Fluminense 0 x 3 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Cheio de reservas, autoridade e bom futebol, Fogão faz 3 a 0
no Fluminense e se mantém vivo no Carioca.
Antes de a bola rolar, seria mais do que válido imaginar que
o Fluminense, mais uma vez escalado com o que Renato Gaúcho considera seu onze
ideal, apresentaria protagonismo diante de um Botafogo sem um único titular. No
futebol, porém, o que se imagina antes do primeiro trilar do apito tem o valor
de um dólar furado.
Com os laterais Bruno e Carlinhos tímidos no ataque e frágeis
na defesa, Jean a errar passes em sequência, Sóbis e Fred desconectados e toda
a responsabilidade criativa nas costas do pequeno notável Conca, o Fluminense
não foi nem rascunho do time que deu um baile no Flamengo há alguns dias.
Conca, mais uma vez, esbanjou categoria. Mesmo com marcadores
no seu cangote, o argentino fez de tudo para levar o Tricolor à frente, mas seus
parceiros passaram longe de uma boa jornada. Para “coroar” a apresentação
tricolor, Fred, no fim, ainda cobrou pênalti de maneira péssima para defesa de
Helton Leite.
Pelo lado do Botafogo, nada de infertilidade e
desorganização. Defensivamente, zagueiros, laterais e volantes alvinegros foram
bem sucedidos em impedir a criação tricolor, apesar de terem exagerado na
violência (Aírton e Gabriel, bateram a torto e a direito). Ainda na proteção, destaque
também para o auxílio na do garoto Daniel e do veterano Renato. No entanto, os
aplausos mais efusivos para a atuação botafoguense devem ser direcionados ao
setor ofensivo.
Bolatti comandou o meio-campo com cabeça em pé, passes
curtos, lançamentos e ainda arrumou tempo para aparecer na área e completar,
tal qual um centroavante, a vitória. Falando em centroavante, Henrique, com um
gol em cada tempo, deu corpo ao triunfo. Palmas também para Gegê, que muito se
movimentou e deu dinâmica ao ataque, e Lucas, que voltou a apresentar seu bom
jogo de frente.
A maiúscula vitória dos suplentes alvinegros não pode,
entretanto, apagar a opção de Eduardo Hungaro, que ao escolher por poupar seus
principais jogadores perdeu uma grande oportunidade de dar mais liga, ritmo,
familiaridade e cancha ao seu time titular.
Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Elivélton e
Carlinhos (Chiquinho); Valencia (Wágner), Jean e Diguinho; Conca; Rafael Sóbis (Walter)
e Fred. Técnico: Renato Gaúcho.
Botafogo: Helton Leite; Lucas (Lodeiro), Dankler, André Bahia
e Junior Cesar; Airton (Gabriel) e Bolatti; Gegê (Jorge Wagner), Renato e
Daniel; Henrique. Técnico: Eduardo Hungaro.
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