Por ordem de relevância em termos de competições nacionais, as hegemonias na região central do país começarão a ser contadas por Goiás, onde o Goiânia Esporte Clube e o mais vitorioso da região, o Goiás Esporte Clube, dividem o posto de maior multicampeão.
Assim como a história do futebol goiano pode ser dividida em antes e depois do Serra Dourada, o tradicional estádio também é a linha que separa os recordistas de canecos levantados em sequência no estado. Entre 1950 e 1954, o Goiânia, comandado pelo goleador Foca – único tri-artilheiro seguido do Goianão (51/52/53) –, viveu sua melhor época com o Pentacampeonato Estadual. Entretanto, desde a inauguração do Serra Dourada, em 1975, o “Galo Carijó” nunca mais cantou forte.
Por outro lado, é justamente a partir de meados dos anos 70 que o Goiás começa a se tornar o papão de títulos nesta região próspera em grandes músicos sertanejos, com o ápice do seu domínio sendo exercido no fim da década de 90.
O time que iniciou o histórico Penta Goiano entre 1996 e 2000 era recheado de figurinhas conhecidas Brasil afora, como o zagueirão Sílvio Criciúma, os meias Lúcio “Bala”, Evandro “Chaveirinho” e o artilheiro Dill. Vale ainda destacar que neste ano de 1996 o Goiás realizou sua segunda melhor campanha em Brasileiros – a melhor viria em 2005 –, chegando até a fase semi final. Alguns felizes anos para o torcedor esmeraldino depois, o Goiás fechou o Penta em 2000 com um timaço que tinha, além de Dill, presente em todos os títulos, os futuramente Campeões Mundiais de Clubes Josué, Danilo e Fernandão.
Do Distrito Federal vem o caçula dos multicampeões estaduais. Fundado em 2000, o Brasiliense teve uma ascensão meteórica no futebol nacional, com um vice na Copa do Brasil e um vitoriosa Série C logo em 2002. E o que estava bom para o “Jacaré” ficaria ainda melhor em 2004, ano que marcou o primeiro título estadual e a incrível, para um clube tão jovem, chegada à Série A do Brasileirão. De 2004 até 2009, sob a batuta de Iranildo “Chuchu”, jogador que mais gols e partidas fez com a camisa amarela, e participações pontuais do zagueiro Durval (2004) e do centroavante Fábio Junior (2009), só deu Brasiliense no Campeonato Candango.
Apesar de o Brasiliense ser, à primeira vista, o único com seis títulos consecutivos na Região Centro-Oeste, o bom senso permite o torcedor do Operário Futebol Clube, da cidade de Campo Grande (MS), se considerar um Hexa. É que, na realidade, o Operário foi duas vezes Tri em sequência, uma quando o Estado do Mato Grosso ainda não havia sido dividido (1976/1977/1978) e outra já no Campeonato Sul-Mato-Grossense (1979/1980/1981). Neste “segundo Tri”, que, além de completar o Hexa é único no Mato Grosso do Sul, o destaque alvinegro foi o meia Arturzinho, um cigano de passagens marcantes em vários clubes pelo país. Entretanto, o time operariano escreveu mais fortemente sua história é o de 1977, o do Bi Estadual, quando dois lendários goleiros, Castilho, como técnico, e Manga, debaixo do travessão, ainda levaram o “Galo” ao 3º lugar no Brasileirão.
Entre 1979 e 1982, o Mixto Esporte Clube, de Cuiabá, repetiria no Mato Grosso o mesmo Tetra que conseguira antes da divisão (1951-1954), se tornando, assim, um recordista mato-grossense duplo. Em outras palavras, o único Tetra pré e pós separação. Inesquecíveis craques mato-grossenses como os atacantes Bife, maior artilheiro do estádio José Fregalli, o “Verdão”, e Tostão II foram essenciais no início dos anos 80, um período onde o Mixto fazia algumas peripécias na Série A do Brasileirão.
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