Náutico 0 x 3 Vasco – Aflitos, Recife (PE)
Show de bola! Apresentando um grande poder ofensivo e muita solidez, o Vasco venceu o Náutico por 3 x 0 e deixou a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil muito bem encaminhada.
Contando com o apoio de sua grande torcida que lotava o Aflitos, o Naútico iniciou a partida escalado pelo treinador Roberto Fernandes em um ousado, pelo menos no papel, 4-3-3 com: Douglas, Elicarlos, Wescley, Válter e Aírton; Derley, Éverton e Eduardo Costa; Kieza, Ricardo Xavier e Bruno Meneghel. Pelo lado carioca, Ricardo Gomes recolocou o garoto Bernardo no banco de reservas e mandou o Vasco para campo organizado em um 4-3-1-2 com: Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Ramón; Rômulo, Felipe Bastos e Felipe; Diego Souza; Eder Luís e Alecsandro.
Poucos segundos após o apito inicial, o Náutico quase fez a alegria de seus torcedores quando o Bruno Meneghel, aquele mesmo que foi vice-artilheiro do Carioca de 2009 pelo Resende, obrigou o Fernando Prass a realizar boa defesa. No entanto, com muita consciência e tranquilidade, o Vasco soube esfriar a torcida e o adversário e gradualmente passou a ganhar o controle do jogo. E mais, não só passou a dominar as ações em campo como a criar diversas oportunidades de gols. O Cruzmaltino chegaria às redes aos 31 minutos, com o zagueirão Dedé de cabeça, mas antes disso já havia assustado o goleiro Douglas em uma cabeçada do próprio Dedé, que acertou a trave, e duas finalizações do Diego Souza, que não estava com a pontaria boa. A superioridade do Vasco era tamanha que nem mesmo o 1 x 0 no placar diminuiu o volume do time, e a vantagem só não foi ampliada porque um longo arremate do Felipe Bastos explodiu na trave e uma jogada monumental do Ramón terminou com o zagueiro Válter salvando o Timbu em cima da linha. Vale ressaltar a variedade ofensiva apresentanda pelo Vasco nesta 1ª etapa, com ataques por ambos os flancos, bom aproveitamento das bolas paradas e muita participação dos meias Felipe e Felipe Bastos.
Para o 2º tempo, o treinador Roberto Fernandes percebeu o amplo controle vascaíno no meio-campo e sacou o atacante Kieza para a entrada do Willian, buscando ocupar mais a meiúca e diminuir o domínio do adversário. Infelizmente, para o torcedor pernambucano, a alteração não surtiu efeito e o Vasco permaneceu senhor do jogo. Concentrando mais os avanços pelo lado direito, com o Eder Luís mais participativo do que nos primeiros 45 minutos, o Cruzmaltino não demoraria a sacudir o filó. O relógio apontava 6 minutinhos quando Alecsandro, em condição irregular, não encontrou problemas para empurrar a assistência do Eder Luís para o fundo do gol. Apesar de o Aírton, lateral-esquerdo do Náutico, ter realizado linda jogada e carimbado a trave, aos 25 minutos, o Naútico não apresentou, em nenhum momento do 2º tempo, força para buscar o resultado. Pelo contrário, mesmo com a vantagem de dois tentos o Vasco permaneceu no campo ofensivo e criando chances de gols. Allan, Diego Souza, Felipe Bastos, Bernardo e Jumar, em ordem cronológica, desperdiçaram oportunidades de dar ao Vasco o terceiro gol, com destaque para a incrível chance perdida pelo Bernardo após driblar o goleiro. Já nos acréscimos, contudo, a grande atuação vascaína seria premiada com mais um gol quando Bernardo cobrou falta com categoria e sacudiu o barbante.
Tanto o técnico Ricardo Gomes quanto os jogadores cruzmaltinos merecem aplausos pela excelente apresentação contra o Náutico em um lotado Aflitos. Sem dúvida nenhuma aquele Vasco sem vontade, sem organização e sem qualidade técnica, que disputou a Taça Guanabara, já não existe mais.
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