quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CAMPEONATO BRASILEIRO 2010 - 26ª RODADA

Vasco 3 x 1 Santos
Goiás 1 x 1 Flamengo
Grêmio Prudente 4 x 2 Guarani
Cruzeiro 3 x 0 Atlético-GO
Palmeiras 2 x 0 Internacional
Atlético-PR 1 x 0 Vitória
Fluminense 1 x 0 Avaí
Grêmio 4 x 2 São Paulo
Ceará 0 x 0 Atlético-MG
Corinthians 1 x 1 Botafogo

Corinthians 1 x 1 Botafogo – Pacaembu, São Paulo (SP)

Um grande jogo de futebol! Corinthians e Botafogo deram um prato cheio para os defensores dos pontos corridos, que costumam dizer que cada partida é uma decisão. Do apito inicial até o final o duelo foi emocionante e um verdadeiro teste para o coração de todos os torcedores.

O confronto mal havia iniciado e o “Timão” já largava na frente. Após avanço pela esquerda de Roberto Carlos, aos 2 minutinhos, a redonda chegou até os pés de Bruno César que, com a maior categoria do mundo, a colocou no ângulo da meta defendida pelo estático Jefferson. De maneira surpreendente, sem sentir o peso do gol sofrido, o Botafogo, gradualmente, conseguiu encaixar a marcação e marcar presença no campo de ataque. Vale ressaltar aqui as boas atuações do volante Fahel, responsável por perseguir Jorge Henrique por cada centímetro do campo, e do também volante Leandro Guerreiro, como de costume um gigante defensivo. A primeira oportunidade de o Fogão igualar o marcador surgiu em cobrança de córner do Lúcio Flávio que Loco Abreu dominou no peito e carimbou o travessão. No entanto, para a felicidade do torcedor botafoguense, o gol de empate não tardaria muito. Aos 25 minutos, Lúcio Flávio encontrou Herrera na ponta direita e o cruzamento chegou perfeito na cabeça de Loco Abreu. Amigos, não é preciso muito para saber que um cruzamento perfeito na cabeça do Loco Abreu é sinônimo de rede balançada – 1 x 1. Se após sofrer o primeiro tento o Bota cresceu, após sofrer o empate o Timão voltou se postar ofensivamente e assustar o goleiro Jefferson. O principal motivo da melhora da postura ofensiva corinthiana na partida foi o aparecimento do meia Elias, até então muito sumido na partida. Dos 30 minutos até o fim da 1ª etapa, o Corinthians pressionou o Fogão e teve três boas chances de ir para o intervalo com a vantagem. Em ordem cronológica: arremate longo do Roberto Carlos, bola na trave do Iarley após perfeita assistência do Elias e cabeçada do mesmo Elias após cruzamento do Jorge Henrique, que estava mais deslocado pela direita para tentar fugir da já citada boa marcação do Fahel.

Após o intervalo, o Fogão voltou mais ligado e esteve pertinho de conseguir virar a partida. Em duas excelentes jogadas do Marcelo Cordeiro pela esquerda, uma aos 3 e outra aos 6 minutos, Herrera marcou um gol em posição legal, mas mal anulado pela arbitragem, e deu uma cabeçada para difícil defesa do goleiro Júlio César. O susto fez o Corinthians acordar e aos poucos o Botafogo foi sumindo do campo de ataque, pela necessidade de segurar o ímpeto ofensivo dos paulistas. Como exemplo do excessivo recuo botafoguense, Marcelo Cordeiro e Somália, que antes davam opções para tramas ofensivas, agora, se limitavam apenas as funções defensvias. Mesmo sem realizar uma atuação dos sonhos o Coringão mostrava força e não desistia de buscar os três pontos, que se tornaram ainda mais importantes após a vitória do Fluminense sobre o Avaí. A primeira chance corinthiana na 2ª etapa surgiu de uma linda tabelinha entre Elias e Paulinho finalizada pelo último, que só não sacudiu o filó pela ótima defesa do Jefferson e pela presença do Leandro Guerreiro, salvando o Fogão quase em cima da linha. Enfrentando muitas dificuldades para superar o bloqueio defensivo do Bota, o Timão, apesar de uma cabeçada desperdiçada pelo zagueiro Thiago Heleno e um arremate longo do Elias, respectivamente aos 26 e aos 30 minutos, não conseguiu transformar a superioridade na posse de bola e a presença quase integral no campo de ataque em gols. Na realidade, quem esteve mais próximo de sair do Pacaembu com a vitória foi o Fogão que, já nos acréscimos, jogou no lixo duas grandes chances. Primeiro, Somália arrancou em um contra-ataque e, mesmo com Renato Cajá e Loco Abreu dando opções, preferiu o arremate longo e que não levou perigo. Depois, em oportunidade ainda mais clara, Caio conseguiu deixar o goleiro Júlio César no chão e, podendo rolar a redonda para o livre Loco Abreu, preferiu um dificílimo arremate de cobertura, jogando a bola para fora e enlouquecendo Joel Santana e seus companheiros.

Em um Campeonato duro como é o nosso, quem joga contra um forte candidato ao título, fora de casa, não se pode dar ao luxo de desperdiçar, nos acréscimos e por puro individualismo, duas oportunidades de vencer a partida. Se o treinador Joel Santana estava perdendo o sono pelos gols que sua equipe sofria nos minutos finais, agora perderá pelos que ela deixou de fazer.

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