Brasil 0 x 1 Argentina – Estádio Xeque Khalifa, Doha (Qatar)
Em um duelo que teve muito mais cara de amistoso do que de Brasil x Argentina, Messi sacudiu o barbante nos segundos finais e pôs fim à invencibilidade do comandante Mano Menezes.
Em um duelo que teve muito mais cara de amistoso do que de Brasil x Argentina, Messi sacudiu o barbante nos segundos finais e pôs fim à invencibilidade do comandante Mano Menezes.
O Brasil entrou em campo organizado em um 4-3-3 sem homem de referência com Victor; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e André Santos; Lucas, Ramires e Elias; Robinho, Ronaldinho Gaúcho e Neymar. O tripé ofensivo se postou com Neymar pela esquerda, Robinho pela direita e Ronaldinho centralizado e mais recuado do que seus parceiros de frente. Pelo lado argentino o treinador Batista também optou pelo 4-3-3 com Romero; Zanetti, Pareja, Burdisso e Heinze; Mascherano, Banega e Pastore; Messi, Higuaín e Di María. A principio a Argentina teria Messi de ponta-direita, Di María de ponta-esquerda e Higuaín de referência, porém o Messi de hoje é um jogador de enorme movimentação e em nenhum momento se comportou com um ponta.
Durante toda a 1ª etapa o Brasil teve maior controle da posse de bola e das ações ofensivas, porém sem apresentar um grande poder de penetração. Uma excelente tabelinha entre David Luiz e Daniel Alves que terminou com arremate do lateral explodindo no travessão e um magistral toque de calcanhar do Ronaldinho, após tumulto na área argentina em cóner cobrado pelo Neymar foram as principais, ou melhor, únicas oportunidades contundentes criadas pelo Brasil. A Argentina, por sua vez, chegou ao gol brasileiro em uma linda troca de passes que foi finalizada com uma bomba do Messi triscando o travessão. Vale ressaltar também duas grandes defesas realizada pelo goleiro brazuca Victor em finalizações do Higuaín, em lance já parado pela arbitragem por impedimento. Falando mais um pouco desse 1º tempo do Brasil, confesso que não me agradou muito. Se o meio-campo formado por Lucas, Ramires e Elias esteve muito bem na marcação e na valorização da posse de bola, não se pode dizer o mesmo de sua participação ofensiva. Ficou faltando, principalmente ao Elias, mais chegada, ser mais incisivo. Outro ponto que não me agradou foi a ausência de uma das jogadas mais básicas do futebol: ataque pelos lados do campo visando um centroavante na área rival. Não quero dizer que o Brasil tem que passar o jogo inteiro alçando bolas na área, mas o a Seleção desprezou muito as chegadas dos laterais ao fundo. Seria pela falta de um centroavante? Creio que sim.
Se os primeiros 45 minutos brasileiros não me agradaram muito, os que vieram após o intervalo foram ainda piores. Pode parecer mentira, mas o Brasil passou todos os minutos da 2ª etapa sem conseguir criar sequer uma trama ofensiva de qualidade. Nadica de nada! No máximo alguns chutes de longe e bolas paradas que não são dignos de nota. Na Seleção Argentina apenas uma leve melhora em relação à 1ª etapa com a entrada de Lavezzi caindo pelo lado direito e dando mais trabalho ao setor defensivo brasileiro. Com exceção do Mascherano, que é um jogador viril até mesmo em churrasco de fim de ano, e de um bate-boca entre o Ramires e o Banega, o jogo teve mais cara de amistoso do que um amistoso deve ter. No fim, aos 46 minutos, Messi aproveitou uma bobeada do estreante meia Douglas, marcou um golaço e fez valer o ingresso comprado pelos torcedores presentes ao Estádio Xeque Khalifa.
É claro, óbvio e evidente que não esperava encontrar uma equipe brasileira já pronta, em seu quarto jogo sob o comando do Mano Menezes. No entanto, esperava bem mais da Seleção. Tanto tecnicamente quanto taticamente.
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