Botafogo 0 x 2 Flamengo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Flamengo bate Botafogo em clássico de poucas emoções, conquista
a Taça Guanabara e, de quebra, ainda elimina o rival do Campeonato Carioca.
Para o Flamengo a vitória valia a Taça Guanabara e a vantagem
do empate para a fase final. Para o Botafogo, a oportunidade de seguir vivo no
torneio, mesmo que com ínfimas chances de classificação. Em campo, um
Rubro-Negro que optou por poupar apenas os jogadores necessários e um Alvinegro,
novamente, foi escalado com onze reservas. Neste cenário, o Flamengo nem
precisou fazer muito esforço para confirmar seus objetivos, e não é exagero
dizer que os únicos dois lances ofensivos do clássico dignos de nota foram os gols,
marcados por Gabriel, aos 10 minutos do primeiro tempo, e por Léo, já no apagar
das luzes.
Numa análise geral, que pode perfeitamente ser realizada pois
a partida foi fria, sem alternâncias e previsível, o Flamengo trocou passes e
saiu para o jogo de forma mais redonda – méritos para os volantes Márcio Araújo
e Muralha –, se movimentou mais com os meias Everton e Gabriel, conseguiu
acionar o Hernane e apresentou um sistema defensivo mais sólido (Jayme parece
ter encontrado o núcleo de sua defesa com os zagueiros Wallace e Samir e o
volante Cáceres). Esta superioridade rubro-negra foi mais evidente na etapa
inicial, pois depois que o desgovernado volante botafoguense Airton foi expulso,
aos 21 minutos do segundo tempo, o Fla pisou ainda mais forte no freio.
O Botafogo... bem, o Botafogo apresentou em campo um resumo
da estratégia que sua comissão técnica adotou para o Campeonato. Foi um time
sonolento, desinteressado e desentrosado. Diferente taticamente do costumeiro
4-5-1, se postou com duas linhas de quatro e dois atacantes. Em poucas
palavras, duas linhas de quatro que se mostraram frágeis na marcação e
incapazes de fazer a bola chegar em condições minimamente aceitáveis para os
atacantes Henrique e Zeballos.
Agora, é hora de o Flamengo pensar a melhor estratégia (física,
tática, técnica e psicológica) para conciliar a fase final do Carioca e a
Libertadores. E também é hora de o Botafogo rever um planejamento que rendeu
quatro vitórias em 13 jogos num torneio onde sete times não disputam sequer a
Série D do Brasileiro.
Botafogo: Helton Leite; Lucas, Dankler, André Bahia e Junior
Cesar; Bolatti, Airton, Renato (Fabiano) e Daniel (Gegê); Zeballos e Henrique
(Higuinho). Técnico: Eduardo Hungaro.
Flamengo: Felipe; Léo Moura (Léo), Wallace, Samir e João
Paulo; Cáceres (Feijão), Márcio Araújo e Muralha; Gabriel (Paulinho) e Everton;
Hernane. Técnico: Jayme de Almeida.
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