quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PAPO CABEÇA - O QUE A COPA SUL-AMERICANA PODE OFERECER AOS CLUBES BRASILEIROS?

Neste meado de semana, os clubes brasileiros iniciaram suas participações na Copa Sul-Americana 2011. E, como era de se esperar, com alguns times reservas ou mistos em campo. Foi o caso, por exemplo, do duelo entre Flamengo e Atlético Paranaense, onde o Rubro-Negro carioca iniciou com Welinton, Renato, Ronaldinho, Thiago Neves e Deivid no banco de reservas e o paranaense com apenas dois titulares (Cléber Santana e Santiago García).

Esta não é a primeira nem será a última vez que veremos clubes brasileiros pouparem jogadores na Sul-Americana. No entanto, o “segundo torneio continental” pode ser muito útil para aqueles que o disputam com seriedade. À primeira vista, muitos dizem que o principal atrativo da Sul-Americana é o lado financeiro, o que discordo em gênero, número e grau. Peguemos como exemplo o Flamengo. Caso conquiste a Sul-Americana, o clube ganharia R$1,6 milhão, valor este suficiente para pagar apenas um mês de salário do Ronaldinho Gaúcho.

Se não é pela premiação, então por que os clubes brasileiros deveriam olhar com bons olhos para a Sul-Americana? Pois bem, citarei aqui dois motivos. O primeiro deles é a visibilidade adquirida pelo vencedor do torneio, fato que, sem dúvidas, valoriza mais a marca do clube. E é válido lembrar que o vencedor da Sul-Americana ganha o direito de participar da Copa Suruga Bank – disputada no Japão contra o Campeão local – e a Recopa Sul-Americana, esta contra o Campeão da Libertadores.

O segundo motivo, e em minha opinião o mais importante, para um clube brazuca valorizar a Copa Sul-Americana é a experiência que os jogadores ganham ao participar desta competição, algo muito valioso, por exemplo, para o Vasco, que em 2012 estará na Copa Libertadores. Disputar a Sul-Americana com afinco significa a oportunidade de enfrentar clubes de enorme tradição continental (Estudiantes-ARG e Nacional-URU, por exemplo), atuar em altitudes assustadoras, estar diante de adversários que não fazem um pingo de cerimônia na hora de catimbar, encontrar juízes com padrões diferentes dos brasileiros, encarar estádios que são verdadeiros caldeirões.

É claro que existem jogadores que realmente não possuem condições físicas para estar em campo toda quarta e domingo. Porém, usar o cansaço futuro dos atletas como justificativa para abandonar a Sul-Americana não é a melhor opção para os clubes brasileiros, pois o torneio tem muito para oferecer.

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