RESULTADOS
Cruzeiro 1 x 0 Atlético Paranaense
Fluminense 2 x 1 Portuguesa
Vasco 0 x 2 São Paulo
Corinthians 1 x 2 Goiás
Ponte Preta 1 x 1 Flamengo
Criciúma 0 x 1 Internacional
Coritiba 2 x 2 Bahia
Vitória 2 x 1 Náutico
Grêmio 0 x 1 Atlético Mineiro
Santos 1 x 2 Botafogo
ARTILHARIA
13 gols – Éderson (Atlético Paranaense)
11 gols – William (Ponte Preta)
10 gols – Alex (Coritiba)
Vasco 0 x 2 São Paulo – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Dono da defesa mais vazada do campeonato com 36 gols sofridos,
Vasco falha feio nas bolas aéreas, perde para o São Paulo e entra na zona de
rebaixamento.
Para se recuperar da derrota diante da Portuguesa na última
rodada e voltar a subir na tabela, o Vasco entrou em São Januário montado pelo
Dorival Júnior no 4-2-3-1 com: Diogo Silva; Fagner, Jomar, Cris e Yotún; Felipe
Soutto e Abuda; Willie, Juninho Pernambucano e Marlone; André. Desde a nona
rodada na zona de rebaixamento, o São Paulo queria aproveitar o embalo da chegada
de Muricy Ramalho e foi em busca de sua segunda vitória consecutiva organizado
no 4-2-3-1 com: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Tolói, Antônio Carlos e
Reinaldo; Rodrigo Caio e Maicon; Jadson, Ganso e Osvaldo; Luis Fabiano.
Pense no aeroporto com pior infraestrutura do país. Pensou?
Pois qualquer bola alçada na área do Vasco atualmente proporciona um caos aéreo
ainda maior. Em São Januário, diante do São Paulo, uma falha coletiva permitiu
Rodrigo Caio cabecear sozinho para abrir o placar, aos 30 minutos do primeiro
tempo, e um erro digno dos Trapalhões do goleiro Diogo Silva deixou Antônio
Carlos livre para fazer dois a zero, aos 23 do segundo. Assim, fica fácil a
constatação de que foram as falhas pelo alto as principais responsáveis pela
derrota vascaína. Mas vejam bem, amigos, as principais, não as únicas. Em
termos ofensivos, a atuação cruz-maltina foi de filme de terror. E daqueles bem
trash.
Os laterais Fagner e Yotún, quando chegavam ao fundo, pecavam
na hora de realizar um simples cruzamento. Willie não conseguiu repetir uma de
suas boas atuações recentes e chegou até a se embolar com a redonda. Marlone atentou
algumas arrancadas e chegadas à área tricolor, mas mandou mal nas finalizações.
Juninho Pernambucano, de quem mais o torcedor espera, foi aplaudido mais pela
sua habitual determinação do que por jogadas de inspiração.
Depois de uma etapa inicial na qual viveu apenas alguns poucos
minutos de ímpeto, que chegariam ao fim com o gol do Rodrigo Caio, o Vasco
voltou do intervalo com Reginaldo e Dakson nos lugares de Willie e Abuda. Em
menos de cinco minutos, os dois suplentes desperdiçaram as melhores chances
cruz-maltinas na partida. Aos 15, Dorival foi para o tudo ou nada, trocou o
volante Felipe Soutto pelo centroavante Tenório, e o Vasco se tornou um exemplo
típico de que o número de atacantes em campo não é sinônimo de força ofensiva.
Com Juninho muito distante dos homens de frente, o máximo que o time conseguiu foi
umas poucas tramas sem nenhum refinamento pelo flanco direito.
E foi neste cenário de pobreza ofensiva vascaína que o
Tricolor deu o golpe de misericórdia com Antônio Carlos, escapou da zona de
degola e deixou o pepino nas mãos do Vasco.
CURTINHAS PELO BRASILEIRÃO
- Como o Cruzeiro está redondo! O conjunto azul tem se
mostrado tão forte que fica quase impossível apontar um destaque apenas ao
final de suas vitórias. Contra o Atlético Paranaense, Dedé, Lucas Silva,
Nilton, Willian e Ricardo Goulart bateram um bolão. E as qualidades técnicas e
táticas da Raposa se sobressaem ainda mais quando turbinadas pela energia
arrepiante que torcida emana nos jogos no Mineirão.
- O Fogão colocou fim à invencibilidade de mais de um ano do
Santos na Vila Belmiro – a última derrota do Peixe na sua casa havia ocorrido a
30 de agosto de 2012 – e alcançou seu quarto triunfo seguido no Brasileirão. Na
próxima rodada, o Fogão encara outra invencibilidade: desde a reinauguração do
Minerão o Cruzeiro possui 18 vitórias e um empate em 19 jogos. Sem exageros: na
quarta-feira, o Glorioso tem pela frente um dos jogos mais importantes de sua
história recente.
- Wagner e Rafael Sóbis foram pilares de fortíssimos times do
Cruzeiro e do Internacional, respectivamente, nesta década. Após as saídas de
Wellington Nem e Thiago Neves, a aposentadoria de Deco e a contusão de Fred, o
Fluminense precisa, mais do que nunca, do futebol destes dois. Nos últimos
quatro jogos eles corresponderam, o Tricolor papou oito de 12 pontos possíveis
e se afastou do purgatório.
- Seja qual a posição final do Coritiba após a última rodada,
em dezembro, o craque Alex já tem um capítulo à parte garantido no livro que
contará a história do Brasileirão 2013.