Náutico 0 x 2 Flamengo – Arena Pernambuco, Recife (PE)
Com gols do garoto Jorge e do matador Guerrero, Flamengo bate
Náutico em Recife e avança para as oitavas de final da Copa do Brasil.
Pela escalação inicial de um trio de volantes (Jonas-Cáceres-Canteros)
e pela excessiva troca de passes horizontais foi possível perceber que o
Flamengo, mesmo com a necessidade de balançar as redes, começou o embate querendo
tirar a velocidade do jogo. Nem a entrada do avante Marcelo Cirino no lugar do
contundido Jonas, aos 33, mudou a postura do Fla, que seguia cozinhando o
Náutico em fogo baixo, fazendo a bola rolar daqui para lá, de lá para acolá, e,
se possível, mas somente se possível, tentava uma jogada mais incisiva.
Em toda a primeira etapa, esta jogada mais incisiva rubro-negra
apareceu em três oportunidades, duas com o Guerrero e uma com o Emerson Sheik.
Bons lances, mas não o suficiente para superar a retaguarda pernambucana
comandada pelo veterano Fabiano Eller, que, diga-se de passagem, jogou uma bola
redondinha. Foi somente aos 5 minutos da segunda etapa, através de um avanço
providencial e um arremate certeiro do lateral Jorge, que o Flamengo anotou o
gol que precisava para se classificar. Isso, claro, se o Náutico não fosse às
redes, pois o um a um levava o jogo às penalidades.
Sem alternativas a não ser atacar, o Timbu foi à frente. E
mais, foi à frente como se não houvesse o amanhã. A partir do minuto 10, o
treinador Lisca começou a empilhar novos atacantes em seu time e o Náutico,
cheio de confiança e ímpeto, passou a criar chances de gols em profusão. Até o
minuto 31 foram nada menos do que cinco oportunidades perigosas, mas a falta de
pontaria e, principalmente, o goleiro César mantinham a vantagem flamenguista.
Foi neste cenário de pressão alvirrubra que, aos 33, Marcelo
Cirino escapou em contra-golpe e rolou para Guerrero marcar o segundo tento
flamenguista e fechar o caixão do Náutico, que não encontraria mais forças psicológicas
para buscar uma necessária virada. Classificação garantida à parte, vale
ressaltar que em pouco mais de uma semana o Flamengo já foi pego pela “Guerrerodependência”.
Seria cômico se não fosse trágico...
Náutico: Julio Cesar; Guilherme (Josimar), Flávio, Fabiano
Eller e Fillipe Soutto; Willian Magrão, João Ananias, Marino e Douglas;
Rogerinho (Renato) e Stéfano Yuri (Bérgson). Técnico: Lisca.
Flamengo: César; Pará, Marcelo, Wallace e Jorge; Jonas
(Marcelo Cirino), Cáceres (Márcio Araújo) e Canteros; Emerson Sheik, Everton (Arthur
Maia) e Guerrero. Técnico: Cristóvão Borges.
Emerson Sheik e Guerreiro caíram como luva no ataque do Flamengo. Não sei como o Corinthians deixou os dois saírem pra gastar dinheiro com Wagner Love e Cristian.
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