quinta-feira, 14 de julho de 2011

COPA AMÉRICA 2011 - BRASIL 4 X 2 EQUADOR








Brasil 4 x 2 Equador – Estádio Mario Alberto Kempes, Córdoba (ARG)


Bastaram 30 minutos de bom futebol para a Seleção Brasileira vencer o Equador por 4 x 2 e, com gols de Pato e Neymar, se garantir na próxima fase da Copa América. O Equador, ao lado da Bolívia e das Seleções de jovens da Costa Rica e do México, está eliminado do torneio.

Com a necessidade do empate, mas a obrigação de apresentar um bom futebol, algo que ainda não conseguiu nesta Copa América, Mano Menezes escalou a terceira equipe diferente no terceiro jogo da competição. Assim, o Brasil entrou para o duelo organizado no 4-3-3 com: Júlio César; Maicon, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Ramires, Lucas Leiva e Ganso; Robinho, Pato e Neymar. Pelo lado do Equador, que precisava vencer para se classificar para a próxima fase, o treinador Reinaldo Rueda esquematizou a equipe no 4-4-2 com: Elizaga; Reasco, Araújo, Erazo e Ayovi; Arroyo, Minda, Noboa e Martínez; Méndez e Caicedo.

Sem coré coré e indo direto ao ponto, os primeiros 25 minutos do duelo entre Brasil e Equador foram de total falta de futebol. As equipes pareciam dois pugilistas que apenas trocam jabs durante os primeiros rounds da luta. Enquanto o Equador esbarrava em suas próprias limitações técnicas e falta de criatividade, o Brasil tentava o jogo pela direita. Foi neste panorama que, aos 27 minutos, depois de muito insistir com o lateral-direito Maicon, o Brasil abriu o placar em um ataque pela... esquerda. André Santos cruzou com perfeição para Alexandre Pato tomar a frente dos zagueiros e, de cabeça, sacudir o filó. Apesar de ter criado grande oportunidade de ampliar a vantagem, em jogada do Maicon e arremate na trave do Robinho, o Brasil levou o empate, aos 36 minutos, em chute longo do perigoso atacante Caicedo e Frangaço – assim mesmo, com F maiúsculo – do Júlio César.

Logo aos 4 minutos da 2ª etapa, a dupla Ganso/Neymar, até então mais sumida que dinheiro no bolso em fim de mês, apareceu e em boa assistência do primeiro e melhor finalização do segundo o Brasil retomou a frente. No entanto, o nada inspirado Júlio César falhou em outro chute do Caicedo e, aos 11 minutos, o placar voltou à igualdade. Seja com a camisa da Internzionale ou com da Seleção, o fato é que desde a Copa do Mundo que Júlio César não demonstra a segurança que o fez ser considerado por muitos o melhor goleiro do mundo. O 2 x 2 poderia ter animado o Equador a partir em busca da classificação, mas, de maneira surpreendente, o Brasil enfim conseguiu apresentar algo próximo de um bom futebol. Nos últimos 30 minutos do confronto, Ganso se fez mais presente, Neymar mostrou um pingo do oceano que sabe, Maicon, muito mais sólido e sério do que o ex-titular Daniel Alves, seguiu como boa arma ofensiva e Pato cumpriu seu papel de referência. Resultado: Pato, aos 15, e Neymar, aos 26, balançaram as redes e o Brasil fechou o caixão equatoriano. Nos últimos minutos, Fred entrou cheio de gás e por pouco o escore não foi ampliado.

Assim como o triunfo da Argentina sobre a Costa Rica sub-22 não transformou a Alviceleste da água para o vinho, esta vitória do Brasil não pode encobrir os muitos erros ainda existentes, sejam eles individuais, como os de Júlio César, ou coletivos, como a surpreendente fragilidade defensiva.

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