segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PAPO CABEÇA - A NAU VASCAÍNA ESTÁ À DERIVA

Com a derrota no “Clássico dos Milhões” para o Flamengo neste último domingo, o Vasco alcançou a nada gloriosa marca de quatro derrotas nos quatro primeiros jogos do Cariocão e, consequentemente, o pior início de sua história na competição.

Uma tarefa das mais difíceis ao se analisar o péssimo momento vivido pelo Vasco da Gama é apontar o principal culpado. Desde o presidente Roberto Dinamite até aqueles que suam a camisa dentro de campo, passando pelo badalado diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano, todos têm a sua parcela de culpa. Extra campo, Dinamite, Caetano e outros diretores não encontram um caminho para superar a herança deixada pelo Eurico Miranda, criam novas dívidas trabalhistas e, por este motivo, deixam de receber integralmente o patrocínio da Eletrobrás. E é claro, lógico e evidente que estes problemas financeiros atingem a formação do elenco vascaíno, que após um ano de 2010 apagado, iniciou a temporada 2011 com contratações de nível, no máximo, mediano, como Anderson Martins, Eduardo Costa, Misael e Marcel.

No entanto, seria um exagero e um equívoco culpar somente as falhas do alto comando cruzmaltino por derrotas para equipes como Resende, Nova Iguaçu e Boavista. Estes três tropeços que marcaram o início do Vasco no Cariocão estão diretamente relacionados com o péssimo trabalho desenvolvido pelo treinador PC Gusmão e pela falta de rendimento de jogadores como Déde, Ramón, Felipe, Carlos Alberto e Éder Luís, para ficar somente naqueles que os torcedores cruzmaltinos mais acreditavam no começo de 2011. Dedé e Éder Luís não são nem sombra dos jogadores que se destacaram no ano passado, Ramón não vem justificando o esforço do clube em repatriá-lo junto ao Internacional e Carlos Alberto e Felipe decepcionaram, e muito, na missão de liderar a equipe, tanto tecnicamente quanto psicologicamente.

Como é impossível mudar todo o elenco e os problemas administrativos não serão resolvidos da noite para o dia, o torcedor vascaíno deposita suas esperanças na contratação de um treinador que consiga, pelo menos, levantar o moral os jogadores e dar um mínimo de consistência tática para a equipe.

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