segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 21ª RODADA

Corinthians 0 x 1 Grêmio
Flamengo 2 x 2 Vitória
Atlético-GO 2 x 1 Fluminense
Avaí 1 x 2 Cruzeiro
Botafogo 2 x 0 São Paulo
Atlético-MG 1 x 0 Grêmio Prudente
Palmeiras 0 x 0 Vasco
Internacional 0 x 0 Goiás
Guarani 1 x 0 Atlético-PR
Ceará 2 x 1 Santos

Olá amigos do FUTEBOLA!

Palmeiras 0 x 0 Vasco – Pacaembu, São Paulo (SP)

As vezes, muito raramente, o futebol tem lógica. E no duelo entre Palmeiras e Vasco, as duas equipes que mais empataram no Brasileirão com, respectivamente, 10 e 9 empates, a lógica resolveu dar as caras e a partida terminou com o placar igual.

Antes mesmo do apito inicial, somente ao olhar para a escalação, já poderia ser percebido que o jogo não seria recheado de qualidade técnica. As ausências de Felipe e Carlos Alberto, pelo lado do Vasco, e Valdívia iniciando no banco de reservas palmeirense, fez com que o pontapé inicial fosse dado com nada menos do que seis volantes em campo. Isso mesmo, Vasco e Palmeiras iniciaram a partida com três volantes cada. Com a bola rolando, o Vasco adotou uma postura bem diferente dos seus últimos jogos como visitante, quando se postou recuado esperando apenas o erro do adversário para atacar. Nos 30 primeiros minutos o Vascão teve bom posicionamento ofensivo e conseguiu criar três boas oportunidades de balançar as redes, sendo elas em ordem cronológica: arremate longo do centroavante Nunes, belas jogada e cruzamento do Fagner que quase encontrou a cabeça de Nunes e chute longo do volante Felipe Bastos. Enquanto a presença dos três volantes vascaínos se justificava, com Felipe Bastos marcando presença no campo de ataque o lateral-direito Fagner tendo muita liberdade, o mesmo não ocorria pelo lado do Palmeiras que, durante toda a 1ª etapa, foi uma equipe que não conversou com a bola nos pés. Tinga e Márcio Araújo, volantes que poderiam participar das tramas ofensivas, nada produziram, os laterais Rivaldo e Vítor não foram vistos no campo de ataque, e, por fim, com Ewethon isolado pela direita e Luan pela esquerda, o centroavante Kléber ficou sem companhia no ataque. Resumo da ópera: apesar de nada espetacular, o Vasco realizou um seguro e bom 1º tempo, enquanto o Palmeiras esteve péssimo.

Para a 2ª etapa Felipão voltou com Valdívia, buscando aumentar a baixíssima produtividade ofensiva palmeirense. Se a mudança dentro das quatro linhas não foi nada radical, deu para perceber que o as esperanças do torcedor do Verdão devem mesmo ser depositadas em Valdívia. Mesmo ainda fora de forma e sem ser muito participativo, foi dos pés do chileno que surgiram as duas chances que o Palmeiras teve de inaugurar o placar. Primeiro, aos 7 minutos, quando deu linda assistência para Ewerthon que entrou pela meiúca da defesa vascaína e chutou para fora. Mais tarde, já aos 30, foi a vez de Valdívia assustar Fernando Prass após uma assistência do Márcio Araújo. O Palmeiras ainda estava mal postado em campo e sem conseguir trabalhar suas jogadas, porém a qualidade técnica do Valdívia quase decidiu o jogo. Realmente o “Mago” entende do assunto.

Durante estes mesmos 30 minutos que o Alviverde quase sacudiu o filó por duas vezes, o Vasco não conseguiu apresentar o mesmo ritmo ofensivo da 1ª etapa. As saídas de Felipe Bastos, que participava bem das tramas de ataque, e de Nunes, que funcionava como homem de referência, para as entradas de Rômulo e Jonathan, foram relevantes para esta queda vascaína. Outro fator que ajuda a explicar a falta de poder de ataque do Vasco após o intervalo: Zé Roberto e Éder Luís não estiveram em uma tarde inspirada. Nem mesmo na 1ª etapa, quando o Vasco dominou ofensivamente, eles se destacaram.

Nos últimos 15 minutos do duelo o Vasco até tentou voltar a impor um ritmo ofensivo mais forte, porém não conseguiu assustar o goleiro Deola. Apesar de a postura mais agressiva do Vasco ter me agradado, a verdade é que o empate foi um ruim resultado para o “Gigante da Colina”. Como também foi péssimo para o Palmeiras. Repetindo a frase que citei na última postagem, quando ambos também empataram seus jogos: “De um em um, não se vai a lugar algum”.

TRÊS TOQUES!

- Chegaram! Cruzeiro e Botafogo venceram novamente e entraram de vez na briga pelo caneco. E não foram vitórias fáceis. Enquanto o Fogão conseguiu bater o São Paulo por 2 x 0, no melhor momento vivido pelo Tricolor Paulista no torneio, o Cruzeiro, mesmo sem o craque Montillo, venceu o Avaí na Ressacada. Aos poucos a briga pelo título vai se tornando como a do ano passado e o Brasileirão se tornando mais empolgante.

- O Fluminense empatava com o Atlético Goianiense por 1 x 1 quando, aos 30 minutos da 2ª etapa, o zagueiro atleticano Gílson foi expulso. O Flu teve mais de 15 minutos para, com um homem a mais, buscar três importantíssimos pontos. O que fez Muricy Ramalho? Colocou Marquinhos em campo. O que fez a equipe? Não conseguiu criar sequer uma oportunidade de vencer o jogo. Resultado: levou um gol aos 47 minutos. Faltou ousadia e vontade de ganhar ao Flu. Como sempre digo: “Em Campeonatos de pontos corridos, pontos perdidos não voltam mais”.

- E sob a batuta do eterno ídolo Renato Gaúcho o Grêmio enfim começou a jogar o Brasileirão. Com a sensacional vitória sobre o Corinthians no Pacambu, o Tricolor Gaúcho alcançou sua quinta partida seguida sem derrota e já se encontra na 12ª colocação. Vale ressaltar que o retrospecto do Timão como mandante antes deste duelo era de 10 vitórias em 10 jogos.

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