San Lorenzo 1 x 0 Nacional – Nuevo Gasómetro, Buenos Aires
(Argentina)
No pulsante Nuevo
Gasómetro, San Lorenzo bate o paraguaio Nacional e conquista a Libertadores
pela primeira vez em sua história.
Os defensores da vitória a qualquer custo dizem que uma
decisão não se joga, se vence. Pois estes ganharam mais um exemplo para
defender a tese, pois o San Lorenzo passou longe de uma boa atuação, mas teve
como mérito saber vencer um jogo nervoso e com um peso histórico enorme.
De maneira até surpreendente, principalmente pelo que se viu
nos seus últimos jogos, o Nacional não começou o embate todo socado em seu
campo de defesa. Pelo contrário, acertou uma bola na trave com menos de um
minuto (arremate do Orué) e chegou a atacar algumas vezes com quatro ou cinco
homens, criando mais uma ótima chance, aos 17, em chute longo do volante
Torrales.
O San Lorenzo, definitivamente, não se sentia muito à vontade
em campo, e trocar passes, uma característica do time, parecia algo dificílimo
diante de tamanha tensão. Mas, como falamos antes, o mérito dos argentinos foi
saber vencer a final, e quando o lateral paraguaio Coronel meteu a mão na bola
dentro da área, aos 34, Ortigoza teve a calma para inaugurar o placar.
O gol fez um bem enorme ao San Lorenzo, que voltou do
intervalo mais tranquilo e, enfim, com a bola menos quente em seus pés.
Enquanto o Nacional já se agarrava a estratégia do bumba-meu-boi com ainda meia
hora por jogar e abusava dos chutões para frente e jogadas aéreas, Ortigoza,
Romagnoli e companhia argentina mantinham, sempre que possível, a posse da
bola, impedindo que qualquer pressão fosse realizada pelo adversário.
No desespero do “um por todos, todos por um”, o Nacional não
conseguiu mais do que uma finalização bem bloqueada com o Bareiro, e, nos
contra-golpes, o San Lorenzo até esteve mais perto de ampliar o escore do que
de vê-lo ser igualado. Mas não foi preciso. A vitória por um a zero foi mais do
que suficiente para abrir as portas da América a mais um gigante. E cá entre
nós, quanto tempo vai demorar para que os torcedores do San Lorenzo santifiquem
o Papa Francisco?
¡FELICITACIONES, SAN LORENZO!
San Lorenzo: Torrico; Buffarini, Cetto, Gentiletti e Más;
Mercier e Ortigoza; Villalba (Kalinski), Romagnoli (Kannemann) e Cauteruccio (Verón)
e Matos. Técnico: Edgardo Bauza.
Nacional: Ignacio Don; Coronel, Cáceres, Piris e Mendonza;
Riveros, Torrales e Orué (Montenegro); Melgarejo (Lusardi) e Benítez (Santa
Cruz); Bareiro. Técnico: Gustavo Morínigo.
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