Vasco 0 x 1 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Com gol de Gerson, Fluminense bate o Vasco em jogo quente e se
afasta de vez da degola. Já o Cruz-Maltino...
Uma vez mais, o Vasco foi a campo sem muita cautela, mais
preocupado em pressionar o rival do que em preencher os espaços no meio-campo. O
desejo do Fluminense, porém, não era o de um jogo aberto, o famoso lá e cá. O plano
tricolor era outro: valorização da posse de bola e movimentação. Um plano difícil de colocar em ação, é
verdade, mas como Cícero, Gerson e Gustavo Scarpa estavam inspirados e
refinados, o jogo tricolor fluiu. Com a bola nos pés, o Flu fez o Vasco, correr
e se desgastar. Sem a bola nos pés, encaixotou o Cruz-Maltino, que só conseguiu
fazer Cavalieri trabalhar em lances de bola parada. E assim, nos acréscimos de
uma etapa inicial em que impôs ao jogo o ritmo que quis, o Tricolor foi às
redes num belo contra-ataque finalizado por Gerson.
No intervalo, buscando alguma potência, Jorginho lançou mão
de Rafael Silva e Riascos. Ocorreu que, inteligente para contra-golpear, foi o
Flu quem voltou mais incisivo e veloz, passando os primeiros 15 minutos mais
perto de ampliar a vantagem do que de sofrer um empate. Aos 21, porém, já com
Eder Luís no lugar do (sono)lento Julio dos Santos, o Vasco deu sinal de vida
com uma finalização de Nenê que Wellington Silva salvou sobre a linha. Era o
início de um período de pressão vascaína, pois o Flu, que já perdera em técnica
e dinâmica com a troca de Gerson por Wellington Paulista, aos 19, ficou ainda
mais desconfigurado quando, aos 25, Vinícius saiu para entrar Higor Leite.
Como se não houvesse o amanhã, o Vasco se lançou ao ataque,
chegando a acertar o travessão em cabeçada de Riascos, aos 31. Somente aos 41 o
ataque tricolor ressuscitou, mas Higor Leite preferiu simular falta sofrida em
um limpo contra-ataque e foi expulso. O Vasco rapidamente respondeu com Riascos,
de longe, e Nenê, em córner olímpico, mas Cavalieri, seguro, impediu o empate. E
ainda houve tempo para Scarpa, o melhor jogador em campo, deixar Magno Alves e
Wellington Silva em condições para marcar, mas ambos pecaram. Fato é que não
fez falta, e os tricolores ouviram o apito final aliviados e sarcasticamente
felizes.
Vasco: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Julio Cesar;
Bruno Gallo, Julio dos Santos (Eder Luis), Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique (Rafael
Silva) e Leandrão (Riascos). Técnico: Jorginho.
Fluminense: Diego Cavalieri; Jean, Gum, Marlon e Wellington
Silva; Pierre, Cícero, Osvaldo (Magno Alves) e Gustavo Scarpa; Vinícius (Higor
Leite) e Gerson (Wellington Paulista). Técnico: Eduardo Baptista.
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