Paraná 1 x 2 Botafogo – Estádio Durival de Britto, Curitiba (PR)
No primeiro jogo sob comando do Caio Junior, o Botafogo venceu o Paraná por 2 x 1, resultado que, apesar de deixar a equipe com a classificação bem encaminhada, não foi o suficiente para eliminar a partida de volta.
Em sua estréia pelo Botafogo, o treinador Caio Junior, buscando colocar em campo uma equipe de mentalidade ofensiva, escalou o “Glorioso” no 4-2-2-2 com: Jefferson, Alessandro, Antônio Carlos, Márcio Rosário e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos e Rodrigo Mancha; Somália e Éverton; Caio e Herrera. Pelo lado do Paraná, o ex-goleiro e agora técnico Ricardo Pinto esquematizou sua equipe no 4-2-3-1 com: Thiago Rodrigues; Paulo Henrique, Leandro Castán, Rodrigo Defendi e Henrique; Luiz Camargo e Anderson; Lima, Diego e Kelvin; Léo. Do tripé de meias tricolor, o Lima era quem mais auxiliava na marcação.
Com Somália e Éverton responsáveis pela armação das tramas ofensivas e a dupla Herrera/Caio no comando do ataque, o Botafogo iniciou o duelo mais presente no campo ofensivo do que o Paraná e com 10 minutos já havia assustado o goleiro Thiago Rodrigues em arremates do Herrera e do Márcio Rosário. O resultado da melhor postura ofensiva alvinegra veio aos 15 minutos, quando Somália cobrou córner e o zagueiro Antônio Carlos, uma das principais armas de ataque do Fogão, sacudiu o barbante de cabeça. Porém, o torcedor botafoguense nem havia terminado de comemorar o gol marcado, o Paraná empatou o escore na mesma moeda, com o Lima batendo escanteio e o zagueiro Rodrigo Defendi completando de cabeça pro fundo do gol.
Com a igualdade no placar, o Botafogo não apresentou mais o mesmo ímpeto ofensivo dos minutos iniciais e, apesar de três finalizações do Éverton, o jogador mais produtivo da equipe, encontrou dificuldades para arquitetar boas tramas de ataque. Enquanto isso, o Paraná, na base da velocidade de seus homens de frente, tentava assustar o goleiro Jefferson, o que conseguiu aos 44 minutos em assistência do Diego e finalização do Léo. Já nos acréscimos da 1ª etapa, o volante paranaense Luiz Camargo agrediu o Herrera com o jogo parado e foi justamente expulso.
Para o 2º tempo, Caio Junior sacou o volante Rodrigo Mancha e colocou o garoto Willian, procurando explorar a vantagem de ter um homem a mais. O estreante treinador não imaginava, porém, que o resultado seria tão imediato, com o Willian aproveitando uma falha do inseguro goleiro Thiago Rodrigues, após arremate do Somália, para recolocar o Fogão na frente. Caio Junior também não esperava que o Somália, com apenas 2 minutinhos da 2ª etapa, passasse a vassoura no Diego, recebesse o segundo cartão amarelo e fosse mais cedo para o chuveiro.
Com 10 homens de cada lado, não havia nenhum motivo para o Botafogo recuar e segurar o resultado ao invés de buscar a vitória por dois gols de diferença, vitória esta que eliminaria o jogo de volta. No entanto, foi esta a postura adotada pelo Alvinegro, que até o apito final só iria organizar um bom ataque, através de uma arrancada do Willian que terminou com um chute para fora. Para se ter uma idéia de como a vitória por apenas um gol estava satisfazendo o Botafogo, o lateral Alessandro recebeu cartão amarelo aos 23 minutos por retardar uma cobrança de lateral. Como o Paraná, apesar de ter se esforçado para alcançar o empate, possui grandes limitações técnicas, o 2º tempo foi pobre em oportunidades de gols e o placar terminou com a vitória alvinegra por 2 x 1.
Para aqueles torcedores botafoguenses que pegavam no pé do ex-treinador Joel Santana e o chamavam de retranqueiro, a estréia do Caio Junior nem passou perto de saciar a vontade do torcedor de uma equipe ofensiva. Entre o segundo gol marcado, com 1 minuto da 2ª etapa, e o apito final, o Bota criou apenas uma chance de gol. Não estou querendo criticar o treinador Caio Junior, até porque ele está no comando da equipe há menos de uma semana. O que quero dizer é que o time ofensivo que o torcedor alvinegro tanto sonha não chegará do dia para noite. Será preciso muito treino e mais jogadores de qualidade.
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