quinta-feira, 7 de julho de 2011

CAMPEONATO BRASILEIRO 2011 - 8ª RODADA







RESULTADOS
Internacional 1 x 0 Atlético Paranaense
Cruzeiro 2 x 0 Grêmio
Avaí 2 x 2 Bahia
Corinthians 2 x 1 Vasco
Ceará 3 x 0 Atlético Mineiro
Flamengo 1 x 0 São Paulo
QUINTA-FEIRA, 07 DE JULHO
Botafogo x Atlético Goianiense
Coritiba x Figueirense
América Mineiro x Palmeiras
QUARTA-FEIRA, 24 DE AGOSTO
Santos x Fluminense

ARTILHARIA
6 gols
Montillo (Cruzeiro)
5 gols
Oscar (Internacional)
Ronaldinho (Flamengo)

Corinthians 2 x 1 Vasco – Pacaembu, São Paulo (SP)

Nem mesmo um gol do ídolo Juninho Pernambucano logo no início da partida foi capaz de fazer o Vasco segurar o cada vez mais embalado Corinthians no Pacaembu. E, diferente da goleada sobre o rival São Paulo, quando Liedson deu um show e balançou as redes por três vezes, quem comandou a vitória corintiana foi a dupla de volantes Ralf/Paulinho.

Líder do Brasileirão e ainda invicto, o Corinthians entrou em campo sem o capitão Chicão e organizado pelo técnico Tite no já costumeiro 4-2-3-1 com: Júlio César; Welder, Wallace, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho e Ralf; Willian, Danilo e Jorge Henrique; Liedson. Pelo Vasco, a expectativa era a maior possível, já que o duelo marcaria a reestréia de Juninho Pernambucano pelo clube. Ainda sem saber a formação ideal da equipe com o “Reizinho da Colina”, o treinador Ricardo Gomes decidiu por manter o 4-3-1-2 e o Vasco entrou em campo com: Fernando Prass; Fágner, Dedé, Anderson Martins e Márcio Careca; Juninho, Rômulo e Felipe; Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro.

Nem nos seus melhores sonhos o torcedor vascaíno imaginava um ínicio de jogo como o do Pacaembu. O juiz mal havia apitado pela primeira vez e o placar já apontava 1 x 0 para o Cruzmaltino, gol de falta assinado por ninguém menos do que Juninho Pernambucano. Alegria pura e genuína na torcida vascaína. No entanto, esta não duraria muito tempo. O motivo? O Vasco resolveu dar uma aula de como não se deve segurar uma vantagem. Pouco a pouco os cariocas recuaram e deram campo ao Corinthians, que com avanços pela esquerda e chutes longos começou a transformar o domínio territorial em oportunidades de gols, primeiro em arremate do Ralf e depois em uma cabeçada do Willian que Fernando Prass espalmou para escanteio de maneira espetacular. Na cobrança deste mesmo escanteio, aos 21 minutos, a redonda sobrou para o volante Ralf acertar uma bela finalização e empatar o escore. A virada corintiana viria aos 41 minutos, logo depois de o Vasco conseguir, em um avanço do Fagner, construir sua única boa jogada com a bola rolando em toda a etapa. O gol do Timão foi marcado pelo Paulinho, que não encontrou problemas para adentrar a área rival.

Impossível não destacar a atuação da dupla de volantes corintiana, que além de sólida na marcação foi responsável pelos dois gols da equipe. Não é de hoje que Ralf e Paulinho estão batendo uma bola redondinha. Ainda na 1ª etapa, o Vasco consegueria, novamente através da monstruosa qualidade do Juninho nas bolas paradas, chegar perto do empate, mas o goleiro Júlio César o evitou. Após o intervalo, do qual ambas as equipes voltaram com o mesmo onze inicial, o Vasco conseguiu melhorar ofensivamente em relação aos primeiros 45 minutos, o que, convenhamos, não era uma missão difícil. No entanto, a melhora não foi suficiente para as jogadas com a bola rolando surgirem, e a melhor chance de gol ocorreu em uma cobrança de falta do Juninho, aos 14 minutos, que o Alecsandro desviou rente à trave. O razoável crecimento vascaíno deu lugar a 10 minutos de um futebol equilibrado e sem criatividade, até que, aos 25, Tite decidiu trocar o Danilo pelo Alex. A evolução corintiana foi instântanea, e a equipe paulista, além de levar perigo ao Fernando Prass em chute do próprio Alex e em uma avançada do Welder, ganhou mais corpo ofensivo. No fim, Bernardo, que havia entrado no lugar do mais que apagado Diego Souza, acertou a trave – novamente em cobrança de falta! – mas a realidade é que o Corinthians não encontrou muitas dificuldades para segurar a vantagem na 2ª etapa.

Como toda moeda, a reestréia de Juninho pelo Vasco teve dois lados. O positivo está na força que o Vasco ganha nas bolas paradas, uma arma cada vez mais decisiva no futebol. Contudo, o time deu sinais de enfraquecimento defensivo, como mostrou o gol assinalado pelo Paulinho.

TRÊS TOQUES!

- A vitória do Flamengo sobre o São Paulo é daquelas para ser sempre utilizada como exemplo da linha tênue que separa o céu e o inferno no futebol. Apesar de invicto na competição, o Flamengo alcançou, na 5ª rodada, a marca de quatro empates consecutivos, o que só fez aumentar o volume das críticas à equipe, principalmente sobre o Ronaldinho e o treinador Luxemburgo. Pois bem, Ronaldinho evoluiu visivelmente, começou a mostrar parte do futebol que possui e o Flamengo chegou a sua terceira vitória consecutiva e à vice-liderança. Por outro lado, o São Paulo, que havia atingido a inédita marca de 5 vitórias nos primeiros 5 jogos do Brasileirão por pontos corridos, chegou, com esta derrota para o Flamengo, ao seu terceiro revés seguido, fato que nunca havia ocorrido com o clube na história dos pontos corridos.

- Tidos por muitos – inclusive por este que vos fala – como favoritos ao caneco nacional, Internacional e Cruzeiro começaram o Brasileirão mais pra lá do que pra cá. No entanto, parece que finalmente colorados e azulados resolveram mostrar o potencial que possuem. Com a vitória de 1 x 0 sobre o Atlético Parananese, o Inter alcançou a sexta partida seguida sem derrota e, de lambuja, já está no G4. Vamos ver como o Colorado irá reagir à saída do meia-atacante Oscar, convocado para o Mundial sub-20, pois o garoto está voando baixo. No Cruzeiro de Joel Santana, quem está com a bola toda é o argentino Montillo, que, assim como o recém-exportado Conca, só Deus sabe o por quê de não estar na Seleção Argentina. Falando em Argentina, o empate em 0 x 0 diante da Colombia, pela 2ª rodada da Copa América, irá aumentar – e muito! – o volume das críticas locais sobre Messi e companhia.

- Se existe um treinador com a corda no pescoço atualmente este é Dorival Júnior. Depois de excelentes trabalhos no Vasco e no Santos, só para citar os mais recentes, Dorival ainda não conseguiu armar um Atlético Mineiro digno das tradições do clube. Não que exista a certeza de que um novo técnico o conseguirá, mas se os resultados não aparecerem logo, será Dorival quem pagará o pato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário