Botafogo 2 x 1 Fluminense – Estádio Nilton Santos, Rio de
Janeiro (RJ)
Botafogo deixa a alma em campo, bate o não menos valente Fluminense
por 2 a 1 e se classifica para a decisão do Carioca após vitória na disputa de
pênaltis com gol do goleiro Renan.
Os primeiros 25 minutos do Botafogo no Niltão foram de uma
intensidade arrepiante. Sufocando os pensadores tricolores e disputando cada
bola como se fosse uma entrada de graça em um rodízio de pizzas, o Glorioso deu
uma aula de imposição tática e física. O domínio foi tão avassalador neste
período que além dos dois gols marcados (Fernandes, aos 5, e Bill, aos 21), o
Fogo ainda criou mais duas chances com Rodrigo Pimpão, que, diga-se de
passagem, era um espetáculo à parte, com lençóis, voleios, arrancadas...
Somente aos 29, com uma cabeçada na trave do zagueiro Gum, o
Fluminense deu sinal de vida. E ganhou vida, pois, a partir deste lance, o
Botafogo, por já possuir o placar que necessitava, trocou o ímpeto pelo
conservadorismo, enquanto o começou a ter a bola nos pés ao invés de meter os
pés na bola.
Ainda antes do intervalo, aos 42, Jean, em pênalti cometido
por Renan sobre Kenedy, marcou para o Flu. Porém, foi no segundo tempo que o
Tricolor concretizou o domínio da partida. Antes recuado, o Bota estava agora acuado.
Acuado por um Fluminense que atacava com tudo. Giovanni avançava, Gerson
distribuía, Kenedy arriscava, Robert se movimentava...
A cada giro do relógio o Botafogo se mostrava mais combalido
fisicamente, um preço a pagar pelo início intenso e pela bobeada de René
Simões, que, aos 20, já havia feito todas suas substituições. Apesar de um bom
arremate do Jobson, atacar não estava mais nos planos alvinegros.
No entanto, se é verdade que o Renan não podia piscar diante
do volume ofensivo tricolor, também é verdade que o arqueiro botafoguense não
precisou realizar sequer uma defesa, até porque, na melhor chance do Flu, Gum voltou
a acertar a trave. O Bota não atacava e o Flu não definia. E assim chegou a
disputa de pênaltis. E que disputa! Depois de 10 cobranças com oito convertidas
para cada lado, Cavalieri jogou a sua na arquibancada e Renan colocou o Bota na
final.
Botafogo: Renan; Gilberto, Renan Fonseca, Diego Giaretta e
Carleto; Marcelo Mattos, Willian Arão, Elvis (Gegê) e Fernandes (Luis Ricardo);
Rodrigo Pimpão (Jobson) e Bill. Técnico: René Simões.
Fluminense: Diego Cavalieri; Wellington Silva, Gum, Marlon e
Giovanni (Renato); Jean e Edson; Kenedy, Gerson e Wágner (Robert); Vinícius
(Marlone). Técnico: Ricardo Drubscky.
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