FUTEBOLA DE OURO: Renato Augusto (Corinthians)
FUTEBOLA DE PRATA: Jadson (Corinthians)
FUTEBOLA DE BRONZE: Elias (Corinthians)
SELEÇÃO FUTEBOLA BRASILEIRÃO 2015
GOLEIRO – Cássio (Corinthians)
Seria um exagero dizer que Cássio agarrou em 2015 a mesma
monstruosidade que havia agarrado em 2012. No entanto, mais seguro e experiente
do que nunca, Cássio passou muita confiança aos seus companheiros e tem uma
enorme parcela não apenas no fato de o Corinthians ter acabado a competição
como a defesa menos vazada, mas na própria conquista do título. A volta à Seleção
Brasileira é uma recompensa merecidíssima pelo grande campeonato feito por
Cássio.
LATERAL-DIREITO – Fagner (Corinthians)
Uma contusão na reta final fez com que Fagner jogasse apenas
26 partidas no Brasileiro de 2015, muito menos, por exemplo, do que as 35 que havia
jogado em 2014. A questão é que, mesmo assim, nenhum lateral no Brasil foi tão
completo e eficiente como o corintiano. Mesclando posicionamento defensivo e
poder de marcação com bom passe e potência para apoiar pelo flanco, Fagner é
capaz de atacar sem deixar buracos e de defender sem deixar de ser opção na
frente. E isso tudo ele mostrou no Brasileirão de 2015.
ZAGUEIRO – Gil (Corinthians)
Gil é, de longe, o melhor zagueiro do futebol brasileiro. E
não é de hoje, basta ver que esta é a terceira aparição seguida de Gil na Seleção
FUTEBOLA. Duro sem ser faltoso (comete uma média de menos de uma infração por
partida), vigoroso sem ser lento, sólido pelo alto e firme por baixo, o
zagueiro ainda prima por uma regularidade invejável – dos últimos 114 jogos do
Corinthians em Brasileiros, Gil esteve em campo em 104. Já passou da hora de
ganhar oportunidades como titular da Seleção Brasileira.
ZAGUEIRO – Jemerson (Atlético Mineiro)
Assim como Gil, Jemerson também é quarto-zagueiro. No
entanto, como seria um crime inafiançável deixar qualquer um dos dois fora da
Seleção FUTEBOLA, o corintiano, mais experiente, foi deslocado para beque-central
para que o atleticano pudesse esbanjar toda sua potência em sua posição. Aos 23
anos, Jemerson ainda precisa receber um acabamento final, algo que deve ser
visto positivamente, pois, mesmo sem estar pronto, é um zagueiraço pelo alto e
um zagueirão por baixo. E ainda arruma tempo para subir ao ataque e fazer uns
golzinhos.
LATERAL-ESQUERDO – Douglas Santos (Atlético Mineiro)
Em um campeonato no qual os laterais-esquerdo que mais se
destacaram foram os jovens (como o santista Zeca e o flamenguista Jorge),
nenhum foi tão constante como o atleticano Douglas Santos. Do início ao fim da
competição, Douglas Santos mostrou um futebol sério de muita velocidade para
atacar, disposição para marcar e sobriedade para passar. Uma contratação
certeira do Galo que tem tudo para figurar entre os melhores da posição por
anos a fio.
VOLANTE – Rafael Carioca (Atlético Mineiro)
Nos melhores momentos do Atlético Mineiro no campeonato,
impressionou a capacidade do volante Rafael Carioca para distribuir passes,
fazer circular a redonda e iniciar tramas ofensivas de seu próprio campo. Não à
toa foi o jogador que mais acertou passes em todo o campeonato (sem sequer se
aproximar da lista dos que mais erraram). E em sua fase mais confiante, o
volante ainda aparecia no ataque para arriscar chutes longos. A prova – mais uma
– de que volante bom é volante bom de bola.
VOLANTE – Elias (Corinthians) – PRÊMIO FUTEBOLA DE BRONZE
As merecidas convocações para a Seleção Brasileira
(misturadas à incompetência dos que organizam o calendário) permitiram que Elias
jogasse apenas 24 partidas neste Brasileirão. E foi mais do que o suficiente
para que o volante corintiano mostrasse seu futebol intenso, vertical e letal. Não
existe sequer uma equipe no Brasil taticamente capaz de bloquear as investidas avassaladoras
de Elias, que com cinco gols e sete assistências (números assombrosos para um
volante) foi um dos protagonistas da conquista corintiana.
VOLANTE – Renato Augusto (Corinthians) – PRÊMIO FUTEBOLA DE
OURO
Renato Augusto de volante? Isso mesmo, foi como um volante
pela esquerda que Renato Augusto esbanjou todo o repertório que lhe consagrou
como o melhor jogador do Brasileirão de 2015. Mesclando passes curtos certeiros
com inteligência tática, Renato Augusto se movimentou pela faixa central,
investiu pelos flancos, adentrou a área rival, passou curto, passou longo... Em
síntense: ditou o ritmo do Corinthians e comandou tecnicamente aquela que foi
incontestavelmente a melhor equipe do Brasileirão. O bom retorno à Seleção
Brasileira tem tudo para se solidificar.
MEIA – Jadson (Corinthians) – PRÊMIO FUTEBOLA DE PRATA
Os números são de grande valia para se entender como Jadson chegou
ao posto de segundo melhor jogador do Brasileirão. Dos 71 gols corintianos no
Brasileiro, 25 saíram se seus pés – foram 13 gols e 12 assistências. E não é
só. Some-se a isso o fato de o meia terminar o torneio entre os top 6 das
seguintes estatísticas: assistências (1º colocado), passes para finalização (1º),
cruzamentos certos (2º), gols marcados (3º), passes certos (5º) e finalizações
certas (6º). Sem dúvidas Jadson foi o grande responsável pelo Timão ter tido o
melhor ataque do torneio.
ATACANTE – Luan (Grêmio)
Se o Vasco tivesse conseguido a façanha de escapar da degola,
o meia cruz-maltino Nenê poderia estar presente na Seleção FUTEBOLA. Se a
comissão técnica do Santos não tivesse sido incompetente a ponto de adotar a
preguiçosa estratégia de poupar todo o time na reta final do Brasileiro, o meia
praiano Lucas Lima poderia estar presente na Seleção FUTEBOLA. Porém, o ágil,
impetuoso, inteligente e dinâmico gremista Luan não tem nada a ver com o erro dos
outros, e com atuações ainda melhores do que as do ótimo ano de 2014 merece
estar presente no melhor onze do Brasileirão.
ATACANTE – Ricardo Oliveira (Santos)
Um bom homem de área é capaz de transformar as melhores
qualidades de seus companheiros em gols. Foi exatamente isso que fez Ricardo
Oliveira nos grandes momentos que o Santos viveu no Brasileirão, quando recebeu
de peito aberto a categoria de Lucas Lima, a impetuosidade de Gabigol e a
agilidade de Marquinhos Gabriel e converteu tudo isso em bola na rede. No total
foram 20 gols, números que garantiram a artilharia do torneio, seu retorno à
Seleção Brasileira e sua vaga na Seleção FUTEBOLA.
TÉCNICO – Tite (Corinthians)
Tite merece elogios pela montagem tática do grande campeão
brasileiro de 2015, mas o maior mérito do treinador corintiano foi o de fazer sua
render tecnicamente o melhor que poderia por um tempo longo o bastante para
garantir o caneco com sobras. Cássio voltou a ostentar uma segurança que não
tinha há três anos. Gil e Fagner mantiveram a impressionante regularidade dos
últimos torneios. Os jovens Felipe, Guilherme Arana e Malcom amadureceram uma
década em 2015. Ralf e Vagner Love ressuscitaram. Elias, Jadson e Renato
Augusto jogaram bem próximo do muito que sabem. Tite foi grande por extrair
toda a técnica que seus comandados poderiam dar no momento.
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