Flamengo 2 x 1 São Paulo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Flamengo sai atrás no placar, mas aproveita falhas bisonhas da
defesa tricolor e bate o São Paulo com gols de Ederson e Guerrero.
Bastou um punhado de minutos para que o cenário do confronto se
desenhasse. Empolgado pelo apoio de mais de 40 mil torcedores, o Flamengo
começou o jogo em cima do São Paulo, que gastava suas energias mais para se
defender do que para acionar seus avantes. Porém, apesar de ter aprofundado ataques
pela direita e alçado algumas bolas na área rival, o Fla não conseguia criar chances
concretas de botar a bola na rede. Daí a indignação do torcedor rubro-negro
quando o São Paulo, que não tinha a bola nos pés e não encaixava contra-ataques,
abriu o marcador: aos 35, Carlinhos bateu córner, Samir e o goleiro César se
embolaram e Luiz Ricardo fez um a zero para os visitantes.
A falha patética da defesa flamenguista não tardaria a ser retribuída
pela retaguarda são-paulina. E em dobro. Primeiro, aos 41, nenhum tricolor cortou
um chutão do goleiro César e Ederson aproveitou para empatar. Depois, nos dois
primeiros minutos após o intervalo, os defensores paulistas deram três
paçocadas que deixaram Guerrero na cara do gol. Se desperdiçou as duas
primeiras chances, o peruano não falhou na terceira, quando recebeu passe do
adversário Auro, e virou para o Fla. A partir daí, o passar do tempo fez o
Flamengo trocar a postura mais agressiva por cautela e contra-ataques, enquanto
o Sampa teve que se lançar à frente. Assim caminharam até o apito final, sendo
que não seria exagero dizer que os cariocas terminaram o jogo mais perto de um
placar mais dilatado.
O principal problema tricolor no Maraca não foi nem a
desconcentração nem a falta de inspiração técnica, mas sim o caos tático que as
alterações implementadas pelo treinador Osorio causaram. Durante os 90 minutos,
Bruno foi lateral-direito e ponta-direita. Thiago Mendes foi volante e
lateral-direito. Hudson foi meia, volante e lateral-direito. Carlinhos foi
ponta-direita e volante pela esquerda. Rodrigo Caio foi volante e zagueiro. Até
um time maduro taticamente, o que nem de longe é o caso do São Paulo, teria
dificuldade em assimilar tantas modificações.
Flamengo: César; Pará, Wallace, Samir e Everton; Canteros e
Márcio Araújo; Ederson (Paulinho), Alan Patrick (Luiz Antônio) e Emerson Sheik;
Guerrero. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
São Paulo: Renan Ribeiro; Bruno (Auro), Lucão (Wesley), Luiz
Eduardo e Michel Bastos; Thiago Mendes e Rodrigo Caio; Carlinhos, Hudson e
Alexandre Pato; Centurión (Wilder). Técnico: Juan Carlos Osorio.
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