sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PELÉ VOLTA A SER HOMENAGEADO. FORA DO BRASIL, É CLARO.

Poucas coisas no mundo do futebol me deixam tão feliz quanto ver Pelé ser homenageado. E poucas me deixam tão triste quanto saber que raramente estas homenagens ocorrem em solo brasileiro.

Sem hipérboles, minha opinião é a de que Pelé deveria ser estudado nas escolas. Por que estudar os grandes escritores, poetas, músicos, políticos, generais e não Pelé? Por que todos aprendemos, quando crianças, a importância de Carmem Miranda na divulgação da imagem brasileira nos Estados Unidos e não nos ensinaram o mesmo sobre Pelé, o filho de nossa terra mais conhecido no planeta? Os amigos acreditam que em uma viagem recente que fiz para o México, um taxista fanático pelo futebol canarinho me pediu um autógrafo só pelo fato de eu ser brasileiro? E é óbvio que muito deste fanatismo do taxista Pedro se deve ao espetáculo proporcionado por Pelé e cia, na Copa do Mundo de 1970.

Pois bem, enquanto, por aqui, muitos praticam o “Pelé calado é um poeta”, como uma vez disse o Romário, o mundo continua a exaltar a imagem deste inigualável esportista. Desta vez, foi o distante Gabão, sede da atual Copa Africana de Nações, que decidiu agradecer ao Rei do Futebol. Primeiro, no duelo entre Mali e Costa do Marfim, Pelé foi aplaudido por todo o Stade de l'Amitié, em uma cena emocionante. Depois, neste mesmo estádio, ao lado do Presidente do Gabão, Omar Bongo Ondimba, o Rei foi homenageado com um portentoso busto.

Com o peito cheio de felicidade dou os parabéns ao Pelé por mais este reconhecimento. Sei que não foi o primeiro e nem será o último em sua vida. Infelizmente, também sei que os próximos dificilmente serão no Brasil.

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