Entre os dias
11 e 21 de outubro, Diego Tardelli realizou uma das melhores apresentações de
sua carreira, quando marcou os dois gols da vitória brasileira sobre a
Argentina, na China; participou da goleada verde-e-amarela contra o Japão, em
Cingapura; viajou mais de 24h para chegar ao Mineirão e ajudar seu Atlético
Mineiro a eliminar o Corinthians da Copa do Brasil de forma histórica; e ainda
atuou em duas rodadas do Brasileirão. Cinco partidas e meio planeta viajado em
10 dias e algumas horas. Incrível! Desumano!
Aos 29 anos,
Tardelli tem jogado como nunca. Tecnicamente, é imprevisível e dono de
arremates letais. Fisicamente, se entrega sempre e tem energia para fazer tudo o
que foi falado no primeiro parágrafo. Psicologicamente, apesar da expulsão contra
o Bahia nesta terça-feira, amadureceu demais em relação ao garoto lançado pelo
São Paulo em 2005 e que depois passou um tempo não muito frutífero na Europa.
Taticamente, se movimenta pelos dois flancos, recua para iniciar as tramas
ofensivas, puxa contra-ataques, faz o papel de centroavante, faz o papel de “falso”
centroavante, entra em diagonal, parte verticalmente como uma flecha...
Tardelli sabe
que nunca esteve tão próximo de se tornar um jogador de confiança da Seleção
Brasileira e que nunca foi tão idolatrado por uma torcida como atualmente é pela
atleticana. Sua entrega heroica com as camisas amarela e alvinegra é totalmente
compreensível. O que é inaceitável é que um dos melhores jogadores do nosso
país tenha a necessidade de tamanho sacrifício porque a CBF não possui
competência sequer para organizar um calendário.
Nesta quinta-feira,
Dunga convocará a Seleção para os últimos amistosos do ano. Não se sabe ainda
se serão chamados os jogadores que atuam por aqui, pois, caso sejam, estes
poderão desfalcar seus clubes em até três rodadas do Brasileiro e na primeira
partida final da Copa do Brasil. Assim, chegamos na seguinte situação: ou os
clubes saem perdendo, se seus atletas forem convocados, ou a Seleção sai
perdendo, se não forem. De qualquer forma, porém, o torcedor e o próprio jogador
perdem. E a CBF? Ela só quer saber se o volume do seu bolso aumentará.
O terrorismo de Dunga, é covarde. E a CBF, ah, pior que um puteiro... Aliás, o puteiro, recebe e cumpre.http://www.euvistoacamisadogalo.com.br/2014/10/o-menino-e-bola.html
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