Flamengo 2 x 2 Bolívar – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Everton marca duas vezes, defesa falha muito e Flamengo
apenas empata com Bolívar no Maracanã.
“ÔÔÔ!!! Vai pra cima deles, Mengo!”. Este é um dos gritos característicos
da torcida rubro-negra para embalar o time. Diante do Bolívar, sem poder se dar
ao luxo de perder pontos no Maracanã, era isso que o Flamengo precisava ter feito
desde o apito inicial. Era, mas não foi. Durante todo o primeiro tempo, o
Flamengo mostrou um futebol lento, sem criatividade e que exceto por um chute
fraco do Hernane e outro torto do Gabriel nada construiu. Responsáveis pela
organização ofensiva, Everton, Gabriel e, principalmente, Elano, não
conseguiram encontrar espaços dentro da encaixada retaguarda boliviana, esquematizada
num 3-4-3 onde todos participavam da marcação. E mesmo sem a mínima intenção de
se expor, o Bolívar ainda deu trabalho ao Felipe na etapa inicial, em chutes
longos de Arce e Moya.
O ritmo moroso e previsível que só interessava aos visitantes
mudou após o intervalo, o que não quer dizer que o Flamengo, enfim, tomou as
rédeas da partida. Pelo contrário, quem largou na frente foi o Bolívar: aos 7,
em falha de Wallace, Ferreira fez um a zero. Um preciso arremate de Everton,
dois minutinhos depois, empatou o escore e não deixou o nervosismo rubro-negro
aumentar ainda mais. A partir daí, com Paulinho cheio de ímpeto pela
lateral-direita, o Fla viveu seu melhor momento e conseguiu a virada, novamente
através de Everton. Com 25 minutos por jogar, era a hora de o Flamengo se impor,
fosse fazendo a bola rolar e o adversário correr ou através de uma pressão no
campo de ataque. Não fez nem um, nem outro. E pior, aos 27, João Paulo bobeou e
Pedriel empatou.
Daí até o fim, o Rubro-Negro buscou o triunfo na base da bola
rifada e do desespero. Como não foi bem sucedido, terá que buscar nos próximos
dois jogos como visitante os pontos que deixou escapar como mandante. Não será
nada fácil.
Flamengo: Felipe; Léo (Paulinho), Wallace, Samir e João
Paulo; Cáceres (Carlos Eduardo), Elano (Alecsandro) e Muralha; Gabriel e
Everton; Hernane. Técnico: Jayme de Almeida.
Bolívar: Quiñonez; Rodriguez, Cabrera e Gutierrez; Yecerotte
(Moya), Damir Miranda (Cardoso); Flores e Capdevila; Arce, Callejón (Pedriel) e
Ferreira. Técnico: Xavier Azkargota.
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