quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - REAL POTOSÍ X FLAMENGO

Real Potosí 2 x 1 Flamengo – Estádio Victor Augustín Ugarte, Potosí (BOL)

Nem mesmo uma linda jogada do lateral Léo Moura, que resultou no gol do promissor Luiz Antônio, foi capaz de salvar o Flamengo de uma derrota para o Potosí, em seu primeiro jogo na Copa Libertadores 2012.

Vice-Campeão do último Torneo Adequación, um dos três principais disputados na temporada boliviana, o Real Potosí foi para o jogo organizado pelo treinador Victor Zwenger no 4-3-1-2 com: Lapczyk; Jiménez, Alarcón, Centurión e Rivero; Ortiz, Sejas e Michelena; Angola; Sebástian Pool e Brittes. Depois de um período de adaptação na Bolívia para enfrentar a altitude de quase quatro mil metros, o Flamengo foi escalado pelo Vanderlei Luxemburgo no 4-4-2 com: Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Junior César; Luiz Antônio, Willians, Aírton e Renato; Ronaldinho e Deivid.

Chutes longos e bolas alçadas na área. Essas foram as armas utilizadas pelo Potosí no 1º tempo para agredir o Flamengo. Sempre que um camisa azul arriscava de fora da área ou cruzava a redonda na cozinha flamenguista, o goleiro Felipe tinha problemas. Individualmente falando, o jogador mais perigoso da 1ª etapa foi o arisco Sebástian Pool, que deu bastante trabalho à retaguarda rubro-negra. E foi justamente este cardápio ofensivo melhor definido que fez o Potosí nem deixar o Flamengo sentir o gostinho da vantagem, empatando o escore apenas três minutinhos após sair atrás no placar. O gol rubro-negro, aos 28 minutos, teve início com uma espetacular entortada do Léo Moura no Rivero e foi finalizada pelo Luiz Antônio, na única – isso mesmo, única! – boa jogada organizada pelo Flamengo em todo o jogo. Os bolivianos empataram com o zagueiro Centurión, de cabeça.

Para o 2º tempo, os comandados do Luxemburgo voltaram com a mesma falta de criatividade da etapa inicial. Poderia listar inúmeros obstáculos que a altitude de 4 mil metros impõe a um visitante, mas nem todos eles são capazes de justificar o fato de o Flamengo não ter conseguido criar sequer uma boa trama ofensiva durante toda a 2ª etapa. O trio Renato, Aírton e Willians foi de uma improdutividade sem tamanho. Deivid nada tentou, Ronaldinho pouco tentou e menos conseguiu e a dupla Negueba/Bottinelli, que ficou em campo durante 30 minutos, foi contagiada pelo marasmo rubro-negro. Por isso que os bolivianos virariam o placar, aos 11 minutos, em nova bola levantada na área, desta vez para David Braz falhar e Brittes sacudir o barbante, e ainda chegariam perto de ampliar a vitória, o que complicaria ainda mais a vida do Fla para o jogo de volta.

Jogo de volta no qual o Flamengo terá que apresentar um futebol muito – mas muito! – melhor do que este, mixuruca, que apresentou na Bolívia, onde só uma jogada do Léo Moura e o gol do Luiz Antônio merecem destaque. Alguns podem dizer que o Rubro-Negro não precisará de muito para se classificar, pois o Potosí não é bicho de sete cabeças. Porém, pelas três partidas disputadas pelo time titular neste ano (contra Londrina e Corinthians, além desta), diria que o Flamengo-2012 não está em condições de dizer quem é ou não um bicho de sete cabeças.

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