Danubio 1 x 2 São Paulo – Luis Fanzini, Montevidéu (Uruguai)
Com direito a falha de Rogério Ceni, um futebol patético e
muito sofrimento, São Paulo vence o Danubio e segue dependendo de suas próprias
forças para avançar na Libertadores.
Numa opção que o passar dos minutos mostrou ser equivocada, o
São Paulo entrou em campo com três volantes (Rodrigo Caio, Hudson e Souza) e um
zagueiro, Paulo Miranda, improvisado na lateral-direita. Diante desta escolha, o
panorama logo ficou claro: o Sampa só produziria ofensivamente se Ganso, Michel
Bastos e Pato chamassem a responsabilidade de criar as ações ofensivas.
Na etapa inicial, como os três estiveram apagados, o São
Paulo construiu apenas duas ocasiões de gol: uma tramada pelo próprio trio e
finalizada por Pato e uma bola alçada na área pelo Bastos que o zagueiro Pereyra
quase fez contra. Fora isso, a apatia foi a palavra símbolo do primeiro tempo
tricolor.
O Danubio, por sua vez, mesmo repleto de limitações técnicas,
se mostrava bem à vontade em campo. Com a marcação bem encaixada e pronto para
aproveitar qualquer bobeada paulista, o Danubio tanto incomodava que o São
Paulo a todo instante parava o jogo com faltas. Em uma delas, no início da
segunda etapa, Sosa aproveitou rebote de falta cobrada por ele mesmo e acertou
um forte, mas defensável, chute de fora da área para fazer um a zero.
Diante da situação desesperadora, Luís Fabiano logo veio a campo,
mas foi Pato quem, aos 15, empatou após cruzamento de Michel Bastos. A
igualdade, porém, não mudou muito o cenário, que ainda via um Sampa faltoso e
apático e um Danubio determinado e confiante. Pelos brasileiros, somente Michel
Bastos sabia o que fazer com a redonda, enquanto, pelos uruguaios, Fornaroli
fazia fumaça sempre que pegava na pelota.
Somente nos últimos 15 minutos, e mesmo assim na base do
bumba-meu-boi, o São Paulo rascunhou algo próximo de uma pressão. A
apresentação não mais podia ser salva, mas os três pontos, sim. E a salvação
veio já nos acréscimos, novamente pelos pés de Michel Bastos, que levantou a bola
na área para Centurión marcar aquele que é o gol mais importante do São Paulo até
este momento de 2015.
Danubio: Torgnascioli; Cristian González, Pereyra e Ricca;
Graví, Ignácio González, Formiliano (Ghan), Milesi (Viana) e Sosa; Fornaroli e
Castro (Silvera). Técnico: Leonardo Ramos.
São Paulo: Rogério Ceni; Paulo Miranda (Centurión), Rafael
Tolói, Dória e Reinaldo; Rodrigo Caio (Luis Fabiano), Hudson e Souza; Michel
Bastos e Ganso (Lucão); Alexandre Pato. Técnico: Milton Cruz.
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