sábado, 16 de agosto de 2014

JOGOS INESQUECÍVEIS DO BRASILEIRÃO – CRUZEIRO 0 X 4 SANTOS - 2012


Cruzeiro 0 x 4 Santos

Campeonato Brasileiro 2012 – 34ª rodada

Estádio Independência, Belo Horizonte (MG)

03 de novembro de 2012

Público: 16.331 pagantes

Cruzeiro: Fábio; Ceará, Rafael Donato (Willian Magrão), Matheus Alves, Everton; Leandro Guerreiro, Sandro Silva (Fabinho), Charles e Montillo; Martinuccio (Wellington Paulista) e Anselmo Ramon. Técnico: Celso Roth.

Santos: Rafael; Galhardo, Bruno Rodrigo, Durval e Juan (Gerson Magrão); Adriano, Henrique, Arouca e Felipe Anderson; Neymar e André (Miralles). Técnico: Muricy Ramalho.

Gols: Neymar (Santos), aos 11’ e Neymar (Santos), aos 35’ do primeiro tempo; Felipe Anderson (Santos), aos 7’ e Neymar (Santos), aos 36’ do segundo tempo.

O Brasileirão de 2012 chegava à reta final e Cruzeiro e Santos não estavam mais na luta pelo título. Na verdade, ambos tinham pequenas chances matemáticas de conseguir uma vaga na Libertadores do ano seguinte. Porém, a pouca relevância em termos de tabela de classificação não impediu que o confronto entre celestes mineiros e alvinegros praianos entrasse para a história do nosso futebol. E tudo por causa de um cracaço de bola. Um cracaço chamado Neymar.

Em novembro de 2012, todos os amantes do bom futebol já tentavam se acostumar com o fato de que ter o Neymar em gramados tupiniquins era um privilégio com os dias contados, pois a qualquer momento a “Europa” chegaria para levar embora seus dribles e gols. Jogos com a Joia em campo eram para ser apreciados como o último biscoito recheado do pacote, e naquele sábado, 3 de novembro, Neymar esteve tão genial que foi apreciado até pelos torcedores adversários.


Com três gols, uma assistência para outro e a impetuosidade característica, Neymar detonou o Cruzeiro no Independência. Foi uma atuação tão acima do normal – e olha que o normal do craque santista em 2012 já era superior a tudo que por aqui se jogava – que provocou uma reação também anormal no torcedor do Cruzeiro, que, mesmo sofrendo as dores de uma goleada por quatro a zero, se levantou para aplaudir e gritar o nome de Neymar. Uma noite em que o futebol-arte superou o fundamentalismo das arquibancadas. 

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