Olá, amigos do FUTEBOLA!
Depois de pouco mais de duas semanas no México, para a cobertura dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, onde o Brasil deu um verdadeiro show com a conquista de 197 medalhas, já estou em terras tupiniquins.
Se por um lado não consegui acompanhar últimas três rodadas deste empolgante Brasileirão, por outro conheci um povo tão apaixonado por futebol quanto o nosso. Amigos, como os mexicanos gostam de futebol! E mais, como eles gostam do futebol brasileiro! Talvez o principal exemplo seja a Plaza Brasil, uma homenagem à Seleção Brasileira Campeã do Mundo em 1970 e que se encontra em frente ao lendário Estádio Jalisco, que tive a honra de conhecer. Isso mesmo, os mexicanos possuem uma praça, com um maravilhoso monumento, em homenagem à Seleção do Tri!
A paixão pelo futebol brasileiro também pode ser percebida na conversa com os mais experientes. Um dos motoristas da minha equipe, Francisco, uma pessoa contagiante e que nunca aparecia sem um sorriso no rosto, contou que foi a todos os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1986, tamanha sua idolatria pelo futebol canarinho. Francisco, que jogou bola com “Chicharo”, o pai do Javier Hernández, o “Chicharito”, tem inúmeras histórias de futebol para contar, assim como o taxista Jose Pedro, que me levou para conhecer a já citada Plaza Brasil. Pedro por pouco não foi jogador profissional. Chegou um momento onde teve que decidir entre a carreira de futebolista, que pagava pouco na época, e o sustento dos filhos. Ficou, claro, com a segunda. Ele contou que, no Mundial de 70, ainda um garoto, chorava sozinho sempre que seu pai o colocava para trabalhar durante as partidas do Brasil.
Trocando da faixa etária dos mais experientes para as crianças, é impressionante como o Neymar já é conhecido por lá. Fui perguntar para um menino com seus 10 anos se ele sabia quem era o craque santista e a resposta veio quase que de forma agressiva: “Mas claro, né???”. Um outro garoto, quando me viu com a camisa da imprensa brasileira, me fez duas perguntas. A primeira era se eu falava “brasileiro”, e a segunda se o Neymar jogava no meu time. Isso sem o Santos ter qualquer esforço de marketing no México.
Confesso que, em alguns momentos, a felicidade por ver o futebol brasileiro tão idolatrado no México se misturou a uma sensação de estranheza por saber que a Seleção Brasileira é mais querida por alguns mexicanos do que por próprios brasileiros. Será que são muitos os brasileiros que se esforçarão para estar em todos os jogos do Brasil no Mundial de 2014 como o fez o mexicano Francisco em 1986?
Nenhum comentário:
Postar um comentário