Como México e Honduras mais se preocuparam em não fazer feio
do que em fazer bonito, bastou ao Brasil sair na frente do placar e tirar a
velocidade do jogo para garantir mais duas vitórias e atingir o décimo triunfo
em dez jogos na nova Era Dunga. Agora, após o término dos dois últimos
amistosos antes da Copa América, cabe a nós buscar a validade destes para a
preparação da Seleção, validade esta que é – ou pelos menos deveria ser – mais relevante
do que os resultados em si.
O maior benefício que os amistosos poderiam trazer à Seleção
seria encaminhar a definição do onze inicial para a Copa América. Com as
contusões prévias de Oscar e Luiz Gustavo e a de Danilo, esta já no embate
contra os mexicanos, vagas se abriram. Pois bem, amigos, a única certeza em
termos de time titular após os dois amistosos é a de que Fernandinho
substituirá Luiz Gustavo e formará com Elias a dupla de volantes.
Se Danilo não puder jogar (e parece mesmo que não vai),
Fabinho ocupará a lateral-direita ou Marquinhos será improvisado na posição? A
vaga de Oscar será ocupada pela criatividade de Philippe Coutinho ou pela
dinâmica de Fred? E ainda existe a dúvida principal, que não está relacionada
com nenhuma contusão: quem será o comandante de ataque, o letal Diego Tardelli
ou o “à vontade” Firmino? Para resolver estas dúvidas, amigos, os amistosos não
colaboraram.
Sem dúvidas esta Copa América que se aproxima será repleta de
jogos exaustivos em termos físicos e psicológicos para os brasileiros. Não
bastassem Argentina e Uruguai, certamente Colômbia e Chile estão sedentos por baterem
o Brasil e se vingarem da Copa do Mundo passada. Neste ponto, seria excelente
se “México B” e Honduras tivessem exigido da Seleção mais intensidade, pegada,
pressão, ímpeto... Porém, o Brasil nada mais teve do que dois amistosos sonolentos
com cara e focinho de amistosos.
Assim, após dois jogos preparativos que não prepararam muita
coisa, que venha a Copa América mais “carne de pescoço” dos últimos tempos...
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