África do Sul 0 x 5 Brasil – Soccer City, Joanesburgo (África
do Sul)
No mesmo dia de dois duelos entre finalistas mundiais – França x
Holanda e Espanha x Itália – o Brasil enfrentou uma África do Sul que sequer
foi capaz de avançar à fase final das Eliminatórias Africanas para a próxima
Copa do Mundo. O segundo dos três gols de Neymar, antes do primeiro minuto da
etapa final (Oscar e Fernandinho também foram às redes), foi a última pá de
terra que sepultou um jogo que em momento algum teve vitalidade.
Júlio César fez uma boa defesa, mas ainda estamos longes de
saber se a passagem pelo futebol norte-americano vai o atrapalhar no Mundial. Thiago
Silva foi soberano e parecia ser capaz de anular, sozinho, o fragilíssimo
ataque sul-africano. Desde a Copa das Confederações que David Luiz não mostra
ser superior a Dante, como muito se propaga por aí.
Rafinha entrou para ser um lateral com funções defensivas e
as cumpriu, permitindo que Marcelo e, depois, o improvisado Daniel Alves
tivessem liberdade para subir pela esquerda. Daniel Alves a aproveitou.
Marcelo, não. Paulinho participou de um gol do Neymar e só. Saiu para a entrada
de Luiz Gustavo, substituição que deixou Fernandinho mais solto para dar bons
passes e fazer um belo gol.
Oscar abriu a porteira com um gol de muita categoria em
assistência brilhante de Hulk, mas, mesmo no marasmo de um jogo que se mostrou
definido desde sempre, eles poderiam ter sido mais intensos. Como intenso foi
Neymar, que brincou demais, jogou demais e fez gol demais. Ramires e Willian
entraram no intervalo e ambos foram engolidos pela lentidão de um jogo já
vencido.
Lá na frente, Fred levou a pior no duelo contra o zagueiro
Ntheme, mas foi inteligente ao escapar da zona do agrião e dar ótimo passe para
Neymar fazer o terceiro gol brasileiro. Uma assistência também foi a melhor
participação de Jô, que, de cabeça, encontrou Neymar – sempre ele! – para fechar
a goleada. Nossos centroavantes, porém, ficaram devendo em gols. Na verdade, sequer
obrigaram o goleiro Williams a realizar uma defesa.
Se não a comissão técnica não queria correr o risco de
enfrentar uma das favoritas à Copa do Mundo, que pelo menos optasse por um
adversário capaz de testar o Brasil e não por um amistoso que acrescentou pouco
mais do que um coletivo.
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