Brasil 2 x 1 Venezuela – Estádio Monumental, Santiago (Chile)
Brasil joga para o gasto, vence a Venezuela e se classifica
para pegar o Paraguai nas quartas de final da Copa América.
Até o sexto minuto do segundo tempo, quando colocou dois a
zero no placar, o Brasil realizava uma partida simples e sem brilho no
Monumental de Santiago. Em poucas palavras, fazia o famoso feijão com arroz. Robinho,
encarregado da missão de substituir Neymar, mostrou que sua habilidade e tempo
de cancha têm muito a ajudar esta seleção carente de protagonistas.
Robinho se movimentou, bateu córner para Thiago Silva abrir o
placar de chapa logo aos 8 da etapa inicial, arriscou chute longo, puxou um bom
contra-ataque... O santista provou que não pode ser reserva nesse time do Dunga
e, de quebra, deixou a seguinte questão no ar: se jogadores que atuam na China,
nos Emirados Árabes e na Ucrânia são convocados, será que o Kaká não poderia tirar
um pouco do peso das costas do Neymar?
Ao lado de Robinho, Willian foi quem mais buscou organizar as
tramas ofensivas e realizou sua melhor partida na Copa América, com dinamismo,
bons passes curtos nos arredores da área venezuelana e uma assistência
belíssima para Firmino marcar o segundo gol brasileiro. Apagado e impreciso, Philippe
Coutinho deixou a desejar, assim como Elias, que sequer deu as caras no campo
de ataque.
Depois de quase uma hora de um futebol suficiente para abrir
dois gols de vantagem e impedir que a Venezuela se assanhasse, o Brasil entrou
no modo “segurar a vitória”. Aos 22, Dunga trocou Firmino, homem mais avançado
do time, pelo zagueiro David Luiz, que entrou improvisado na cabeça da área. Aos
31, Robinho deu lugar Marquinhos, outro zagueiro, que passou a ocupar a lateral
direita.
Desta forma, o Brasil passou os últimos 15 minutos do
confronto diante da Venezuela, única seleção sul-americana a jamais participar
de uma Copa do Mundo, com quatro zagueiros, dois laterais e dois volantes em
campo. E acreditem, ainda foi capaz de sofrer um gol – Miku marcou aos 38 – e levar
um pequeno sufoco. Uma apresentação razoável que terminou manchada por um final
patético...
Brasil: Jefferson; Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e
Filipe Luís; Fernandinho e Elias; Willian e Philippe Coutinho; Robinho e
Roberto Firmino. Técnico: Dunga.
Venezuela: Baroja; Rosales, Vizcarrondo, Túñez e Cichero;
Rincón, Seijas, Vargas e Guerra; Arango e Rondón. Técnico: Noel Sanvicente.
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