Brasil 1 (3) x (4) 1 Paraguai – Estádio Ester Roa Rebolledo,
Concepción (Chile)
Com um futebolzinho de deixar o torcedor envergonhado, Brasil
volta a cair nos pênaltis diante do Paraguai e dá adeus à Copa América.
A patética campanha brasileira na Copa América foi encerrada
com chave de latão de lixo. Foram 90 minutos e mais acréscimos de um futebol incapaz
de dominar em momento algum um Paraguai sem medo de ser feliz. Inclusive quando
inaugurou o placar com Robinho, aos 14 minutos da etapa inicial, o Brasil se
via acuado diante da marcação adiantada e confiante do Paraguai.
A vantagem no escore até poderia ter feito bem à Seleção, mas
este Brasil de Dunga, assim como era o Brasil de Felipão que disputou o Mundial,
é incapaz de se impor diante do adversário. Falando em Dunga, vale notar uma opção
questionável que demonstra suas deficiências táticas: depois de encher o time
com jogadores que preferem os passes curtos, como Daniel Alves, Elias, Willian
e Robinho, o treinador passou o primeiro tempo inteiro se esgoelando para a
Seleção virar o jogo com lançamentos. Vai entender...
Com 30 minutos do primeiro tempo, o Paraguai percebeu que o
Brasil não iria tomar as rédeas da partida, encheu os pulmões de ar e, na base
da intensidade, se lançou ao ataque. A postura agressiva começou a dar
resultados na etapa final, quando González passou a caprichar nas bolas paradas.
Pelo alto, o Paraguai não somente deu um baita trabalho ao Jefferson como foi assim
que, aos 24, o cada dia mais desesperado e limitado Thiago Silva meteu intencionalmente
a mão na pelota. González, de pênalti, igualou tudo.
Ainda havia tempo para o Brasil se recuperar, mas não havia
qualidade técnica, organização tática, força física e tranquilidade
psicológica. Depois de passar mais de uma hora metendo o pé na bola ao invés de
ter a bola nos pés, o Brasil não trocou o chip, não se aproximou da vitória e
quase viu a derrota chegar num contra-ataque paraguaio.
A decisão foi para os pênaltis e, novamente, assim como nas
quartas de final de 2012, o Paraguai levou a melhor. A eliminação é triste, mas
mais triste é saber que muitos estão aliviados por não precisarem pegar a
Argentina. O sete a um deixou marcas...
Brasil: Jefferson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e
Filipe Luis; Elias, Fernandinho, Willian (Douglas Costa) e Philippe Coutinho;
Robinho (Éverton Ribeiro) e Firmino (Diego Tardelli). Técnico: Dunga.
Paraguai: Villar; Bruno Valdez, Paulo da Silva, Aguilar e
Píris; Cáceres, Aranda (Martínez), González e Benítez (Romero); Haedo Valdez
(Bobadilla) e Santa Cruz. Técnico: Ramón Díaz.
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