quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A TAL DA INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA


No Brasileirão de 2013, ninguém jogou mais do que Éverton Ribeiro. Ano passado, no Bi do Cruzeiro, foi a vez de Ricardo Goulart ocupar o posto de principal jogador do mais importante torneio do país. No biênio 2013/2014 como um todo, pode-se afirmar sem medo que Diego Tardelli esteve, no mínimo, entre os três melhores que atuaram por aqui. Ribeiro, Goulart e Tardelli. Todos na melhor fase da carreira. Todos conquistando espaço na Seleção Brasileira. Todos decidiram ir jogar em ligas sem importância para o futebol de alto nível.

Ricardo Goulart e Diego Tardelli foram para clubes da China. Éverton Ribeiro, para os Emirados Árabes. Poderíamos pensar estas transferências dos pontos de vista de Cruzeiro e Atlético Mineiro ou dos empresários dos jogadores, porém, a pergunta mais intrigante que se coloca é: O que faz um jogador que vive o melhor momento de sua carreira se transferir para um país sem expressão no futebol mundial?

Pois bem, a resposta que primeiramente vem à cabeça passa pela chamada “independência financeira”. Diz-se aqui e acolá que a carreira de jogador de futebol é curta e que ele precisa fazer o seu pé de meia com rapidez. Concordo desde que o jogador receba, aqui no Brasil, um salário minguado, o que não era, de modo algum, o caso de Ribeiro, Goulart e Tardelli. Com tudo o que recebiam nos clubes mineiros, os três recém-exportados poderiam garantir a aposentadoria (e o futuro de muitos descendentes) em pouquíssimos anos, sem a menor necessidade de sumir do mapa do futebol.

Não se deve comparar jamais a ida de Pelé para os Estados Unidos, nos anos 70, e a de Zico para o Japão, na década de 90, com as transferências de Ribeiro, Goulart e Tardelli. Pelé e Zico já estavam consagrados e eternizados. A ex-dupla cruzeirense, e até Tardelli, aos 29 anos, não somente têm um longo caminho pela frente como ainda possuem potencial para evoluir em termos técnicos, físicos, táticos e psicológicos. Porém, infelizmente, decidiram trocar toda a evolução possível por uma independência financeira que eles já vinham alcançando.

Um comentário:

  1. Cara, como é estúpida, ignorante a atitude desses jogadores... Isso se chama "incompetência financeira". Falei disso em meu blog: http://www.euvistoacamisadogalo.com.br/2015/01/a-minha-sorte-grande.html

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