Vasco 2 x 1 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)
Quarta-feira de cinzas? Não para o Vasco! Com gols de Alecsandro e Diego Souza o Cruzmaltino virou para cima do Flamengo e se garantiu na decisão da Taça Guanabara.
Sem sequer um pontinho perdido na Taça Guanabara, o Vasco foi para a semi final escalado pelo Cristóvão Borges no 4-3-3 com: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Rodolfo e Thiago Feltri; Juninho Pernambucano, Nilton e Fellipe Bastos; William Barbio, Diego Souza e Alecsandro. Pelo lado do Flamengo, o multi-campeão carioca Joel Santana também optou por um trio ofensivo e organizou a equipe no 4-3-3 com: Felipe; Léo Moura, Gustavo, Welinton e Junior Cesar; Willians, Aírton e Renato; Deivid, Ronaldinho e Vagner Love.
Os torcedores ainda se ajeitavam nas poltronas de suas casas ou nas cadeiras do Engenhão quando Vagner Love acertou um tijolo de perna esquerda e abriu o placar para o Flamengo. Um gol tão cedo em um clássico semi final tinha tudo para dar ao Fla o domínio do jogo, mas não foi o que ocorreu. Sob o comando do almirante Juninho Pernambucano, a nau vascaína retomou o seu rumo e chegou ao empate no minuto 14, gol do artilheiro Alecsandro após falha do Felipe em chute longo do próprio Juninho. A vantagem fez bem ao Cruzmaltino, que seguiu melhor postado e arriscando chutes longos até que, a partir dos 30 minutos, o jogo virou uma verdadeira roleta russa com ambos os times construindo ótimas oportunidades de gols. Pelo Flamengo, Deivid obrigou Fernando Prass a realizar boa defesa e, em seguida, desperdiçou uma oportunidade a um palmo da linha fatal, enquanto o Vasco fez o Felipe a se redimir de seu erro com duas boas defesas – arremates do Diego Souza e do Juninho – e ainda teve uma cabeçada do Diego Souza que passou raspando o poste.
Depois de um final de 1º tempo mais agitado que filme de ação dos anos 80, os rivais voltaram mais lentos e para a etapa final e nada de bom foi produzido nos primeiros 15 minutos. Os técnicos resolveram mexer seus pauzinhos: Bottinelli substituiu Deivid no Fla e Juninho deu lugar a Felipe no Vasco. De cara, o Flamengo parecia ter se dado melhor, já que o argentino logo armou duas boas tramas com o Love, coisa que o sumido Ronaldinho e o abalado Deivid não conseguiam. No entanto, aos 31 minutos, foi o Cruzmaltino que, em um rápido ataque, deu números finais ao confronto: Kim cruzou milimetricamente, Fagner cabeceou na pequena área, Felipe defendeu no reflexo e Diego Souza, também de cuca, completou para o fundo do barbante. Com pouco mais de 15 minutos pela frente, o Flamengo partiu na base do abafa, mas não conseguiu nem dar trabalho ao Fernando Prass.
Estas últimas linhas serão dedicadas para a atuação do Dedé. E que atuação! Fosse no mano a mano contra o empolgado Love ou na cobertura a seus companheiros, o zagueiro vascaíno esteve perfeito e teve uma apresentação digna de ser gravada em um DVD sob o título de “Como ser um zagueiro”. E mais! Sem cometer sequer uma falta. Hoje, em uma imaginária pelada com os jogadores que atuam por aqui, após o tradicional par ou ímpar, o Dedé seria escolhido atrás apenas do Neymar.
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