sexta-feira, 22 de julho de 2011

PAPO CABEÇA - NEM TÃO "FAIR" ASSIM

O primeiro motivo para desconfiar de que no futebol prevalece o fair play está em seu principal propagador: a FIFA. Qualquer que seja a competição organizada pela FIFA, lá está a propaganda pelo fair play, criando um paradoxo sem tamanho, já que, fora das quatro linhas, o “play” da FIFA não tem nada de “fair”. No entanto, a coluna de hoje ficará dentro do gramado, deixando o assunto das incontáveis suspeitas sobre a entidade que organiza o futebol para uma outra ocasião.

O duelo entre Flamengo e Palmeiras, na última quarta-feira, é daqueles para os que não acreditam que exista jogo limpo guardar na memória. Além do badalado lance no qual o “Gladiador” Kleber tentou dar uma punhalada nas costas do Flamengo e se aproveitar de uma bola que deveria ser devolvida para criar uma oportunidade de gol, um outro ataque ao jogo limpo ganhou a capa dos jornais desta sexta-feira.

Pode parecer mentira, amigos, mas o meia rubro-negro Thiago Neves declarou, sem nem ficar vermelho de vergonha, que ele e Ronaldinho decidiram forçar o terceiro cartão amarelo diante do Palmeiras e ficar fora do próximo jogo, contra o Ceará, por considerarem os próximos adversários mais difíceis. Apesar de comum no futebol atual, esta atitude do Thiago Neves e do Ronaldinho é uma verdadeira ofensa ao futebol profissional.

Nem precisamos ir muito longe para verificar a falta de profissionalismo da dupla rubro negra, basta lembrarmos o sacrifício que fez o argentino Conca – um exemplo de profissional – para disputar todas as 38 partidas do Brasileirão de 2010.

Sabem aquela cena que vocês estão cansados de ver, quando um jogador, por “fair play”, devolve a bola ao adversário chutando-a para fora e, em seguida, pede ao seu time para adiantar a marcação e tentar roubar a bola mais próximo do gol rival? Então, ela vai continuar ocorrendo durante muito tempo, pois, dentro do futebol, a hipocrisia tem lugar garantido entre os titulares.

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