quarta-feira, 5 de março de 2014

AMISTOSO INTERNACIONAL - ÁFRICA DO SUL X BRASIL

África do Sul 0 x 5 Brasil – Soccer City, Joanesburgo (África do Sul)

No mesmo dia de dois duelos entre finalistas mundiais – França x Holanda e Espanha x Itália – o Brasil enfrentou uma África do Sul que sequer foi capaz de avançar à fase final das Eliminatórias Africanas para a próxima Copa do Mundo. O segundo dos três gols de Neymar, antes do primeiro minuto da etapa final (Oscar e Fernandinho também foram às redes), foi a última pá de terra que sepultou um jogo que em momento algum teve vitalidade.

Júlio César fez uma boa defesa, mas ainda estamos longes de saber se a passagem pelo futebol norte-americano vai o atrapalhar no Mundial. Thiago Silva foi soberano e parecia ser capaz de anular, sozinho, o fragilíssimo ataque sul-africano. Desde a Copa das Confederações que David Luiz não mostra ser superior a Dante, como muito se propaga por aí.

Rafinha entrou para ser um lateral com funções defensivas e as cumpriu, permitindo que Marcelo e, depois, o improvisado Daniel Alves tivessem liberdade para subir pela esquerda. Daniel Alves a aproveitou. Marcelo, não. Paulinho participou de um gol do Neymar e só. Saiu para a entrada de Luiz Gustavo, substituição que deixou Fernandinho mais solto para dar bons passes e fazer um belo gol.

Oscar abriu a porteira com um gol de muita categoria em assistência brilhante de Hulk, mas, mesmo no marasmo de um jogo que se mostrou definido desde sempre, eles poderiam ter sido mais intensos. Como intenso foi Neymar, que brincou demais, jogou demais e fez gol demais. Ramires e Willian entraram no intervalo e ambos foram engolidos pela lentidão de um jogo já vencido.

Lá na frente, Fred levou a pior no duelo contra o zagueiro Ntheme, mas foi inteligente ao escapar da zona do agrião e dar ótimo passe para Neymar fazer o terceiro gol brasileiro. Uma assistência também foi a melhor participação de Jô, que, de cabeça, encontrou Neymar – sempre ele! – para fechar a goleada. Nossos centroavantes, porém, ficaram devendo em gols. Na verdade, sequer obrigaram o goleiro Williams a realizar uma defesa.


Se não a comissão técnica não queria correr o risco de enfrentar uma das favoritas à Copa do Mundo, que pelo menos optasse por um adversário capaz de testar o Brasil e não por um amistoso que acrescentou pouco mais do que um coletivo.

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