o onze alviverde em campo primava mais pela velocidade do que pela capacidade de trocar passes. Assim, a estratégia foi a de picar o jogo, fazer muitas faltas e demorar para cobrar as outras tantas que o Santos cometia.

Durante mais de uma hora a estratégia palmeirense foi bem sucedida, pois com exceção de um desvio de Ricardo Oliveira que parou em grande defesa de Prass, aos 39 da etapa inicial, o Santos permaneceu a maior parte do tempo travado. No entanto, aos 32 do segundo tempo, quando o placar mudo parecia inalterável, Gabriel infiltrou pela direita e, cheio de categoria, fez um a zero para o Peixe.

O gol não apenas animou o Santos a ir ao ataque como tornou o jogo mais pegado, o que resultou na expulsão do alviverde Lucas, aos 44. Fim de papo? Que nada. Ainda houve tempo para Nilson aparecer livre na pequena área e chutar para fora aquele que seria o segundo gol praiano. Tamanha foi a pixotada que teve palmeirense mais feliz que santista após o apito final. Quarta que vem tem mais...

Santos: Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Renato e Thiago Maia (Nilson); Gabriel (Neto Berola), Lucas Lima e Marquinho Gabriel (Geuvânio); Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior.

Palmeiras: Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Arouca e Matheus Sales (Amaral); Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Kelvin); Lucas Barrios (Rafael Marques). Técnico: Marcelo Oliveira.

domingo, 22 de novembro de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 36ª RODADA – FLUMINENSE X AVAÍ


Fluminense 3 x 1 Avaí – Estádio Kléber Andrade, Cariacica (ES)

Com direito a golaço de Fred, Fluminense bate Avaí por 3 a 1 e elimina qualquer possibilidade de rebaixamento.

Os primeiros 30 minutos de jogo em Cariacica mostraram um Fluminense tranquilo e consciente. Com exceção de uma escapada avaiana pela direita, aos 9, o que se viu na primeira meia hora foi um Flu que buscou manter a bola no chão e apresentou grande precisão nos passes curtos. O resultado do domínio inicial tricolor veio aos 20, quando Gum subiu alto e, de cabeça, completou em gol um cruzamento de Higor Leite.

Sabe-se lá por decisão de quem, o Fluminense decidiu trocar o chip e a estratégia de manter a posse de bola deu lugar a de tentar contra-atacar. Se por 30 minutos o Flu havia segurado a pelota nos pés e posicionado seus meias e laterais no campo de ataque, agora a postura era recuada e a transição defesa-ataque realizada por chutões.

Graças à ótima atuação do núcleo defensivo tricolor, formado por Gum, Marlon e Pierre, e ao trabalho de recomposição de Gustavo Scarpa e Marcos Junior, o Avaí, tanto no final do primeiro tempo como no começo do segundo, não conseguiu assustar o goleiro Diego Cavalieri. No entanto, como Fred, isolado na frente, não ganhava pelo alto dos zagueiros catarinense, o Flu, assim como o Avaí, também passou um bom tempo sem criar oportunidades de gols.

Aos 17 da etapa final, Léo Gamalho entrou em campo e deu um pouco mais de potência ao ataque avaiano. Não fosse um corte de Wellington Silva, na pequena área, aos 24, e o centroavante poderia ter igualado o placar. Com o intuito de organizar o contra-golpe e evitar que o Flu fosse pressionado, Eduardo Baptista lançou mão de Osvaldo, aos 25. E acertou em cheio, pois, logo aos 29, o próprio Osvaldo surgiu na área para marcar o segundo gol tricolor.

O Avaí sentiu o gol sofrido, permitindo que o Fluminense voltasse não apenas a ter o controle do embate como chegasse ao terceiro. Aos 40, Fred tabelou com Wellington Paulista e, esbanjando categoria, encobriu o goleiro Vagner com suavidade. Era a confirmação da vitória tricolor, mas não do placar final, pois, aos 44, Léo Gamalho acertou um torpedo de fora da área e diminui o prejuízo avaiano. E no fim das contas, quem agradece é o Vasco...

Fluminense: Diego Cavalieri; Higor Leite, Gum, Marlon e Wellington Silva (Ayrton); Pierre e Jean (Osvaldo); Marcos Junior (Wellington Paulista), Cícero e Gustavo Scarpa; Fred. Técnico: Eduardo Baptista.

Avaí: Vagner; Nino Paraíba, Antônio Carlos, Emerson e Eltinho; Claudinei (Camacho), Renan, Pablo e Renan Oliveira (Rômulo); Anderson Lopes e André Lima (Léo Gamalho). Técnico: Raul Cabral.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 35ª RODADA – VASCO X CORINTHIANS


Vasco 1 x 1 Corinthians – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)

Corinthians empata com Vasco em São Januário, conquista o sexto título brasileiro de sua história e complica de vez a vida do Cruz-Maltino na luta contra degola.

Se é verdade que há meses o Vasco entra em campo pressionado pela assustadora situação na tabela, é mais verdade ainda que diante do Corinthians a pressão seria ainda maior, devido às vitórias de Avaí, Coritiba e Figueirense na quarta-feira.

Toda esta tensão, é claro, refletiu na atuação do Vasco, mas o Corinthians entrou em campo tão disperso que os anfitriões, mesmo intranquilos, dominaram as ações ofensivas nos primeiros 30 minutos. Enquanto os corintianos erravam um passe atrás do outro e se viam presos na marcação de Diguinho e Serginho, os vascaínos acionavam Rafael Silva e Riascos e faziam o arqueiro Cássio trabalhar.

Somente nos últimos 15 minutos da etapa inicial, sob a batuta de Jadson e Renato Augusto, que o Corinthians conseguiu valorizar a posse de bola e finalizar com algum perigo contra a meta adversária. A pausa do intervalo, porém, fez bem ao Vasco, que voltou exibindo uma postura mais ativa e adiantada, até que, aos 16, o descontrolado zagueiro Rodrigo meteu o pé na cara de Malcom e acabou expulso.

Ocorreu que, de maneira surpreendente, o Vasco não baixou a guarda, seguiu lutando contra suas próprias limitações e, aos 26, acabou premiado quando Julio Cesar recebeu de Nenê – sempre ele – e fez um a zero. Pela situação da rodada e do jogo, este gol, caso fosse definitivo, poderia se tornar o mais importante do ano cruz-maltino. Porém, com pouco mais de 20 minutos por jogar, o Corinthians ligou as turbinas.

Com toda energia acumulada de quem até então parecia se poupar, o Timão se lançou à frente com tudo. Sempre pela direita, Edílson e Malcom deixavam a retaguarda vascaína em frangalhos e acionavam o atacante Lucca em sequência. Depois de desperdiçar duas chances de cabeça, Lucca, também de cuca, aos 36, tocou para Vagner Love decretar o empate.

Um empate que o Vasco segurou com unhas, dentes e chutões para frente, afinal um pontinho era melhor que nada. E assim, a sexta-feira começou com o Corinthians no céu e o Vasco um pouco mais perto do inferno.

Vasco: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar; Diguinho (Rafael Vaz), Serginho, Andrezinho e Nenê; Riascos (Eder Luis) e Rafael Silva (Jorge Henrique). Técnico: Jorginho.

Corinthians: Cássio; Edílson, Felipe, Gil e Guilherme Arana; Rafl (Bruno Henrique), Elias (Lucca) e Renato Augusto (Rodriguinho); Jadson, Malcom e Vagner Love. Técnico: Tite.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS PARA A COPA DO MUNDO 2018 – 4ª RODADA – BRASIL X PERU



Brasil 3 x 0 Peru – Fonte Nova, Salvador (BA)

Willian e Douglas Costa jogam o fino e Brasil não encontra dificuldades para vencer o Peru por 3 a 0 e terminar o ano na zona de classificação para a Copa do Mundo de 2018.

Com apenas sete minutos de jogo, o centroavante Guerrero já havia sofrido três faltas e finalizado livre dentro da área, enquanto o volante Lobatón arriscado um perigoso arremate longo. Eram indícios fortes de que o Peru poderia estar em uma noite inspirada e que o Brasil não teria vida fácil na Fonte Nova. Ledo engano... Num piscar de olhos, o Brasil conseguiu colocar a bola no chão, respirar fundo, tomar as rédeas do jogo e se aproveitar a gigantesca fragilidade defensiva dos peruanos.

Na faixa central do campo, o Peru deu toda liberdade para Renato Augusto realizar a transição defesa-ataque e cometeu muitas faltas sobre Neymar, que, mesmo longe dos melhores dias, acabou responsável por amarelar três defensores rivais. Porém, o pífio papel desempenhado pela marcação peruana na meiúca não foi nada perto do que se viu no flanco esquerdo. Com pouca ou nenhuma ajuda dos companheiros, o lateral-esquerdo Yotún viveu o pior dos pesadelos diante de Willian, primeiro, e Douglas Costa, depois.

Até mais ou menos o décimo minuto da segunda etapa, o meia-direita brasileiro foi Willian. De longe o jogador mais acionado na criação ofensiva, Willian não decepcionou e comandou o ataque com dribles e passes, como o que resultou no gol de Douglas Costa, aos 21 do primeiro tempo. Quando Willian foi para o lado esquerdo, Yotún deve ter sentido um alívio. Coitado... Douglas Costa, que além do gol inaugural já havia acertado a trave em cobrança de falta, passou a cair pelo setor e deixou a retaguarda peruana em frangalhos.

Primeiro, aos 12, Douglas Costa, rodeado por quatro marcadores, rolou para Renato Augusto coroar sua bela atuação com um gol, o segundo brasileiro. Depois, aos 31, o avante do Bayern de Munique finalizou o lance em que Filipe Luís aproveitou o rebote para anotar o terceiro e fechar o escore. Até março, data do próximo compromisso da seleção, muitas águas vão rolar. No entanto, mesmo longe de ter sido brilhante, a atuação brasileira deixou uma sensação de semente plantada.

Brasil: Alisson; Daniel Alves, Gil, Miranda e Filipe Luís; Luiz Gustavo (Fernandinho), Elias e Renato Augusto; Willian (Oscar), Douglas Costa (Lucas Lima) e Neymar. Técnico: Dunga.

Peru: Penny; Advíncula, Zambrano, Ascues e Yotún; Tapia (Ballón) e Lobatón (Gonzáles); Hurtado (Reyna), Farfán e Cueva; Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca.

sábado, 14 de novembro de 2015

ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS PARA A COPA DO MUNDO 2018 – 3ª RODADA - ARGENTINA X BRASIL


Argentina 1 x 1 Brasil – Monumental de Nuñez, Buenos Aires (Argentina)

Brasil e Argentina empatam em jogo fraco tecnicamente e, após três rodadas, seguem fora da zona de classificação direta para a Copa do Mundo de 2018.

Uma vez mais a seleção brasileira mostrou-se um time muito longe da maturidade tática. No entanto, mais deprimente do que o primitivismo tático foi o desempenho técnico, tanto ofensivo quanto defensivo. Na retaguarda, Miranda esteve inseguro, Luiz Gustavo e Elias não foram sólidos à frente da área e Daniel Alves e Filipe Luís foram constantemente superados nos flancos. No entanto, o símbolo-mor da pífia atuação defensiva foi o zagueiro David Luiz.

Sempre que precisou estar colado no cangote do centroavante argentino Higuaín, David Luiz, avoado, esteve muitos passos atrás. Que nos diga o lance do gol de Lavezzi, que abriu o placar, aos 33 da primeira etapa, quando Higuaín se infiltrou livre para dar a assistência. Pelo alto, a apresentação do zagueiro brazuca foi ainda mais patética, com erros infantis como a marcação da bola em escanteios. Aos 40 da etapa final, com o jogo já empatado, Rojo quase deu a vitória à Argentina cabeceando uma bola que David Luiz não alcançara. E para completar o show de horrores que David Luiz proporcionou, veio o cartão vermelho em um lance no qual ele tinha a bola nos seus pés.

Ofensivamente, nada de jogadas trabalhadas, ultrapassagens pelos flancos, diagonais dos pontas, infiltrações dos volantes, paredes do centroavante... A estratégia era a de sobreviver de espasmos individuais, algo que ficou ainda mais complexo diante da falta de inspiração de Neymar, que começou muito isolado na esquerda e terminou sem conseguir ser incisivo pelo meio. Deu pena de Ricardo Oliveira no meio dos potentes zagueiros argentinos. Lucas Lima, preciso no gol de empate, aos 13 do segundo tempo, pouco passou verticalmente e menos lançou, enquanto Willian, um jogador dinâmico e categórico, acabou limitado a ciscar e marcar.

Nos últimos 30 minutos, com a Argentina muito aberta em busca da vitória, o Brasil teve espaços para encaixar um contra-golpe, mas as entradas de Renato Augusto e Douglas Costa não tornaram a equipe mais letal a ponto de conquistar a virada. E assim, na eterna questão sobre se vale mais ganhar ou jogar bem, o Brasil, uma vez mais, nem ganhou nem jogou bem.

Argentina: Romero; Roncaglia, Otamendi, Funes Mori e Rojo; Mascherano, Biglia e Banega (Lamela); Di Maria, Lavezzi (Gaitán) e Higuaín (Dybala). Técnico: Tata Martino.

Brasil: Alisson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Elias e Luiz Gustavo; Willian (Gil), Lucas Lima (Renato Augusto) e Neymar; Ricardo Oliveira (Douglas Costa). Técnico: Dunga.

domingo, 8 de novembro de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 34ª RODADA – PALMEIRAS X VASCO


Palmeiras 0 x 2 Vasco – Allianz Parque, São Paulo (SP)

Mais vivo do que nunca, Vasco bate Palmeiras com gols de Rafael Silva e Nenê e termina a rodada a dois pontos de escapar da zona de rebaixamento.

Os primeiros minutos de jogo foram muito picados, com o Vasco exagerando nos chutões para frente e o Palmeiras cometendo faltas em sequência. A partida viveu pelo menos uns 15 minutos sem que ninguém esboçasse um domínio, até que os alviverdes colocaram a bola no chão e passaram a investir em ataques pela esquerda e chutes de fora da área, obrigando o arqueiro Martín Silva a mostrar que estava atento.

O Vasco, porém, não se acanhou com a iniciativa palmeirense e respondeu de forma contundente. Com mais liberdade do que poderiam ter, Nenê e Rafael Silva se aproximaram e começaram a construir tramas de gols em profusão. Se, aos 33, Rafael Silva parou em defesa de Prass, o arqueiro nada pôde fazer no minuto seguinte para evitar que a cabeçada do atacante cruz-maltino colocasse o um a zero no placar. Um que virou dois quando o mesmo Rafael Silva, aos 39, deixou Nenê livre para finalizar cheio de categoria. E dois que por muito pouco não virou três, pois, aos 43, Nenê cobrou córner no travessão.

Se a etapa inicial terminou com o Vasco voando baixo, a final começou com o Palmeiras alucinante. Já com Kelvin no lugar de Rafael Marques, o Alviverde se lançou à frente, voltou a insistir nos ataques pela esquerda, fez o Vasco receber dois amarelos em menos de cinco minutos e, aos 13, acertou uma cabeçada no travessão com Thiago Santos. O ritmo palmeirense era intenso, e para tentar mantê-lo assim Marcelo Oliveira lançou mão de Alecsandro e Fellype Gabriel. Não deu certo...

Com o estabanado Diguinho brigando por cada metro quadrado de grama, Luan repetindo seus momentos mais sólidos e Rodrigo ganhando todas pelo alto, o Vasco se fechou em seu próprio campo, meteu o pé em tudo quanto era bola e conseguiu controlar um Palmeiras que só sabia fazer faltas. Tanto que nos mais de 30 minutos que se seguiram à cabeçada de Thiago Santos no travessão, o Alviverde foi incapaz de criar sequer um lance digno de nota. E o Vasco vive...

Palmeiras: Fernando Prass; João Pedro, Jackson, Victor Hugo e Egídio (Fellype Gabriel); Thiago Santos, Zé Roberto e Robinho; Rafael Marques (Kelvin), Gabriel Jesus e Lucas Barrios (Alecsandro). Técnico: Marcelo Oliveira.

Vasco: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar; Diguinho, Serginho, Andrezinho e Nenê (Rafael Vaz); Rafael Silva (Julio dos Santos) e Riascos (Eder Luis). Técnico: Jorginho.

domingo, 1 de novembro de 2015

CAMPEONATO BRASILEIRO 2015 – 33ª RODADA – VASCO X FLUMINENSE


Vasco 0 x 1 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Com gol de Gerson, Fluminense bate o Vasco em jogo quente e se afasta de vez da degola. Já o Cruz-Maltino...

Uma vez mais, o Vasco foi a campo sem muita cautela, mais preocupado em pressionar o rival do que em preencher os espaços no meio-campo. O desejo do Fluminense, porém, não era o de um jogo aberto, o famoso lá e cá. O plano tricolor era outro: valorização da posse de bola e movimentação.  Um plano difícil de colocar em ação, é verdade, mas como Cícero, Gerson e Gustavo Scarpa estavam inspirados e refinados, o jogo tricolor fluiu. Com a bola nos pés, o Flu fez o Vasco, correr e se desgastar. Sem a bola nos pés, encaixotou o Cruz-Maltino, que só conseguiu fazer Cavalieri trabalhar em lances de bola parada. E assim, nos acréscimos de uma etapa inicial em que impôs ao jogo o ritmo que quis, o Tricolor foi às redes num belo contra-ataque finalizado por Gerson.

No intervalo, buscando alguma potência, Jorginho lançou mão de Rafael Silva e Riascos. Ocorreu que, inteligente para contra-golpear, foi o Flu quem voltou mais incisivo e veloz, passando os primeiros 15 minutos mais perto de ampliar a vantagem do que de sofrer um empate. Aos 21, porém, já com Eder Luís no lugar do (sono)lento Julio dos Santos, o Vasco deu sinal de vida com uma finalização de Nenê que Wellington Silva salvou sobre a linha. Era o início de um período de pressão vascaína, pois o Flu, que já perdera em técnica e dinâmica com a troca de Gerson por Wellington Paulista, aos 19, ficou ainda mais desconfigurado quando, aos 25, Vinícius saiu para entrar Higor Leite.

Como se não houvesse o amanhã, o Vasco se lançou ao ataque, chegando a acertar o travessão em cabeçada de Riascos, aos 31. Somente aos 41 o ataque tricolor ressuscitou, mas Higor Leite preferiu simular falta sofrida em um limpo contra-ataque e foi expulso. O Vasco rapidamente respondeu com Riascos, de longe, e Nenê, em córner olímpico, mas Cavalieri, seguro, impediu o empate. E ainda houve tempo para Scarpa, o melhor jogador em campo, deixar Magno Alves e Wellington Silva em condições para marcar, mas ambos pecaram. Fato é que não fez falta, e os tricolores ouviram o apito final aliviados e sarcasticamente felizes.

Vasco: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar; Bruno Gallo, Julio dos Santos (Eder Luis), Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique (Rafael Silva) e Leandrão (Riascos). Técnico: Jorginho.

Fluminense: Diego Cavalieri; Jean, Gum, Marlon e Wellington Silva; Pierre, Cícero, Osvaldo (Magno Alves) e Gustavo Scarpa; Vinícius (Higor Leite) e Gerson (Wellington Paulista). Técnico: Eduardo Baptista.