Botafogo 4 x 0 Deportivo Quito – Maracanã, Rio de Janeiro
(RJ)
Artilheiro da Libertadores de 2011, Wallyson marca três vezes
e Fogão se garante na fase de grupos do principal torneio sul-americano com
goleada sobre o Deportivo Quito.
Diante de uma partida que envolve toda a tensão de um mata-mata
e a obrigação de reverter uma desvantagem, o Botafogo poderia ter optado por um
jogo mais jogado, com bola no chão. Para isso, porém, seriam necessários entrosamento
e treinamento que o Fogo atual ainda não tem. A saída, então, foi apostar num
ritmo mais intenso, explorando bolas longas e cruzamentos sobre a área
equatoriana.
Na primeira etapa, com Wallyson e Lodeiro ligados, Edilson e
Jorge Wagner calibrados e Ferreyra de referência, foi sempre nas bolas aéreas,
que o Bota construiu os seus melhores momentos. Lodeiro e Ferreyra cabecearam
com perigo, o mesmo Ferreyra acertou o poste e Wallyson, aos 36, aproveitou
cruzamento de Edilson e desvio de Jorge Wagner para, num belíssimo arremate,
abrir o escore.
Com o gol, o Deportivo Quito, sempre postado com duas linhas
de quatro e uma fisicamente forte dupla de centroavantes (Calderón/Estupiñán)
para prender a atenção de Dória e Bolívar, foi às cordas como um boxeador
atordoado. Porém, conseguiu chegar ao intervalo com o placar que levaria o jogo
para as penalidades e o pensamento de que dos males possíveis acontecera o
menor.
À primeira vista, a etapa final não se mostrava promissora
para o Botafogo, que passou a encontrar problemas até para alçar a redonda na
zona do agrião e começou a cometer faltas duras e reclamar com a arbitragem.
Mais aflita, a torcida já se irritava com as seguidas falhas técnicas do
centroavante Ferreyra, e pedia cada vez mais alto por Elias. Elias veio, e o
jogo mudou. E como mudou!
Primeiro, aos 21, ele deu vida a um contra-ataque que
terminou em passe de Lodeiro e drible e finalização perfeita de Wallyson. Aos 34,
quando o Bota recuava perigosamente seduzido pela sensação prematura de dever
cumprido, foi o próprio Elias quem acionou o herói da noite. Mais um de
Wallyson: três a zero. Já nos acréscimos, ele voltou a ser decisivo ao dar
assistência de cabeça para Henrique fechar uma vitória maiúscula e que embala o
Fogão rumo a uma sempre traiçoeira fase de grupos de Libertadores.
Botafogo: Jefferson; Edílson, Bolívar, Dória e Julio Cesar;
Marcelo Mattos e Gabriel; Wallyson (Henrique), Lodeiro e Jorge Wagner (Rodrigo
Souto); Ferreyra (Elias). Técnico: Eduardo Hungaro.
Deportivo Quito: Ramirez; Chinga, Bonjour, Romero e Vayas;
Andrade, Olivo (Bravo), Feraud (Morales)e Vega; Calderón e Estupiñán (Lara).
Técnico: Garay.
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