Atlético Mineiro 2 x 0 Colo-Colo – Independência, Belo
Horizonte (MG)
Atlético Mineiro honra a fama de time das reviravoltas, bate
o Colo-Colo por 2 a 0 e avança à fase mata-mata da Libertadores.
Ronaldinho, Réver e Jô, alguns pilares dos memoráveis retornos
na gloriosa Libertadores de 2013, não estavam em campo. Marcos Rocha, Leonardo
Silva e Diego Tardelli, essenciais nas missões quase impossíveis da Copa do
Brasil de 2014, também não enfrentaram o Colo-Colo. No entanto, se os jogadores
não eram os mesmos, o Atlético Mineiro deixou claro que espírito de “eu
acredito” forjado nos últimos anos segue firme e forte.
Na etapa inicial, que alternou muita chuva e chuva demais, o
Galo não deu paz à retaguarda chilena. Rafael Carioca e Dátolo arredondaram as
saídas de bola, Patric e Luan fizeram o inferno pelo flanco direito, e Lucas
Pratto deu uma aula de como ser um centroavante. Porém, para classificar os
primeiros 45 minutos atleticanos como impecáveis faltou mais precisão nas
conclusões, pois das seis oportunidades de gols criadas, o Galo transformou
apenas uma em bola na rede: aos 18, Patric avançou pelo meio e rolou para o
mortal Pratto abrir o escore.
A sensação era a de que se voltasse do intervalo com o mesmo
ritmo, o Atlético não tardaria a conseguir o placar de dois a zero que
necessitava. Mas a verdade é que o Galo começou o segundo tempo de forma
claudicante e permitiu até que o Colo-Colo trocasse os chutões para frente por
transições mais conscientes. Os lances incisivos de antes não mais apareciam, e
o caminhar do relógio começava a atazanar os atleticanos em campo e nas
arquibancadas.
Aos 20, porém, veio a chance de ouro: pênalti do goleiro
Garcés sobre o incansável Luan. Porém, o ouro era fajuto: Guilherme desperdiçou
a cobrança. O temor da passagem do tempo voltava a incomodar, mas se tem time
no Brasil que não se desespera diante deste incômodo, este time é o Atlético.
Aos 34, Rafael Carioca acertou um chute milagroso de fora da área e fez o gol
salvador. Faltava segurar 10 minutos de pressão. O Atlético segurou e escreveu,
no livro de sua história, mais uma página do cada vez mais grosso capítulo das
reviravoltas.
Atlético Mineiro: Victor; Patric, Edcarlos, Jemerson e
Douglas Santos; Rafael Carioca e Dátolo; Luan (Danilo Pires), Guilherme (Eduardo)
e Carlos (Maicosuel); Pratto. Técnico: Levir Culpi.
Colo-Colo: Garcés; Cáceres, Barroso e Vilches; Fierro, Rodríguez,
Baeza, Esteban Pavez e Luis Pavez (Flores); Vecchio (Carvalho); Paredes.
Técnico: Héctor Tapia.
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