Brasil 2 x 1 Peru – Estádio Gérman Becker, Temuco (Chile)
Melhor jogador de seleções do planeta, Neymar leva Brasil nas
costas na apertada vitória sobre o Peru, na estreia da Copa América.
Nada melhor para um time que não se considera favorito do que
um gol nos primeiros minutos, como conseguiu o Peru, aos 2, após trapalhada de
David Luiz e Jefferson e finalização de Cueva. E nada melhor para um favorito
que sai atrás no placar do que a recuperação rápida, como conseguiu o Brasil
com Neymar, que, aos 4, surgiu inexplicavelmente livre dentro da área e empatou
de cabeça.
Os 15 minutos que se seguiram após o empate foram de pressão
brasileira e de Neymar imparável. O camisa 10 da seleção distribui passes e
arremates que por pouco não resultaram na virada. Porém, na metade final do
primeiro tempo, o Peru não apenas conseguiu mais espaços para respirar como
adquiriu confiança para trocar passes, fazendo com que a partida chegasse ao
intervalo com um cenário de equilíbrio.
As atuações apagadas de Willian e Diego Tardelli,
responsáveis pela criação ofensiva, ficaram ainda mais evidentes na segunda
etapa. Nos 30 primeiros minutos após o intervalo, o único lance brasileiro
digno de nota foi um chute longo do Neymar que explodiu no travessão, aos 7.
Neste período de meia hora, o Brasil não organizou tramas, não contra-atacou e não
teve domínio territorial, visto que o “à vontade” Peru até arriscou a
manutenção da posse de bola e uma marcação mais adiantada.
No sólido segundo tempo peruano, vale destacar a facilidade
com que o centroavante Guerrero ganhou de David Luiz e de Miranda a briga para
dominar os chutões para frente do goleiro Gallere, impedindo, assim, que o
Brasil se mantivesse no campo de ataque. Mas voltemos a Neymar, até porque,
após os 30, ele voltou a barbarizar. Ele puxou contra-golpe que Douglas Costas
desperdiçou, tabelou com Daniel Alves e finalizou a centímetros da meta, e, por
fim e no fim, deu uma assistência inacreditável para Douglas Costa decretar a
vitória.
Dos nove “melhores momentos” brasileiros, Neymar se fez
presente em oito. Daí a sensação de que, hoje, Neymar não é um jogador do
Brasil, mas o Brasil é que é a seleção do Neymar.
Brasil: Jefferson; Daniel Alves, David Luiz, Miranda e Filipe
Luís; Elias, Fernandinho, Willian (Éverton Ribeiro) e Fred (Roberto Firmino);
Neymar e Diego Tardelli (Douglas Costa). Técnico: Dunga.
Peru: Gallese; Advíncula, Zambrano, Ascues e Vargas (Yotún);
Ballón, Lobatón, Sánchez e Cueva (Reyna); Farfán (Carrillo) e Guerrero.
Técnico: Ricardo Gareca.
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