León 2 x 1 Flamengo – Nou Camp, León (México)
Com um homem a menos desde o minuto 12 do primeiro tempo,
Flamengo não suporta o poderio ofensivo do León e perde na estreia da
Libertadores.
O duelo em León ignorou a chamada fase de estudos e começou
com o anfitrião de peito aberto e o visitante a mostrar que não se contentaria
apenas em se defender. Logo aos cinco minutinhos, Hernane cabeceou em cheio no
travessão, enquanto o León já assustava com Boselli desde os primeiros segundos.
Esse lá e cá poderia ser a tônica dos 90 minutos. Poderia,
mas não foi, pois, aos 12, Amaral deu entrada criminosa no pequenino Montes e
recebeu o vermelho. Nos primeiros minutos após a expulsão, o Flamengo se mostrou
perdido, sem conseguir sequer passar da linha central, e viu o León criar
raízes ao redor de sua área.
Somente lá pelos 30 minutos que o Rubro-Negro conseguiu puxar
um ar, mas, justamente quando começava a se recompor, Boselli, de pênalti, abriu
o placar. Sem criatividade e poder ofensivo, o Flamengo encontrou nas bolas
paradas levantadas por Elano uma alternativa. Foi assim que, aos 42, Cáceres
subiu de cabeça para igualar tudo.
Diante do desenho da partida, um empate seria um bom
resultado para o clube da Gávea, só que o Léon voltou rugindo alto do intervalo.
Com técnica nos passes, jogadas rápidas pelo meio, e muita intensidade, os
mexicanos cresceram em campo. Exceto os zagueiros Márquez e Magallón e o
volante Vásquez, o León era só ataque.
O dinâmico Peña, o habilidoso Montes, o profundo Arizala, o
participativo Britos e o letal Boselli construíam um “melhor momento” atrás do
outro. O arqueiro Felipe fez de tudo para garantir o empate (até defendeu pênalti-cavadinha
do Boselli, aos 14), mas o Léon criou uma dezena de oportunidades, retomou a liderança
com Arizala, aos 22, e se caprichasse um pouquinho sairia de campo com uma
vitória mais contundente.
Durante toda a etapa final, o Flamengo teve um cruzamento de
Elano que beijou a trave e umas poucas avançadas do Léo Moura. Com bons olhos,
vale ressaltar a luta rubro-negra com 10 homens por quase todo o confronto. Com
um tom mais severo, vale criticar uma tímida produção ofensiva e uma retaguarda
que permitiu 13 claras chances de gol ao adversário.
León: Yarbrough; Magallón, Rafa Márques, Gonzalez (Arizala) e
Hernández; Vásquez, Peña e Montes; Britos, Loboa (Navajo) e Boselli. Técnico:
Matosas.
Flamengo: Felipe; Léo Moura, Wallace, Samir e André Santos;
Cáceres e Amaral; Elano (Muralha), Mugni (Alecasandro) e Everton (Paulinho);
Hernane. Técnico: Jayme de Almeida.
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