Corinthians 1 x 0 Chelsea – Estádio Internacional de
Yokohama, Japão
Maior impossível! Corinthians se agiganta na decisão do
Mundial, vence o Chelsea e escreve mais um capítulo dourado em sua gloriosa
história.
Não existe a possibilidade de se formar uma frase com o
sujeito Corinthians e o verbo apequenar-se. Fosse qual fosse o resultado da
decisão diante do Chelsea, o Corinthians seria grande, altaneiro, uma bandeira...
Seria Timão! São mais de cem anos de tradições e glórias mil, de uma camisa que
carrega dezenas de milhões de corações, de demonstração de força até nos momentos
mais fúnebres. Mas se muitos “matemáticos da bola” dizem que história não entra
em campo, Chicão, Danilo, Emerson e companhia deixariam a alma no gramado de
Yokohama fosse preciso.
Tudo que uma decisão de Mundial pode sonhar ela encontrou no
Corinthians versus Chelsea. Uma batalha feroz por cada centímetro verde
mesclada com a sutileza de passes clarividentes. Solidez tática fundida à
técnica apurada. Estruturas física e psicológica no limite. Para Corinthians e
Chelsea, o fim do mundo parecia questão de minutos, não de dias. Após o apito
final, alvinegros paulistas e azuis londrinos tinham a certeza de terem deixado
tudo e mais muito em campo. Os “Blues” tiveram seus méritos, mas quando o
Corinthians se agiganta assim...
Gigante, uma palavra nanica perto do quão enorme foi o goleiro
Cássio. Tanto no melhor momento do Chelsea no 1º tempo, quanto nos minutos
derradeiros, aqueles onde o nervosismo do torcedor corintiano era tão grande
que até o anestesiava, Cássio sorria com ironia para a palavra impossível e realizava
uma defesa mais inacreditável que a outra. Uma delas, com a pontinha do dedo “pai
de todos”, foi o símbolo do triunfo mundial.
Danilo foi a “ponte sobre águas turbulentas” mcantada pela
dupla americana Simon & Garfunkel. Sempre que o Chelsea adiantava a
marcação, forçava o bote, dava aquele algo a mais para roubar a bola e iniciar
uma pressão, lá estava Danilo, calmo como um monge, leve como uma pluma, para
deixar a bola mais redonda e desafogar o Corinthians. Quando não era ele mesmo
quem roubava a pelota.
Jorge Henrique não poupou uma gota de suor e esteve em todas
as posições do lado esquerdo do campo. Chicão é o cara que pode dizer que já
passou por tudo no Corinthians, e sempre com a mesma autoridade e seriedade. Ralf
fez o mascote do clube se confundir com um leão durante os noventa minutos.
Paulinho foi o motor de sempre, de 100, 200, 300 cavalos... o onipresente capaz
de trancar o meio-campo com sete chaves e armar a jogada do gol com o
brilhantismo de um passe de letra.
Paolo Guerrero, o peruano mais corintiano do planeta, aquele
que esteve duas vezes no lugar certo para não deixar a história escorregar por
entre os dedos da fiel torcida, que poderia se omitir e não se adaptar com um
novo país após mais de uma década na Alemanha, mas preferiu honrar e lutar pelo
seu nome. Emerson “Sheik”, que não sentiria pressão nem se jogasse uma partida
no inferno. Alessandro, Paulo André, Fábio Santos, Douglas, Romarinho...
Hoje, neste histórico 16 de dezembro de 2012, o Corinthians
pode não só gritar que “figuras entre os primeiros do nosso esporte bretão”,
mas que é o primeiro, o número um, o Campeão do Mundo!
PARABÉNS, CORINTHIANS!!!
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