quinta-feira, 8 de outubro de 2015

ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS PARA A COPA DO MUNDO 2018 – 1ª RODADA – CHILE X BRASIL


Chile 2 x 0 Brasil – Estádio Nacional, Santiago (Chile)

Sem poder de decisão e de imposição, Brasil perde para o Chile por 2 a 0 na estreia das Eliminatórias.

Quem acompanha o trabalho recente de Dunga já sabia: o Brasil enfrentaria o Chile pensando primeiro em se defender e depois em atacar. Tal postura desagrada a muitos, mas não significa que o Brasil já estava derrotado antes mesmo de entrar no Estádio Nacional. Mesmo limitado pelo pequeno repertório tático oriundo da estratégia de Dunga, era possível, sim, vencer os atuais campeões da Copa América. Um triunfo brasileiro passava necessariamente por duas tarefas: se organizar para segurar a potência chilena e não deixar que a bola passasse todo tempo em pés adversários.

Pois bem, por 40 minutos o Brasil foi bem sucedido no cumprimento dessas tarefas, e apesar de não ter produzido nada ofensivamente, pelo menos poupou Jefferson de sustos. Aos 40 da etapa inicial, porém, Sampaoli lançou mão de González no lugar do defensor Silva e não apenas abriu mão de seu sistema de três zagueiros como abriu o jogo. Entre este minuto 40 do primeiro tempo e o minuto 18 do segundo, o jogo virou uma roleta-russa.

O Chile ganhou todo o ímpeto que até então não tivera na partida e se lançou ao ataque como se não houvesse o amanhã, chegando a carimbar duas vezes a trave brasileira, com Sánchez e Isla. Ocorreu que esta sede de gols do Chile deixou sua defesa completamente exposta, permitindo que o Brasil puxasse seguidos contra-ataques. No entanto, como Oscar e Hulk não estavam no mesmo ritmo que Willian e Douglas Costa, os contra-golpes brasileiros não se transformaram em chances de gol.

Aos 18 da etapa final, mais uma alteração de Sampaoli mudaria os rumos da partida, desta vez em benefício total dos chilenos. Valdivia saiu para a entrada de Fernández, que deu mais consistência e criatividade à meiúca chilena. A partir daí, o Chile tomou conta do jogo, abriu o placar com Vargas, aos 26, controlou qualquer possibilidade de crescimento que o Brasil poderia ter com as entradas tardias de Ricardo Oliveira e Lucas Lima, e, no final, aos 44, ainda fechou o placar com estilo em belo gol de Sánchez. E assim, na eterna discussão entre jogar bonito ou vencer, o Brasil jogou feio e perdeu.


Chile: Bravo; Silva (González), Medel e Jara; Isla, Díaz (Vilches), Vidal, Beausejour; Valdivia (Fernández), Sánchez e Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli.

Brasil: Jefferson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz (Marquinhos) e Marcelo; Elias e Luiz Gustavo (Lucas Lima); Willian, Oscar e Douglas Costa; Hulk (Ricardo Oliveira). Técnico: Dunga.

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