Cruzeiro 1 x 0 São Paulo – Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Cruzeiro vence São Paulo no tempo normal e nos pênaltis,
avança às quartas da Libertadores e aguarda vencedor do clássico argentino
entre Boca e River.
Definitivamente o Cruzeiro não tem (ainda?) o mesmo refino e capacidade
de trocar passes do biênio passado. No entanto, volume ofensivo não depende apenas
de fineza técnica, e o Cruzeiro não somente foi o time que mais buscou o ataque
como conseguiu transformar ímpeto em oportunidades de gols.
O caminho preferido pela Raposa para se aproximar da meta rival
ficou claro desde cedo: bola na direita para o Marquinhos, que, por ali fez
gato e sapato do lateral-esquerdo são-paulino Reinaldo. Apesar do volume
ofensivo pelo setor, as melhores chances cruzeirenses nas etapa inicial vieram
em três chutes longos do Willian.
E os primeiros 45 minutos do São Paulo? Foram apagados como Ganso
e Pato. Coube a Michel Bastos, em um potente arremate longo, criar o único
lance digno de nota pelo lado tricolor. E a vida são-paulina ficaria ainda mais
complicada após o intervalo. Primeiro porque Milton Cruz manteve o amarelado e
desnorteado Reinaldo sem ajuda. Segundo, porque o Cruzeiro voltou fervendo.
Mais maduro do que nunca, o gol azul poderia ter saído logo
aos 6, em chute do Marquinhos, mas veio um pouco depois, aos 9, quando,
novamente pela direita, Mayke rolou para Leandro Damião superar Rogério Ceni. Ainda
na inércia da empolgação, o Cruzeiro quase ampliou com Marquinhos, mas depois,
aliviado pelo gol necessário, tirou o pé do acelerador e permitiu que o São
Paulo esboçasse um crescimento.
Crescimento este que culminou em um arremate pra lá de
perigoso do Luis Fabiano, aos 28. Foi só aí que a Raposa percebeu que de
recuada estava ficando acuada, decidiu retomar a iniciativa e teve nos pés do
De Arrascaeta, aos 40, a grande chance de matar o jogo. O apito final levou a
classificação para a disputa de penalidades. Ceni e Fábio fizeram o que deles
se esperava com duas defesas cada. No fim, melhor para o Cruzeiro, que com
quatro cobranças convertidas contra três, segue vivo e forte.
Cruzeiro: Fábio; Mayke (Willian Farias), Manoel, Bruno
Rodrigo e Mena; Henrique e Willians; Marquinhos, De Arrascaeta e Willian
(Gabriel Xavier); Leandro Damião. Técnico: Marcelo Oliveira.
São Paulo: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Tolói, Lucão e
Reinaldo; Denilson e Souza; Michel Bastos (Hudson), Ganso e Wesley (Centurión);
Alexandre Pato (Luis Fabiano). Técnico: Milton Cruz.
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