Tigre 0 x 0 São Paulo – La Bombonera, Buenos Aires
(Argentina)
La Bombonera assiste a duelo encardido e cheio de alternâncias
entre São Paulo e Tigre. Placar final “oxo” deixa a decisão do título em
aberto.
Vice-campeão do Torneo Clausura na temporada 2011/2012, o centenário
Tigre foi para sua primeira final internacional organizado pelo Néstor Gorosito
no 4-4-2 com: Albil; Paparatto, Echeverría, Donatti e Orban; Galmarini, Díaz,
Ferreira e Leone; Maggiolo e Botta. Firme e forte na busca por um título, que
não vem desde 2008, o São Paulo começou o duelo na Bombonera esquematizado pelo
Ney Franco no já costumeiro 4-2-3-1 com: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael
Tolói, Rhodolfo e Cortês; Denílson e Wellington; Lucas, Jádson e Osvaldo; Luís
Fabiano.
A melhor palavra para definir o primeiro embate decisivo entre
rubro-anis argentinos e tricolores brasileiros é bipolar. Como foi alternante
em ideias e ações a partida! O juiz, depois de mandar Luís Fabiano e Donatti
para o chuveiro com menos de 15 minutos, não sabia se adotava o critério de
deixar o jogo seguir ou se apitava todas as faltas. Ora o São Paulo cometia uma
entrada criminosa, ora o Tigre deixava a diplomacia de lado e soltava a foice.
O “Sampa” dominou as tramas ofensivas no 1º tempo e o “Matador” de Buenos Aires
controlou as rédeas da etapa final.
A única constante, o ponto em comum dos rivais, foi a vida mansa
que os arqueiros Albil e Rogério Ceni tiveram após as expulsões. Após sim, pois
antes dos cartões vermelhos o imprevisível Luís Fabiano – que na véspera do
jogo afirmara estar preparado para as provocações – havia protagonizado duas
belas jogadas, finalizadas uma por ele e outra pelo Lucas, que obrigaram o
arqueiro local a boas defesas. Com dez contra dez, porém, o São Paulo, apesar
de ter o domínio da pelota e de tentar alguns lances individuais na base do
drible, não produziu tramas de ataque com a frequência que conseguira diante
dos rivais chilenos nas fases anteriores.
Se nada criara e menos sofrera na 1ª etapa, a situação tricolor
seria diferente após o intervalo. Não é possível saber se os são-paulinos se
acanharam devido à pressão adversária ou se o avanço rubro-anil ocorreu pelo recuo
paulista. Contudo, é inegável que o espinhoso Tigre foi outro no 2º tempo. Como
já dito, quase não deu trabalho ao Rogério Ceni, mas fez o São Paulo cometer muitas
faltas próximas a sua meta, algumas bem duras, e alçou um punhado de bolas na
área. Foi neste cenário de um Tigre mais presente e pouco feroz que veio o
apito final para decretar um empate sem gols num confronto onde cada um teve 45
minutos para sair na frente.
Vergonhoso o que fez Fabuloso. Pior, apenas duas notas que merecem destaque: uma, a diretoria não punir; bem se sabe que jogador sente dor no bolso.
ResponderExcluirOutra: Luis Fabiano adora um teatro. Não passa de cena essa historinha de para. Só pra desviar o foco. Não me pega!
Saudações!!!