domingo, 27 de janeiro de 2013

CAMPEONATO CARIOCA 2013 - TAÇA GUANABARA 3ª RODADA - BOTAFOGO X FLUMINENSE













RESULTADOS
Friburguense 2 x 3 Audax
Nova Iguaçu 3 x 0 Duque de Caxias
Macaé 2 x 0 Quissamã
Resende 2 x 4 Vasco
Boavista 0 x 1 Madureira
Olaria 0 x 2 Bangu
Flamengo 1 x 0 Volta Redonda
Botafogo 1 x 1 Fluminense

ARTILHARIA
4 Gols – Bernardo (Vasco)
3 Gols – Hernane (Flamengo)

Botafogo 1 x 1 Fluminense – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Wellington Nem e Seedorf brindam torcedores com jogadas de pura habilidade e “Clássico Vovô” termina empatado em 1 a 1.

Depois de empatar com o Bangu na última rodada, o Botafogo necessitava de uma vitória para não se afastar ainda mais da zona de classificação. Ainda sem Seedorf no onze inicial, Osvaldo de Oliveira organizou o time no 4-2-3-1 com: Jefferson; Gilberto, Bolívar, Antônio Carlos e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos e Jadson; Fellype Gabriel, Andrezinho e Lodeiro; Bruno Mendes. Cada vez mais próximo do time que pretende escalar na busca pela inédita Libertadores – Gum, Deco e Fred ainda não foram a campo em 2013, assim como os contratados Felipe e Monzón – Abel Braga montou o Fluminense sem um homem de referência e esquematizado no 4-3-1-2 com: Diego Cavalieri; Bruno, Digão, Leandro Euzébio e Carlinhos; Valencia, Jean e Diguinho; Thiago Neves; Wellington Nem e Rafael Sóbis.

Números puros dos goleiros dariam a entender que o Botafogo foi mais produtivo ofensivamente na etapa inicial do que o Fluminense, já que Diego Cavalieri realizou mais defesas do que Jefferson. Contudo, enquanto o arqueiro tricolor não encontrou dificuldades para agarrar chutes fracos e mal colocados, Jefferson via o perigo por perto a cada arrancada do “Capeta em Forma de Guri” Wellington Nem ou dos avanços do lateral-direito Bruno. Em outras palavras, o torcedor alvinegro roeu muito mais as unhas do que o tricolor no 1º tempo. E foi justamente em uma trama de Bruno e Nem, aos 42 minutos, que o atacante, com uma mescla de velocidade e tranquilidade, fez um a zero Fluzão. Antes, uma falta do Thiago Neves, um cruzamento do Digão e um rush do Nem já haviam colocado o grito de gol na garganta dos tricolores.

Base de todo esquema adotado pelo Osvaldo de Oliveira, o setor de meio-campo botafoguense, frágil nos primeiros 45 minutos, evoluiu a olho nu com a entrada de Seedorf no lugar de Jadson, logo aos 6 minutos. Sob a batuta do holandês, o Botafogo adotou uma postura mais avançada que, se por um lado deu espaços para um contra-golpe organizado por Jean que Nem desperdiçou cara-a-cara com Jefferson, por outro fez o Bota chegar ao empate: Seedorf, como se visse toda a muvuca na grande área em câmera lenta, tabelou com Lodeiro e colocou a redonda na cabeça de Bolívar, o mais novo zagueiro-artilheiro do Fogão. O relógio marcava 28 minutos, e, até o apito final, o Botafogo esteve mais consciente em campo, sem, no entanto, conseguir a virada que o colocaria na vice-liderança de seu grupo.

Na próxima rodada, o Botafogo pega o surpreendente Audax no provável calor de uma tarde de verão Moça Bonita. Sem exageros: é jogo importantíssimo para a estabilidade do “Glorioso” neste início de temporada. Já o torcedor do Fluminense, na mesma quarta-feira, estará mais preocupado em saber quem será seu adversário na fase de grupos da Libertadores: Grêmio ou LDU.

CURTINHAS PELO CARIOCÃO!

- Não tem birra do Ibson nem estreia do Elias. O personagem rubro-negro neste início de Carioca é o centroavante Hernane. Com a pressão não só de ser o único homem de referência no elenco flamenguista, como o de ter que aproveitar a chance de sua vida, Hernane se doa ao máximo, briga contra suas limitações técnicas e faz gols de típico centroavante. Este último, nos acréscimos do jogo e que deu a vitória sobre o Volta Redonda, minutos após ter perdido uma oportunidade quase na linha fatal, lhe dá mais “vidas” para se sustentar no difícil jogo que é vestir a camisa do Flamengo.

- Em sua primeira – e muito boa – passagem pelo Vasco, Bernardo nunca alcançou o status de titular absoluto. Saiu de uma maneira desagradável da Colina para o Santos, não se destacou no Alvinegro Praiano e voltou ao Cruz-Maltino longe de ser considerado um grande reforço. Porém, nas três primeiras rodadas, Bernardo não só lidera o ataque vascaíno de 11 gols (média de 3,67 por jogo) como é o artilheiro do campeonato.

- E o Audax, ein? Com Fabiano Eller e Nélio, ex-esperança flamenguista que os apressados de plantão chamavam de o “Novo Zico”, o time de São João de Meriti termina a 3ª rodada invicto. Macaé e Duque de Caxias, por exemplo, que brigaram em 2012 para chegar a Segundona do Brasileiro, não chegam nem perto dos sete pontos conquistados pelo Audax.  

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